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biografias
Álvaro de Campos nunca trabalhou porque não conseguia se imaginar preso a uma rotina
de escritório.
Fernando Pessoa criou o seu heterônimo mais famoso em 1915. Fisicamente o descreveu
como sendo "alto (1,75 de altura, mais dois centímetros do que eu), magro e um pouco
tendente a curvar-se (...) Tipo vagamente de judeu português." De cabelo liso, usava
sempre um monóculo.
Segundo o poeta:
Álvaro de Campos escreveu sobre a máquina, sobre a mecanização, sobre toda uma nova
era e sobre o seu desajuste com esse novo tempo. Ele foi também um poeta rebelde e
revoltado, que muitas vezes demonstrava a sua insatisfação na poesia.
Campos viajou para o Oriente, conheceu outras realidades e transpareceu a sua fome de
mundo nos versos.
Muitos dos seus poemas elogiam a infância, que leu como sendo o lugar do paraíso
perdido.
Depois de conhecer o heterônimo Alberto Caeiro, no Ribatejo, Álvaro de Campos virou seu
discípulo: "O que o mestre Caeiro me ensinou foi a ter clareza; equilíbrio, organismo no
delírio e no desvairamento, e também me ensinou a não procurar ter filosofia nenhuma,
mas com alma".
Nascido em Lisboa, no dia 16 de abril de 1889, ficou órfão de pai e mãe cedo e foi criado
por uma tia numa quinta no Ribatejo, onde conheceu Álvaro de Campos.
Não entrou para a universidade, tendo feito apenas o curso primário e não tinha profissão.
Caeiro aparece para Fernando Pessoa no dia 8 de março de 1914, de forma inesperada e
o faz escrever mais de três dezenas de poemas de uma vez.
O poeta fala nos seus versos muito das sensações do corpo - não por acaso é conhecido
como sendo o poeta das sensações -, daquilo que experimenta com a pele, do que vê,
do que ouve e do que cheira.
Em termos físicos é descrito como sendo louro, de olhos azuis e estatura média.
Ricardo Reis foi educado num colégio jesuíta e é monarquista. Formado em Medicina, é
um homem profundamente culto, que sabe latim e grego.
Reis é obcecado pelo tema da morte e relembra muitas vezes nos seus versos como a
vida é passageira. As suas primeiras obras foram publicadas na revista Athena, mas os
poemas mais famosos saíram na Revista Presença.
Em termos sociais, é distante dos outros, não se relaciona bem com quem está ao redor e
recusa qualquer tipo de compromisso afetivo.
Fisicamente era descrito como mais baixo e mais pesado do que Caeiro. Não usava
barba.
O heterônimo escreveu entre 1914 e 1933. A sua data de falecimento nunca foi atribuída
por Fernando Pessoa.
Saiba mais sobre a biografia de Ricardo Reis.