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Aula V - Teoria decolonial, interculturalidade

e os estudos étnico-raciais
Prof. Marcello Felisberto Morais de Assunção

Disciplina: Educação e Relações Étnico-raciais (ERER)


Aula V - Teoria decolonial, interculturalidade
e os estudos étnico-raciais
Prof. Marcello Felisberto Morais de Assunção

Disciplina: Educação e Relações Étnico-raciais (ERER)


1. Objetivos
1. Evidenciar os principais legados e
conceitos da tradição decolonial para
as ciências humanas e o campo
educacional;
2. Abordar as relações entre a educação
antirracista proposta nas DCNERER e a
proposta de uma pedagogia decolonial.

Rosana Paulino, Atlântico Vermelho, 2016


2. Textos base
1. OLIVEIRA, Luiz Fernandes; CANDAU, Vera
Maria Ferrão. Pedagogia decolonial e
educação antirracista e intercultural no
Brasil. Educação em Revista, Belo Horizonte,
v. 26, n. 01, 2010, p. 15-40.
2. Bibliografia complementar: MALDONADO-
TORRES, Nelson. Pensamento crítico desde a
subalternidade: Os estudos étnicos como
ciências descoloniais ou para a transformação
das humanidades e das ciências sociais no
século XXI. Afro-Ásia, 34 (2006), p. 105-129.
Rosana Paulino, Atlântico Vermelho,2016
3. Teoria decolonial, interculturalidade e os
estudos étnico-raciais
Padrão de colonial-moderno de poder e Colonialidade do
Poder são conceitos fundamentais que ele trabalha em
quatro artigos primordiais:
1. “Colonialidad y Modernidad/Racionalidad” (1989/1991);
2. “Americanity as a Concept or the Americas in the
Modern World-System” (1992);
3. “Colonialidad del Poder, Eurocentrismo y América Latina
(2000);
4. “Colonialidad del Poder y Clasificación Social” (2000).
3. Teoria decolonial, interculturalidade e os
estudos étnico-raciais

Rosana Paulino, Atlântico Vermelho, 2016


3. Teoria decolonial, interculturalidade e os
estudos étnico-raciais
“(...) os Estudos Étnicos não contem com recursos como
outras áreas e que o que eles possam oferecer tenha sido
sempre visto com desdém ou indiferença, ao mesmo tempo
eles se revelam como excessivos. Esta relação com
programas acadêmicos que foram originados pelas
intervenções de grupos racializados nos Estados Unidos tem
uma estrutura racial conhecida: por mais que tenham, nunca
serão nada, mas o pouco que têm já é demasiado. Os MALDONADO-TORRES, Nelson.

Estudos Étnicos são vistos ao mesmo tempo como Pensamento crítico desde
subalternidade: Os estudos étnicos
a

completamente irrelevantes, porém excessivamente como ciências descoloniais ou para a


transformação das humanidades e das

ameaçadores” p. 106-107 ciências sociais no século XXI. Afro-


Ásia, 34 (2006), p. 105-129.
3. Teoria decolonial, interculturalidade e os
estudos étnico-raciais
“O escândalo diante do mundo da morte colonial se transforma no
grito e o grito gradualmente se torna pranto, amor, teoria e ciência.
O grito e o pranto gradualmente se tornam uma atitude crítica,
cognitiva e prática que se pode chamar “atitude descolonial”. Pois
bem, a atitude descolonial serve de inspiração e orientação a uma
forma de conhecimento que interrompe a estrutura das ciências
estabelecidas” p. 126
3. Teoria decolonial, interculturalidade e os
estudos étnico-raciais

Rosana Paulino, Atlântico Vermelho, 2016


3. Teoria decolonial, interculturalidade e os
estudos étnico-raciais
“O conceito de interculturalidade é central à
(re)construção de um pensamento crítico-outro - um
pensamento crítico de/desde outro modo -,
precisamente por três razões principais: primeiro
porque está vivido e pensado desde a experiência vivida
da colonialidade [...]; segundo, porque reflete um
pensamento não baseado nos legados eurocêntricos ou
da modernidade e, em terceiro, porque tem sua origem OLIVEIRA, Luiz Fernandes; CANDAU,
no sul, dando assim uma volta à geopolítica dominante Vera Maria Ferrão. Pedagogia
decolonial e educação antirracista e
do conhecimento que tem tido seu centro no norte intercultural no Brasil. Educação em
global” (WALSH apud p. 27) Revista, Belo Horizonte, v. 26, n. 01,
2010, p. 15-40.
3. Teoria decolonial, interculturalidade e os
estudos étnico-raciais

Rosana Paulino, Musa Paradisiaca,2017 Rosana Paulino, Bastidores, 1997


4.Bibliografia
BERNARDINO-COSTA, Jorge; GROSFOGUEL, Ramón; MALDONADO-
TORRES, Nelson (Orgs.). Decolonialidade e pensamento
afrodiásporico. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2019
DUSSEl, Enrique. 1492 A origem do mito da modernidade: O
encobrimento do outro. Petrópolis: Vozes, 1993.
QUINTERO, Pablo; FIGUEIRA, Patricia; ELIZALDE, Paz Concha. Uma
breve história dos estudos decoloniais. São Paulo: MASP Afterall,
2019.
SANTOS, Boaventura de Sousa; MENESES, Maria Paula (Orgs.).
Epistemologias do Sul. Coimbra: CES, 2009.
VERGÈS, Françoise. Um feminismo decolonial. São Paulo: Ubu
Editora, 2019.
Rosana Paulino, Ainda há lamentar, 2011

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