Você está na página 1de 62

11/4/2015

Fundação Universidade Federal de Mato Grosso do Sul


Faculdade de Engenharias, Arquitetura e Urbanismo e Geografia
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL (8o semestre – 2015/2)

AULA 01 – COMPORTAMENTO DE VIGAS


SUBMETIDAS À FLEXÃO SIMPLES

CONCRETO ARMADO II

Prof. Dr. Andrés Batista Cheung

Campo Grande, 2015

INTRODUÇÃO

Para um bom projeto de uma viga  eerio


garatir que a viga reitir ao priipai
meaimo de ruptura que podem er auado
tato por tee ormai omo por tee
tageiai, ou at memo, a maioria do ao,
a oorria imutea do etado dupo de
tee.
Faha por iahameto  objeto de preoupao
durate dada por divero pequiadore que
reaizaram imero eaio e ofitiada
ferrameta de aie para eteder o
femeo, porm muito dete permaeem
deoheido.

1
11/4/2015

OBJETIVOS

• Etudar viga de Coreto Armado ubmetido


ao Eforo itero: Mometo fetor +
Cortate (M + V).

• Apreetar o fatore que goveram a


reitia do eemeto etruturai fetido.

• Expiar o modeo impemetado a NBR


6118:2014.

FALHA POR CISLAHAMENTO DE UMA VIGA

Comportameto de uma viga de oreto


a ruptura (Fote: Nio et a., 2010)

2
11/4/2015

LEMBRANDO DE RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS

TENSÃO DIAGONAL EM VIGAS HOMOGÊNEAS COM


MATERIAL ELÁTICO-LINEAR

M .y

I

V .Q

I .b

LEMBRANDO DE RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS

V
 
a.b

3
 máx  
2

3
11/4/2015

LEMBRANDO DE RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS

 2 2
1    2 tan 2 
2 4 

TENSÃO DIAGONAL

Como o oreto apreeta baixa reitia 


trao, deve-e etudar a regie que o eto
ofiada e que em pripio o etariam
ujeita a tee ormai, porm ujeita ao
iahameto que provoa trao diagoa om
uma determiada iiao. Deta forma, omo a
viga et ujeita a divera iiae da
teo priipa,  de uma importia o etudo
ompeto de viga oiitada ao eforo
iahate.

4
11/4/2015

EVOLUÇÃO DAS FISSURAS

(Fote: PINHEIRO et a., 2003)

ELEMENTOS SEM ARMADURA

Fissuras de cisalhamento Fissuras flexão

Fissuras de cisalhamento e
flexão Fissuras flexão

(Fote: Nio et a., 2010)

5
11/4/2015

ANALOGIA DE TRELIÇA (Ritter e Mörsch)

O modeo io de treia foi ideaizado por Ritter e Mrh, o iio


do uo XX, e e baeia a aaogia etre uma viga fiurada e uma
treia.

ANALOGIA DE TRELIÇA

RITTER (1899)
- TREIA IOTTICA,
- BANZO COMPRIMIDO DE CONCRETO,
-ARMADRA DE FEXO COMO BANZO TRACIONADO,
- MONTANTE TRACIONADO = ETRIBO
-DIAONAI DE CONCRETO INCINADA DE 4
MRCH (1912), EONHARDT (ANO 60)
- TREIA HIPERETTICA
- NO VARIVEI
- CAMPO CONTINO DE BIEA

6
11/4/2015

HIPÓTESES BÁSICAS

• fiura, e portato a biea de ompreo, om


iiao de 4;

• bazo paraeo;

• treia iottia; portato, o h egatameto o


, ou eja, a igae etre o bazo e a
diagoai;

• armadura de iahameto om iiao etre 4 e


90.

RESULTADOS DE ENSAIOS

• a iiao da fiura  meor que 4;

• o bazo o o paraeo; h o arqueameto do


bazo omprimido, priipamete a regie do apoio;

•a treia  atamete hiperettia; oorre


Egatameto da biea o bazo omprimido, e ee
eemeto omprimido pouem rigidez muito maior que a
da barra traioada.

7
11/4/2015

DIMENSIONAMENTO DE VIGAS DE CONCRETO


ARMADO
A NBR 6118:2014 preupe, para eemeto ieare 
fora ortate, a aaogia om o modeo de treia,
aoiada a meaimo reitete ompemetare
deevovido o iterior do eemeto etrutura.

MODELOS DE TRELIÇA

p p

A (estribos) 3 A (barras inclinadas) 3


st st
biela comprimida
4 1 banzo comprimido 4 1
Rc Rc

z z

Rs Rs
A A
st 2 banzo tracionado 2 st

A (estribos) A (barras inclinadas)


st st

45° 45°

a) Viga armada com b) Viga armada com


estribos verticais barras inclinadas

8
11/4/2015

COMPORTAMENTO

A VIA DE CONCRETO POEM M COMPORTAMENTO


MAI COMPEXO E O MODEO TERICO E O
MECANIMO DE RPTRA FORNECEM INDICAE PARA O
DIMENIONAMENTO AO EFORO CORTANTE

DIMENSIONAMENTO DE VIGAS DE CONCRETO


ARMADO

Ruptura por emagameto do


oreto:  aquea produzida pea
ruptura da biea omprimida,
geramete, a regio de ato
vaore de eforo ortate.
Ete tipo de E... pode er
evitado mediate a verifiao de
o emagameto da biea
omprimida de oreto pea
reao:

VSd  VRD2
(FORÇA SOLICITANTE ≤ FORÇA RESISTENTE DO CONCRETO)

9
11/4/2015

DIMENSIONAMENTO DE VIGAS DE CONCRETO


ARMADO

Ruptura por eoameto da


armadura travera: 
aquea produzida pea
ruptura do ao da armadura
travera. Eta forma de
ruptura pode er evitada
dimeioado a armadura
travera a partir da
verifiao da reao:

Vsd ≤VRd3
VRd3=Vc+Vsw
(FORÇA SOLICITANTE≤FORÇA RESISTENTE DA ARMADURA
TRANVERSAL)

DIMENSIONAMENTO DE VIGAS DE CONCRETO


ARMADO

Ruptura por ortate-fexo:  aquea produzida pea


iterao etre o eforo ortate e de fexo
produzido fiura de que atigem o bazo omprimido,
dimiuido de maeira igifiativa a parea da reitia
de ompreo (R).

10
11/4/2015

DIMENSIONAMENTO DE VIGAS DE CONCRETO


ARMADO

Ruptura por defiiia do detahameto da armadura


travera: quado a biea apoiam-e diretamete obre a
armadura de fexo, o edo pove o equibrio do 
da treia. Deorre da defiiia oaizada da
armadura traverai, devedo-e portato, repeitar a
regra de detahameto (epaameto etre o etribo).

MECANISMOS RESISTENTES

1- REITENCIA DA ZONA COMPRIMIDA (Tee tageiai


otribuem para reitir ao iahameto)
2- EFEITO DE ARCO (Compoete vertia da zoa
omprimida iiada otribui para reitir ~20% a 40%)

11
11/4/2015

MECANISMOS RESISTENTES COMPLEMENTARES AO


DA TRELIÇA
3 - ENCAVIHAMENTO DA ARMADRA DE FEXO: efeito de
pio (A armadura ogitudia e ope  deformao da eo;
orrepode~1% a 3% de V)

MECANISMOS RESISTENTES COMPLEMENTARES AO


DA TRELIÇA
4- ENRENAMENTO DO AREADO (D-e ao ogo da
fiura; orrepode~30% a 0% do vaor de V)

12
11/4/2015

MECANISMOS RESISTENTES COMPLEMENTARES AO


DA TRELIÇA

 - PROTENO (Avio da fora ortate oiitate,


aumetado a parea ateriore)

NIO DE BOCO PR-MODADO COM PROTENO:


TRAO NA ARMADRA (PROTENO) PROVOCA COMPREO NO CONCRETO

MECANISMOS RESISTENTES COMPLEMENTARES AO


DA TRELIÇA

V : eforo ortate que atua a eo travera


Va : parea do ortate que e direioa diretamete para o apoio devido
ao efeito de arqueameto do R.
Ve : eforo ortate aborvido peo egreameto do agregado ao ogo
da fiura.
Vp : parea do eforo ortate que  aborvido pea armadura
ogitudia devido ao efeito pio
Vw : eforo ortate aborvido pea armadura travera.

13
11/4/2015

MODELOS DE CÁLCULO

A NBR 6118:2014, item 17.4.2, admite doi modeo de


uo, que preupem aaogia om modeo de treia de
bazo paraeo, aoiado a meaimo reitete
ompemetare, traduzido por uma parea adiioa V.

O modeo I admite (item 17.4.2.2):

• biea om iiao q = 4o ;


• V teha vaor otate, idepedete de Vd.
Vd  a fora ortate de uo, a eo.

MODELOS DE CÁLCULO

O modeo II oidera (item 17.4.2.3):

• biea om iiao q etre q = 30o ; e q = 4o ;


• V dimiui om o aumeto de Vd.

14
11/4/2015

MODELOS DE CÁLCULO

ETADO IMITE TIMO – Eemeto ieare ujeito 


fora ortate.

DIMENSIONAMENTO AO ESFORÇO CORTANTE

NO E : (item 17.4.2 da NBR6118)


1- VERIFICAO DA INTERIDADE DA BIEA
COMPRIMIDA:
FORA DE CCO OICITANTE Vd DEVE ER MENOR
O IA  FORA REITENTE DE CCO DO
CONCRETO NA BIEA COMPRIMIDA VRd2

Vd ≤ VRd2

15
11/4/2015

DIMENSIONAMENTO DE VIGAS DE CONCRETO


ARMADO

Ruptura por emagameto do


oreto:  aquea produzida pea
ruptura da biea omprimida,
geramete, a regio de ato
vaore de eforo ortate.
Ete tipo de E... pode er
evitado mediate a verifiao de
o emagameto da biea
omprimida de oreto pea
reao:

VSd  VRD2
(FORÇA SOLICITANTE ≤ FORÇA RESISTENTE DO CONCRETO)

VERIFICAÇÃO DAS DIAGONAIS COMPRIMIDAS

Rc
c 
b.z.(cot gq  cot  ).senq

Vsd
Vsd  Rc .senq   c 
b.z.(cot gq  cot  ).sen 2q

16
11/4/2015

VERIFICAÇÃO DAS DIAGONAIS COMPRIMIDAS

 f ck 
 cd ,max  0,6. f cd .1 
 250 

No estado limite último

 c   cd ,max

VRd 2  f 
 0,6. f cd .1  ck 
b.z.(cot gq  cot  ).sen q
2
 250 

 f 
z  0,9.d  v 2  1  ck 
 250 

VRd 2  0,54. v2 . f cd .b.d .(cot gq  cot  ).sen 2q

PARCELA DO ESFORÇO NA ARMADURA

NO E...:
2- VERIFICAO DA ARMADRA DE COMBATE AO CIAHAMENTO:
FORA DE CCO OICITANTE Vd DEVE ER MENOR O IA
 FORA REITENTE DE CCO REATIVA  RNA POR TRAO
DIAONA VRd3;
Vd ≤VRd3
VRd3=V+Vw

V= parea da fora ortate aborvida por meaimo


ompemetare ao de treia, de aordo om o modeo I ou II
Vw= parea da fora ortate aborvida pea armadura
travera, de aordo om o modeo I ou II.

17
11/4/2015

DIMENSIONAMENTO DE VIGAS DE CONCRETO


ARMADO

Ruptura por eoameto da


armadura travera:  aquea
produzida pea ruptura do ao da
armadura travera. Eta forma
de ruptura pode er evitada
dimeioado a armadura
travera a partir da verifiao
da reao:

Vsd ≤VRd3
VRd3=Vc+Vsw
(FORÇA SOLICITANTE≤FORÇA RESISTENTE DA ARMADURA
TRANVERSAL)

ARMADURA TRANSVERSAL

F y 0

VSd  Vsw  Vc  n. Asw . f ywd .sen  Vc

z.(cot gq  cot  )
n
s

18
11/4/2015

MODELOS DE CÁLCULO NBR 6118:2003

MODEO I:
1) DIAONAI COMPRIMIDA COM INCINAO DE q=4 EM REAO
AO EIXO ONITDINA

2) PARCEA COMPEMENTAR V=CONTANTE

MODELOS DE CÁLCULO NBR 6118:2003

MODEO II:
1) DIAONAI COMPRIMIDA COM INCINAO DE 30q4 EM
REAO AO EIXO ONITDINA
2) PARCEA COMPEMENTAR V VARIA COM Vd

19
11/4/2015

VERIFICAÇÃO DO E.L.U.

MODELO DE CALCULO I
(item 17.4.2.2 da NBR 6118:2014)

VERIFICAÇÃO E.L.U

Vsd ≤VRd2

Vsd<VRd3=Vc+Vsw

20
11/4/2015

DIMENSIONAMENTO DO ESFORÇO CORTANTE

O modeo de uo I

• Diagoai de ompreo iiada de q = 4o ;


- Verifiao da ompreo diagoa do oreto

VRd 2  0,27.V 2 . f cd .bw .d


sendo :
 f ck 
 V 2  1  
 250 
bw= largura da viga; d=altura útil da viga fck em MPa

RESISTÊNCIA DE CÁLCULO À TRAÇÃO DO CONCRETO

f ctk,inf
f ctd 
c

f ctk ,inf  0,7  f ctm  0,7  0,3  3 f ck


2

0,21 3 f ck
2

f ctd  MPA
c

21
11/4/2015

DIMENSIONAMENTO DO ESFORÇO CORTANTE

modeo de uo I
- Cuo da armadura travera

q  450  cot g (450 )  1

z.(cot gq  cot  )
VSd  Vsw  Vc  . Asw . f ywd .sen  Vc
s
cos 
z.(1  )
VSd  sen  . Asw . f ywd .sen  Vc
s
sen cos 
z.(  )
VSd  sen  sen  .sen . Asw . f ywd  Vc
s

DIMENSIONAMENTO DO ESFORÇO CORTANTE

modeo de uo I
- Cuo da armadura travera

A 
VRd 3  Vc   SW .0,9.d . f ywd .(sen  cos  )
 s 
Vc  0 nos elementos estruturais tracionados quando a linha neutra se
situa fora da seção.
Vc  Vc 0 na flexão simpes e na flexo - tração com a linha neutra cortando
a seção
 M 0 
Vc  Vco .1    2.Vc 0 na flexo - compressão
 M Sd ,máx 
Vc0  0,6. f ctd .bw .d
f ctk ,inf
f ctd  f ywd  435MPa
c

22
11/4/2015

DIMENSIONAMENTO DO ESFORÇO CORTANTE

modeo de uo I
- Fora ortate reitida pea armadura travera

A 
VSW   SW .0,9.d . f ywd .(sen  cos  )
 s 
Para etribo vertiai =90

A 
VSW   SW .0,9.d . f ywd
sendo:  s 
Asw = Área da armadura travera
s = epaameto etre o eemeto da armadura travera
α = guo de iiao da armadura travera
d = atura ti da viga
fywd = teo a armadura travera imitada a fyd e ≤435MPa.

DIMENSIONAMENTO DO ESFORÇO CORTANTE

sendo:
α = guo de iiao da
armadura travera (biea
traioada)
q = guo de iiao da
biea omprimida (oreto)
Vsd =  a fora ortate
oiitate
Vc =  a fora ortate reitida
peo meaimo itero da treia
Asw = rea da armadura
travera
s =  a projeo horizota do
epaameto etre o eemeto da
armadura traverai
d = atura ti da viga
fywd =  a teo a armadura
travera imitada ao vaor de fyd o
ao de etribo e a 70% dee vaor o
ao de barra dobrada, imitabdo ete
vaore a 43 Mpa.
A NBR6118 oidera z=0,90.d

23
11/4/2015

DIMENSIONAMENTO DO ESFORÇO CORTANTE


Treia geeraizada de Morh
Divero eaio reaizado por eohardt e Moig (1978) verifiaram que a
tee medida a armadura travera eram meore do que a previta
o uo oforme Figura abaixo. Ou eja, a treia ia evava a
vaore eevado de armadura travera, quado omparado om o
experimetai.

Comportamento teórico x
comportamento real: Vc

DIMENSIONAMENTO DO ESFORÇO CORTANTE

VRd 3  VSW  Vc Vc 0  0,6. f ctd .bw .d

24
11/4/2015

DETERMINAÇÃO DE Mo e Msd máx

M0 → valor do momento fletor que anula a tensão normal de compressão na borda da seção
(tracionada por Md,máx), provocada pelas forças normais de diversas origens concomitantes com
VSd, sendo essa tensão calculada com valores de f = 1,0.

Vc – MODELO DE CÁLCULO I

25
11/4/2015

Dimensionamento integrado a Flexão e a


Cisalhamento

• A deaagem horizota  oeqeia deta


itegrao

• A orma permite (exige) o dimeioameto itegrado a


fexo e iahameto em divero ite

• egue a iha ormativa da orma do CEB de 1990.

• Ma, dede 1978 j era previta a orma do CEB


eta itegrao.

• Divera vere do digo do CEB e outra orma


erviram de modeo para a NBR, iuido a Euroode.

DECALAGEM DO DIAGRAMA Rst

• Coite a aterao do poiioameto do


diagrama reutate a armadura de trao a
viga, de um vaor (al), de modo a ajutar o vaor
dea reutate obtido o modeo de uo a
fexo e o modeo de uo uado para o
eforo ortate.

26
11/4/2015

DECALAGEM DO DIAGRAMA Rst

EXEMPLO DE DECALAGEM

27
11/4/2015

DECALAGEM – MODELO DE CÁLCULO I


 VSd ,max 
al  d .  1  cot g   cot g   d
 2.(VSd ,max  Vc ) 
al  d , para VSd ,máx  Vc
al  0,5d caso geral
al  0,2d para estribos inclinados a 45

Vc  parcela da força cortante resistida por mecanismos adicionais ao de treliça

  Ângulo de inclinação da armadura transversal

d  Altura útil da viga

VSd ,max  Força cortante de cálculo na seção mais solicitada

d ≥ al ≥ 0,50.d

DESLOCAMENTO al DO DIAGRAMA DE MOMENTOS


MODELO I

 VSd ,max   0,5d caso geral


al  d .  1  cot g   cot g   
 2.(VSd ,max  Vc )

 0,2d para estribos inclinados a 45

Vc  Vco  0,6  f ctd  bw  d

Vc  parcela da força cortante resistida por mecanismos adicionais ao de treliça

  Ângulo de inclinação da armadura transversal

d  Altura útil da viga

VSd ,max  Força cortante de cálculo na seção mais solicitada

28
11/4/2015

DESLOCAMENTO al DO DIAGRAMA DE MOMENTOS


MODELO I

Para estribos verticais, (=90o), vem:

 VSd ,max 
al  d .   0,5.d
 2.(VSd , max  Vc 
) 
Vc  Vco  0,6  f ctd  bw  d

al varia entre 0,50.d a 1,0.d; sendo d= altura útil da viga;


Vsd, max= força cortante de calculo na seção mais solicitada

MODELO DE CALCULO II

O modeo de uo II (item 17.4.2.3 da NBR 6118:2014)

• q varive ivremete etre 30o e 4o ;

- Verifiao da ompreo diagoa do oreto


VRd 2  0,54.V 2 . f cd .bw .d .sen2 (q ).cot g ( )  cot g (q )
 f ck 
 v 2  1  
 250 

- Verifiao da armadura travera

VRd 3  Vc  Vsw

29
11/4/2015

DIMENSIONAMENTO DO ESFORÇO CORTANTE

modeo de uo II
- Fora ortate reitida pea armadura travera

A 
VSW   SW .0,9.d . f ywd .(cot g  cot gq ).sen
 s 

Vc  0 nos elementos estruturais tracionados quando a linha neutra se


situa fora da seção.
Vc  Vc1 na flexão simpes e na flexo - tração com a linha neutra cortando
a seção
 M 0 
Vc  Vc1.1    2.Vc1 na flexo - compressão
 M Sd ,máx 
Vc1  Vc0 , quando Vsd  Vc0

DIMENSIONAMENTO DO ESFORÇO CORTANTE

O Modeo II admite diagoai de ompreo iiada


de q em reao ao eixo ogitudia do eemeto
etrutura, om ivre variao o itervao 30° ≤ 𝜃 ≤
45°. Admite aida que a parea ompemetar 𝑉𝑐
ofra reduo om o aumeto de 𝑉𝑠𝑑 .

30
11/4/2015

CÁLCULO DE Vc NO MÉTODO DE CÁLCULO II

VRd3=Vsw+Vc

e e e

-
-
Vc=0 Vc=Vc1 Vc=Vc1(1+M0/Msd max)
>2Vc1
+
+
e e e
Tração Tração Compressão

DETERMINAÇÃO de M0 e Msd

 

CG

- Zerar as tensões

+
M0

M0 → valor do momento fletor que anula a tensão normal de


N externas (f=1) e compressão na borda da seção (tracionada por Md,máx),
provocada pelas forças normais de diversas origens
Np e Mp (p=0,9) concomitantes com VSd, sendo essa tensão calculada com
valores de γf = 1,0.

31
11/4/2015

DESLOCAMENTO al DO DIAGRAMA DE MOMENTOS


MODELO II

al  0,5.d .cot gq  cot g 

al  0,5d caso geral


al  0,2d para estribos inclinados a 45

d ≥ al ≥ 0,50.d

CÁLCULO DA ARMADURA TRANSVERSAL

32
11/4/2015

DIMENSIONAMENTO DO ESFORÇO CORTANTE

modeo de uo II
- Cuo da armadura travera

A 
Vsw   sw .0,9.d . f ywd (cot gq  cot  ).sen
 s 

OBSERVAÇÃO IMPORTANTE

• Se Vsw  0, ou seja, se Vsd  Vc, então o concreto


por sí só é capaz de resistir ao esforço cortante
aplicado.

• Nesse caso, adota-se estribos com seção de


armadura mínima com o espaçamento máximo
permitido pela NBR 6118:2014.

33
11/4/2015

PRESCRIÇÕES NORMATIVAS PARA O DETALHAMENTO


Item 17.4.1.1.1 da NBR 6118

34
11/4/2015

ARMADURA TRANSVERSAL MINIMA (ESTRIBOS)


ITEM 17.4.1.1.1 - NBR 6118

(%)

fywk=fyk 2/3
fctm=(0,3fck)

Ex. Verificação da armadura transversal minima

Asw f
 sw   0,2  ctm %
s  bw  sen  f ywk

Para o aço CA 50, e concreto C25,

sw,min=0,2x(0,3x252/3)/500=0,001026 sw,min=0,1026 %
(Ver tabela auxiliar 1)
Ex.: para uma viga com largura de 15 cm, vem:

(Asw,min/s)=sw,min . bw = 0,001026x15 =0,01539 cm²/cm  1,539 cm²/m


(Estribos Φ 5.0 a cada 25 cm)

Pode-se calcular a força resistida pela armadura minima.

35
11/4/2015

TABELA AUXILIAR

CARREGAMENTOS PRÓXIMOS AOS APOIOS


Estribos, cargas distribuídas, apoio direto

d/2

REDUÇÃO SÓ NO CALCULO
DA ARMADURA

Calcular armadura
com a força
atuante em d/2 da
face do apoio

36
11/4/2015

Onde fazer o dimensionamento a cisalhamento nas seções críticas


(Item 17.4.1.2.1)

Carga concentrada em a≤2d


Pode-se calcular armadura com
Vsd=(a/2d).Rsd
Estribos, cargas concentradas, apoio direto
a

2d Fator redutor=a/2d

Verificação da alma: Na face do apoio

COMPARAÇÃO ENTRE NBR6118/78 E NBR6118/2003

37
11/4/2015

DIMENSIONAMENTO AO ESFORÇO CORTANTE


1- ESTRIBOS VERTICAIS (Ev)
2- ESTRIBOS INCLINADOS (Ei)
3- BARRAS DOBRADAS (Bd) + ESTRIBOS

ARMADURAS BASICAS PARA CONCRETO ARMADO

38
11/4/2015

ARMADURA PARA O ESFORÇO CORTANTE

AS ARMADURAS DESTINADAS A RESISTIR AOS ESFORÇOS DE TRAÇÃO


PROVOCADOS POR FORÇAS CORTANTES PODEM SER:

a) ESTRIBOS
b)ESTRIBOS COMBINADOS COM BARRAS
DOBRADAS

2ª camada

Detalhe de armadura de vigas

39
11/4/2015

ARMADURA PARA O ESFORÇO CORTANTE

a) ESTRIBOS: DEVEM SER FECHADOS ATRAVÉS DE UM RAMO


HORIZONTAL NA REGIÃO DE APOIO DAS DIAGONAIS,
ENVOLVENDO AS BARRAS DA ARMADURA LONGITUDINAL E
ANCORADOS NA FACE OPOSTA;
( caso a face oposta também esteja tracionada, o estribo
deverá ter o ramo horizontal nessa região ou complementado
por meio de barra adicional)

2 RAMOS:
2 BARRAS RESISTINDO
AO CORTANTE

(2 “pernas”)

ARMADURA PARA O ESFORÇO CORTANTE

ETADO IMITE TIMO  Eemeto ieare ujeito 


fora ortate.

40
11/4/2015

ESPAÇAMENTO DOS ESTRIBOS

espaçamento espaçamento

PRINICPAIS TIPOS DE ESTRIBOS

41
11/4/2015

Detalhe de amarração dos estribos em pilares e vigas

42
11/4/2015

ARMADURAS TRANSVERSAIS PARA FORÇA CORTANTE

b) ESTRIBOS COMBINADOS COM BARRAS DOBRADAS:


BARRAS DOBRADAS:
 SUPORTAR NO MÁXIMO 60% DO ESFORÇO TOTAL;
 Fywd 0,70 fyd ou 4345 kgf/cm2
 ÂNGULO DE INCLINAÇÃO COM A HORIZONTAL:
45º90º

43
11/4/2015

Detalhe de armadura com ferros dobrados

ESPAÇAMENTO MÁXIMO ENTRE BARRAS DOBRADAS

Smax= 0,60.d.(1+cotg )
α= ângulo de inclinação da armadura transversal

44
11/4/2015

COBERTURA DO DIAGRAMA DE
CORTANTES
• AO LONGO DO COMPRIMENTO DA VIGA, EM
CADA SEÇÃO, A ARMADURA TRANSVERSAL
DEVE SER SUFICIENTE PARA RESISTIR AO
ESFORÇO CORTANTE.

• O DETALHAMENTO É FEITO POR TRECHOS COM


ESPAÇAMENTOS UNIFORMES DE ESTRIBOS

Diagrama real
Diagrama de
detalhamento

45
11/4/2015

Trecho com
V1max
Trecho com
V2max

46
11/4/2015

TAXA MINÍMA DE ARMADURA TRANSVERSAL

ALOJAMENTO DA ARMADURA NA SEÇÃO


TRANSVERSAL

bw,máximo  n.l  (n  1).eh  2.(c  t )

47
11/4/2015

ALOJAMENTO DA ARMADURA NA SEÇÃO


TRANSVERSAL
Brita 1 (máx=19mm)
Brita 2 (máx=25mm)

2cm 2cm
 
eh  l ev  l
1,2. 0,5.
 máx  máx

ALOJAMENTO DA ARMADURA NA SEÇÃO


TRANSVERSAL

48
11/4/2015

ESPAÇAMENTO DOS ESTRIBOS ( st )

49
11/4/2015

DETALHES CONSTRUTIVOS

DETALHES CONSTRUTIVOS

50
11/4/2015

TIPOS DE ARRANJO D ESTRIBOS


(INCLINAÇÃO)

51
11/4/2015

GANCHOS DAS ARMADURAS PARA OS ESTRIBOS

DOBRA A 900 EM ESTRIBOS

52
11/4/2015

DIÂMETRO DOS PINOS DE DOBRAMENTO DOS


ESTRIBOS

CÁLCULO DO COMPRIMENTO DO ESTRIBO

L=2x[(b-2c)+(h-2c)+lbe ]

53
11/4/2015

CÁLCULO DO COMPRIMENTO DO ESTRIBO

BARRAS CORTADAS E DOBRADAS

54
11/4/2015

MONTAGEM DA ARMADURA

ARMAÇÃO DOS ESTRIBOS

55
11/4/2015

MONTAGEM DA ARMADURA DE VIGA

DETALHE ESTRIBO AMARRADO

56
11/4/2015

ARMADURA MONTADAS

FÔRMA E ARMAÇÃO DE VIGA BALDRAME

57
11/4/2015

CONCRETAGEM DE VIGA BALDRAME

CARCTERÍSTICAS DO AÇO

58
11/4/2015

59
11/4/2015

TABELA DE ARMADURA

DISTRIBUIÇÃO DOS ESTRIBOS AO LONGO DA VIGA

60
11/4/2015

DETERMINAÇÃO DAS DISTRIBUIÇÃO DE Asw

17.4.1.2.1 a) a força cortante oriunda de carga distribuida pode ser


considerada, no trecho entre o apoio e a seção situada à distancia d/2
da face do apoio, constante e igual à desta seção.

Essa redução não se aplica à verificação da resistência à compressão


diagonal do concreto, mas apenas ao cálculo da amadura de
combate ao cortante.

61
11/4/2015

OBSERVAÇÃO IMPORTANTE

• Se Vsw  0, ou seja, se Vsd  Vc, então o concreto


por sí só é capaz de resistir ao esforço cortante
aplicado.
• Nesse caso, adota-se estribos com seção de
armadura mínima com o espaçamento máximo
permitido pela NBR 6118:2014

62

Você também pode gostar