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Dilatação térmica de

sólidos
Professor: Cláudio
O que é?
A dilatação térmica dos sólidos é um fenômeno que ocorre quando corpos que se encontram no
estado sólido ou cristalino são expostos a uma grande variação de temperatura, de modo que as
suas dimensões de comprimento, área ou volume são alteradas.
O estudo da dilatação térmica é de grande importância para diversas áreas do conhecimento. Na
construção civil, por exemplo, há grande preocupação com a escolha de materiais que não dilatem de
forma muito expressiva quando sujeitos a uma grande amplitude térmica, a fim de evitar-se o
surgimento de rachaduras ou até mesmo defeitos estruturais que podem prejudicar a integridade
estrutural de pontes, prédios, galpões e viadutos etc.

- Quando aquecidos,
os metais sofrem
dilatação térmica,
tendo suas dimensões
alteradas.
Coeficiente de dilatação térmica
A magnitude da dilatação sofrida por um corpo sólido depende de uma característica, própria de cada
material, chamada de coeficiente de dilatação. O coeficiente de dilatação diz respeito à capacidade que
os materiais têm de mudar suas dimensões, em relação a uma determinada variação de temperatura. O
coeficiente de dilatação é geralmente constante para certos intervalos de temperaturas, no entanto, seu
módulo pode variar, é por isso que alguns materiais são capazes de expandir-se ou até mesmo de contrair-
se quando sujeitos a grandes mudanças de temperatura.

A unidade de medida do coeficiente de dilatação é o ºC-1 ou K-1, independentemente do tipo de dilatação.


Essa unidade é assim porque esse coeficiente mede a variação em relação às dimensões iniciais do objeto
para cada grau celsius de variação térmica.
A dilatação de objetos sólidos ocorre em razão do aumento da agitação térmica das moléculas. Quando
aquecidos, os átomos que compõem a rede cristalina dos sólidos passam a oscilar com amplitudes cada vez
maiores, ocupando, assim, um espaço maior. O efeito macroscópico dessa vibração atômica pode ser
percebido graças à alteração das diferentes dimensões de um corpo, por meio das dilatações linear,
superficial e volumétrica do sólido.
Os coeficientes de dilatação superficial (β) e volumétrica (γ) guardam uma relação de proporcionalidade
com o coeficiente de dilatação linear, denotado pela letra α, para corpos sólidos e homogêneos, ou seja,
aqueles que são compostos por uma única substância. Para esses corpos, o coeficiente de dilatação
volumétrica equivale a 3α, enquanto o coeficiente de dilatação superficial, por sua vez, corresponde a 2α,
como é mostrado na figura:
       
A tabela seguinte apresenta alguns valores típicos de coeficiente de dilatação linear
para sólidos que se encontram a temperatura de 25 ºC, observe:
Dilatação linear, superficial e
volumétrica dos sólidos
O tipo de dilatação que um sólido apresenta depende diretamente de seu formato. Corpos sólidos com
simetria alongada, como fios, agulhas ou vigas de ferro, sofrerão os três tipos de dilatação já citados, no
entanto, a dilatação linear será a mais evidente de todas. Isso também se aplica aos corpos de simetria
superficial, como placas metálicas, telhas, calhas, vidros ou azulejos. Objetos que apresentem suas
três dimensões: altura, largura e profundidade, igualmente expressivas, sofrerão variações
volumétricas proporcionais ao seu comprimento em cada direção.
Dilatação linear dos sólidos
Dilatação linear ocorre principalmente para fios, tiras, cabos, barras, espetos e trilhos de trem. Esse
tipo de dilatação afeta diretamente o comprimento desses objetos, de acordo com a seguinte equação:

                               
ΔL - variação do comprimento (m)
L0 - comprimento inicial (m)
ΔT - variação de temperatura (K ou ºC)
Dilatação superficial dos sólidos
Dilatação superficial ocorre nos corpos que têm formato de áreas, como em telhas ou placas de
cimento, por exemplo. Quando os corpos de simetria superficial são sujeitos à variação de temperatura,
sua área de superfície pode variar segundo esta equação:

                              
ΔS - variação da área (m²)
S0 - área inicial (m²)
Dilatação volumétrica dos sólidos
Em objetos sólidos que apresentam dimensões comparáveis, a dilatação térmica mais observada é a
dilatação volumétrica. A fórmula usada a seguir permite-nos calcular a variação volumétrica que um
sólido desse tipo sofre em relação a uma variação de temperatura:

                              
ΔV - variação de volume (m³)
V0 - volume inicial (m³)
Dilatação Superficial
Dilatação Superficial é o aumento do volume de um corpo que compreende duas dimensões -
comprimento e largura.
Esse processo decorre da exposição do corpo ao calor, fazendo com que os átomos se agitem e
aumentem a distância entre eles, ou seja, se dilatem.
Exemplos:
1. Uma chapa de metal, cujo aumento de temperatura faz com que ela expanda em comprimento e em
largura.
2. Um furo em uma placa, que aumenta de tamanho à medida que a placa é aquecida.

Como Calcular?
ΔA = A0.β.Δθ
Onde,
ΔA = Variação da área
A0 = Área inicial
β = Coeficiente de dilatação superficial
Δθ = Variação de temperatura

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