Entendendo Física e suas Fórmulas

Ramo da Física: Termologia

Assunto: Dilatação Térmica

Professor: Carlos Alexandre Balsas Santos

Disciplina: Física
# Problematização Inicial

Antes de iniciar teu estudo sobre Dilatação Térmica através desta

apresentação de slides, clique nos links do próximo slide para assistir 4 vídeos
de experimentos sobre o tema em pauta.
Os 4 vídeos foram filmados no Laboratório de Criação Adelino Carlos
Ferreira de Souza (mais conhecido como Laboratório do Carlinhos), localizado
no Instituto de Física da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ).
Enquanto assiste tente, da forma mais aprofundada, detalhada e científica
que conseguir, explicar para si mesmo os conceitos de Física abordados em
cada vídeo.
Os vídeos não contêm as explicações, pois a intenção é justamente criar
essa problematização inicial, com o objetivo de te mobilizar para o tema a ser
estudado, estimulando a tua curiosidade e o teu interesse pela Ciência e suas
aplicações.
 Seguem os links:
1. https://drive.google.com/file/d/1VhCaScha_fAEstU1zRWWWGwUnxNIJ0C
F/view?usp=sharing
(24 segundos)
2. https://drive.google.com/file/d/12nY2vhhsAY3kW0fNSTsCtl6QHPEBjODD/
view?usp=sharing
(38 segundos)
3. https://drive.google.com/file/d/1LO_trFkspppdpOd0oCApATzwjgsuycDq/vi
ew?usp=sharing
(12 segundos)
4. https://drive.google.com/file/d/1jHsh_h0lKT3n_tcB4EMeseVFK3NUuaIE/vi
ew?usp=sharing
(22 segundos)
 Parte 1 - Introdução

--- O que é temperatura?

Resposta: é a medida do grau de agitação térmica dos átomos ou moléculas
que compõem um sistema. Quanto maior a agitação, maior a temperatura e
vice-versa.
Quanto maior a agitação, maior a temperatura e vice-versa.
--- O que é dilatação térmica?
Resposta: é um fenômeno que ocorre devido ao aumento da temperatura de
um objeto (ou de um líquido), o que faz com que seus átomos fiquem mais
agitados, ocupando um espaço maior e afastando-se entre si. Isso aumenta
as dimensões do objeto (ou do líquido) causando sua dilatação.

--- O que é contração térmica?

Resposta: é um fenômeno que ocorre devido a diminuição da temperatura de
um objeto (ou de um líquido), o que faz com que seus átomos fiquem menos
agitados, ocupando um espaço menor e aproximando-se entre si. Isso
diminui as dimensões do objeto (ou do líquido) causando sua contração.
Mesmo material (substância), mesma forma (de um
cubo, por exemplo) em temperaturas diferentes
--- O que é o coeficiente de dilatação?
Resposta: é uma característica da substância que constitui o corpo, tendo
assim um valor específico para cada material. Por efeitos didáticos
consideramos esse valor constante. Fisicamente, essa grandeza indica a
capacidade que uma substância tem de dilatar (ou contrair) quando há
mudança de temperatura. Matematicamente, essa grandeza informa a
dilatação (ou contração) que ocorre em cada centímetro do material em
estudo para uma variação de 1ºC na sua temperatura.
___ Exemplo: o coeficiente de dilatação linear do ferro é de 0,000012 ºC–1.
Isso significa que numa barra de ferro ocorre uma dilatação (ou contração) de
0,000012 cm em cada 1 cm da barra para cada 1ºC de variação da sua
temperatura.
# Tabela com exemplos de valores
de coeficientes de dilatação linear:
 Parte 2 - Tipos de Dilatação
(quanto ao número de dimensões que são analisadas)
A dilatação (ou contração) térmica é sempre volumétrica, pois as moléculas
afastam-se umas das outras em qualquer direção que se considere.
 No entanto, se analisarmos a dilatação em uma só dimensão (variação do
comprimento de uma barra de ferro, por exemplo) estaremos estudando a
dilatação linear.
Isso é feito, geralmente, quando consideramos que as outras duas
dimensões têm tamanhos (e, consequentemente, dilatações) desprezíveis em
comparação a dimensão considerada; ou, simplesmente, porque num estudo
em particular só interessa analisar especificamente a dilatação (ou contração)
de uma das três dimensões do objeto considerado.
 Ao analisarmos a dilatação de duas das dimensões (variação da área de
uma chapa de aço, por exemplo) estaremos estudando a dilatação superficial.
Isso é feito, geralmente, quando consideramos que a outra dimensão tem
tamanho (e, consequentemente, dilatação) desprezível em comparação as
dimensões consideradas; ou, simplesmente, porque num estudo em particular
só interessa analisar especificamente a dilatação (ou contração) de duas das
três dimensões do objeto considerado.
 No caso dos líquidos, por não terem forma própria e estarem contidos em
recipientes sólidos, costumamos estudar apenas sua dilatação volumétrica.
De modo geral, os líquidos dilatam mais que os sólidos. Por isso, um
recipiente completamente cheio com líquido transborda quando aquecido.

Sendo assim, a dilatação total do líquido é a soma da dilatação do frasco

com o volume de líquido transbordado. O volume de líquido extravasado é
também denominado de dilatação aparente do líquido.
Esse nome deve-se justamente ao fato de que a dilatação real do líquido
tem que levar em consideração também a dilatação do recipiente que o
contém, ainda que essa dilatação, por tratar-se de um objeto sólido, seja
pequena em comparação a do líquido.
 Parte 3 - Fórmulas
--- Grandezas físicas envolvidas no estudo da dilatação e contração térmica
(variação de tamanho): tamanho inicial, coeficiente de dilatação e variação de
temperatura.

--- Quanto maior for o tamanho inicial de um determinado objeto, maior ou

menor será a sua dilatação (ou contração) quando for submetido a uma certa
variação de temperatura?
Resposta: maior.

--- Isso significa que tamanho inicial e dilatação (variação de tamanho) são
grandezas diretamente ou inversamente proporcionais?
Resposta: diretamente.

--- Para um objeto (homogêneo) de determinado tamanho inicial, quanto

maior for o coeficiente de dilatação da substância que o constitui, maior ou
menor será a sua dilatação (ou contração) quando for submetido a uma certa
variação de temperatura?
Resposta: maior.
--- Isso significa que dilatação (variação de tamanho) e coeficiente de
dilatação são grandezas diretamente ou inversamente proporcionais?
Resposta: diretamente.

--- Para um determinado objeto de tamanho inicial fixo, quanto maior for a
variação de temperatura a ser produzida nele, maior ou menor será a sua
dilatação (ou contração)?
Resposta: maior.

--- Isso significa que dilatação (variação de tamanho) e variação de

temperatura são grandezas diretamente ou inversamente proporcionais?
Resposta: diretamente.

___ Resumindo: a dilatação (ou contração) é diretamente proporcional ao

tamanho inicial, ao coeficiente de dilatação e a variação de temperatura.

--- Com base no resumo anterior, responda:

___ Qual a fórmula da dilatação (ou contração) térmica?
Resposta: Isso vai depender do número de dimensões consideradas (uma,
duas ou três) e da simbologia adotada para representar as grandezas físicas
envolvidas.
 Dessa forma,
___ Para a dilatação linear (uma dimensão), temos a fórmula:
ΔL = L0 . α . ΔT

___ Para a dilatação superficial (duas dimensões), temos a fórmula:

ΔA = A0 . β . ΔT

___ Para a dilatação volumétrica (três dimensões), temos a fórmula:

ΔV = V0 . γ . ΔT

Significado das letras, ou seja, da simbologia adotada:

--- ΔL e L0 → variação de comprimento (dilatação linear) e comprimento inicial
--- ΔA e A0 → variação de área (dilatação superficial) e área inicial
--- ΔV e V0 → variação de volume (dilatação volumétrica) e volume inicial
--- ΔT → variação de temperatura
--- α, β e γ → coeficientes de dilatação linear, superficial e volumétrica
Complemento:
β = 2α , pois uma dilatação superficial (dilatação em duas dimensões)
corresponde a duas dilatações lineares (dilatação em uma dimensão).
γ = 3α , pois uma dilatação volumétrica (dilatação em três dimensões)
 Sendo assim, as fórmulas nos mostram que:
___ variação de tamanho e tamanho inicial são grandezas diretamente
proporcionais. Isso significa que quanto maior for o tamanho inicial de um
determinado objeto, maior será a sua dilatação (ou contração) quando for
submetido a uma certa variação de temperatura e vice-versa;
___ variação de tamanho e coeficiente de dilatação são grandezas
diretamente proporcionais. Isso significa que para um objeto (homogêneo) de
determinado tamanho inicial, quanto maior for o coeficiente de dilatação da
substância que o constitui, maior será a sua dilatação (ou contração) quando
for submetido a uma certa variação de temperatura e vice-versa;
___ variação de tamanho e variação de temperatura são grandezas
diretamente proporcionais. Isso significa que para um determinado objeto de
tamanho inicial fixo, quanto maior for a variação de temperatura a ser
produzida nele, maior será a sua dilatação (ou contração) e vice-versa.

Essas fórmulas também mostram que tamanho inicial, coeficiente de

dilatação e variação de temperatura são inversamente proporcionais entre si.
Isso decorre do fato de grandezas físicas que se multiplicam em uma
fórmula serem inversamente proporcionais entre si naquele contexto.
___ Quais as unidades dessas grandezas físicas no SI (Sistema Internacional
de Unidades)?
Resposta: variação de comprimento e comprimento inicial: m (metro)

variação de área e área inicial: m2 (metro quadrado)

variação de volume e volume inicial: m3 (metro cúbico)
coeficiente de dilatação: K –1 (Kelvin elevado a - 1)
variação de temperatura: K (Kelvin)

# Complemento:
Em dilatação térmica, a unidade do coeficiente de dilatação e da variação
de temperatura utilizadas no cotidiano não são as do SI.
___ Então, quais as unidades usuais dessas grandezas físicas no dia a dia?

Resposta: coeficiente de dilatação linear: ºC –1 (grau Celsius elevado a - 1)

variação de temperatura: ºC (grau Celsius)
# Representação das fórmulas obtidas, através de imagens:
 Dilatação Térmica Volumétrica dos Líquidos

Por analogia, a fórmula da dilatação dos líquidos é idêntica a fórmula da

dilatação volumétrica dos sólidos:
ΔV = V0 . γ . ΔT

Entretanto, pelo fato dos líquidos geralmente estarem contidos em

recipientes sólidos, é comum situações em que durante a dilatação de ambos
(recipiente e líquido), o líquido transborda do recipiente.
Assim, muitas questões de vestibulares cobram conteúdos que envolvem a
relação entre a dilatação total/real do líquido, a dilatação do frasco/recipiente e
a dilatação aparente do líquido (volume de líquido que transborda/extravasa):
# Representação das fórmulas associada a um esquema:
# Relação matemática entre dilatação real do líquido (ΔV),
dilatação do recipiente (ΔVREC) e dilatação aparente do líquido
(ΔVAP), e entre seus respectivos coeficientes de dilatação:
 Parte 4 - Aplicações, Curiosidades e Observações
# As juntas de dilatação são compostas por ripas de madeira, metal, borracha
ou plástico que sendo compressíveis “absorvem” a dilatação das placas de
concreto de um cimentado.
# Quando estiver passando por pontes ou viadutos procure notar as juntas de
dilatação dessas estruturas. Se numa grande obra, como a construção da
Ponte Rio-Niterói, por exemplo, o fenômeno da dilatação não fosse
devidamente levado em consideração e as juntas de dilatação não estivessem
presentes ou não fossem suficientes para permitir a livre expansão do
concreto, toda sua estrutura estaria comprometida, com riscos em potencial
de rachaduras, quebras e até mesmo desabamentos.
--- Curiosidade envolvendo a Ponte Rio-Niterói: Em 05/04/2014 uma
mulher que passeava de barco pela região tirou essa foto da construção:

Em apenas 5 dias, mais de 30 mil pessoas já haviam compartilhado a

imagem nas redes sociais mostrando essa "rachadura" na Ponte Rio-Niterói.
Acionada, a concessionária CCR Ponte, que administra a obra, informou
que esse vão na Ponte Rio-Niterói é necessário e que toda ponte de grandes
dimensões tem essa abertura, que acomoda a movimentação da estrutura em
função das variações térmicas.
A abertura serve para impedir fissuras nas lajes e vigas.
--- Fonte:
http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2014/04/concessionaria-diz-que-rach
adura-na-ponte-rio-niteroi-e-necessaria.html

O caso ficou tão famoso que até virou questão de vestibular da FAMERP
(FAMERP / 2019) Na ponte Rio-Niterói há aberturas, chamadas juntas de
dilatação, que têm a função de acomodar a movimentação das estruturas
devido às variações de temperatura.

De acordo com a empresa que administra a ponte, no trecho sobre a Baía de

Guanabara as juntas de dilatação existem a cada 400 m, com cerca de 12 cm
de abertura quando a temperatura está a 25 ºC.
Sabendo que o coeficiente de dilatação linear do material que compõe a
estrutura da ponte é 1,2 × 10–5 ºC–1, a máxima temperatura que o trecho da
ponte sobre a Baía de Guanabara pode atingir, sem que suas partes se
comprimam umas contra as outras, é
(A) 70 ºC. (B) 65 ºC. (C) 55 ºC. (D) 50 ºC. (E) 45 ºC.
Resolução:
# Os espaços deixados entre as barras de trilho que compõem as estradas de
ferro permitem a livre dilatação dessas barras em dias quentes.

Quando essas juntas de dilatação são calculadas de forma errada ou nem

são levadas em consideração ou ocorrem aumentos imprevisíveis de
temperatura no local, decorrentes de fenômenos naturais ou artificiais, os
trilhos, sem o devido espaçamento para dilatarem, vão se retorcer (deformar).
# A maior dificuldade em se abrir um portão num dia muito quente, rachaduras
em paredes, portas empenadas são exemplos que decorrem do fenômeno de
dilatação térmica dos sólidos.
# Como o coeficiente de dilatação térmica dos metais é maior que o do vidro,
diante da dificuldade em se abrir um recipiente de vidro com tampa de metal,
basta aquecer a tampa ou esfriar o recipiente que ficará fácil abri-lo.
--- Clique no link: http://www.ideiasnacaixa.com/laboratoriovirtual/index.htm
Na coluna da esquerda clique em dilatação térmica e assista a animação.
# O comprimento e os laços de expansão dos canos, bem como os joelhos
utilizados em encanamentos, é tudo projetado de forma a permitir a livre
dilatação dos canos.

# O “estalar” dos azulejos ocorre quando são impedidos de dilatar.

# Os materiais que os dentistas usam para preencher cavidades nos dentes
têm que ter as mesmas propriedades de dilatação que os dentes, para que
estes não sejam impedidos de dilatar.

Amálgama Dental

Resina Dental
# Quando um objeto ou um líquido é aquecido sua massa se mantém
constante porque o número de átomos que o constitui permanece
inalterado.
Na imagem abaixo, repare que o número de átomos (representado por
nove círculos azuis) é o mesmo após a dilatação e a contração térmica.

Por outro lado, seu volume aumenta (conforme ilustrado na imagem

acima) e, consequentemente, sua densidade diminui, porque densidade e
volume são grandezas inversamente proporcionais.
# Quanto maior a temperatura de um líquido, menor a quantidade de massa
presente em um determinado volume desse líquido.
Dessa forma, menor também a densidade, porque densidade e massa são
grandezas diretamente proporcionais.
Isso decorre do fato das moléculas ficarem cada vez mais agitadas e
afastadas umas das outras a medida que a temperatura aumenta.
Assim, quanto maior a temperatura, menos moléculas (massa) vão caber
em um mesmo volume.

Na imagem acima, observe que o volume é o mesmo nas três situações e

responda: Em qual delas a temperatura é maior? Por quê?
A temperatura é maior na situação representada na figura 3 porque a
quantidade de moléculas (massa) é menor.
# À rigor, uma régua mede corretamente apenas quando utilizada na
temperatura em que foi graduada. Quando usada a uma temperatura maior,
obtém-se, por leitura na régua, uma medida menor do que a medida real,
porque quando a temperatura aumenta o centímetro da régua também
aumenta. Quando usada a temperatura menor, acontece o oposto.

Na ilustração acima, observe que a medida real é de 10 cm, pois foi obtida
com a régua sendo utilizada na temperatura ideal. Ao ser usada a uma
temperatura maior, a leitura obtida na régua passou a ser de 9 cm, ou seja,
menor do que a medida real, devido aos efeitos da dilatação da régua.
# Os corpos ocos homogêneos dilatam como se fossem maciços. Isso ocorre
porque a dilatação dos átomos ou moléculas que compõem a superfície de
um corpo independe do seu interior ser oco ou maciço.

A parte vazia do corpo sofre dilatação como se fosse constituída pelo

mesmo material do corpo.
Da mesma forma, quando uma placa de metal com um orifício circular é
aquecida, tanto a chapa quanto o furo aumentam de tamanho (na mesma
proporção).
Em outras palavras, a chapa dilata como se não tivesse o furo.
# Os fios das linhas de transmissão de energia elétrica apresentam uma
curvatura entre os postes de energia.
A função desta curvatura (folga) é permitir a livre dilatação dos fios (cabos)
em dias quentes e a livre contração deles em dias frios.
 Em dias com temperaturas mais altas a curvatura (“barriga”) fica maior do
que em dias com temperaturas mais baixas.
# Após acender ou desligar o forno de um fogão é comum escutar estalos
causados, respectivamente, pela dilatação e contração do material que
constitui o eletrodoméstico.
# Para soltar objetos muito atarraxados entre si, aquecemos o que está por
fora (fazendo-o dilatar) ou esfriamos o que está por dentro (fazendo-o
contrair).

Nas oficinas mecânicas, por exemplo, é

comum os mecânicos aquecerem uma porca
para facilitar a sua retirada de um parafuso,
quando estão muito presos um no outro.
Vale ressaltar que esfriar o parafuso
também constitui uma opção para facilitar o
procedimento.
# Nos termômetros de mercúrio, a temperatura desejada é obtida através da
contração e dilatação térmica desta substância.
# Lâmina bimetálica é uma estrutura em que duas lâminas de materiais
diferentes são unidas rigidamente (coladas fortemente ou soldadas).
É utilizada como chaveamento elétrico, para provocar aberturas e
fechamentos de circuitos elétricos, pois quando atravessada por uma corrente
elétrica, têm sua temperatura aumentada, sofrendo dilatação.
Como as lâminas são constituídas de materiais diferentes, dilatam de
forma diferente. Isso entorta a lâmina bimetálica, forçando uma curva na
direção da lâmina que tem menor coeficiente de dilatação, desligando assim
o chaveamento, ou seja, interrompendo a passagem da corrente elétrica.
Após um tempo, a temperatura diminui, fazendo com que a lâmina
bimetálica volte a sua forma inicial, reabilitando a passagem de eletricidade.
 Vale destacar que as lâminas utilizadas são planas e possuem as mesmas
dimensões, e que a lâmina bimetálica só se mantém retilínea na temperatura
em que foi feita a junção das lâminas.
Se a temperatura variar, a lâmina bimetálica entorta. Isso acontece porque
uma das lâminas dilata mais do que a outra. Assim, a única maneira das duas
se manterem unidas é com uma (a de maior coeficiente de dilatação) se
curvando sobre a outra (de menor coeficiente de dilatação).

Na ilustração acima temos um exemplo de lâmina bimetálica aplicada em

um alarme contra incêndio. Analisando as figuras, responda:
Qual das lâminas (latão ou invar) têm o maior coeficiente de dilatação?
--- Resposta: a lâmina feita de latão porque se curvou sobre a de invar.
Imagem ampliada da lâmina bimetálica:
 Repare que, mesmo as duas
lâminas se mantendo unidas, o
arco de circunferência 1 tem
comprimento maior do que o
arco de circunferência 2,
evidenciando a maior dilatação
do latão (lâmina vermelha) em
relação ao invar (lâmina
amarela), quando a lâmina
bimetálica é aquecida e se curva.

Por isso que só de olhar para as

figuras 1 e 2, por exemplo, já é possível
identificar qual dos dois materiais (ferro
e cobre) tem o maior coeficiente de
dilatação térmica.
Então, qual desses dois metais (ferro
ou cobre) têm o maior coeficiente de
dilatação?
--- Resposta: o cobre porque a lâmina
feita dessa substância se curvou sobre
a de ferro.
 As lâminas bimetálicas são encontradas principalmente em dispositivos
elétricos e eletrônicos, já que a corrente elétrica causa aquecimento dos
condutores, que não podem sofrer um aquecimento maior do que foram
construídos para suportar.
Aplicações muito comuns dos contatos formados por essas lâminas
encontram-se em ferros elétricos, tostadores, estufas elétricas e outros
eletrodomésticos que levam um termostato, bem como em elementos de
proteção elétrica como os disjuntores termomagnéticos.

Os termostatos são dispositivos que desligam automaticamente um

circuito, quando a temperatura atinge determinado valor, para controlar a
temperatura de um dado ambiente (geladeiras, freezers, aparelhos de ar
condicionado, fornos de fogões elétricos etc).
 Quando a temperatura do ambiente superar certo limite, a lâmina
bimetálica do termostato vai envergar, abrindo os contatos e, com isso,
desligando o aparelho da rede elétrica.
Quando a temperatura cair abaixo de certo limite, a lâmina bimetálica do
termostato vai voltar a sua forma retilínea original, fechar os contatos e, assim,
o aparelho vai ligar novamente.

No esquema acima, bem simplificado para facilitar o aprendizado, a

palavra aquecedor representa o aparelho que está ligado a rede elétrica.
Nos dois próximos slides temos uma explicação simples e, em seguida,
outra bem mais complexa e real do funcionamento do ferro de passar roupas.
 No ferro elétrico, a lâmina bimetálica funciona como um termostato, isto é,
um regulador de temperatura, que a mantém praticamente constante.
Quando o ferro se aquece, a lâmina se curva, desligando o circuito. A
temperatura então diminui e a lâmina retoma sua posição inicial e o circuito se
fecha. O novo aquecimento faz com que o ciclo se repita, de modo que a
temperatura se mantém em torno de um valor praticamente constante.

Exemplo de
termostato de
um ferro
elétrico de
passar roupas
Analisando o texto e as
figuras, podemos concluir
que 1 > 2 , 1 = 2 ou
1 < 2 ?
--- Resposta: 1 < 2 porque
as lâminas estão se
encurvando para dentro.
 O disjuntor termomagnético, representado no esquema abaixo, possui
internamente um disparador térmico e um disparador magnético. O disparador
térmico atua em correntes de sobrecarga.
Ele é constituído de uma lâmina bimetálica (dois metais de coeficientes de
dilatação diferentes) que se curva pelo calor gerado pela corrente elétrica, ou
seja, a lâmina sofre uma deformação temporária e desliga o disjuntor.
 Para encerrar, nos pisca-piscas encontrados em árvores de Natal, assim
como em garagens e meios de transporte (carros, ônibus etc), entre tantas
outras situações, as lâminas bimetálicas abrem e fecham os circuitos em que
estão inseridas fazendo as luzes piscarem da forma como apreciamos.
Um Pouco de Humor Físico Antes de Encerrar
 Parte 5 - Simuladores

# Site: Laboratório Virtual de Física da UFC

--- Título: Dilatação Térmica
https://www.laboratoriovirtual.fisica.ufc.br/dilatacao-termica

# Site: eduMedia
--- Título: Expansão Térmica
https://www.edumedia-sciences.com/es/media/118-expansion-termica

--- Título: Alarme de Incêndio

https://www.edumedia-sciences.com/es/media/893-alarma-de-incendio

--- Título: Barra Bimetálica

https://www.edumedia-sciences.com/es/media/894-barra-bimetalica
# Site: Ideias na Caixa – Laboratório Virtual
--- Título: Termômetro (na coluna da esquerda clique em termômetro)
http://www.ideiasnacaixa.com/laboratoriovirtual/index.htm

# Site: Laboratório Didático Virtual da USP

--- Título: A Ferrovia
http://www.labvirt.fe.usp.br/simulacoes/fisica/sim_termo_ferrovia.htm

--- Título: Indústria Metalúrgica

http://www.labvirt.fe.usp.br/simulacoes/fisica/sim_termo_metalurgica.htm

--- Título: Rede Elétrica

http://www.labvirt.fe.usp.br/simulacoes/fisica/sim_termo_rede.htm

--- Título: O Futuro em suas Mãos

# Encerrando Pelo Início:
Aplicação do Conhecimento

Antes de encerrar teu estudo sobre Dilatação Térmica através desta

apresentação de slides, clique nos links do próximo slide para assistir
novamente os 4 vídeos de experimentos sobre o tema em pauta.
Enquanto assiste tente novamente, da forma mais detalhada, aprofundada
e científica que conseguir, explicar para si mesmo os conceitos de Física
abordados em cada vídeo.
Compare as explicações atuais com as iniciais e verifique se ocorreram
mudanças significativas.
Em caso positivo, faça um registro e uma análise dessas mudanças,
identificando novos conceitos, procedimentos, propriedades, leis e/ou
fórmulas para consulta futura.
 Seguem os links:
1. https://drive.google.com/file/d/1VhCaScha_fAEstU1zRWWWGwUnxNIJ0C
F/view?usp=sharing
(24 segundos)
2. https://drive.google.com/file/d/12nY2vhhsAY3kW0fNSTsCtl6QHPEBjODD/
view?usp=sharing
(38 segundos)
3. https://drive.google.com/file/d/1LO_trFkspppdpOd0oCApATzwjgsuycDq/vi
ew?usp=sharing
(12 segundos)
4. https://drive.google.com/file/d/1jHsh_h0lKT3n_tcB4EMeseVFK3NUuaIE/vi
ew?usp=sharing
(22 segundos)
--- Referências Bibliográficas*

# Gualter, Newton e Helou. Tópicos de Física, Vol. 02. São Paulo: Saraiva,
2001 (16ª Edição).

# Ramalho, Nicolau e Toledo. Os Fundamentos da Física, Vol. 02. São

Paulo: Moderna, 2007 (9ª Edição).

--- Referências das Imagens* (na ordem em que aparecem nos slides)
https://images.app.goo.gl/JwbbRDBmaDqT5UWE7
https://images.app.goo.gl/JN511JBnU4MJZy266
https://images.app.goo.gl/PLGuWX5JYYZ7HpBo9
https://images.app.goo.gl/gz8gYGxmrfAvDhpY7
https://images.app.goo.gl/zxC4BWMV1CAyppAGA
https://images.app.goo.gl/Qvj5oq7KCz71z9NW7

* Fora das normas e regras da ABNT (Associação Brasileira de Normas

Técnicas). Os links são do Google Imagens.
https://images.app.goo.gl/J2MFXnmyHT1kikCp7
https://images.app.goo.gl/bPD46RxC6bJ8xeJS6
https://images.app.goo.gl/6RRc5FbpDrW96HNJ6
https://images.app.goo.gl/9Pca4dfX1bbeMfkj9
https://images.app.goo.gl/8ZGYwQiXCozcYmur5
https://images.app.goo.gl/6q81kjMRzyU5vs6H7
https://images.app.goo.gl/Ct3m8NWh9XDT53aW8
https://player.slideplayer.com.br/90/14506773/slides/slide_2.jpg
https://player.slideplayer.com.br/90/14506773/slides/slide_4.jpg
https://player.slideplayer.com.br/90/14506773/slides/slide_8.jpg
https://player.slideplayer.com.br/90/14506773/slides/slide_11.jpg
https://images.app.goo.gl/FcxP9AiNf9zohCVr5
https://images.app.goo.gl/FKTbRsg1iYBbrTK89
https://images.app.goo.gl/xhHaGgsbJWfx7jdt9
https://images.app.goo.gl/ohif9t6ZL4pUvgyB9
https://images.app.goo.gl/xX2GKongMTjArBuF8
https://images.app.goo.gl/XAZqjGaZkcyXg8pa8
https://images.app.goo.gl/GXhNMQUncQ2dKTTf6
https://images.app.goo.gl/fVCGyuuCGSm5MRFaA
https://images.app.goo.gl/VH3PjvYKqp4FJVz29
https://images.app.goo.gl/FQnT6jxnipJRkobG6
https://images.app.goo.gl/qEJBAb9rbbwSLKPc9
https://images.app.goo.gl/Z9DFh6SA1PGazzAv5
https://images.app.goo.gl/UVRDndz7KUjtGAmRA
https://images.app.goo.gl/Tgc94xgCLhcXcByeA
https://images.app.goo.gl/ip2wsV1PfcpBxoEG6
https://images.app.goo.gl/WKL1XY1tiqeVfG6g7
https://images.app.goo.gl/ZZ9FhfgeLgc4ESfk9
https://images.app.goo.gl/FbL5eG3WvpBtDV2S8
https://images.app.goo.gl/uQuxUcT7GSsGXJF39
https://images.app.goo.gl/S28B8ygAYU3PsmsX9
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