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Foi um levante organizado pela Marinha, entre 1891 e 1894, no qual os marinheiros reivindicaram maior
participação na república brasileira, proclamada em 1889. Até aquele momento, apenas o Exército tinha
participação ativa no governo. A denominação “Armada” se refere ao nome que a Marinha recebia
naquele tempo.
Essa revolta demonstrou a divisão que havia entre os republicanos, principalmente por conta daqueles
que se opuseram à concentração de poderes nas mãos do presidente, como se evidenciou nos
governos Deodoro da Fonseca (1889-1891) e Floriano Peixoto (1891-1894).
Primeira Revolta da Armada (1891)
O marechal Floriano Peixoto, que era vice, assumiu a presidência da república logo após a renúncia de
Deodoro da Fonseca. Contudo, de acordo com a Constituição de 1891, se o presidente não completasse os
primeiros dois anos do seu mandato, uma nova eleição deveria ser convocada.
Dessa forma, Floriano Peixoto deveria assumir o poder e convocar novas eleições, mas ele permaneceu no
cargo. Isso gerou uma reação de generais do Exército, que, em março de 1892, escreveram uma carta
manifesto exigindo o cumprimento da Constituição e a convocação de novas eleições. Floriano puniu os
signatários do manifesto com a prisão deles.
A Marinha novamente entrou em cena e exigiu a convocação de novas eleições. Além do autoritarismo do
novo presidente, os líderes da Armada se mostraram dispostos a lutar pelo poder. No dia 13 de setembro de
1893, começava a segunda Revolta da Armada. Desta vez, os revoltosos não tiveram apoio popular.
Desfecho da Revolta da
Armada
Os revoltosos então rumaram para Desterro (atual
Florianópolis) e lá procuraram unir-se aos federalistas na
luta contra o governo, mas as negociações não deram certo.
Por fim, o apoio que o governo de Floriano Peixoto recebeu
dos Estados Unidos contribuiu para que a Revolta da
Armada fosse derrotada.
O apoio norte-americano a Floriano Peixoto se deu porque
embarcações norte-americanas foram naufragadas após
serem atacadas pelos revoltosos. Assim, Floriano Peixoto
recebeu algumas embarcações projetadas nos Estados
Unidos. O fim da Revolta da Armada aconteceu
oficialmente em março de 1894.
Com o fim da revolta, Custódio de Melo exilou-se em
Buenos Aires e só retornou ao Brasil depois de receber
anistia, no governo de Prudente de Morais.
Consequências da Revolta da Armada