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Curso de português

B&E assessoria
Romantismo 2
1.

2.

3.

4.
Respostas
1 – a) O poema começa com uma pálida donzela que corre pela areia da praia.
Suas vestes são banhadas pelas ondas do mar e a brisa balança seus cabelos
negros. Ela se deita na areia da praia e parece dormir, mas os seus olhos não
estão fechados nem seu colo treme, está fria. Depois, aparece dormindo no mar,
toda gélida, estátua sem vida. Na última cena, é levada pelas águas do mar.
b) Qual é o cenário apresentado no texto?
R: O cenário é uma praia, à noite, banhada pela lua.

2 - Nas quatro primeiras estrofes, os quatro versos iniciais apresentam ao leitor


as ações da donzela, que atua na cena descrita como a personagem principal.
Assim, o conjunto dessas estrofes compõe a “história” de uma jovem que corre
pela areia da praia, senta-se e morre. Nessas mesmas estrofes, os últimos quatro
versos expressam a visão pessoal do sujeito lírico, traduzida pelos apelos que
dirige à donzela para ter piedade dele e não o abandonar. Essa organização
promove um movimento interno no poema que alterna descrição de uma cena
romântica e apresentação das emoções que a cena provoca no eu lírico. É quase
como se estivéssemos diante de um filme em que um narrador introduz
comentários pessoais para cada cena observada.
Respostas

3- a) Os vocativos sugerem a imagem de uma mulher morta.


b) Além dos vocativos, os adjetivos “imóvel”, “branca” e “gélidas”
(referindo-se especificamente às mãos da donzela)

4. Ao descrever o corpo da mulher, o eu lírico chama a atenção do


leitor para suas formas femininas e faz com que um tom mais
sensual passe a dominara imagem da donzela que corre pela
praia. Assim, após falar do corpo molhado pela espuma do mar,
dos cabelos negros tocados pela brisa, descreve como os seios
palpitam. As referências a palpitações, beijos, suspiros, desmaio
também evocam um ambiente característico dos encontros
amorosos.
Junqueira Freire
Exercícios. Texto para as questões 1 a 3
1.

2.

3.
Respostas
1. Algumas passagens caracterizam o ultrarromantismo: “É ela! É ela! – murmurei
tremendo”, “Eu a vejo e suspiro enamorado”, “Vê-la mais bela de Morfeu nos braços”, “Quase
cai na rua desmaiado!”, “beijei-a a tremer de devaneio” etc.
2. A idealização da mulher está presente na expressão “minha fada aérea e pura”, na
comparação com musas de outros escritores (Carlota, Laura, Beatriz) e na referência ao fato
de ela ser a “alma” do eu lírico etc.
a) a) Ela é uma mulher comum (uma lavadeira) que, em lugar de suspirar ou respirar
suavemente enquanto dorme, ronca. Além disso, guardado nos seus seios está um rol de
roupa suja e não um poema de amor escrito por ela, como seria de se esperar em um
poema tipicamente ultrarromântico.
b) O poema ironiza situações ultrarromânticas através da apresentação da mulher amada
não mais como uma musa inatingível, mas como alguém comum. O eu lírico ironiza a
situação típica da mulher adormecida, apresentando uma cena que desfaz a idealização: a
“fada aérea e pura” está adormecida tendo nas mãos o “ferro do engomado” e ronca,
coisa que jamais seria dita sobre a musa ultrarromântica.
3. O eu lírico refere-se a uma cena do romance Os sofrimentos do jovem Werther, em
que o protagonista se enamora de Carlota ao vê-la dando pão com manteiga a algumas
crianças. Se Werther, ao ver sua musa em uma situação tão comum, foi tomado por um
sentimento arrebatado, o eu lírico irá adorar ainda mais sua amada ao imaginá-la lavando a
roupa suja. Percebe-se, nessa referência, a ironia ao exagero sentimental ultrarromântico que
vê em qualquer gesto banal da amada um motivo para uma adoração exacerbada.

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