DESMONTE DE ROCHA COM

EXPLOSIVOS

PRODUTOS:
Explosivos e Acessórios
tipos – características – aplicação

PARÂMETROS DE DESMONTE
subterrâneo – céu aberto
PARÂMETROS DE DESMONTE
SUBTERRÂNEO

CRITÉRIOS DE PERFURACÃO
E DETONAÇÃO EM TÚNEIS
 PERFURAÇÃO

A perfuração é a primeira operação na

preparação de um desmonte. Seu propósito é
abrir na rocha buracos cilíndricos denominados
“furos” para alojar o explosivo e seus
acessórios.
O princípio da perfuração se baseia em efeito
mecânico de percussão e rotação, cuja a ação
de golpe e fricção produz estilhaçamento e
trituração da rocha.
 CONDIÇÕES DE PERFURAÇÃO

Para conseguir um desmonte eficiente a

perfuração é muito importante assim como a
seleção do explosivo, este trabalho deve
efetuar-se com bom critério e cuidado.

A qualidade dos furos está determinada por

quatro condições: diâmetro, distância entre
furos, retitude e estabilidade(paralelismo).
 DETONAÇÕES EM
DESENVOLVIMENTOS MINEIROS

São detonações com uma só face livre e que

requerem a criação de uma segunda face livre,
esta é conseguida mediante a abertura de
arranque (corte), logo se transforma em uma
detonação de banco angular.
 GENERALIDADES

Condicões básicas para detonações em frentes:

• Face livre ou alívio.

• Plano de perfuração e alinhamento dos furos.
• Carga explosiva.

• Seqüência de detonação dos furos.

 3
DESENVOLVIMENTO
DE BANCO ANULAR
2 4
3
4 1 5
2

1 5
2 3 4
1 5

NOMENCLATURA DE TÚNEL

CONTORNO
c c
NÚCLEO/MIOLO
c b
b
CORTE/PILÃO
b OU ARRANQUE a a

a TÚNEL
B
TÚNEL BANCO B EM DUAS
SIMPLES ETAPAS
PISO DO TÚNEL (CRISTA DO BANCO)
 CICLO BÁSICO DE ESCAVAÇÃO
O ciclo básico de uma escavação comprende a
perfuração e detonação e a seqüência é a
seguinte:
• Execução dos furos.
• Escorva e carga de explosivo.
• Amarração do sistema de iniciação.
• Disparo - detonação.
• Retirada de gases,ventilação, controle de
estabilidade para a avaliação do material
detonado.
• Retirada do material detonado.
• Ancoramento.
 PARTES DE UMA FRENTE

Para efeitos de detonação/desmonte uma

frente de pequena a média envergadura se
divide em tres áreas:
1. Corte/Pilão ou arranque.
2. Núcleo ou destroça/miolo.
3. Coroa ou contorno.
Seqüência de ruptura que segue a detonação:

Corte Núcleo Contorno

 CORTES OU ARRANQUES

O princípio da detonação/desmonte em frentes

reside em criar uma cavidade inicial,
denominada corte(Pilão), esta cavidade serve
para criar uma segunda face livre de
grande/maior superficie que facilitará a ruptura
do resto da seção. Os furos do núcleo/miolo e
da periferia/contorno trabalhan rompendo a
rocha em direção desta cavidade.
 CORTES OU ARRANQUES

A função do arranque(Pilão) é formar a

primeira cavidade na frente, criando assim uma
segunda face livre para a saída dos demais
furos, transformando-se em um “banco
angular”.
O arranque/pilão requer uma média de 1.3 mais
de carga por furo para deslocar o material
detonado.
 MÉTODOS DE CORTE

Os tipos de traços/planos de perfuração para

formar uma nova face livre ou cavidade de
corte, são dois:

1. Cortes com furos em ângulo ou cortes em

diagonal.

2. Cortes com furos em paralelo.

 CORTES EM DIAGONAL

O corte em diagonal consiste em realizar furos

de forma angular em referência a frente, o que
permite que a rocha se rompa e despregue em
forma diagonal, com um “desengaste
sucessivo” breve no fundo do furo. Os furos
devem ser executados de forma escalonada,
um após o outro conforme permite o
espaço/seção do túnel(Método poco usado).
 CORTES EM DIAGONAL

Estes cortes poden classificar-se em tres

grupos:

1. Corte em cunha de execução vertical (wedge

cut), corte em cunha de execução horizontal
(“v” o “w”) e corte piramidal. Nos tres casos
os furos são em direção convergente a um
eixo ou a um ponto no fundo da galeria a ser
perfurada.
 CORTE EM DIAGONAL

2. Cortes em leque (fan cut) com diferentes

variantes. Neste caso os furos são
divergentes em relação ao fundo da galería.

3. Cortes combinados em cunha e leque ou

paralelo e leque.
CORTE EM CUNHA
OU EM “V” (WEDGE CUT)

60°

A A´ A´
CORTE EM PIRAMIDE
OU DIAMANTE (CENTRE CUT)

A A´ A´
CORTE EN CUNHA
DE ARRASTRE (DRAG O DRAW CUT)

A A´ A´
 CORTE EM PARALELO

Os furos são executados paralelamente e os

Jumbos são os equipamentos mais adequados
por que contam com braços articulados em
forma de pantógrafo que facilitan o
alinhamento e dão precisão na localização dos
furos na frente de detonação.
 TIPOS DE CORTES PARALELOS

Tipos de cortes usando furos paralelos:

• Corte queimado.
• Corte cilíndrico com furos de alívio.
• Corte escalonado por fatias horizontais.

Apresenta diferentes variantes de acordo a

rocha e a experiência conseguida.
CORTE EM PARALELO

A A´ A´
 EXEMPLOS DE CORTE QUEIMADO

a b c d

EXEMPLOS PARA LIMITAR O EFECTO DE SIMPATIA

ENTRE OS FUROS

a c
b
TRAÇOS DE ARRANQUE PARA
TÚNEIS

LEGENDA
FURO
CARREGADO
FURO
DE ALÍVIO
TRAÇOS DE ARRANQUE PARA TÚNEIS

LEGENDA
FURO CARREGADO

FURO DE ALÌVIO
ARRANQUE PARA FRENTE
DISTÂNCIA ESTIMADA DO FURO DE ALÍVIO
AO PRIMEIRO FURO DE ARRANQUE

1 Furo Alívio -- B = 1,0 a 1,5 

Onde  é o diámetro maior

 ESQUEMA GEOMÉTRICO GERAL DE UM CORTE DE QUATRO SEÇÕES COM
FUROS PARALELOS

D1
B4 B3

B1 D1 B3

B2

SEÇÃO DO CORTE VALOR DO AFASTAMENTO LADO DA SEÇÃO

PRIMERA B1 = 1,5 * D1 B1 * 2
SEGUNDA B2 = B1 * 2 1,5 * B 2 * 2
TERCERA B3= 1,5 * B2 * 2 1,5 * B3 * 2
QUARTA B4 = 1,5 * B3 * 2 1,5 * B4* 2
 Notas importantes:
• A única superfície livre em uma detonação
de túnel ou chaminé vem a ser a frente de
ataque. Considerar que a ruptura da rocha é
realizada em condicões de grande
confinamiento.
• Quanto menor é a seção da frente a se
detonar, se requer maior carga específica de
explosivo por metro cúbico a se desmontar .

• O afastamento e espaçamento são curtos,

especialmente na área de arranque/pilão.
 DENOMINACÃO DOS FUROS

Os furos se distribuem ao redor do arranque

desde a área central do desmonte, sendo sua
denominação a siguiente:

Alças
Alças

Ajudantes de arranque De ruptura

Quadrador
Quadradores

FRENTE
Ajudas
Arranque
De ruptura
Alívio
Arranque
Ajudas
Arranque
Arraste
Arrastes Avanço
 DISTÂNCIA ENTRE FUROS

Normalmente variam: arranque de 15 a 30 cm ,

ajudantes de 60 a 90 cm e nos quadradores de
50 a 70 cm.
Como regra prática se estima uma distancia de
60 cm por cada polegada de diâmetro da broca.
Os furos periféricos (alças e quadradores)
deve-se perfurar a uns 20 a 30 cm do limite das
paredes de túnel, para facilitar a perfuração e
para evitar a sobrequebra(over break).
 CONDICÕES FUNDAMENTAIS
DOS FUROS
A. Diâmetro.
B. Distância.
C. Profundidade.
D. Paralelismo.
Nos desmontes de furos paralelos, é necessário
perfurar o teto e piso com certo ângulo.
Se estes ângulos se exageran os resultados serão
negativos para a sobrequebra(over break).
 ERROS DE PERFURAÇÃO
• FUROS DE ALÍVIO DE DIÂMETRO MUITO PEQUENO

• DESVIOS NO PARALELISMO
AVANÇO
 ERROS DE PERFURAÇÃO
• ESPAÇAMENTO IRREGULAR ENTRE FUROS

• PROFUNDIDADE IRREGULAR DOS FUROS

AVANÇO
 ERROS DE PERFURAÇÃO

• INTERSECÇÃO ENTRE FUROS

AVANÇO
SOBRECARGA

SEM CARGA

• SOBRECARGA (EXCESSIVA DENSIDADE DE CARGA)

SOBRECARGA
GALERIAS: ABERTURAS EM DUA ETAPAS

1
CORTE PARALELO
2 2

BANCO
 TRABALHOS DE MINAS

• CORTE: COM FUROS SOBRE CABEÇAS HORIZONTAIS

 CORTES DE MINA

• COM FUROS SOBRE CABEÇAS VERTICAIS

 CORTES DE MINA

• COM FUROS SOBRE CABEÇAS INCLINADAS

 CORTES EM
VALETAS
• TRAÇOS DE MINA

1 1 1 2

3 3 3 4

5 5 5 6

TRAÇO TRIANGULAR TRAÇO QUADRADO

 TEMPORIZACÃO: EFEITOS DA SAÍDA SEQÜENCIAL

14
ARRANQUE PARALELO 15 16

7 4 6
10 11
2 3
1
FRENTE
12 5 13
8 9

18 17 19

14
15 e 16
4
CORTE 10 e 11
SÍIDA DO
LONGITUDINAL 1 2e3 ARRANQUE
1

12 e 13
5
8 e 9
17
 TEMPORIZAÇÃO: EFEITOS DA SAÍDA SEQÜENCIAL

10
ARRANQUE ANGULAR 11 12
6 4 7

FRENTE 13 2 3 14
1

17 18
9 5 8

19 15 16 20

10
11 e 12
4, 6 e 7

CORTE 1
SAÍDA DO
LONGITUDINAL
ARRANQUE
1
5, 8, 9, 17 e 18

15, 16, 19 20
Recomendações:

4. Sempre realize os furos segundo um esquema

estimado/planejado.
Um furo demasiadamente profundo deteriora a
roca e um demasiadamente curto deixa que
parte da roca não se frature. Assim, as
condições pioram para o seguinte
turno/operação diminuindo o avanço por
detonação, bem como o resultado final.
 Recomendações:

5. Calcule sempre as cargas com relação ao

máximo afastamento e com certa margen de
segurança.

6. Selecione o tempo de retardo de maneira que

se obtenha suficiente tempo para que a rocha
se desplaque/desprenda. Os primeros furos
são os mais importantes.
7. Fatores a se considerar para conseguir ótimo
resultado quando se emplean cortes paralelos.
 RECOMENDACIONES PARA FRENTES

•Controle do ponto de direção e gradientes (piso/teto).

•Delimitação do contorno da seção.
•Marcação da malha de Perfuração.
•Controle do paralelismo dos furos.
•Profundidade uniforme da perfuração.
•Uso de brocas rimadoras/balizadoras.
•Seqüência de perfuração-iniciar pelo pilão:
- Primeiro os furosos de alívio
- Depois os furos de arranque/miolo/contorno.