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RADIAÇÃO IONIZANTE

NR 15 ANEXO 5
PORTARIA 3214/78

Qualquer material
radioativo
Casos mais graves
O Átomo
O que é radiação ?
Forma de Energia

DOIS
GRUPOS

RADIAÇÃO
RADIAÇÃO
NÃO
IONIZANTE
IONIZANTE

ENERGIA
Newton Pedreschi Chaves
NR 15 – A. E O. I.
ANEXO N.º 5 RADIAÇÕES IONIZANTES
Nas atividades ou operações onde trabalhadores
possam ser expostos a radiações ionizantes, os
limites de tolerância, os princípios, as obrigações e
controles básicos para a proteção do homem e do seu
meio ambiente contra possíveis efeitos indevidos
causados pela radiação ionizante, são os constantes
da Norma CNEN-NN-3.01: "Diretrizes Básicas de
Proteção Radiológica", de março de 2014, aprovada
pela Resolução CNEN n.º 164/2014, ou daquela que
venha a substituí-la. (Atualizado pela Portaria MTb n.º
1.084, de 18 de dezembro de 2018)
I Histórico
No fim da tarde de 8 de novembro de 1895 o físico alemão Wilhelm Conrad Roentgen
sob os olhares atentos do seu servente, Roentgen, naquela sala escura, se ocupava
com a observação da condução de eletricidade através de um tubo de Crookes.
Enquanto, o servente, em alto estado de excitação, chamou-lhe a atenção: "Professor,
olhe a tela!". Nas proximidades do tubo de vácuo havia uma tela coberta com
platinocianeto de bário, sobre a qual projetava-se uma inesperada luminosidade,
resultante da fluorescência do material. Roentgen girou a tela, de modo que a face sem
o material fluorescente ficasse de frente para o tubo de Crookes; ainda assim ele
observou a fluorescência. Foi então que resolveu colocar sua mão na frente do tubo,
vendo seus ossos projetados na tela. Roentgen observava, pela primeira vez, aquilo
que passou a ser denominado raios X.  

Wilhelm Conrad
Röentgen Newton Pedreschi Chaves
Henri Becquerel, em 1896 estabeleceu que os sais de urânio
Emitiam radiações análogas ao Raio X

Em Março de 1896, face às previsões atmosféricas de céu


nublado, Becquerel uma vez que não poderia, durante uns
dias, usar o Sol como fonte de energia para as suas experiências,
decidiu embrulhar as suas placas fotográficas e guardá-las em
conjunto com alguns cristais contendo urânio numa gaveta
escura..
Mais tarde, e para sua grande surpresa, verificou que as placas
apesar de guardadas na gaveta tinham sido impressionadas por
emanações invisíveis com origem no urânio.
Mais, essas emanações não tinham necessitado da acção de
nenhuma fonte de energia externa – ou seja os próprios cristais
tinham autonomamente emitido radiações

Em seu laboratório

1° “Radiografia”

Newton Pedreschi Chaves


Trabalhando no laboratório de Becquerel, Marie Curie e o marido Pierre, começaram
o que se veio a revelar ser uma vida inteira dedicada ao estudo da radioatividade.

Becquerel já tinha notado que as emanações de urânio poderiam tornar o ar condutor de


eletricidade. Usando os instrumentos sensíveis inventados por Pierre Curie e seu irmão, Pierre e
Marie Curie mediram a capacidade para induzir condutividade exibida pelas emanações de
vários elementos.

A 17 de Fevereiro de 1898, os Curies ao testarem um MINÉRIO DE URÂNIO, verificaram que este


tinha uma capacidade de ionização do ar 300 vezes mais intensa do que a do urânio puro.
Testaram e recalibraram os seus instrumentos, no entanto voltaram a obter os mesmos
surpreendentes resultados. Então, conjecturaram que para além do urânio, provavelmente,
existia uma substância desconhecida muito mais ativa que o urânio. No título de um artigo que
descreve a hipótese da existência deste elemento (que denominaram polonium (polônio) em
homenagem à Polônia país de origem de Marie), introduziram o termo novo: "radioativo."

Newton Pedreschi Chaves


RADIOGRAFIAS FEITAS POR RÖNTGEN
EM 1895:

Ossos da mão
de sua esposa,
Bertha, com
dois anéis no
dedo
RADIOGRAFIAS FEITAS POR RÖNTGEN
EM 1895:

caixa de madeira contendo


pesos de balança;
Apenas um mês após
Roentgen tirar a primeira
radiografia, o professor
Michael I. Pupin, da
Universidade de Columbia,
Radiografou a mão de
um caçador que sofrera um
acidente com sua
espingarda.

As bolinhas negras representam cerca de 40 pedaços de


chumbo que estavam ali alojadas
RADIOGRAFIAS FEITAS POR RÖNTGEN
EM 1895:

Radiografia tirada por Röentgen de seu rifle de caça.


Observe que há um pequeno defeito no cano.
Com essa foto, Röentgen antecipou o uso industrial dos
Raios-X como controle de qualidade de peças.
NR 15 – Anexo 5
RADIAÇÕES IONIZANTES
(115.009-0/ I4)
Nas atividades ou operações onde trabalhadores possam
ser expostos a radiações ionizantes,
os limites de tolerância,
os princípios, as obrigações para
Proteção do homem e do seu meio ambiente contra efeitos
Indevidos, causados pela radiação ionizante, são os
constantes da Norma:
CNEN-NE-3.01: "Diretrizes Básicas de Radioproteção",
de julho de 1988, aprovada, em caráter experimental, pela
Resolução CNEN nº 12/88, ou daquela que venha a substituí-la.
ATIVIDADES E OPERAÇÕES PERIGOSAS COM RADIAÇÕES
IONIZANTES OU SUBSTÂNCIAS RADIOATIVAS
ATIVIDADES / ÁREAS DE RISCO
Anexo da NR 16

ATIVIDADES ÁREAS DE RISCO

1. Produção, utilização, processamento, transporte, Minas e depósitos de materiais radioativos Plantas-piloto e


guarda, estocagem, e manuseio de materiais usinas de beneficiamento de minerais radioativos.
radioativos, selados e não selados, de estado físico e Outras áreas sujeitas a risco potencial devido às radiações
forma química quaisquer, naturais ou artificiais, ionizantes.
incluindo:
Lixiviação de minerais radioativos para a produção de
1.1 Prospecção, mineração, operação, beneficiamento e concentrados de urânio e tório.
processamento de minerais radioativos. Purificação de concentrados e conversão em outras formas
para uso como combustível nuclear.
Produção de fluoretos de urânio para a produção de
1.2 Produção, transformação e tratamento de materiais hexafluoreto e urânio metálico.
nucleares para o ciclo do combustível nuclear. Instalações para enriquecimento isotópico e reconversão.
Fabricação do elemento combustível nuclear.
Instalações para armazenamento dos elementos combustíveis
usados.
Instalações para o retratamento do combustível irradiado.
Instalações para o tratamento e deposições, provisórias e finais,
dos rejeitos radioativos naturais e artificiais.
1.3 Produção de radioisótopos para uso em medicina, Laboratórios para a produção de radioisótopos e moléculas
agricultura agropecuária, pesquisa científica e tecnológica. marcadas.

1.4 Produção de Fontes Radioativas. Instalações para tratamento do material radioativo e


confecção de fontes
Laboratórios de testes, ensaios e calibração de fontes,
detectores e monitores de radiação, com fontes radioativas.

1.5 Testes, ensaios e calibração de detectores e monitores de Laboratórios de ensaios para materiais radioativos. 
radiação com fontes de radiação. Laboratórios de radioquímica.

1.6 Descontaminação de superfícies, instrumentos, máquinas, Laboratórios para descontaminação de peças e materiais
ferramentas, utensílios de laboratório, vestimentas e de radioativos.
quaisquer outras áreas ou bens duráveis contaminados com Coleta de rejeitos radioativos em instalações, prédios e em
material radioativo. áreas abertas.
Lavanderia para roupas contaminadas.
Transporte de materiais e rejeitos radioativos,
condicionamento, estocagens e sua deposição.

1.7 Separação isotópica e processamento radioquímico. Instalações para tratamento, condicionamento, contenção,
estabilização, estocagem e deposição de rejeitos radioativos.
Instalações para retenção de rejeitos radioativos.

1.8 Manuseio, condicionamento, liberação, monitoração, Sítio de rejeitos.


estabilização, inspeção, retenção e deposição de rejeitos Instalações para estocagem de produtos radioativos para
radioativos. posterior aproveitamento.
Edifícios de reatores.
2. Atividades de operação e manutenção de reatores nucleares, incluindo:
Edifícios de estocagem de combustível.
2.1 Montagem, instalação, substituição e inspeção de elementos Instalações de tratamento e estocagem de rejeitos
combustíveis. radioativos.

Instalações para tratamento de água de reatores e


2.2 Manutenção de componentes integrantes do reator e dos sistemas
separação e contenção de produtos radioativos.
hidráulicos mecânicos e elétricos, irradiados, contaminados ou situados em
Salas de operação de reatores.
áreas de radiação.
Salas de amostragem de efluentes radioativos.
2.3 Manuseio de amostras irradiadas.  Laboratórios de medidas de radiação.
Outras áreas sujeitas a risco potencial às radiações
2.4 Experimentos utilizando canais de irradiação. ionizantes passíveis de serem atingidas por dispersão
de produtos voláteis.

Laboratórios semiquentes e quentes.


2.5 Medição de radiação, levantamento de dados radiológicos e nucleares, Minas de urânio e tório.
ensaios, testes, inspeções, fiscalização e supervisão de trabalhos técnicos. Depósitos de minerais radioativos e produtos do
tratamento de minerais radioativos.

2.6 Segregação, manuseio, tratamento, acondicionamento e Coletas de materiais e peças radioativas, materiais
armazenamento de rejeitos radioativos. contaminados com radioisótopos e águas radioativas.

3. Atividades de operação e manutenção de aceleradores de partículas,


Áreas de irradiação de alvos.
incluindo:
Oficinas de manutenção de componentes irradiados
3.1 Montagem, instalação, substituição e manutenção de componentes
ou contaminados.
irradiados ou contaminados
Salas de operação de aceleradores.
Laboratórios para tratamento de alvos irradiados e
3.2. Processamento de alvos irradiados. 
separação de radioisótopos.
3.3 Experimentos com feixes de partículas.  Laboratórios de testes com radiação e medidas nucleares.

3.4 Medição de radiação, levantamento de dados radiológicos


e nucleares, testes, inspeções e supervisão de trabalhos Áreas de tratamento e estocagem de rejeitos radioativos.
técnicos.

3.5 Segregação, manuseio, tratamento, acondicionamento e


Laboratórios de processamento de alvos irradiados
armazenamento de rejeitos radioativos.

4. Atividades de operação com aparelhos de raios-X, com


Salas de irradiação e de operação de aparelhos de raios-X e
irradiadores de radiação gama, radiação beta ou radiação de
de irradiadores gama, beta ou nêutrons.
nêutrons, incluindo:

Laboratórios de testes, ensaios e calibração com as fontes de


4.1 Diagnóstico médico e odontológico. 
radiação descritas.

4.2 Radioterapia.

4.3 Radiografia industrial, gamagrafia e neutronradiografia Manuseio de fontes.


4.4 Análise de materiais por difratometria Manuseio do equipamento.

4.5 Testes, ensaios e calibração de detectores e monitores de


Manuseio de fontes e amostras radioativas.
radiação.

Manuseio de fontes e instalações para a irradiação de


4.6 Irradiação de alimentos.
alimentos.

4.7 Esterilização de instrumentos médico-hospitalares. Manuseio de fontes e instalações para a operação.


4.8 Irradiação de espécimes minerais e biológicos. Manuseio de amostras irradiadas.

4.9 Medição de radiação, levantamento de dados radiológicos Laboratórios de ensaios e calibração de fontes e materiais
ensaios, testes, inspeções, fiscalização de trabalhos técnicos. radioativos
5. Atividades de medicina nuclear.  Salas de diagnóstico e terapia com medicina nuclear.
Enfermaria de pacientes, sob treinamento com
5.1 Manuseio e aplicação de radioisótopos para radioisótopos.
diagnóstico médico e terapia. Enfermaria de pacientes contaminados com ra-dioisótopos
em observação e sob tratamento de descontaminação.
5.2 Manuseio de fontes seladas para aplicação em
Área de tratamento e estocagem de rejeitos ra-dioativos.
braquiterapia.
5.3 Obtenção de dados biológicos de pacientes com Manuseio de materiais biológicos contendo radioisótopos
radioisótopos incorporados. ou moléculas marcadas.
5.4 Segregação, manuseio, tratamento, acondicionamento Laboratórios para descontaminação e coleta de rejeitos
e estocagem de rejeitos radioativos radioativos.
6. Descomissionamento de instalações nucleares e Áreas de instalações nucleares e radioativas contaminadas
radioativas, que inclui: e com rejeitos.
6.1 Todas as descontaminações radioativas inerentes. Depósitos provisórios e definitivos de rejeitos radioativos.
6.2 Gerenciamento dos rejeitos radioativos existentes, ou
Instalações para contenção de rejeitos radioativos.
sejam: tratamento e acondicionamento dos rejeitos
Instalações para asfaltamento de rejeitos radioativos.
líquidos, sólidos, gasosos e aerossóis; transporte e
Instalações para cimentação de rejeitos radioativos.
deposição dos mesmos.
Tratamento de rejeitos minerais.
7. Descomissionamento de minas, moinhos e usinas de Repositório de rejeitos naturais (bacia de contenção de
tratamento de minerais radioativos. rádio e outros radioisótopos).
Deposição de gangas e rejeitos de mineração.
O Átomo

Formação do átomo

Carga positiva
Sem Carga

ENERGIA
O Átomo
OS ISÓTOPOS
O número de nêutrons no núcleo pode ser variável , pois eles não têm carga elétrica.

Com isso, um mesmo elemento químico pode ter massas diferentes. Átomos de um mesmo
elemento químico com massas diferentes são denominados isótopos.

O hidrogênio tem 3 isótopos: o hidrogênio, o deutério e o trício (ou trítio).

U-234, com 142 nêutrons (em quantidade desprezível);

U-235, com 143 nêutrons, usado em reatores PWR, após enriquecido (0,7%)

U-238, com 146 nêutrons no núcleo (99,3%).


O Átomo
O Átomo
Energia suficiente para arrancar
elétrons de um átomo - produção de
pares de íons.
Eletrosfera

Elétrons orbitais: 5,48 x 10-4


u.m.a. 1 carga negativa

Quanto mais externa a órbita,


menor a energia de ligação

Átomo não ionizado possui mesmo


número de prótons e elétrons - carga
total igual a zero.
O Átomo

PROTONS tendência de se repelirem.

A energia que mantém os prótons e nêutrons


juntos no núcleoé a ENERGIA NUCLEAR é a
energia de ligação.
Uma vez constatada a existência da energia nuclear, restava descobrir
como utilizá-la.
A forma, imaginada para liberar a energia nuclear baseou-se na
possibilidade de partir-se ou dividir-se o núcleo de um átomo pesado,
isto é, com muitos prótons e nêutrons, em dois núcleos menores,
através do impacto de um nêutron.
A energia que mantinha juntos esses núcleos menores, antes
constituindo um só núcleo maior, seria liberada, na maior parte,
em forma de calor (energia térmica).
O Átomo
TIPOS E CARACTERÍSTICAS
DAS RADIAÇÕES
Um dos processos de estabilização de um núcleo com excesso de energia
é o da emissão de um grupo de partículas positivas

RADIAÇÃO ALFA

Partículas com dois prótons e dois nêutrons - partícula pesada


Possui duas cargas positivas
Perde energia para o meio muito rapidamente - alcance
pequeno (alguns centímetros no ar)
Alto poder de ionização - produção de grande densidade de ionizações.
TIPOS E CARACTERÍSTICAS
DAS RADIAÇÕES
Outra forma de estabilização, quando existe no núcleo um excesso de nêutrons
em relação a prótons, é através da emissão de uma partícula negativa, um
elétron, resultante da conversão de um nêutron em um próton.

RADIAÇÃO BETA _
 (Beta)

+
 (Pósitron)

Denominação dada ao elétron e mitido pelo núcleo do átomo –


partícula leve ...
Possui uma carga negativa

Perde energia para o meio rapidamente - alcance médio


(até alguns metros no ar)
TIPOS E CARACTERÍSTICAS
DAS RADIAÇÕES
Após a emissão de uma partícula alfa (α) ou beta (β), o núcleo sempre se
estabiliza???.

Não. Neste caso, para estabilizar ele emite o excesso em forma de onda
eletromagnética, esta tem a mesma natureza da luz.
Só que sem carga elétrica , é denominada RADIAÇÃO GAMA

Não possui carga


• Perde energia para o meio de forma muito lenta - grande alcance
(centímetros de concreto)
• Pequeno poder de ionização - produção de muito poucas ionizações
DECAIMENTO

Característica física de cada isótopo radioativo

Tempo necessário para que a atividade inicial seja


reduzida à metade.

P(Fósforo)32  14,8 dias I(IODO)125  60 dias


S(Enxofre)35  87,0 dias Ca(Cálcio)45  165 dias
C(Carbono)14  5730 anos Cr(Cromio)51 27,8 dias
H(Hidrogênio)3  12 anos
DECAIMENTO

Decaimento do iodo-131
DECAIMENTO
Meia - Vida
Portanto, é o tempo necessário para a atividade de um
elemento radioativo ser reduzida à metade da atividade
inicial.

IODO 131 do desenho anterior, pois ele é


utilizado na
Medicina Nuclear em Exames de Tireóide.
MEIA VIDA
Meia vida de 8 dias?????

Após 8 dias a atividade ingerida pelo paciente


seria reduzida pela Metade

80 dias (10 meias vidas) atingira um valor cerca de 1000 vezes menor.

Entretanto, se fosse necessário aplicar-se uma quantidade maior de iodo-


131 no paciente, não se poderia esperar por 10 meias-vidas (80 dias),
para que a atividade na tireóide tivesse um valor desprezível. Isso
inviabilizaria os diagnósticos que utilizam material radioativo, já que o
paciente seria uma fonte radioativa ambulante e não poderia ficar
confinado durante todo esse período.
MEIA VIDA
Em cada decaimento, os núcleos emitem radiações dos tipos alfa, beta
e/ou gama e cada um deles é mais “organizado” que o núcleo anterior.
Essas seqüências de núcleos são denominadas

SÉRIES RADIOATIVAS OU FAMÍLIAS RADIOATIVAS NATURAIS

No estudo da radioatividade, constatou-se que existem apenas 3 séries


ou famílias radioativas naturais, conhecidas como

Série de Urânio ; Série do Actínio e Série do Tório


FAMILIAS
As três séries naturais terminam em isótopos estáveis do chumbo,
respectivamente,

chumbo-206, chumbo-207 e chumbo-208.

Os elementos iniciais de cada série radioativa natural


(urânio-235, urânio-238 e tório-32).

Devido a isso, é possível explicar, porque há uma porcentagem tão baixa de


urânio-235 em relação à de urânio-238. Como a meia-vida do urânio-235
é de 713 milhões de anos e a do urânio-238 é de 4,5 bilhões de anos, o
urânio-235 decai muito mais rapidamente e, portanto, é muito mais
“consumido” que o urânio-238.
SÉRIES RADIOATIVAS NATURAIS
SÉRIE DO URÂNIO SÉRIE DO ACTÍNIO SÉRIE DO TÓRIO
Urânio-238 Urânio-235 Tório-232
4,5 bilhões de anos 713 milhões de anos 13 ,9 bilhões de
anos
Tório-231 Rádio-228
Tório-234 24,6 horas 5,7 anos
24,6 dias
Protactínio-231 Actínio-228
Protactínio-234 32.000 anos 6,13 horas
1,4 minutos
Actínio-227
Urânio-234 13,5 anos 13,5anos Tório-228
270.000 anos 1,9 anos
Frâncio-223 Tório-227
Tório-230 21 min 18,9 18,9 dias Rádio-224
83.000 anos 3,6 dias

Rádio-223
Rádio-226 11,4 dias Radônio-220
1.600 anos 54,5 segundos

Radônio-222
Radônio-219
3,9 segundos ...
3,8 dias

... Polônio-212
Polônio-211
Polônio-210 0,0000003 segundos
0,005 segundos
140 dias

Chumbo-206 Chumbo-207 Chumbo-208


Estável Estável Estável
ssa
que
,
não
car
pos
ga
sue
elét
PARTÍCULAS E ONDAS
m
rica
mae
ssa
vel :
e
oci
se
dad
e,
pro
est
pag
ama
dep
co
end
ma
ent
vel As radiações
e
oci nucleares
do
dad
val podem ser de
e
or dois tipos
de
de
300
sua
.00
ene
0
rgia
;
km
/s,
par
a
qua
lqu
RADIAÇÃO Raio X
São radiações da mesma natureza da radiação
Gama com características idênticas

Só diferem pela origem Raio-X não saem do núcleo do átomo

Ondas Eletromagnéticas:

Emitidos quando elétrons, acelerados por alta voltagem, são


lançados contra átomos e sofrem frenagem, perdendo energia.

- radiação de freamento ou Brehmstrahlung

Ou pela transição de elétrons orbitais para órbitas mais internas do


átomo - raio X característico
Todas as demais características são idênticas à radiação gama.
RADIAÇÃO X
Raios X são energia atômica

chumbo

Filamento Anti-cátodo
Incandescente

Toda energia nuclear é atômica, porque o núcleo pertence


ao átomo, mas nem toda energia atômica é nuclear.
RADIAÇÃO NA ÁREA DA SAÚDE
RADIODIAGNÓSTICO
TUBO DE RAIOS X
EFEITOS DA RADIAÇÃO À SAÚDE
EFEITOS BIOLÓGICOS DA RADIAÇÃO

Órgãos / Sistemas

Células

Tecidos
EFEITOS BIOLÓGICOS DA
RADIAÇÃO

Possibilidades da radiação incidindo em uma célula:

Passar sem interagir

Não produzir dano


Atingir uma
Molécula
Produzir dano
Possibilidades da radiação
Atingindo uma célula:

Atingir uma molécula:

Não produzir dano


Possibilidades da radiação
Atingindo uma célula:

Atingir uma molécula:

Produzir dano

Mutação celular
Possibilidades da radiação
Atingindo uma célula:

Atingir uma molécula:

Produzir dano

Morte celular
Possibilidades da radiação
Atingindo uma célula:

Atingir uma molécula:

Produzir dano

Célula restaurada
A cada possibilidade está

Associada a uma probabilidade

diferente de zero

O fenômeno da indução de efeitos


biológicos pela interação da radiação com
organismos vivos é de natureza
PROBABILÍSTICA.
CLASSIFICAÇÃO DOS EFEITOS BIOLÓGICOS

• Classificam-se conforme sua variação quanto:


- ao tempo de manifestação
- ao tipo de célula atingida
- à quantidade de energia depositada
CLASSIFICAÇÃO DOS EFEITOS BIOLÓGICOS

TEMPO DE MANIFESTAÇÃO:

Efeitos Agudos:
- característicos de exposições a doses elevadas
- manifestam-se em, no máximo, dois meses (seres
humanos)
- Exemplos: eritema, síndrome aguda.
(é um sinal clínico, presente em várias patologias, caracterizado por
uma coloração avermelhada da pele ocasionada
por vasodilatação capilar).
CLASSIFICAÇÃO DOS EFEITOS BIOLÓGICOS
QUANTO AO
TEMPO DE MANIFESTAÇÃO:
• Efeitos Tardios:
- característicos de exposições a pequenas doses
- manifestam-se em anos ou dezenas de anos
(seres humanos)
- Exemplo: câncer.
CLASSIFICAÇÃO DOS EFEITOS BIOLÓGICOS
QUANTO AO
TIPO DE CÉLULA ATINGIDA:

• Efeitos Somáticos:
- alterações provocadas pela interação da radiação
ionizante com qualquer célula do organismo,
exceto as reprodutivas
- manifestam-se no próprio indivíduo irradiado
- Exemplos: câncer, catarata.
CLASSIFICAÇÃO DOS EFEITOS BIOLÓGICOS
QUANTO AO
TIPO DE CÉLULA ATINGIDA:
• Efeitos Genéticos (hereditários):
- Alterações provocadas pela interação da radiação
ionizante com as células reprodutivas do
organismo.
- Manifestam-se nos descendentes do indivíduo
irradiado
- Exemplos: mutações genéticas.
CLASSIFICAÇÃO DOS EFEITOS BIOLÓGICOS
QUANTO À
QUANTIDADE DE ENERGIA DEPOSITADA:
• Efeitos Estocásticos:
- Ocorrem com doses pequenas de radiação
- Não apresentam um limiar de dose para sua
ocorrência
- A probabilidade de ocorrência aumenta com o
aumento da dose
CLASSIFICAÇÃO DOS EFEITOS BIOLÓGICOS
QUANTO À
QUANTIDADE DE ENERGIA DEPOSITADA:
• Efeitos Estocásticos:
- A gravidade do efeito independe da dose.
Exemplo: câncer
Por menor que seja a dose, está sempre
associada uma probabilidade diferente de zero
para a ocorrência deste tipo de efeito.
CLASSIFICAÇÃO DOS EFEITOS BIOLÓGICOS
QUANTO À
QUANTIDADE DE ENERGIA DEPOSITADA:
• Efeitos Determinísticos (não-estocásticos):
- Ocorrem com doses elevadas de radiação
- Apresentam um limiar de dose para sua ocorrência
- A gravidade do efeito aumenta com o aumento da
dose.
- Exemplos: eritema, catarata.
RADIOSENSIBILIDADE

Os diferentes tecidos e órgãos possuem diferentes


sensibilidades à radiação.
Sistema hematopoiético (SANGUE Órgãos hematopoiéticos
são os órgãos que produzem os elementos figurados do
sangue:
Leucócitos, hemácias e plaquetas

esses órgãos são:


Medula óssea, linfonodos
(gânglios linfáticos) e baço.

Sistema gastrointestinal
Sistema nervoso
GRANDEZAS E UNIDADES USADAS
EM RADIOPROTEÇÃO
RADIOPROTEÇÃO - HISTÓRICO
• Radiação ionizante capaz de produzir
alterações celulares no ser humano
• 1928  II Congresso Mundial de Radiologia
em Estocolmo - criação da Comissão
Internacional de Proteção Radiológica (ICRP).
TIPOS DE FONTES E MODOS DE
EXPOSIÇÃO
TIPOS DE FONTES
• Equipamentos emissores de radiação
ionizante:
- Fornecer energia para o funcionamento.
• Materiais Radioativos:
- Naturais ou produzidos artificialmente
- Emitem radiação continuamente.
TIPOS DE FONTES E MODOS DE EXPOSIÇÃO
TIPOS DE FONTES
Exemplos de equipamentos emissores de radiação ionizante:

Espectrômetros de fluorescência e difratômetros: -


identificação do conteúdo de amostras

• Equipamentos emissores de Raios X


• Microscópios eletrônicos:
TIPOS DE FONTES E MODOS DE
EXPOSIÇÃO
TIPOS DE FONTES
Exemplos de equipamentos emissores de radiação ionizante:
• Equipamentos emissores de Raios X:
- Diagnóstico médico e odontológico:
-
Diagnóstico e terapia
-
Controle de qualidade
-
Calibração de detetores
- Testes de blindagens.
TIPOS DE FONTES E MODOS DE
EXPOSIÇÃO
TIPOS DE FONTES
Exemplos de equipamentos emissores de radiação ionizante:
• Outros:
- Aceleradores de partículas:
-
Pesquisas em física de partículas
-
Radioterapia
- Tokamak:
-
Pesquisa em física de plasmas
TIPOS DE FONTES E MODOS DE
EXPOSIÇÃO
TIPOS DE FONTES
Exemplos de materiais radioativos:
• Fontes Seladas (não há possibilidade de contato
com o material radioativo):
- Fontes de calibração:
- Detetores de radiação
- Agricultura:
-
Estudos de densidade e umidade do solo
TIPOS DE FONTES E MODOS DE
EXPOSIÇÃO
TIPOS DE FONTES
Exemplos de materiais radioativos:
• Fontes Não Seladas (há possibilidade de contato com
o material radioativo):
- Traçadores e marcadores:
- Atividade metabólica
-
Marcação de DNA
-
Fluxo de fluidos
Uso de traçadores no estudo do comportamento de insetos:

A marcação de insetos com radioisótopos é também útil para a


eliminação de pragas, identificando qual predador se alimenta
de determinado inseto indesejável. Neste caso, o predador é
usado em vez insetcidas nocivos à saúde.
TIPOS DE FONTES E MODOS DE
EXPOSIÇÃO
MODOS DE EXPOSIÇÃO:
Irradiação Externa:
• Exposição à radiação emitida pela fonte.
- Estar próximo à fonte, considerando a energia de
emissão e o tipo de radiação
-
Equipamentos emissores de radiação ionizante
-
Fontes seladas
-
Fontes não-seladas.
GERAÇÃO DE
ENERGIA ELÉTRICA
GERAÇÃO DE
ENERGIA ELÉTRICA
GERAÇÃO DE ENERGIA
ELÉTRICA
JUSTIFICATIVA
Produção de uma quantidade de energia elétrica

1.200 kg 700 kg
carvão 3 barris de
Petróleo

U 235 - pastilhas de Urânio


enriquecido a 3,5%
400 m³
(combustível de usina PWR)
Gás natural
10 gramas
GERAÇÃO DE
ENERGIA ELÉTRICA
GERAÇÃO DE
ENERGIA ELÉTRICA
Combustível

José Alcides Montes Sobrinho


JAZIDA DE ITATAIA
 
Introdução

 A Jazida de Itataia além de ser a de maior teor de fosfato do país (11% de


P2OS) tem
como subproduto a maior jazida de urânio brasileira (79.319 t de U3O8,
medidas).
Além do mármore associado ao fosfato e urânio, ainda possui reservas de
300.000.000 m3 de mármores que podem ser lavrados para rochas
ornamentais, cimento, cal, tintas e corretivo
de solo.
 
Localização e Infra-Estrutura 
A jazida localiza-se no centro-norte do Estado do Ceará, município de Santa
Quitéria.
As Indústrias Nucleares do Brasil S.A -INB é detentora dos direitos mineráreis
da jazida, que ocorre nos domínios da Fazenda Itataia, com 4.042 ha,
propriedade da INB.
A fazenda é toda cercada, possui um açude com capacidade de 2.300.000 m3,
um campo de pouso com 1200 m, .para aeronaves de pequeno porte, e um
acampamento composto de alojamento, escritório, laboratório e barracões de
testemunhos de sondagens.
 
GERAÇÃO DE
ENERGIA ELÉTRICA
Combustível

José Alcides Montes Sobrinho


GERAÇÃO DE
ENERGIA ELÉTRICA
José Alcides Montes Sobrinho
GERAÇÃO DE
ENERGIA ELÉTRICA
Combustível

Elemento
combustível

Vareta
metálica
CARREGAMENTO DOS ELEMENTOS
COMBUSTÍVEIS NUCLEARES NO REATOR
Piscina de Combustível Usado de Angra 1
Piscina de Combustível Usado de Angra 2
LOCALIZAÇÃO DE ANGRA 3
Angra 2 Angra 1

Angra 3
CONTAMINAÇÃO IRRADIAÇÃO
GAMOGRAFIA
GAMOGRAFIA
GAMOGRAFIA

Aparelho para Gamagrafia usando Fonte Radioativa de Cobalto-60


com atividade máxima de 30 Curies , pesando 122 kg,
projetado com tipo de canal reto.
Foto extraída do catálogo da Sauerwein
Dosímetro
passivo
Fonte: Apostila “Aplicações da Energia Nuclear”, Comissão
Nacional de Energia Nuclear.
RADIAÇÃO NA ÁREA DA SAÚDE
RADIODIAGNÓSTICO
TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA (CT)
RADIAÇÃO NA ÁREA DA SAÚDE
RADIODIAGNÓSTICO
RADIOPROTEÇÃO - BLINDAGENS
EXERCÍCIOS
Uma Usina Nuclear produz Pó de
Dióxido de urânio UO2.
Elaborar Plano de Ação.
Descrever todos os procedimentos que
a NR 6 obriga, elaborar uma O.S.
Relacionar os EPIs para utilização dos
funcionários, modelo de Ficha e
Treinamento.
PLANO DE AÇÃO
O QUE QUEM ONDE QUANDO COMO POR QUE
OBRIGADO

PROF. NEWTON

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