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Medicina

Nuclear
Docente: Jaqueline
Figueredo
O Serviço de Medicina
Nuclear
INSTALAÇÕES FÍSICAS NA MEDICINA NUCLEAR
E
FLUXO DE ATENDIMENTO - MEDICINA NUCLEAR POR ACADEMIA DE RADIOLOGIA

ASSISTIR VÍDEOS
O Serviço de Medicina Nuclear
• As instalações físicas do serviço de Medicina Nuclear devem
atender o que está descrito nas normas, bem como CNEN-
NN 3.05 de 1996 e a CNEN-NN 3.05 de 2013 referentes aos
Requisitos de proteção radiológica e segurança para serviços
de Medicina Nuclear e CNEN-NE 3.02 de 1988, referente aos
Serviços de Proteção Radiológica.
O Serviço de Medicina Nuclear

• A RDC 50, 2004, estabelece como ambientes que devem


fazer parte do serviço de Medicina Nuclear: laboratório de
manipulação e estoque de fontes em uso; sala de
decaimento; box para coleta de material; laboratório de
radioimunoensaio; sala de administração de radiofármacos;
sala ou box de pacientes injetados; sala de exames; sala de
laudos e arquivos; quarto para internação com banheiro
exclusivo.
O Serviço de Medicina Nuclear

• REQUISITOS DE SEGURANÇA E PROTEÇÃO RADIOLÓGICA PARA


SERVIÇOS DE MEDICINA NUCLEAR - Norma CNEN NN 3.05 Resolução
CNEN 159/13 Dezembro / 2013.

• CAPITULO II DOS REQUISITOS OPERACIONAIS DE UM SERVIÇO DE


MEDICINA NUCLEAR

• Seção I Das Instalações Físicas


• Art. 14 O Serviço de Medicina Nuclear deve possuir as seguintes
dependências:
I. Sala de espera exclusiva para pacientes injetados,
fisicamente delimitada;
II. Sanitário exclusivo para Pacientes Injetados;
III. Laboratório de manipulação e armazenamento de
fontes radioativas em uso;
III. Laboratório de manipulação e armazenamento de
fontes radioativas em uso;
III. Laboratório de manipulação e armazenamento de
fontes radioativas em uso;
III. Laboratório de manipulação e armazenamento de
fontes radioativas em uso;
O serviço de Medicina Nuclear
• O Laboratório de manipulação e estoque de fontes em uso é também
conhecido como sala quente, nesse ambiente deve-se receber e armazenar
os radioisótopos e fazer o seu fracionamento.
IV. Sala de administração de radiofármacos;
V. Sala de exames;
VI. Local destinado ao armazenamento provisório de
rejeitos radioativos;
VII. sala adequada do ponto de vista de proteção radiológica,
fisicamente delimitada, localizada dentro das instalações do
Serviço de Medicina Nuclear, para a realização de estudos de
ventilação pulmonar;
VIII. sala exclusiva para a realização de exames com estresse
cardiológico, para fins de diagnóstico com radiofármacos,
fisicamente delimitada, com sanitário exclusivo para Pacientes
Injetados
... localizada:
a) dentro das dependências do Serviço de Medicina Nuclear, para as
instalações que entrem em operação após a data de publicação desta
resolução; ou
b) dentro da edificação do Serviço de Medicina Nuclear, para as instalações já
em operação na data de publicação desta resolução

2013
IX. sala exclusiva, com espaços individualizados, para a
administração de radiofármacos e posterior repouso do
Paciente Injetado, quando utilizar equipamentos de diagnóstico
por emissão de pósitrons, Sistemas para Tomografia por
Emissão de Pósitrons (PET)
X. Quarto para terapia com internação, quando forem
administradas doses terapêuticas de radiofármacos,
Profissionais em
Medicina Nuclear
Profissionais em Medicina Nuclear

• Equipe e suas atribuições:

O serviço de Medicina Nuclear possui uma equipe


multidisciplinar e que pode variar um pouco em alguns
serviços.
Profissionais em Medicina Nuclear

Equipe e suas atribuições:


Basicamente é composta por:
Equipe administrativa e de Higienização: Compostas por
profissionais da área de administração como os recepcionistas
do setor e pelos profissionais responsáveis pela higienização
do setor.
Possuem uma grande relevância devido as peculiaridades do
setor de Medicina Nuclear e então devem possuir
treinamento e qualificação adequada.
Profissionais em Medicina Nuclear

Equipe e suas atribuições:


Basicamente é composta por:
Equipe Médica: composta por médicos especialistas em
Medicina Nuclear e também por outros médicos como apoio
para alguns procedimentos, como: Cardiologista ou
Anestesista.
Profissionais em Medicina Nuclear

Médico Especialista em Medicina Nuclear


Atribuições:
• Prestar atendimento clínico ao paciente,
• Decidir pelo exame, elucidação do diagnóstico e eficácia do tratamento,
• Prescrever o radiofármaco e determinar a rotina,
• Avaliar a imagem obtida,
• Acompanhamento na realização do exame.
• Operacionalidade de um Serviço de Medicina Nuclear
Profissionais em Medicina Nuclear

Equipe e suas atribuições:


Basicamente é composta por:
Equipe de Física Médica: composta por físicos médicos que
possuem muitas responsabilidades no serviço ligadas a
radioproteção e controle de qualidade.
Profissionais em Medicina Nuclear
Físico-Médico
Atribuições:
• Fazer o levantamento radiométrico de todos os setores de serviço,
• Fazer o controle diário da qualidade de imagem,
• Gerenciar os rejeitos radioativos,
• Acompanhar mensalmente as doses individuais recebidas pelos
trabalhadores,
• Treinar e reciclar periodicamente, em proteção radiológica, todo o pessoal
do serviço,
• Implantar novas técnicas e testes regulares dos aparelhos
Profissionais em Medicina Nuclear

Equipe e suas atribuições:


Basicamente é composta por:
Equipe de Técnica: composta por técnicos e tecnólogos em
Radiologia, biomédicos, técnicos em enfermagem,
enfermeiros e farmacêuticos (podendo ter variação de acordo
com cada serviço e demanda do setor).
Profissionais em Medicina Nuclear

Equipe e suas atribuições:


Basicamente é composta por:
Equipe de Técnica: São responsáveis por tarefas relacionadas
a realização dos procedimentos de diagnóstico e terapia,
como: preparação de radiofármacos, aplicação dos
radiofármacos no paciente, realização do exame, descarte
adequado dos resíduos radioativos, entre outros.
Profissionais em Medicina Nuclear

Técnico/Tecnólogo em Radiologia
Atribuições:
• Preparar o paciente no aparelho, posicionando-o nas
incidências desejadas,
• Realizar os exames, sob orientação do médico especialista,
• Proceder a operação, manutenção e limpeza de todos os
equipamentos utilizados no exame,
• Calibrar os aparelhos antes da realização do primeiro exame
do dia
Profissionais em Medicina Nuclear

Radiofarmacêutico
Atribuições:
• Receber, registrar e armazenar, em local apropriado, o
material adquirido para o serviço,
• Eluir os geradores de tecnécio, marcar os kits de
radiofármacos e fracionar as respectivas doses,
• Controlar as qualidades dos kits e dos radionuclídeos,
• Controlar os rejeitos radioativos gerados no serviço
Profissionais em Medicina Nuclear

Enfermeiro e Técnico em enfermagem


Atribuições:
• Encaminhar o paciente a sala de exames,
• Administrar a dose recomendada e orientar o paciente quanto aos
procedimentos do exame,
• Controlar a liberação dos pacientes internados e ambulatoriais,
• Marcar os exames preliminares de medicina nuclear, coletar o sangue para
dosagem hormonal, controlar a medicação prescrita, a internação e a alta,
• Atender, de imediato, as eventuais intercorrências clínica
DETECTORES DE
RADIAÇÃO
PRINCÍPIOS DE DETECÇÃO
Sabemos que o ser humano é incapaz de sentir a presença da
radiação ionizante. Isso ocorre porque nosso organismo não
possui nenhum sistema de detecção próprio, tais como os
sensores de calor e pressão na pele.
Para nós a radiação ionizante é invisível, não tem cheiro, não
tem gosto, não é audível e nem perceptível ao tato.
PRINCÍPIOS DE DETECÇÃO
Como podemos então trabalhar com a radiação ionizante de
maneira segura? Como podemos nos certificar que uma
determinada fonte é segura ou que não está permitindo o
“vazamento” de radiação?
O fato de sermos incapazes de sentir a presença da radiação
ionizante por conta própria não significa que não podemos
fazê-lo de outra forma. Por isso a solução para estes
problemas está na utilização de detectores de radiação.
PRINCÍPIOS DE DETECÇÃO
Mas como funcionam os detectores de radiação
ionizante?
Vamos nos lembrar, inicialmente, que a radiação ionizante
interage com o meio transferindo energia para ele. Essa
transferência de energia se dá, basicamente, por um processo
chamado ionização, de onde deriva o nome deste tipo de
radiação.
PRINCÍPIOS DE DETECÇÃO
E o que é uma ionização?

A ionização é o processo pelo qual a radiação ionizante, ao


interagir com um átomo do meio, consegue arrancar um
elétron orbital deste átomo, produzindo um par de íons.
PRINCÍPIOS DE DETECÇÃO
E o que é um íon?

Um íon pode ser entendido como um portador de carga


elétrica. Isto quer dizer então que a radiação ionizante,
quando interage com um meio, produz pares de cargas
elétricas.
Mas que cargas são essas?

Lembremos que um átomo possui carga total igual a zero,


pois possui o mesmo número de prótons no núcleo
(portadores de carga positiva) e elétrons na eletrosfera
(portadores de carga negativa).
Quando a radiação ionizante arranca um elétron do átomo,
este átomo passa a ter um próton a mais do que o número
total de elétrons. Sendo assim este átomo deixa,
momentaneamente, de ter carga total igual a zero e passa
a ter uma carga positiva.
Assim, naquela região do átomo surge um par de
portadores de carga elétrica ou um par de íons: o elétron
arrancado e o “resto” do átomo.
Mas que cargas são essas?
PRINCÍPIOS DE DETECÇÃO
Mas o que isso tem a ver com os detectores de
radiação?

Veremos que os sistemas de detecção da radiação


ionizante estão justamente baseados no processo de
ionização.
TIPOS DE DETECTORES
Tipos de Detectores
Embora os sistemas de detecção da radiação ionizante estejam baseados no
mesmo processo de ionização, há diferenças entre eles.
Estas diferenças estão relacionadas essencialmente com a finalidade da
detecção, ou seja, com o que exatamente eu quero obter como resultado do
meu processo de detecção da radiação ionizante.
Essa finalidade pode variar bastante: posso desejar simplesmente saber se há
radiação em um determinado lugar, sem me importar muito com a precisão da
medida, posso querer detectar a radiação para “construir” uma imagem
diagnóstica, posso querer saber se há contaminação radioativa em um
determinado objeto, etc..
CÂMARA DE IONIZAÇÃO
Princípio de detecção
As câmaras de ionização são sistemas que utilizam meios gasosos como
detectores. O sistema consiste basicamente de um recipiente (câmara),
construída com material condutor e preenchida por ar, com um
eletrodo coletor em seu interior.
Quando a radiação ionizante atravessa as paredes da câmara e ioniza
os átomos do ar em seu interior, produz pares de cargas. Ao aplicarmos
uma diferença de potencial entre as paredes da câmara e o eletrodo
coletor, criamos um campo elétrico dentro do volume da câmara.
CÂMARA DE IONIZAÇÃO
Princípio de detecção
As cargas criadas pelas ionizações ocorridas dentro do volume
de ar sofrem a ação deste campo e deslocam-se conforme a
polaridade, originando uma corrente elétrica, que pode ser
medida. Desta forma, a intensidade da corrente elétrica
medida está associada à quantidade de ionizações dentro do
volume de ar da câmara, que por sua vez está associada à
quantidade de radiação que incidiu naquele volume.
CÂMARA DE IONIZAÇÃO
Características básicas do sistema de detecção
As câmaras de ionização são instrumentos que permitem boa
precisão de medidas, entretanto são instrumentos menos
sensíveis do que outros tipos de detectores, tais como os
diodos ou os contadores Geiger-Muller.
São instrumentos destinados principalmente a medidas de
feixes de radiação gama ou X e a medidas relacionadas à
irradiação.
CÂMARA DE IONIZAÇÃO
Características básicas do sistema de detecção
Outras características básicas são:
• Detector do tipo gasoso, tipicamente ar.
• Geometria e dimensões variadas, conforme a aplicação e o tipo de
radiação a ser medido. Quanto maior o volume de ar, mais sensível é
o sistema;
• Tensão típica de operação: de 100 a 300 Volts;
CÂMARA DE IONIZAÇÃO
Finalidade
• As câmaras de ionização são bastante utilizadas na área de
radiodiagnóstico, para execução de levantamentos radiométricos e na
execução de alguns testes de controle de qualidade e de desempenho
de equipamentos emissores de raios X.
• São bastante utilizadas, numa configuração específica denominada
detector de poço, em instalações de medicina nuclear, para medir o
valor da atividade dos radiofármacos que serão administrados aos
pacientes. Estes sistemas de detecção são comumente conhecidos
como Curiômetros.
CONTADORES GEIGER
Princípio de detecção
• Os contadores do tipo Geiger-Muller, mais comumente
conhecidos como contadores Geiger são um tipo de câmara
de ionização e seu princípio de detecção é o mesmo.
• São sistemas que utilizam meios gasosos como detectores e
consistem basicamente de um recipiente (câmara),
construída com material condutor e preenchida por um gás,
com um eletrodo coletor em seu interior.
CONTADORES GEIGER
Princípio de detecção
• Quando a radiação ionizante atravessa as paredes da câmara
e ioniza os átomos do gás em seu interior, produz pares de
cargas. O gás é pressurizado no interior da câmara,
aumentando sua densidade e consequentemente
aumentando a probabilidade de ionizações em seu interior.
Esta característica torna o contador Geiger significativamente
mais sensível do que uma câmara de ionização padrão.
CONTADORES GEIGER
Princípio de detecção
• Ao aplicarmos uma diferença de potencial suficientemente
alta entre as paredes da câmara e o eletrodo coletor, criamos
um intenso campo elétrico dentro do volume da câmara. As
cargas criadas pelas ionizações ocorridas dentro do volume
de gás sofrem a ação deste campo e deslocam-se conforme a
polaridade, adquirindo grande energia cinética neste trajeto.
A energia adquirida é suficiente para que estes elétrons
ionizem outros átomos do gás durante seu percurso.
CONTADORES GEIGER
Princípio de detecção
Da mesma forma, os elétrons originados destas novas ionizações também
adquirem energia suficiente para ionizar outros átomos do gás.
O resultado é o que chamamos de “avalanche” de ionizações, originando
uma corrente elétrica relativamente alta, que pode ser facilmente medida.
Desta forma, a eletrônica necessária para medir estas correntes mais altas
é bastante simples, tornando o contador Geiger um instrumento de
menor custo do que a câmara de ionização.
Como contrapartida, a intensidade da corrente medida perde sua relação
com a quantidade de ionizações originais, ocorridas dentro da câmara,
tornando o contador Geiger um instrumento menos preciso do que a
câmara de ionização.
CONTADORES GEIGER
• Características básicas do sistema de detecção
Os contadores do tipo Geiger-Muller são instrumentos bastante
sensíveis, porém pouco precisos quando comparados com as
câmaras de ionização. São instrumentos portáteis, de eletrônica
simples e são versáteis. Podem ser confeccionados para medição
de vários tipos de radiação, inclusive radiação alfa, com sondas
internas ou externas, e para medidas tanto de irradiação quanto
de contaminação de superfícies. São instrumentos bastante
eficientes para obtenção de informações rápidas e de caráter mais
qualitativo, tais como se há ou não radiação em determinado lugar
e se há “muita” ou “pouca” radiação.
CONTADORES GEIGER
Outras características básicas são:
• Detector do tipo gasoso. Utiliza uma mistura de gases
pressurizados que aumentam a eficiência de detecção;
• Geometria e dimensões variadas, conforme a aplicação e o
tipo de radiação a ser medido. Quanto maior o volume de gás,
mais sensível é o sistema;
• Tensão típica de operação: de 600 a 900 Volts;
CONTADORES GEIGER
Finalidade
Os contadores do tipo Geiger-Muller são bastante utilizados
na área de medicina nuclear, para monitoração de áreas e
para investigação de contaminação em superfícies. Também
são utilizados em quaisquer instalações que fazem uso de
materiais radioativos, tais como instalações de gamagrafia,
instalações que utilizam irradiadores, instalações de pesquisa
que utilizam radioisótopos, radioterapia, etc..
CONTADORES GEIGER
Finalidade
A utilização deste tipo de detetor não é recomendada para
levantamentos radiométricos em radiodiagnóstico ou outras
situações em que o tempo de duração do feixe de radiação
seja muito curto, pois o sistema pode requerer vários
segundos antes de conseguir estabilizar sua leitura.
DETECTORES DE CINTILAÇÃO
Princípio de detecção
Os detectores de cintilação, como o próprio nome sugere,
estão baseados na propriedade que certas substâncias
possuem, de produzir uma cintilação, como resultado da
interação com a radiação ionizante. Há certos materiais cuja
estrutura se apresenta na forma de uma rede cristalina e que
são comumente chamados de cristais. A radiação ionizante,
quando interage com estes materiais, pode ceder energia para
seus elétrons, promovendo o deslocamento destes dentro da
estrutura cristalina. Este processo é denominado excitação.
DETECTORES DE CINTILAÇÃO
Princípio de detecção
Entretanto, estes elétrons naturalmente tendem a retornar
para sua posição original e, neste processo de desexcitação,
emitem o excedente de energia adquirido, na forma de luz.
Este processo de emissão de luz é denominado cintilação ou
luminescência. Desta forma, a quantidade de cintilações
emitidas está associada com a quantidade de interações da
radiação ionizante com o cristal. Sistemas que permitam
medir estas cintilações podem então ser utilizados como
sistemas detectores de radiação ionizante.
DETECTORES DE CINTILAÇÃO
Princípio de detecção
Para medir as cintilações, os sistemas devem fazer uso de
dispositivos capazes de detectar essa luz. Estes dispositivos
são denominados tubos fotomultiplicadores e são acoplados
aos cristais nos sistemas de detecção. A luz detectada pelos
fotomultiplicadores é transformada numa corrente elétrica
que é amplificada e enviada para o sistema de leitura.
DETECTORES DE CINTILAÇÃO
Princípio de detecção
Para medir as cintilações, os sistemas devem fazer uso de
dispositivos capazes de detectar essa luz. Estes dispositivos
são denominados tubos fotomultiplicadores e são acoplados
aos cristais nos sistemas de detecção. A luz detectada pelos
fotomultiplicadores é transformada numa corrente elétrica
que é amplificada e enviada para o sistema de leitura.
DETECTORES DE CINTILAÇÃO
Características básicas do sistema de detecção
Os detectores de cintilação são instrumentos sensíveis e versáteis,
utilizados principalmente nos sistemas de obtenção de imagens em
medicina nuclear.
Outras características básicas são:
• Detector do tipo sólido (cristal dopado com impurezas). Os cristais
mais utilizados são o Iodeto de Sódio dopado com Tálio (NaI:Tl), o
Iodeto de Césio dopado com Tálio (CsI:Tl) e o Germanato de Bismuto
(BGO);
• Geometria e dimensões variadas, conforme a aplicação e o tipo de
radiação a ser medido. Quanto maior a área do cristal, mais sensível é
o sistema;
• Requerem dispositivos fotomultiplicadores acoplados ao cristal;
DETECTORES DE CINTILAÇÃO
Finalidade
Os cristais podem variar muito quanto à sua composição e
tamanho e isso permite criar uma grande variedade de
sistemas de detecção, para aplicações e finalidades diferentes.
Sistemas de detecção com pequenos cristais podem ser
utilizados em instrumentos portáteis, que se assemelham a
um contador Geiger, podendo ser utilizados para medidas de
levantamento radiométrico ou investigação de contaminações
em superfícies, em instalações que fazem uso de materiais
radioativos.
DETECTORES DE CINTILAÇÃO
Finalidade
Os detectores de cintilação são largamente utilizados em medicina
nuclear, sendo indispensáveis nos sistemas utilizados para obtenção
de imagens. As gamma câmaras são sistemas que empregam grandes
cristais e permitem efetuar uma “varredura” sobre a região de
interesse do corpo do paciente. São sistemas muito eficientes e
precisos, porém requerem uma instrumentação sofisticada e um
sistema computacional poderoso para efetuar a reconstrução das
imagens, o que torna seu custo bastante elevado. São utilizados
também em uma versão mais simples e de custo menos elevado,
como instrumentos semiportáteis, para exames de captação de
tireóide, por exemplo.
DETECTORES TERMOLUMINESCENTES
• Princípio de detecção
O princípio básico de detecção dos detectores
termoluminescentes é similar àquele dos detectores de
cintilação.
Alguns materiais cerâmicos apresentam a propriedade de
emitir luz após serem expostos à radiação ionizante. A
radiação ionizante, quando interage com estes materiais, pode
ceder energia para seus elétrons, promovendo o
deslocamento destes dentro da estrutura cristalina.
DETECTORES TERMOLUMINESCENTES
• Princípio de detecção
Este processo é denominado excitação. Entretanto, estes
elétrons naturalmente tendem a retornar para sua posição
original e, neste processo de desexcitação, emitem o
excedente de energia adquirido, na forma de luz. Este
processo de emissão de luz é denominado cintilação ou
luminescência. Quando impurezas são introduzidas neste
material, estados intermediários de energia são criados,
permitindo que os elétrons fiquem “armazenados” neste nível
após receberem energia da radiação incidente.
DETECTORES TERMOLUMINESCENTES
• Princípio de detecção
Somente após o aquecimento do cristal a certa temperatura,
os elétrons “armazenados” adquirem energia suficiente para
se libertar do nível intermediário de energia e retornar para o
nível original, emitindo luz. Como este é um processo de
emissão de luz ou luminescência, que ocorre após o
aquecimento, denominamos estes materiais de
termoluminescentes.
DETECTORES TERMOLUMINESCENTES
• Princípio de detecção
Desta forma, a quantidade de luminescência emitida está
associada com a quantidade de interações da radiação ionizante
com o material cerâmico. Sistemas que permitam medir esta
luminescência podem então ser utilizados como sistemas
detectores de radiação ionizante.
Para medir as cintilações, os sistemas devem fazer uso de
dispositivos capazes de detectar essa luz. Estes dispositivos são
denominados tubos fotomultiplicadores. A luz detectada pelos
fotomultiplicadores é transformada numa corrente elétrica que é
amplificada e enviada para o sistema de leitura.
DETECTORES TERMOLUMINESCENTES

• Características básicas do sistema de detecção


Os detectores termoluminescentes são dispositivos sensíveis e têm como
principal característica a capacidade de armazenar a informação, até que
seja efetuada sua leitura.
Outras características básicas são:
• Detector do tipo sólido (cristal dopado com impurezas). Os cristais
mais utilizados são o Fluoreto de Lítio dopado com Magnésio e Titânio
(LiF:Mg,Ti),o Sulfato de Cálcio dopado com Disprósio (CaSO4:Dy) e o
Fluoreto de Cálcio (CaF2);
• São dispositivos que permitem a reutilização, após efetuada sua
leitura e tratamento térmico adequado;
• Requerem dispositivos fotomultiplicadores acoplados ao sistema de
leitura;
DETECTORES TERMOLUMINESCENTES
• Finalidade
Os cristais podem variar quanto à sua composição e tamanho e isso permite
criar uma grande variedade de sistemas de detecção, para aplicações e
finalidades diferentes.
A principal finalidade destes detectores é sua utilização como dosímetros
pessoais. Os dosímetros TLD (do inglês thermoluminescent dosimeter) têm o
formato de pequenas pastilhas e, geralmente, são utilizados num suporte que
acomoda várias pastilhas.
São utilizados para registrar as doses recebidas por profissionais expostos à
radiação ionizante. Outras aplicações dos TLDs são como um meio de datação
geológica e arqueológica, no controle de doses derivadas de práticas médicas e
na dosimetria de doses altas derivadas de processos industriais.

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