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Primeira geração

1922 a 1930
 Principal antecedente da Semana da Arte

Moderna.

 Arte julgada “esquisita” por Lobato.

 Propagação da arte vanguardista.

 Eixo cultural muda do Rio para São Paulo.


“Há duas espécies de artistas. Uma composta dos que veem
normalmente as coisas e em consequência disso fazem arte pura,
guardados os eternos ritmos da vida, e adotando para a concretização
das emoções estéticas os processos clássicos dos grandes mestre.”

“A outra espécie é formada pelos que veem anormalmente a natureza, e


interpretam-na à luz das teorias efêmeras, sob a sugestão estrábica de
escolas rebeldes, surgidas cá e lá como furúnculos da cultura
excessiva.”

Monteiro Lobato
 Centenário da Independência política do Brasil.
 Mecenato paulista (termo que indica o incentivo
e patrocínio de artistas e literatos, e mais
amplamente, de atividades artísticas e culturais).
 O espanto do público.

Mário de Andrade publicou “Pauliceia


desvairada”.
Oswald de Andrade publicou “Memórias
sentimentais de João Miramar”.
Manuel Bandeira apresentou “O ritmo dissoluto”
 Inovação linguística.
 Culto ao progresso.
 Autenticidade da obra de arte.
 Publicação de “Klaxon” - Lançada em São Paulo no
mesmo ano que se realiza a Semana de Arte Moderna,
Klaxon (1922-1923) é a primeira revista modernista do
Brasil.
 Modernismo toma conta do centro político e econômico do
país.
 Não havia apoio popular.
(...) Vai por cinquenta anos
O sapo-tanoeiro, Que lhes dei a norma:
Parnasiano aguado, Reduzi sem danos
Diz: - "Meu A fôrmas a forma.
[cancioneiro
É bem martelado. Clame a saparia
Em críticas céticas:
Vede como primo Não há mais poesia,
Em comer os hiatos! Mas há artes poéticas..."
Que arte! E nunca rimo
Os termos cognatos. Urra o sapo-boi:
- "Meu pai foi rei!"- "Foi!"
O meu verso é bom - "Não foi!" - "Foi!" –
Frumento sem joio. "Não foi!".

Faço rimas com


(...) Manuel Bandeira
Consoantes de apoio .
 O texto inicia-se com uma referência do poetas parnasianos.

 E ironiza o modo perfeito de se fazer arte.

“Vede como primo

Em comer os hiatos!
Que arte! E nunca rimo
Os termos cognatos.”

 Logo, o poema “Os sapos” faz uma crítica contundente ao parnasianismo

de modo irônico e sarcástico, valendo-se do tema e da própria forma


poética na construção poética.
 1924 – Manifesto pau-brasil (Oswald de
Andrade). – poesia ingênua, primitivista

 1927 –. Manifesto do verde-amarelismo


(Menotti del Piccha) – nacionalismo ufanista

 1928 – Manifesto antropófago (Oswald de


Andrade) – Oswald propugnava uma atitude
brasileira de devoração ritual dos valores
europeus
Poesia:
Ironia
Humor
Crítica e imenso amor ao país
Irreverência e concisão.
Linguagem simples e ágil (também na prosa)

Prosa:
 Linguagem cinematográfica (Memórias
Sentimentais de João Miramar)
Canto de regresso à pátria
Oswald de Andrade

Minha terra tem palmares


Onde gorjeia o mar
Os passarinhos daqui
Não cantam como os de lá

Minha terra tem mais rosas


E quase que mais amores
Minha terra tem mais ouro
Minha terra tem mais terra

Ouro terra amor e rosas


Eu quero tudo de lá
Não permita Deus que eu morra
Sem que volte para lá

Não permita Deus que eu morra


Sem que volte pra São Paulo
Sem que veja a Rua 15
E o progresso de São Paulo

***
BRASIL
O Zé Pereira chegou de caravela
E perguntou pro guarani da mata virgem
- Sois cristão?
- Não. Sou bravo, sou forte, sou filho da Morte
Teterê tetê Quizá Quizá Quecê!
Lá longe a onça resmungava Uu! ua! uu!
O negro zonzo saído da fornalha
Tomou a palavra e respondeu
- Sim pela graça de Deus
Canhem Babá Canhem Babá Cum Cum!
E fizeram o Carnaval.
Poesia
Apego a São Paulo
Defesa dos falares regionais
Reflexão sobre nacionalismo
Obsessão pela língua “brasileira”
Liberdade formal

Prosa
”Amar, verbo intransitivo”
”Macunaíma”
O romance apresenta no próprio título uma contradição gritante,
afinal, o verbo "amar" é transitivo direto e não intransitivo. Se isto já não
bastasse, ainda recebe uma curiosa classificação: é apresentado na capa
como Idílio.

A história, classificada como idílio pelo próprio autor, é sobre a iniciação


sexual do protagonista, Carlos Alberto. Seu pai, Sousa Costa, preocupado
em prepará-lo para a vida, contrata uma profissional para isso, Fräulein
Elza (o grande medo de Sousa Costa é que, se seu filho tivesse sua
iniciação num prostíbulo, poderia ser explorado pelas prostitutas ou até se
tornar toxicômano por influência delas). Oficialmente, ela entra no lar
burguês de Higienópolis para ser governanta e ensinar alemão aos quatro
filhos do casal Sousa Costa, D. Laura.
"Macunaíma" é fruto do conhecimento reunido por Mario de Andrade
acerca das lendas e mitos indígenas e folclóricos. Dessa forma, pode-se
dizer que a obra é uma rapsódia, que é uma palavra que vem do grego e
designa obras tais como a Ilíada e a Odisseia de Homero.

O nome Macunaíma, que significa o grande mal, coisa ruim, já é o primeiro


dado da sátira, de crítica, mas por outro lado tem "Herói de nossa gente",
com tom profético ironizando, pois Cristo é o salvador. Isso aparece como
um visão de um herói pícaro ou de um herói às avessas, pois a
caracterização dos heróis em outras obras são lindos, belos e perfeitos e já
em Macunaíma, os seus defeitos estão mais exaltados, ou seja, mais
evidentes do que as suas qualidades.
Melancolia

Proximidade com a morte


Simplicidade linguística
Descrição do cotidiano
Evocação do passado
Morte como libertação
TESTAMENTO
(...)
Criou-me, desde eu menino,
Para arquiteto meu pai.
Foi-se-me um dia a saúde...
Fiz-me arquiteto? Não pude!
Sou poeta menor, perdoai!
(...)
Prosa urbana
Inovação com reprodução do falar do imigrante italiano
Cotidiano retratado
Caricata

Livros e flores

Teus olhos são meus livros.


Que livro há aí melhor,
Em que melhor se leia
A página do amor?

Flores me são teus lábios.


Onde há mais bela flor,
Em que melhor se beba
O bálsamo do amor?

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