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UNIVERSIDADE FEDERAL DO OESTE DO PARÁ

INSTITUTO DE ENGENHARIA E GEOCIÊNCIAS


PROGRAMA DE CIÊNCIAS DA TERRA
GEOTECTÔNICA

Faixa Araguaia

Docente: Profº Msc. Alessandro Braga

Discentes: Emanuelle Viel


Mábia Barros
Minelli Costa
INTRODUÇÃO

• Unidade geotectônica da porção ocidental da Província estrutural do


Tocantins.
• Britânia-Aruanã alto vale do Rio Araguaia – Tucuruí/PA.
• A faixa se estende submeridianamente por mais de 1200 km.
• Largura : 100 km.
• Principal constituição: rochas metamórficas psamíticas e pelíticas e
menor contribuição de carbonáticas.
• Corpos máficos e ultramáficos de natureza ofiolítica, rochas intrusivas
gabróicas e granitíticas e rochas vulcânicas.
LOCALIZAÇÃO

Porção
Centro- Sistema
Orogênico Leste: Bacia do
Norte do Parnaíba
Brasil Tocantins

Sul-Sudeste:
Sudoeste: Oeste:
Complexo Rio
dos Mangues e Bacia do Cráton
Porto Nacional Bananal Amazônico
Figura 1: Mapa geológico simplificado da Faixa do Araguaia. Fonte:
Metalogênese das províncias tectônicas brasileiras.
Figura 2: Localização Faixa Araguaia. Fonte: Gorayeb et
al. 2017)
SUPERGRUPO BAIXO
ARAGUAIA

• A partir do Supergrupo, a Faixa Araguaia foi instalada, no


Neoproterozóico.
• Subdividido em Grupo Estrondo e Tocantins
• Idade máxima de 1.100 M.a
• Afetado por processos termotectônicos do Evento Brasiliano: 560 –
520 M.a
FAIXA ARAGUAIA

Peridotitos, dunitos,
Rochas máficas a ultra- cromititos, basaltos
Supracrustais e máficas almofadados, chertes
embasamento: (derrames, diques, e jaspilitos, além de
soleiras...) granitoides do
Paleoproterozóico.

PERIDOTITOS, BASALTOS ALMOFADADOS COM METASSEDIMENTOS


REPRESENTAM MELANGE COM CORPOS OFIOLÍTICOS FORMADAS EM
CONTEXTO DE OCEANO INCIPIENTE E DORSAIS MESO-OCEÂNICAS
POUCO DESENVOLVIDAS.
FAIXA ARAGUAIA

Complexos alcalinos: Marcador de fase rift


Evento magmatismo da faixa, reflexo da
Sienitos, nefelina alcalino subsaturado fragmentação do
sienitos 1006 M.a supercontinente
metamorfizados Rodínia.

Conjunto Grupo Estrondo Grupo Tocantins


metassedimentar (domínio Leste) (domínio Oeste)
GRUPO ESTRONDO

Embasamento Sucessão Topo


• Quartzitos puos e • Muscovita-Biotita xistos • Xistos feldspáticos com
muscovíticos • Cálcio xistos intercalações de
• Cianitas quartzitos • Mármore quartzitos
• Magnetitas quartzitos • Metagrauvacas • Biotita xistos
• Metaconglomerados • Xistos com granada • Cálcio xistos
oligomíticos • Estaurolita / cianita.
associados.
GRUPO TOCANTINS

Formação Formação Couto Formação


Pequizeiro Magalhães Tucuruí
• Muscovita- • Filitos e • Metagrauvacas
clorita-quartzo ardósias • Derrames
xistos • Quartzitos basálticos
• Filitos • Metarenitos • Separa-se das
• Quartzitos • Metarcósios demais por
• Metamorfismo • Metacalcários falhas de
em baixo grau. • Metamorfismo empurrão.
de baixo grau a
incipiente.
ESTRUTURAÇÃO

Geometria
Zonas de empurrão
Direção geral alongada das
e metamorfitos da
submeridiana unidades
composição.
litoestratigráficas

Mergulho baixos a
Foliação e zona de médio, na direção Direção da faixa:
empurrão: NWN para o N-S
Cráton Amazônico
ESTRUTURAÇÃO

• Empurrões geraram empilhamento de nappes com inversão


metamórfica e estratigráfica;

• Deformação gerou estruturas interdômicas;

• Estruturas dômicas têm origem atribuídas a perturbações do fluxo


plástico das rochas gerando dúplexes com empilhamento antiformal
de lascas durante a tectônica de empurrão;
ESTRUTURAÇÃO

• Zonas transcorrentes paralelas à lineação de estiramento discernível


nos metamorfitos de médio grau;
• As mais expressivas podem representar falhas de transferência da
bacia original reativadas durante a deformação orogênica;
• Outras zonas de cisalhamento pouco expressivas existem de direção
NE, que parecem ser posteriores e se mostram melhor desenvolvidas
na borda da Bacia do Parnaíba;
OCORRÊNCIAS

Rochas do Orientação Submeridiana,


Primeiro
Supergrupo rochas dobradas em vários
Estágio:
Baixo Araguaia estágio.

Xistosidade, Dobramentos,
Dobras da Segundo acompanhados pelo
xistosidade Estágio: metamorfismo regional,
caracterizando planos axiais tombados para
dobramentos oeste;
assimétricos com
planos axiais mais Terceiro
Crenulação.
“empinados”. Estágio:
Figura 3: Principais feições estruturais do Cinturão
Araguaia. Fonte: Geologia do Brasil, 2012
CARÁTER
OCORRÊNCIAS
LOCAL

Estruturas Dômicas
e
Descontinuidades

Falhas inversas, orientadas Inflexões estruturais:


N-S com cavalgamento de lineamentos orientados NW
leste para oeste. com sentido sinistral.
METAMORSFISMO -
SUPERGRUPO

Caráter Regional, crescente de oeste para leste

Rochas chegam a
Fraca intensidade do
Extremo Oeste apresentar características
Metamorfismo.
sedimentares.

Gradativamente modifica-se para leste apresentando


aspecto cristalino, limite entre as Fm Pequizeiro e
Xambioá: Fácies de xisto verde

Anfibolito Médio em
Maior intensidade do rochas da Fm.
Extremo Leste
Metamorfismo. Morro do Campo
Fotos retiradas de: Geologia e recursos minerais da Folha Tucuruí – SA.22-Z-C, Estado do Pará, Escala 1:250.00 / Edesio Maria Buenano Macambira, Paulo
dos Santos Freire Ricci. – Belém: CPRM – Serviço Geológico do Brasil, 2013.
EVOLUÇÃO

• Registros da história que remontam ao

Arqueano
EVOLUÇÃO

Considerados como de extensões dos domínios Santana do Araguaia,


Rio Maria e Carajás do Cráton Amazônico, nos quais se encontram
extensos registros arqueanos.
EVOLUÇÃO

Ciclo Transamazônico originou:


• complexo gnáissico Rio dos Mangues (2.130-2.070 Ma) e os enclaves
de alto grau do Complexo Porto Nacional (2.140-2.130 Ma);
• pacote vulcanossedimentar Monte do Carmo (2.130-2.050 Ma) e as
intrusões máfico-ultramáficas Carreira Comprida (2.070 Ma);
Aparecem:
• rochas vulcânicas e piroclásticas de 2,1-2,0 Ga, metamorfizadas
incipientemente, da Suíte Vulcânica Santa Rosa;
• alguns corpos granitoides de 2,1-2,0 Ga (Suíte Lajeado ou Ipueiras).
O conjunto representa parte de um orógeno e manifestações da
etapa de colapso.
EVOLUÇÃO

Metamorfismo de baixo grau incidente da parte leste da faixa;


Lascas da Formação Couto Magalhães foram empurradas sobre o Cráton
Amazônico;
Formaram-se zonas transcorrentes;
Na área do Grupo Estrondo os cavalgamentos e rampas envolveram
porções do embasamento que foram soerguidas, originando as
estruturas dômicas;
Intrusões granitoides de 660-630 Ma e 560-550 Ma ocorrem no Grupo
Estrondo, Complexo Colmeia e Complexo Rio dos Mangues;
A Formação Rio das Barreiras ocorre sobreposta à Formação Pequizeiro;
EVOLUÇÃO

Formaram-se alguns granitoides de 1.850-1.840 Ma do Domínio Rio dos


Mangues e corpos gnaissificados no interior de domos no Grupo Estrondo;
Em 1.050-1.010 Ma, incidiram intrusões alcalinas nefelínicas na região de
Paraíso do Tocantins;
No início do Neoproterozóico começou o rifteamento na borda leste do
Cráton Amazônico;
O metamorfismo incidiu entre 560 e 520 Ma. Varia de nulo a baixo grau
na parte da Formação Couto Magalhães que forma cobertura sobre o
Cráton Amazônico;
EVOLUÇÃO

Fim Cráton
Cinturão Amazônico
do Araguai e São
event a+ Francisco
integrando
o Cinturão -os ao
Brasília Superconti
Brasili = nente
ano Gondwana

Idades K-Ar de até 520 M.a indicam que


o arrefecimento regional se estendeu até
essa época.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

• Hasui, Y., Carneiro, C., D., R., Almeida, F., M., Bartorelli, A. (2012):
Geologia do Brasil, 900p.

• Silva, M., G. (2014): Metalogênese das províncias tectônicas


brasileiras – CPRM, 589p.

• Arcanjo, S., H., Abreu, F., A., M., Moura, C., A., V. (2013): Evolução
geológica das sequências do embasamento do cinturão Araguaia na
região de Paraíso do Tocantins (TO), Brasil, 14p.

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