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MÔDULO III:

TEORIA NEO-CLÁSSICA DO CI

OU

MODELO DE HECKSCHER-OHLIN
TEORIA NEO-CLÁSSICA
2

Esta teoria é conhecido por:

a. Teoria Neo-Clássica do Comércio Internacional;


b. Teoria de H-O;
c. Teoria das Proporções dos Factores;
d. Teoria das Dotações dos Factores;
e. Teoria das Dotações Relativas dos Factores;
f. Modelo de Heckscher-Ohlin

Breve resumo e distinção entre as terorias Pre-Clássica e Clássica


do comércio internacional.
ELI HECKSCHER E BERTIL OHLIN
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MODELO DE HECKSCHER-OHLIN
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Ampliação do modelo Clássico em duas vertentes:

 A explicação da base das vantagens comparativas;

 Análise dos efeitos do CI sobre os rendimetos dos factores


de produção (analisar o efeito do CI sobre os rendimentos
do trabalho e as diferenças internacionais dos
rendimentos).
HIPÓTESES DO MODELO
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H1: 2x2x2  2 nações, 2 bens e dois factores ( L e K)

H2: Os dois países usam a mesma tecnologia;


H3:Bem X é Trabalho intensivo (L-intensivo) e bem y é
capital intensivo (K-intensivo)
H4: Rendimentos constantes a escala;
H5: Especialização incompleta em ambas nações;
H6: Os gostos dos consumidores nas duas nações são
idênticos;
H7: Os mercados de bens como de factores são de
concorrência perfeita;
HIPÓTESES DO MODELO
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H8: Existe mobilidade perfeita de factores de produção dentro de


cada nação mas não existe entre as nações;
H9: não existem barreiras ao comércio internacional e nem custos
de transporte –significa que a especialização na produção
prossegue até que os preços relativos e absolutos dos bens sejam
os mesmos em ambos os países com o comércio.
Questão: se tomasse em consideração o custos de transporte e
direitos aduaneiros como seriam os preços de bens nas duas
nações
H10: Os recursos são plenamente empregues em ambas nações;
H11: O CI entre as duas Nações encontra-se em equilíbrio.
Intensidade de factores
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A teoria de Heckscher - Ohlin é expressa em termos de intensidade e


abundância de factores.

Intensidade de factores - num universo de dois bens (x e y) e dois


factores de produção (k e L), diz-se que o bem Ky é capital
intensivo quando a relação Utilizada na produção doL bem y for
maior que a mesma relação utilizada na produção do bem x.
NB: Não se trata de quantidades absolutas dos factores utilizados
mas sim, da relação dessas quantidades.
Gráfico: Intensidade de factores
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Intensidade de factores
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 A questão é: o que acontece se, por alguma razão, o preço


relativo do capital cai?
 Os produtores substituiriam o trabalho por capital na produção
de ambos os bens para minimizar os seus custos de produção, do
que resultaria que os dois bens passassem a ser K intensivos.
 Contudo, só quando K/L na produção do bem Y ultrapassa K/L
na produção do bem X a todos os preços relativos dos factores é
que podemos afirmar categoricamente que o bem Y é K intensivo
e o bem X é L intensivo.
Abundância de factores
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A abundância pode ser definida de duas maneiras:


Em termos de unidades físicas, isto é, em termos de relação
de total de capital e trabalho que uma nação possui.

Deste modo, a nação 2 será capital abundante, se a relação


entre a quantidade total de capital e a quantidade total de
trabalho disponível na nação 2 , for superior à da nação 1.
Abundância de factores
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Em termos de preços relativos de factores


Isto é em termos do preço do capital e do preço
(tempo) de mão de obra (taxa de juro e o salário).

A nação 2 será capital abundante se a relação entre o


preço de capital e o preço da mão de obra for inferior
na nação 2 à nação 1.
Relação entre as duas definições de Abundância
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 A definição em termos físicos considera somente a oferta de


factores de produção.
 A definição em termos preços relativo considera ao mesmo tempo
a oferta e procura dos factores . Dos princípios de economia, num
mercado de concorrência perfeita, o preço de equilíbrio é
determinado em termos de demanda e oferta (intercepção da curva
da demanda e da oferta).
 Por outro lado a procura de um factor de produção é uma procura
derivada (ou induzida) pela procura do bem final que requer este
factor para a sua produção.
CONCLUSÃO
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Conclusão: como nas nossas hipóteses os gostos e preferências são


homogéneos, então as duas definições devem dar o mesmo
resultado.

Porém em casos de divergências, prevalecerá a definição em termos


de preços relativos.
A abunância de factores e CFPP
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Teoria Neo-Clássica do CI
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 ELI HECKSCHER E BERTIL OHLIN


Teoria Neo-Clássica do CI
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Eli Heckscher,Economista sueco publicou em1919 um artigo


com o título os efeitos do comércio exterior sobre a renda.
Neste artigo ele apresentou aquilo que viria a ser a teoria
moderna do comércio internacional.

Bertil ohlin, 1933, Sueco publicou o seu livro intitulado


comércio inter-regional e internacional.
Como a teoria foi inicialmente introduzida por Hechscher ela
foi designada por teoria de Heckscher-ohlin.
Teorema de Heckscher-Ohlin
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 A teoria neo-clássica explica o CI com base em dois teoremas:

 Teorema de Heckscher-Ohlin que se ocupa do comércio


internacional e prevê o seu padrão futuro.

 O Teorema de Equalização dos Preços dos Factores, o qual lida


com os efeitos do comércio internacional sobre os preços dos
factores de produção.
Teorema de Heckscher-Ohlin
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 “Uma nação exportará o bem cuja a produção exija a utilização


intensiva do seu factor relativamente abundante e barato e
importará o bem cuja produção exija a utilização intensiva do seu
factor relativamente escasso e caro.”
O teorema de H-O destaca a diferença na abundância de factores ou a
dotação de factores como a causa básica das vantagens
comparativas no CI.
 Ou seja, o Teorema de Heckscher-Ohlin postula que a
diferença na abundância relativa e custos dos factores é a
causa da diferença nos preços relativos dos bens em
economia fechada. Esta diferença traduz-se em diferença nos
preços absolutos dos factores e dos bens.
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Resumindo: A Teoria de Heckscher-Ohlin pode ser resumida como se


segue:
i.Uma vez que os dois países têm gostos iguais, eles enfrentam o mesmo
mapa de indiferença;
ii.A curva de indiferença I é a mais elevada que o país 1 e o país 2 podem
alcançar em autarquia e os pontos A e A’ representam os seus respectivos
pontos de produção e consumo na ausência do comércio (em autarquia);
iii.A tangência da curva de indiferença I nos pontos A e A’ define os preços
relativos iguais (PA no país 1 e PA’ no país 2) dos dois bens nos dois países,
a partir dos quais deixa de haver trocas comerciais mutuamente vantajosas;
iv.Uma vez que PA<PA’, o país 1 tem uma vantagem comparativa na
produção do bem X e o país 2 tem uma vantagem comparativa na produção
do bem Y;
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i. O diagrama do lado direito mostra que com o comércio (ou em


economia aberta) o país 1 especializa-se na produção do bem X e o
país 2 especializa-se na produção do bem Y e este padrão de
especialização continua até o país 1 atingir o ponto B e o país 2
atingir o ponto B’, onde as curvas de transformação são tangentes à
linha do preço relativo comum PB;
ii. O país 1 exporta X em troca de Y e consome no ponto E sobre a
curva de indiferença II. O país 2 exporta Y em troca de X e consome
no ponto E’ que coincide com o ponto E. Note-se que as exportações
do bem X pelo país 1 são iguais às importações do bem X pelo país
2, daí que BC=C’E’. De igual modo, as exportações do bem Y pelo
país 2 são iguais às importações do bem Y pelo país 1, daí que
B’C=CE;
Teorema de equalização dos preços de factores
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Foi provado por Paul Samuelson e por esta razão também é


conhecido por teorema de H-O-S.

Teorema “o CI trará a igualização dos rendimentos relativos e


absolutos dos factores homogéneos entre as nações”. Como tal o
CI é substituto da mobilidade internacional dos factores.
Mão-de-obra homogénea- mesmo nível de treinamento, habilidades
e produtividade.
Capital homogéneo-mesma produtividade e risco.
Como se processa a equalização dos p. factores
22
23

 No gráfico (na página anterior) esta representado o


processo de equalização dos processos do factores
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 A Equalização Relativa e Absoluta dos Preços dos


Factores
Assumindo que todos os pressupostos do modelo
HOS se mantêm, notamos que:
a. O preço relativo do trabalho (w/r) é medido ao
longo do eixo das abcissas e o preço relativo do bem X (PX/PY)
é medido ao longo do eixo das ordenadas;
c. Dado que estamos num ambiente de concorrência perfeita e
ambos os países usam a mesma tecnologia, existe uma relação
de um para um entre w/r e PX/PY;
d. Cada rácio w/r está associado a um rácio PX/PY específico;
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Antes das trocas, o país 1 encontra-se no ponto A, onde
w/r = (w/r)1 e PX/PY = PA enquanto o país 2 se encontra no ponto A’,
onde w/r = (w/r)2 e PX/PY = P A’;
f. Em autarquia w/r é menor no país 1 do que no país 2, o que significa
que PA é menor do que PA’, do que resulta que o país 1 tem uma
vantagem comparativa na produção do bem X, pois PA<PA’;
g. À medida que o país 1 (de L-abundante), se vai especializando na
produção do bem X (de Lintensivo) e vai reduzindo a produção do bem
Y (de K-intensivo) com o comércio, a procura de trabalho aumenta mais
relativamente à procura de capital, fazendo w/r subir no país 1, o que
provoca a subida de PX/PY também no país 1 e a queda de PY/PX;
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À medida que o país 2 (de K-abundante, se vai


especializando na produção do bem Y (de K-intensivo) com o
comércio, e vai reduzindo a produção do bem X (de L-intensivo), a
procura de capital aumenta mais relativamente ao trabalho,
levando à subida do rácio r/w e à queda do rácio w/r, o que por sua vez
faz subir PY/PX, provocando a queda de PX/PY;
i. Este processo continua até ao ponto B = B’, onde PB = PB’ e w/r =
(w/r)* em ambos os países, o que acontece porque w/r é o mesmo nos
dois países (ambiente de concorrência perfeita e ambos os países usam
a mesma tecnologia);
j. Repare-se que PB = PB’ fica entre PA e PA’ e (w/r)*
fica entre (w/r)1 e (w/r)2;
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 Resumindo: PX/PY torna-se igual em ambos os países em


resultado do comércio e isto acontece apenas quando w/r se
tornar igual nos dois países, enquanto os dois países continuarem
a produzir os dois bens. Até aqui vimos como os preços relativos
(não absolutos) dos factores são equalizados. A equalização
dos preços absolutos significa que:
a. O comércio internacional livre também pode equalizar os
salários reais para o mesmo tipo de rabalho entre os dois países;
b. O comércio internacional livre pode também equalizar as taxas
de juro para o mesmo tipo de capital entre os dois países.
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a. Uma vez que existe uma concorrência perfeita


em todos os mercados de bens e de factores
de produção;
b. Considerando que os dois países usam a
mesma tecnologia e enfrentam retornos
constantes de escala na produção dos dois
bens;
c. Então, o comércio internacional também
equaliza os retornos absolutos dos factores
homogéneos.
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 Sendo o comércio um substituto da mobilidade internacional dos factores


de produção, do ponto de vista do seu efeito sobre os preços dos factores,
isto é, com informação completa sobre as restrições legais ou os custos de
transporte:
 O trabalho migraria do país de salários baixos para o de salários altos até
ao momento em que os salários se tornam iguais nos dois países;
 O capital migraria do país de taxas de juro baixas para o de taxas de juro
altas até ao ponto em que as taxas de juro fossem equalizados entre os dois
países;
 Enquanto o comércio opera sobre a procura dos factores, a mobilidade
opera sobre a oferta dos factores e, em qualquer dos casos, o resultado é a
equalização completa dos retornos absolutos de factores homogéneos.
Teorema de Stolper - Samuelson
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 Quando uma comunidade entre no CI beneficiara o factor de


produção relativamente mais abundante (cujo preço aumenta) e
prejudicando o factor de produção relativamente mais escasso
(cujo preço reduz)
Efeitos do C. sobre distribuição da renda
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 Nação trabalho abundante


 Nação capital abundante
Solução: uma política adequada de redistribuição de rendimento
(cobrança de impostos aos proprietários de capital e subsídios aos
trabalhadores, ambas as classes podem sair a ganhar com o CI.

 Evidências empíricas do equalização dos preços dos factores.


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O Efeito do Comércio sobre a Distribuição da Renda


Até aqui vimos como o comércio internacional equaliza as taxas
salariais (w) e as taxas de juro (r) entre os dois países. Vamos
analisar o impacto do comércio internacional sobre os salários reais e
os rendimentos reais do trabalho em relação às taxas de juro reais e
os rendimentos reais dos donos de capital dentro de cada país.
Sabemos que:
O comércio internacional faz subir o preço do factor abundante e
barato dum país, isto é, w sobe e r cai no país 1 (de L-abundante);
O comércio internacional reduz o preço do factor escasso e caro
dum país, isto é, w cai e r sobe no país 2 (de K-abundante);
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 Uma vez que há pleno emprego antes e depois do comércio, o


rendimento real do trabalho e o rendimento real dos donos do capital
movimentam-se na mesma direcção em que se movimentam os preços
dos factores, levando a que o comércio
internacional provoque:
a. O aumento do rendimento real do trabalho (w sobe) e a queda do
rendimento real dos donos de capital (r desce) no país 1 (de L-
abundante e barato e de K-escasso e caro);
b. A queda do rendimento real do trabalho (w desce) e o aumento do
rendimento real dos donos de capital (r sobe) no país 2 (de L-escasso e
caro e de K-abundante e barato).
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É isto que observamos no mundo real, nomeadamente:


a.Nos países desenvolvidos (de K-abundante e barato: EUA, Alemanha,
Japão, França, Inglaterra, Itália e Canada), o comércio internacional tende a
reduzir o rendimento real do trabalho (w tende a descer) e a aumentar o
rendimento real dos donos de capital (r tende a subir), o que provoca a
tendência dos movimentos sindicais nestes países de se oporem à
liberalização do comércio;
b.Nos países em desenvolvimento (de L-abundante e barato: Índia, China,
Coreia do Sul, México), o comércio internacional tende a aumentar o
rendimento real do trabalho (w tende a subir) e a reduzir o rendimento real
dos donos de capital (r tende a descer).
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AULA Nº 10
Paradoxo de Leontief
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 Um modelo para ter validade deve ser testado empiricamente


com sucesso caso contrário, ele deve ser rejeitado.
 Vassily Leontief, economista Russo, testou o modelo de H-O.
Este teste foi realizado em 1951 usando dados da economia Norte
Americana de 1947.
 Leontief, para esse teste utilizou a matriz insumo -produto
( matriz que apresenta a origem e o destino de um produto na
economia), para calcular a quantidade de trabalho e de capital
envolvidas em um pacote representativo.
Paradoxo de Leontief
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 Para este estudo leontief dispunha de dados das exportações mas,


não possuía os dados das importações tendo usado dados de
substitutos das mesmas.

Sendo os EUA uma nação capital abundante, leontief esperava que


eles exportassem bens capital intensivo e importassem bens
trabalho intensivo, como é postulado pela teoria de Heckscher-
Ohlin. O resultado foi bem diferente. Os substitutos das
importações eram cerca de 30% k-intensivo do que as Exportações
ou seja, os EUA exportavam bens L- intensivo e importavam bens
K-intensivo. Esta contradição foi conhecida por paradoxo de
Leontief.
Explicação para Paradoxo de Leontief
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Explicações para o paradoxo de leontief


a. O ano de 1947 encontrava próximo do fim da 2ª GM e podia não
ser representativo;
b. Leontief usou um modelo de 2 factores (k e L) abstraindo desta
forma de outros factores tais como solo, clima, depósitos
minerais, florestas, etc;
c. A política tarifária dos EUA, protegia a produção interna de bens
substitutos das importações (estimula a produção interna e
desencoraja as importações);
d. Não incluiu o capital humano nos estudos.
e. A diferenças nos gostos e preferências
Explicação para Paradoxo de Leontief
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Reversão da Intensidade dos factores
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vii. Inversão da Intensidade dos Factores –


Trata-se duma situação em que um dado bem é de L-intensivo no
país de L-abundante e é de K intensivo no país que é de K-
abundante. Por exemplo, a inversão da intensidade dos factores
está presente se o bem X é de L-intensivo no país 1 (o país de
salários baixos) e, ao mesmo tempo, é o bem de K-intensivo no
país 2 (o país de salários altos).

Para determinar quando e como a inversão da intensidade dos


factores ocorre, usa-se o conceito de elasticidade de substituição
dos factores na produção.
Reversão da Intensidade dos factores
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 Elasticidade de substituição

 A elasticidade de substituição dos factores mede o grau ou a


facilidade com um factor pode ser substituído por outro na
produção à medida que o preço relativo do factor declina.
Suponhamos que a elasticidade de substituição de K por L é
muito maior na produção do bem X do que na produção do bem
Y, Isto significa que é muito mais fácil substituir K por L (ou
vice-versa) na produção do bem X do que na produção do bem Y.
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 A probabilidade de ocorrência da inversão da intensidade dos


factores é tanto maior quanto maior for a diferença na
elasticidade de substituição de K por L na produção dos dois
bens.
Consequências da reversão I. factores
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 Com a ocorrência da reversão de factores o teorema de H-O falha.


Porquê? O Teorema de HOS falha porque, com o inversão, o país 1 (de
L -abundante) iria exportar o bem X (de L- intensivo) e o país 2 (de K -
abundante) iria também exportar o bem X (o seu bem de K intensivo) e,
uma vez que os dois países não podem exportar um para o outro o
mesmo bem homogéneo, o Modelo de HO deixa de funcionar na
previsão do padrão do comércio.
 Com a ocorrência da reversão de factores o teorema equalização dos
preços dos factores também falha. Porquê?
O Teorema de Equalização dos preços dos Factores também falha porque,
à medida que o país 1 se especializa na produção do bem X e procura
mais trabalho, taxa relativa e absoluta de salário sobe no país 1 (o país
de salários baixos).
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Por outro lado, uma vez que o país 2 não pode exportar o bem para
o país 1, teria que se especializar na produção e exportação do
bem Y. Sendo o bem Y de L intensivo no país 2, a procura de
trabalho e os salários vão subir no país 2

Evidências empíricas da reversão de factores-

Entretanto, estudos realizados mostram que a ocorrência da reversão


de factores no mundo real é um caso extremamente raro, por isso a
teoria de H-O continua válida como modelo explicativo do CI.
Ilustração da Inversão da Intensidade dos Factores
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Ilustração da Inversão da Intensidade dos Factores
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 O diagrama do slide anterior mostra uma isoquanta única para o bem X e uma
isoquanta única para o bem Y. Com uma função de produção homogénea de
grau 1, uma isoquanta única descreve completamente a função de produção
inteira de cada bem. Assumindo que os dois países usam a mesma tecnologia,
podemos usar a isoquanta X e isoquanta Y para os dois países. No diagrama
podemos ver que ao rácio w/r=1/2, o bem X é produzido no ponto A, onde a
isoquanta X é tangente à linha de isocusto com a inclinação (w/r) igual a ½
onde K/L=6/18=1/3. O bem Y é produzido no ponto B, onde a isoquanta Y é
tangente à mesma linha de isocusto com inclinação (w/r) igual a 1/2 e
K/L=9/12=3/4. Assim, ao rácio w/r=1/2, K/L é mais elevado para o bem Y, de
forma a que o bem X fica relativamente de L intensivo. Por outro lado, ao
rácio w/r=2, o bem Y é produzido no ponto C, onde a isoquanta Y é tangente à
linha de isocusto com inclinação (w/r) igual a 2 e K/L=12/9=4/3. O bem X é
produzido no ponto D, onde a isoquanta X é tangente à mesma linha de
Ilustração da Inversão da Intensidade dos Factores
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 isocusto com inclinação (w/r) igual a 2 e K/L=18/6=3. Assim, ao


rácio w/r=2, o bem X é relativamente bem de K intensivo. Em
resultado, o bem X é de L intensivo ao rácio w/r=1/2 e de K
intensivo ao rácio w/r=2 em relação ao bem Y e aqui estamos em
presença da inversão da intensidade dos factores
O CRITÉRIO PARETIANO E O PRINCÍPIO DA COMPENSAÇÃO
49

 Curvas de indiferenca individual

 Curvas de indiferenca comunitaria


 Algumas pessoas ficam na mesma situação, nem melhor nem pior, em termos de nível
de satisfação ou de rendimentos;

 Outras ficam mais satisfeitas com a nova situação e esperam obter melhores
rendimentos;

 Outras ainda, pelo contrário, ficarão menos satisfeitas do que antes e experimentarão
piores rendimentos.

 Torna-se difícil comparar, em simultâneo, várias combinações de bens e vários níveis


de satisfação que ocorrem numa comunidade inteira.
O CRITÉRIO PARETIANO E O PRINCÍPIO DA
COMPENSAÇÃO
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 Critério Paretiano, da autoria do economista italiano Vilfredo


Pareto.
 O Critério Paretiano diz que é possível afirmar que a sociedade
como um todo melhorou o seu nível de bem-estar, na situação
final, desde que um dos sujeitos, Fulano, revele uma melhoria do
seu nível de satisfação sem que o outro sujeito, Cicrano, tenha
revelado alguma perda de satisfação ou de utilidade.
Princípio da Compensação
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 Princípio da Compensação - se as pessoas que beneficiam com a


mudança da situação obtêm rendimentos adicionais suficientes
para compensar as pessoas que ficam a perder (de modo a colocá-
las, pelo menos na situação em que se encontravam inicialmente,
e, só depois disso, revelarem melhoria na sua situação) então
pode-se concluir que o bem-estar social aumentou.
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Fim do Modulo

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