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Dilatação térmica

Observe:
Abordagem teórica
São inúmeras as aplicações desse inte-
ressante conceito da Física. Quando andamos
de carro sobre um viaduto, vemos várias trilhas
com borracha no meio: são as chamadas juntas

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de dilatação, para que o viaduto não “quebre”
com a variação da temperatura. Em uma linha
de trem, entre um trilho e outro, existe um espa-
ço, para que em um dia de calor o trilho possa
aumentar de tamanho e não estragar a linha de
trem. Quando fazemos uma calçada, deixamos
espaços entre pedaços dela, para que a mesma
não trinque e venha a se danificar em um dia de
calor. Estes e outros exemplos fazem parte da Figura 1 – Representação microscópica de um corpo. À esquer-
chamada dilatação térmica dos corpos. da, à baixa temperatura, há baixa agitação térmica das molécu-
las. À direita, a uma temperatura mais alta, há maior agitação
A dilatação ocorre quando aumentamos a térmica e ocorre dilatação.
temperatura de um corpo e consequentemente
ele tem suas dimensões aumentadas. Quando A dilatação pode ocorrer:
diminuímos a temperatura de um corpo, ele tem •• nos sólidos;
suas dimensões diminuídas, e dizemos que •• nos líquidos.
ocorreu uma contração térmica. 21
Dilatação térmica: aumento das dimen-
sões de um corpo, causado pelo aumento
Dilatação dos sólidos
da temperatura do mesmo.
Quando um corpo é aquecido, ele aumen-
Contração térmica: diminuição das
ta de tamanho em todas as dimensões. Mas
dimensões de um corpo, causado pela di-
existem casos em que a dilatação em uma das
minuição da temperatura do mesmo.
dimensões é predominante sobre a dilatação
nas demais.
Esse comportamento é explicado tendo
como base o conceito de temperatura, que diz Dessa forma, a dilatação dos sólidos
que quando esta aumenta, aumenta o grau de pode, didaticamente, ser estudada sob três
agitação das moléculas e, consequentemente, aspectos:
o volume do corpo. •• linear: a dimensão predominante é o
comprimento.
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•• superficial: as dimensões predominantes Logo:
são a largura e a altura, ou seja, a área
do corpo. L= . LI . T
•• volumétrica: todas as dimensões são
onde:
predominantes na dilatação.
L: dilatação linear;
Como dilatação é uma variação nas dimen-
LI: comprimento inicial;
sões do corpo, vamos chamar de:
LF : comprimento final;
L: dilatação linear;
T: variação da temperatura;
S: dilatação superficial;
: coeficiente de dilatação linear, que de-
V: dilatação volumétrica;
pende do tipo de material.
A dilatação depende:
Ex.: uma régua, um trilho de trem e uma
•• da variação da temperatura (quanto ponte sofrem dilatação linear.
maior a variação da temperatura, maior b) dilatação superficial
a dilatação sofrida pelo corpo).
Neste tipo de dilatação, o corpo possui
•• do tamanho inicial do corpo, quer seja duas dimensões predominantes: o comprimento
no comprimento, na superfície ou no e a largura.
volume (um trilho de ferro de 20m de
Si
comprimento dilata mais do que uma
barra de ferro de 1m, pois tem mais
moléculas se agitando).
•• do tipo de material (cada material pos-
sui um valor, chamado de coeficiente Sf
de dilatação, que representa se ele
S
dilata mais ou menos do que outro
material). S = SF - SI
22
a) dilatação linear
Neste tipo de dilatação, a dimensão predo- Figura 3 – Dilatação superficial.
minante é o comprimento. Veja o que acontece
Podemos ainda obter a dilatação superficial
com uma barra quando se aumenta a tempera-
utilizando as características físicas do material
tura da mesma:
estudado, tais como sua área inicial e o tipo do
material do qual ele é feita.
LI Logo:
DL = LF - LI
S= . SI . T
LI DL

LF onde:
Figura 2 – Dilatação linear.
S: dilatação superficial;
Podemos ainda obter a dilatação linear SI: área inicial;
utilizando as características físicas do material SF: área final;
estudado, tais como seu tamanho inicial e sua
T: variação da temperatura;
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constituição química (tipo de material).


: coeficiente de dilatação superficial.

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Observação Observação
Para efeitos de cálculo, consideramos Para efeitos de cálculo, consideramos
que o coeficiente de dilatação superficial que o coeficiente de dilatação volumétrico
é sempre duas vezes o coeficiente de dila- é sempre três vezes o coeficiente de dilata-
tação linear . ção linear .

=2. =3.

Ex.: chapa metálica, estrada e calçada Ex.: um bloco metálico, um tijolo e um pa-
sofrem dilatação superficial. rafuso sofrem dilatação volumétrica.
c) dilatação volumétrica

Neste tipo de dilatação, todas as dimen-


Unidade de medida dos
sões do corpo são predominantes: comprimento, coeficientes de dilatação
largura e altura, portanto ocorrerá variação no
volume do corpo. Para unidade de , e , usamos a unidade
VI o
C , ou seja, nas equações de dilatação sempre
-1

iremos trabalhar com a temperatura em oC.


Alguns coeficientes de dilatação linear:
Coeficiente de dilata-
Substância
VF ção linear ( ) em oC-1
DV = VF - VI concreto 1,2 . 10-5
alumínio 2,4 . 10-5
VI chumbo 2,7 . 10-5
23
DV cobre 1,7 . 10-5
Figura 4 – Dilatação volumétrica. ferro 1,2 . 10-5
latão 2,0 . 10-5
Podemos ainda obter a dilatação volumétrica
ouro 1,5 . 10-5
utilizando as características físicas do material
estudado, como o volume inicial e o material do prata 1,9 . 10-5
qual o corpo é feito. vidro comum 0,9 . 10-5
porcelana 0,3 . 10-5
Logo:
zinco 2,6 . 10-5
V= . VI . T
Observação: não precisamos ter tabelas
onde: com coeficientes de dilatação superficial e volu-
métrica, pois basta conhecermos o coeficiente
V: dilatação superficial;
de dilatação linear e as relações entre eles.
VI: volume inicial;
VF: volume final; =2.
T: variação da temperatura; =3.
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: coeficiente de dilatação volumétrica.

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diminui, enquanto a temperatura aumenta. Veja o
Dilatação dos líquidos gráfico do volume em função da temperatura:
V
O líquido não possui forma definida, toman-
do a forma do recipiente no qual ele se encontra.
Por esse motivo, é necessário estudar a dila-
tação do líquido e do recipiente que o contém
Va
simultaneamente.
Considere um recipiente sólido, totalmente
cheio de um líquido. Quando ele é aquecido, 0 4 T (oC)
muitas vezes percebemos que o líquido dilatou Figura 6 – Gráfico da dilatação irregular da água.
quando ocorre um extravasamento ou trans-
bordamento do mesmo. Porém, não podemos
De acordo com a equação da densidade
afirmar que o volume de líquido que transbordou m
corresponde à dilatação volumétrica, pois o reci- d =  , percebemos que a água possui sua
v
piente também sofreu dilatação. Dessa forma, máxima densidade na temperatura de 4oC.
podemos perceber que a dilatação do líquido é
A dilatação irregular da água explica o fato
volumétrica e composta de duas formas:
de, nos lagos de regiões frias, formar uma ca-
A dilatação do recipiente ( VRECIPIENTE) mada de gelo apenas na superfície, mantendo
O líquido que vazou ( VAPARENTE) a vida aquática no lago.
Explicação:
VAPARENTE Como a temperatura externa do lago vai
diminuindo, o volume também diminui, au-
mentando a densidade, fazendo as moléculas
VRECIPIENTE
frias descerem até o fundo e as mais quentes
subirem para a superfície (lembra das correntes
24 de convecção?). De 4oC para baixo o volume
Figura 5 – Dilatação volumétrica de um líquido.
aumenta, logo a densidade diminui e as molé-
Logo, a dilatação real sofrida pelo líquido é: culas ficam na superfície até congelarem a 0oC,
mantendo a água do fundo do lago líquida. Além
VREAL = VRECIPIENTE + VAPARENTE disso, o gelo da superfície funciona como um
isolante térmico, mantendo a água sob o gelo
a aproximadamente 4oC.
Dilatação irregular Alguns coeficientes de dilatação dos líquidos:

ou anômala da água Coeficiente de


Substância dilatação volumétrica
A água é uma substância que se dilata ( ) em oC-1
irregularmente, ou seja, em um certo intervalo álcool 100 . 10-5
de temperatura (entre 0oC e 4oC) seu volume
gases 3,66 . 10-3
gasolina 11 . 10-4
mercúrio 18,2 . 10-5
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Para saber mais
A água e seu comportamento irregular ocorrem dois efeitos que se opõem quanto
à sua manifestação macroscópica:
Em geral, elevando-se a temperatura de
•• a maior agitação térmica molecular
uma substância ocorre um aumento do vo-
produz um aumento na distância média
lume. A água, por sua vez, não se comporta
entre as moléculas, o que se traduz por
termicamente como a maioria das substân-
um aumento de volume.
cias, e isso causa consequências muito
importantes na natureza, em virtude da sua •• as pontes de hidrogênio se rompem, e
abundância em nosso planeta. em razão desse rompimento, na nova
Imaginemos que certa quantidade de situação de equilíbrio, as moléculas se
água a 0oC é colocada em um recipiente indi- aproximam umas das outras, o que se
latável. Aumentando sua temperatura, o nível traduz por uma diminuição do volume.
do líquido desce até a temperatura atingir Ambos os efeitos estão sempre ocorren-
4oC. A partir daí, se o aquecimento continuar, do. A predominância de um ou outro efeito é
o nível do líquido passa a se elevar. A con- que vai acarretar na dilatação ou contração
clusão que se pode tirar desse experimento da água. Daí podemos concluir que, de 0oC a
é a de que, no aquecimento de 0oC até 4oC, 4oC, predomina o segundo efeito (rompimen-
a água sofre uma contração, ou seja, uma to das pontes de hidrogênio), acarretando a
diminuição do volume. No aquecimento aci- contração da água. No aquecimento acima
ma de 4oC a água sofre uma dilatação, isto de 4oC, o efeito predominante passa a ser
é, um aumento do volume. o primeiro (aumento da distância entre as
Esse comportamento é explicado pela moléculas) e, por isso, ocorre a dilatação.
existência de um tipo especial de ligação Esse comportamento anômalo da água
entre suas moléculas: as chamadas pontes permite a existência de vida marinha nas
de hidrogênio. Essa ligação é de natureza regiões onde o inverno é extremamente ri- 25
elétrica e ocorre entre átomos de hidrogênio goroso. Tal fenômeno permite que os lagos
de moléculas diferentes. As pontes de hidro- tenham suas superfícies congeladas, porém,
gênio estabelecem-se porque as moléculas a água no fundo permanece no estado líqui-
de água são polares, isto é, apresentam do, com temperaturas entre 0oC e 4oC.
certa polaridade elétrica.
(CAVALCANTE, Kleber. A Água e seu Comportamento Irregular.
Portanto, quando a temperatura de certa Disponível em: <www.brasilescola.com/fisica/a-agua-seu-com-
quantidade de água aumenta a partir de 0oC, portamento-irregula.htm>. Acesso em: 23 nov. 2009. Adaptado.)


a) a sua dilatação linear:
Exercícios resolvidos `` Solução:
1. O comprimento de um fio de alumínio é de ∆T = 60 – 20 = 40oC
40m, à temperatura de 20oC. Aquecemos ∆L = . LI . T
o fio até 60oC; sabendo que o coeficien-
∆L = 24 . 10–6 . 40 . 40
te de dilatação linear do alumínio é
24 . 10–6 oC-1, calcule: ∆L = 38 400 . 10–6
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∆L = 0,0384m

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b) o seu comprimento final:
Exercícios de aplicação
`` Solução:
∆L = LF – LI 1. Uma barra de ferro tem comprimento de
LF = L + LI 10m, a 0oC. O coeficiente de dilatação
linear do ferro é de 12 . 10–6 oC–1. Calcule,
LF = 0,0384 + 40
sendo 20oC a temperatura final:
LF = 40,0384m
a) a sua dilatação linear:

2. Um recipiente de vidro está completamente


cheio com 400cm3 de Hg, a 20oC. Aquece-se
o conjunto até 35oC.

Dados: Hg = 0,00018oC-1 , vidro = 0,00003oC-1.


Determine:
a) a dilatação volumétrica do recipiente:

`` Solução:
T = 35 – 20 = 15oC
b) o seu comprimento final:
VRECIPIENTE = . VI . T
VRECIPIENTE = 0,00003 . 400 . 15
VRECIPIENTE = 0,18cm3
b) a dilatação real do mercúrio:

`` Solução:
VREAL = . VI . T
VREAL = 0,00018 . 400 . 15
26
VREAL = 1,08cm3
2. Um fio metálico ( = 1,2 . 10–5 oC–1), ho-
c) a quantidade de líquido que vazou: mogêneo, tem, a 20 oC, o comprimento
de 50m. Determine a dilatação linear e o
`` Solução:
comprimento final do fio quando aquecido
VAPARENTE = 1,08 – 0,18 até 100oC.
VAPARENTE = 0,9cm3

3. Um bloco de ferro tem um volume de 50cm3


a 0oC. Determine até que temperatura deve-
mos aquecê-lo a fim de que seu volume seja
igual a 50,425cm3. ( Fe=12 . 10-6 oC-1)

`` Solução:
V= . VI . T
0,425 = 50 . (3 . 12 . 10-6) . (TF – O) 3. Uma placa retangular de alumínio tem 10cm
0,425 = 1 800 . 10-6 . TF de largura e 40cm de comprimento à tem-
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0,425 = 0,0018 . TF peratura de 20oC. Esta placa é colocada


num ambiente cuja temperatura é de 50oC.
TF 236,11oC

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Calcule sua dilatação superficial, sabendo 6. Quando aquecemos uma barra de metal,
que o coeficiente de dilatação da placa vale ela fica mais comprida por dilatação. Isto
= 46 . 10–6 oC–1 (Dica: área da placa é significa que a massa da barra aumentou?
largura X comprimento).

7. Um relógio de pêndulo extremamente pre-


4. Um paralelepípedo, a 10oC, tem dimensões ciso em uma dada cidade suíça foi trazido
iguais a 10x20x30cm, feito de material com para o Brasil, para a cidade de Salvador,
coeficiente de dilatação = 8 . 10-6 oC–1. Bahia. Verifica-se que, apesar de todos
Determine o acréscimo de volume quando os cuidados tomados no transporte do
sua temperatura vai a 110oC. relógio, que o mesmo, aqui no Brasil, não
apresenta a mesma pontualidade. Por que
isto acontece?

27
5. Um dono de posto de gasolina consulta a
tabela e verifica que o álcool tem coeficien- 8. Nas ilustrações, temos uma lâmina bime-
te de dilatação = 10–3 oC–1. Assim, se ele tálica composta de chumbo e bronze, co-
comprar 14 000 litros de álcool num dia em ladas à temperatura T0, cujos coeficientes
que a temperatura é de 20oC e vendê-lo num médios de dilatação linear são respectiva-
dia em que a temperatura é de 30oC, estará mente Pb = 2,9 . 10–5 oC–1 e
ganhando quantos litros a mais? bronze
= 1,9 . 10-5 oC–1.

Chumbo
Bronze

Ao ser aquecida até uma temperatura T > To , a lâmina


bimetálica apresenta a curvatura a seguir:

Chumbo
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Bronze

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Explique por que a lâmina se encurva. a) continuará na vertical.
b) curvará para a frente.
c) curvará para trás.
d) curvará para a direita.
e) curvará para a esquerda.

9. Em que princípio em que se baseia a cons-


trução de um termômetro?

2. (UFMG) O coeficiente de dilatação térmica


do alumínio (Al) é, aproximadamente, duas
vezes o coeficiente de dilatação térmica do
ferro (Fe). A figura mostra duas peças onde
10. Uma barra metálica se dilata numa única um anel feito de um desses metais envolve
direção? Explique. um disco feito do outro. À temperatura am-
biente, os discos estão presos aos anéis.

Se as duas peças forem aquecidas unifor-


memente, é correto afirmar que:

28 Fe Aℓ

Aℓ Fe
Questões de
Processos Seletivos
a) apenas o disco de Al se soltará do anel
de Fe.
1. (Unirio) A figura a seguir representa uma lâ-
mina bimetálica. O coeficiente de dilatação b) apenas o disco de Fe se soltará do anel
linear do metal A é a metade do coeficiente de Al.
de dilatação linear do metal B. À temperatu- c) os dois discos se soltarão dos respecti-
ra ambiente, a lâmina está na vertical. Se vos anéis.
a temperatura for aumentada em 200oC, a
d) os discos não se soltarão dos anéis.
lâmina:

3. (UFRGS) Uma barra retilínea e uniforme,


feita de um material cujo coeficiente de
dilatação linear é positivo e independente
da temperatura, recebe calor de uma fonte
térmica. Entre os gráficos a seguir, qual
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aquele que melhor representa a variação


A B L do comprimento da barra como função da
variação T de sua temperatura?

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a) Elevando-se a temperatura do sistema:
DL
a) a base e os lados se dilatam igualmente.
b) os ângulos se mantêm.
c) a área se conserva.
0 DT d) o ângulo do vértice varia mais que os
ângulos da base.
b)
DL
5. (UEL) Um recipiente de vidro de capaci-
dade 2,0 . 10 2cm 3 está completamente
cheio de mercúrio, a 0 oC. Os coeficien-
tes de dilatação volumétrica do vidro
0 DT e do mercúrio são, respectivamente,
4,0  .  10 –5 oC –1 e 1,8 . 10 –4 oC –1. Aque-
c) cendo o conjunto a 100 oC, o volume de
DL
mercúrio que extravasa, em cm 3, vale
a) 2,8 . 10–4.
b) 2,8 . 10–3.
0 DT c) 2,8 . 10–2.
d) d) 2,8 . 10–1.
DL
e) 2,8.

0 DT

e)
DL
29

0 DT

4. (UECE) Três barras retas de chumbo são in-


terligadas de modo a formarem um triângulo
isósceles de base 8cm e altura 10cm. 6. (UEPB – Adap.) Sabemos que as dimensões
de um corpo se alteram quando também
Y
alteramos sua temperatura. Salvo algumas
exceções, todos os corpos, quer sejam
10cm sólidos, líquidos ou gasosos, dilatam--se
quando sua temperatura aumenta. Na tira
que segue, temos uma possibilidade de
X 8cm Z
solução para o problema apresentado:
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c) menor que o coeficiente de dilatação vo-
lumétrica do dente, se o paciente se ali-

UEPB. Adaptado.
menta predominantemente com alimen-
tos muito frios.
d) maior que o coeficiente de dilatação vo-
lumétrica do dente, se o paciente se ali-
Após a leitura das imagens, é correto afirmar: menta predominantemente com alimen-
a) não é possível solucionar o problema, tos muito quentes.
de acordo com o que está sendo obser-
e) menor que o coeficiente de dilatação
vado na tira.
volumétrica do dente, se o paciente se
b) aquecendo-se a tampa de uma garrafa, alimenta predominantemente com ali-
apenas ela se dilata significativamente mentos muito quentes.
(o gargalo da garrafa é pouco aquecido)
e, assim, a mesma pode ser retirada 8. (UFPE) O gráfico abaixo apresenta a variação
com facilidade. do comprimento L de uma barra metálica, em
c) aquecendo-se a tampa de uma garrafa, função da temperatura T. Qual o coeficiente
todo o conjunto (garrafa e tampa) dilata- de dilatação linear da barra, em oC–1?
-se igualmente, o que facilita a retirada
da mesma. L (mm)
103
d) aquecendo-se a tampa de uma garra- 102
fa, ela se dilata, a garrafa se contrai 101
e, assim, a mesma pode ser retirada
100
com facilidade.
e) aquecendo-se a tampa de uma garrafa,
100 300 500 T (oC)
o líquido interno se contrai, aumentan-
do a quantidade de ar dentro da garrafa a) 1,00 . 10–5.
e, assim, a mesma pode ser retirada
b) 2,00 . 10–5.
30 com facilidade.
c) 3,00 . 10–5.
7. (Mackenzie) No estudo dos materiais uti- d) 4,00 . 10–5.
lizados para a restauração de dentes, os
e) 5,00 . 10–5.
cientistas pesquisam, entre outras caracte-
rísticas, o coeficiente de dilatação térmica.
Se utilizarmos um material de coeficiente
de dilatação térmica inadequado, pode-
remos provocar sérias lesões ao dente,
como uma trinca ou até mesmo sua quebra.
Neste caso, para que a restauração seja
considerada ideal, o coeficiente de dilata-
ção volumétrica do material de restauração 9. (UFRGS) Um recipiente de vidro, cujas pare-
deverá ser: des são finas, contém glicerina. O conjunto
a) igual ao coeficiente de dilatação volumé- se encontra a 20oC. O coeficiente de dilata-
trica do dente. ção linear do vidro é 27 . 10-6 oC –1 e o coefi-
ciente de dilatação volumétrica da glicerina é
b) maior que o coeficiente de dilatação vo- 5,0 . 10–4 oC –1. Se a temperatura do conjunto
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lumétrica do dente, se o paciente se ali- se elevar para 60oC, pode-se afirmar que o
menta predominantemente com alimen- nível da glicerina no recipiente
tos muito frios.

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a) baixa, porque a glicerina sofre um au- 11. (Fuvest) Dois termômetros de vidro
mento de volume menor do que o au- idênticos, um contendo mercúrio (M) e
mento na capacidade do recipiente. outro água (A), foram calibrados em 0oC
e 37oC, obtendo-se as curvas M e A, da
b) se eleva, porque a glicerina aumenta de
altura da coluna do líquido em função da
volume e a capacidade do recipiente di-
temperatura. A dilatação do vidro pode
minui de volume.
ser desprezada. Considere as seguintes
c) se eleva, porque apenas a glicerina au- afirmações:
menta de volume.
d) se eleva, apesar da capacidade do reci- h (mm)

piente aumentar.
70
e) permanece inalterado, pois a capacida-
de do recipiente aumenta tanto quanto 60
o volume de glicerina.
50
M
40

30
A
20

10

10. (FGV) O dono de um posto de gasolina


0 5 10 15 20 25 30 35 40 T (oC)
recebeu 4 000 litros de combustível por
volta das 12 horas, quando a temperatura I. o coeficiente de dilatação do mercúrio é
era de 35oC. Ao cair da tarde, uma massa aproximadamente constante entre 0oC e
polar vinda do sul baixou a temperatura 37oC.
para 15oC e permaneceu até que toda a
II. se as alturas das duas colunas forem
gasolina fosse totalmente vendida. Qual
foi o prejuízo, em litros de combustível,
iguais a 10mm, o valor da temperatura 31
indicada pelo termômetro de água vale
que o dono do posto sofreu?
o dobro da indicada pelo de mercúrio.
(Dados: coeficiente de dilatação do combus- III. no entorno de 18oC o coeficiente de di-
tível é de 1,0 . 10-3 oC –1) latação do mercúrio e o da água são pra-
a) 4L. ticamente iguais.
b) 80L. Podemos afirmar que só são corretas as
c) 40L. afirmações
d) 140L. a) I, II e III.

e) 60L. b) I e II.
c) I e III.
d) II e III.
e) I.
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Gabarito
1. Solução: Calculando o volume inicial:

LI = 10m; TI = 0oC; TF = 20oC; = 12 . 10–6 oC–1 VI = L.h.c VI = 10 . 20 . 30 VI = 6 000cm3


a) L = .LI. T L = 12 . 10-6 . 10 . (20-0) = Variação de temperatura:
= 0,0024m
T = TF – TI T = 110 – 10 T = 100oC
b) L = LF - LI 0,0024 = LF - 10
A variação do, ou acréscimo no, volume é:
LF = 10,0024m
V = .VI. T V = 24 . 10–6 . 6 000 . 100
2. Solução: V = 14,4cm3

Variação da temperatura: 5. Solução:

T = T F – TI T = 100 - 20 T = 80oC Variação de temperatura é:


O comprimento é LI = 50m. O coeficiente de T = T F – TI T = 30 – 20 T = 10oC
dilatação linear é 1,2 . 10-5 oC–1.
A variação do volume é:
A dilatação linear do fio é:
V = .VI. T V = 10–3 . 14 000 . 10
L= . LI . t L = 1,2 . 10 . 50 . 80
–5 
V = 140 litros.
L = 0,048m
6. Solução:
O comprimento final do fio é:
Não. O que ocorre é o aumento nos espa-
L = LF – LI 0,048 + 50 = LF LF = 50,048m
ços entre as moléculas que constituem o 33
material, devido ao aumento da agitação
3. Solução: térmica, isto é, com o aumento dos espa-
ços entre as moléculas aumenta o volume
Calculando a área inicial:
da barra, mas não a sua massa.
SI = L . c SI = 10 . 40 SI = 400cm
7. Solução:
Variação de temperatura:
Como a temperatura média em Salvador é
T = T F – TI T = 50 – 20 T = 30oC maior que na Suíça, a haste do relógio de
A dilatação superficial é: pêndulo dilatou-se. Portanto, com o aumento
da haste do relógio, o tempo necessário
S = .SI. T s = 46 . 10–6 . 400 . 30 para o pêndulo completar um ciclo se modi-
fica e o relógio perde a pontualidade.
S = 0,552cm2
8. Solução:
4. Solução:
A lâmina bimetálica se encurva porque com
O coeficiente de dilatação volumétrica é: a variação de temperatura a dilatação linear
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do chumbo será maior que a do bronze,


= 3. = 3 . 8 . 10–6 = 24 . 10–6 oC–1 pois seus coeficientes de dilatação são
diferentes, sendo o do chumbo maior que
o do bronze.
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9. Solução: 4. Solução: B

A construção de um termômetro se baseia A soma dos ângulos internos será mantida


na dilatação (ou contração) da substância 180O. A área será expandida e a direção de
termométrica presente no interior do termô- dilatação não é uniforme.
metro com a variação de temperatura.
5. Solução: E
10. Solução:
A variação de temperatura:
Não. Uma barra se dilata em todas as
T = T F – TI T = 100oC
direções, porém a direção predominante é
o comprimento. O volume: V = 2 . 102cm2
A dilatação volumétrica do recipiente é:
Questões de
Processos Seletivos VREC = . VI . T
VREC = 4 . 10-5 . 2 . 102 . 100
1. Solução: E
VREC = 0,8cm3
Para A: A dilatação do Mercúrio:
1
A
= B
LA = L T
A I VHg = . VI . T
2
VHg = 1,8 . 10-4 . 2 . 102 . 100
1
LA = L (200 – TI)
2 B I VHg = 3,6cm3
Para B:
A quantidade de líquido que vazou foi:
= LB = L T
B B I VAP = 3,6 – 0,8 VAP = 2,8cm3
34
6. Solução: B
LB = L (200 – TI)
B I

Curvará para esquerda. A variação no com- O gargalo de vidro, sendo pouco aquecido,
primento da barra A é menor que a variação não sofrerá dilatação significativa. A tampa
no comprimento de B, forçando a lâmina aquecida, sofrendo maior dilatação, resul-
para o lado esquerdo. tará na facilidade de retirar a mesma da
garrafa. O gargalo é de vidro e a tampa de
2. Solução: B metal, logo, não irão se dilatar igualmente,
pois seus coeficientes de dilatação são di-
Apenas o disco de Ferro (Fe) se soltará do ferentes. Com o aquecimento há dilatação,
anel de Alumínio (Al), pois a dilatação do Alu- com o resfriamento ocorre contração.
mínio é duas vezes maior que a do Ferro.
7. Solução: A
3. Solução: E
O tipo de alimentação não influencia na
O coeficiente de dilatação térmica é positivo escolha do material. Portanto, o essencial
e recebe calor de uma fonte, o que elimina é que o coeficiente de dilatação volumétrica
a possibilidade das letras a e b. O coeficien- do material seja igual ao do dente.
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te de dilatação térmica é independente da


temperatura, o que elimina a possibilidade
das letras c e d.

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8. Solução: E VAPARENTE = 600 . 10–4 . Vi gl – 32,4 . 10–4.Vi vi > 0,
portanto o nível da glicerina deve se ele-
A variação de temperatura é: var, apesar do recipiente aumentar sua
capacidade.
T = T F – TI 500 – 100 = 400oC
A diferença de comprimento: 10. Solução: B

L = LF – LI 102 – 100 = 2mm Variação de temperatura:


O coeficiente de dilatação linear é: T = TF – TI = 35 – 15 = 20oC
V= . LI . T 2 =  . 100 . 400 Coeficiente de dilatação volumétrica é:

2 = 1 . 10–3 oC–1
= = 0,5 . 10–4 = 5 . 10 C
–5 o –1
4 . 104 V= . Vi . T V = 10–3 . 4 000 . 20
9. Solução: D
V = 80L
Variação de temperatura:
11. Solução: C
T = TF – TI = 60 – 20 = 40oC
A alternativa I está correta, pois a curva
Coeficientes de dilatação do vidro: que representa o termômetro de mercúrio
= 27 . 10–6 oC–1 =3. = 81 . 10–6 oC–1 é linear, mostrando que o coeficiente de
vi vi vi
dilatação do mercúrio é constante. A al-
Coeficiente de dilatação da glicerina: ternativa II está incorreta, pois na altura
de 10mm o valor da temperatura para o
= 5 . 10–4 oC–1
gl termômetro de água é 15oC e para o ter-
A dilatação volumétrica do recipiente é: mômetro de mercúrio é 5oC, portanto não
vale o dobro da temperatura do termôme-
Vvi = .Vi vi. T
vi
Vvi = 0,81 . 10–4 . Vi vi . 40 tro de água. A alternativa III está correta,
pois próximo ao valor da temperatura de 35
Vvi = 32,4 . 10–4.Vi m3
18oC as curvas são paralelas com mesmo
A dilatação volumétrica da glicerina é: ângulo de inclinação.

Vgl = gl
.Vi gl . T Vgl = 5 . 10–4 . Vi gl . 40
Vgl = 200 . 10-4.Vi m3
Temos que VREAL = VRECIPIENTE + VAPARENTE. Se
VAPARENTE > 0 o nível da glicerina sobe, caso
contrário ocorre o inverso.
VREAL = VRECIPIENTE + VAPARENTE

Vgl = Vvi + VAPARENTE

VAPARENTE = 600 . 10–4 . Vi gl – 32,4 . 10–4 . Vi vi


A menos que o volume inicial do vidro seja
muito maior que o volume de glicerina (20
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vezes maior, no mínimo), temos que

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