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“Projetos de Drenagem de Rodovias”

Teoria x Prática

Engº Marcos Augusto Jabôr


“ SE TENS QUE LIDAR COM ÁGUA,
CONSULTA PRIMEIRO A EXPERIÊNCIA
DEPOIS A RAZÃO”

LEONARDO DA VINCE
DRENAGEM
Pode-se definir, DRENAGEM como a ciência que
tem como objetivo, através de um Sistema de
Drenagem eficaz, remover e ou impedir tecnicamente
o excesso das águas superficiais e profundas, a fim
de proteger e melhorar tudo sobre que possam elas
influir.
Pode-se definir, DRENAGEM como a ciência que
tem como objetivo, através de um Sistema de
Drenagem eficaz, remover e ou impedir tecnicamente
o excesso das águas superficiais e profundas, a fim
de proteger e melhorar tudo sobre que possam elas
influir.
SISTEMA DE DRENAGEM
É o conjunto de dispositivos de drenagem que tem

como objetivos, garantir a integridade do corpo

estradal e do seu entorno - Meio Ambiente, bem

como a segurança dos usuários da via.


SISTEMA DE DRENAGEM

• Drenagem de Grota

• Drenagem Superficial

• Drenagem Profunda

• Drenagem Subsuperficial/Pavimento
Sistema de Drenagem - Eficaz
Um Sistema de Drenagem Eficaz depende:

• Projeto

• Construção

• Manutenção
Projeto - é a Concepção
Projeto - é a Concepção Tempo para realizar
Projeto - é a Concepção Tempo para realizar

Custo adequado
Projeto - é a Concepção Tempo para realizar

Custo adequado

Visita a campo
Projeto - é a Concepção Tempo para realizar

Custo adequado

Visita a campo

Interatividade entre as áreas técnicas


Construção - é a materialização da concepção
Construção - é a materialização da concepção

Qualidade dos materiais e da execução


Construção - é a materialização da concepção

Qualidade dos materiais e da execução

Fiscalização
Manutenção – é o conjunto de serviços necessários

para que os dispositivos de drenagem funcionem

adequadamente de forma a atender as funções pelo

quais foram projetados.


Drenagem x Integridade da Rodovia
Drenagem x Integridade da Rodovia

Meio Ambiente
Segurança dos Usuários da Via

Drenagem x Integridade da Rodovia

Meio Ambiente
Métodos de Cálculo de Vazão das Bacias
Cálculo das Vazões das Bacias Hidrográficas

1 - Método Racional - Área < 4 Km2

Q = 0,0028 x A x C x I
  Q = m 3/s
  A = ha
 
I = mm / h
  C = coeficiente de deflúvio do R. Peltier / J.L.
Bonnenfant
Cálculo das Vazões das Bacias Hidrográficas

2 - Método Racional com coeficiente de retardo


4Km2 < Área < 10Km2
 Q = 0. 2778 x A x C x I x 
  Q = m 3/ s
A = Km2
I = mm / h
C = coeficiente de deflúvio de Burkli - Ziegler
 = coeficiente de retardo
Cálculo das Vazões das Bacias Hidrográficas

  3 - Hidrograma Triangular Sintético “U.S.A. Soil


Consevation Service”- Área > 10Km2
 
  Q K . A.qm
p
Tp

Onde: 
Q = Vazão de pico em m³/s;
K = Constante empírica de 0,20836;
A = Área de drenagem em km²;
Tp = Tempo de pico do hidrograma.
Insuficiência Hidráulica do Bueiro
Estudo de Caso
Ex: Ponte existente com 17,00 m de comprimento
e altura de 5,0m do NA até a viga
Ex: Ponte existente com 17,00 m de comprimento
e altura de 5,0m do NA até a viga

1- Área hidráulica = 85,0 m2


Ex: Ponte existente com 17,00 m de comprimento
e altura de 5,0m do NA até a viga

1- Área hidráulica = 85,0 m2

Informação de moradores próximo a ponte: O nível


da água em 1992 chegou a facear a viga.
Ex: Ponte existente com 17,00 m de comprimento
e altura de 5,0m do NA até a viga

1- Área hidráulica = 85,0 m2

Informação de moradores próximo a ponte: O nível


da água em 1992 chegou a facear a viga.

Solução de projeto: BDCC 2,50 x 2,50


Ex: Ponte existente com 17,00 m de comprimento
e altura de 5,0m do NA até a viga

1- Área hidráulica = 85,0 m2

Informação de moradores próximo a ponte: O nível


da água em 1992 chegou a facear a viga.

Solução de projeto: BDCC 2,50 x 2,50

2- Área hidráulica = 12,50 m2


Ex: Ponte existente com 17,00 m de comprimento
e altura de 5,0m do NA até a viga

1- Área hidráulica = 85,0 m2

Informação de moradores próximo a ponte: O nível


da água em 1992 chegou a facear a viga.

Solução de projeto: BDCC 2,50 x 2,50

2- Área hidráulica = 12,50 m2

1/2 = 6,8
Sondagem

Fundação de Bueiros
 
BTCC 3,50 x 3,50
BTCC 3,50 x 3,50
F.2

F.1
F.2

F.1

20,0m
F.2
F.2

F.1 F.1

20,0m
 
 
 
BTTC 1,20 - Jusante
BTTC 1,20 - Jusante
 
Função do Bueiro

NA

D/H
Obras de Arte Especiais
Obras de Arte Especiais
Problemas - Projeto
 

PONTE CURTA
 

PROBLEMA FUNDAÇÃO
Drenagem Superficial
1- Valeta de Proteção de Corte
Valetas de Proteção de Corte
Escoamento
Superficial

Material
Apiloado

Talude
3,00 m de Corte
revestida em concreto
não revestida/solo
Falta de Valeta de Proteção de Corte
 

  
 
 
  
 
 
2 - Sarjeta
L
O comprimento crítico( L ) é definido como o
comprimento máximo de utilização da sarjeta,
para que não haja transbordamento d’água e/ou
início de processo erosivo.
L
Sarjetas de Corte e Aterro
  Para sarjetas de corte adota-se c = 0,70 e para sarjetas
de aterro c = 0,90.

  A vazão Q deverá ser equivalente à vazão Q’ na sarjeta:


   Q’=S.V
  A fórmula de manning nos dá

1 2 / 3 1/ 2
V  .R .I
n

A
R
P
Sarjetas de Corte e Aterro
 

   Para se calcular L(comprimento crítico),


   faz-se a equivalência:
  Q = Q’
SVx3,6 x106
  c.i.L.l L
Q 6
cil
  3, 6 .10

Q’=S.V
Comprimento Crítico de Sarjeta

Recomendação:

1. Sarjeta de Corte – máximo de 250,0 m


Comprimento Crítico de Sarjeta

Recomendação:

1. Sarjeta de Corte – máximo de 250,0 m

2. Sarjeta de Aterro – máximo de 150,0 m


n = 0,013 a 0,015
n=?
Ponto baixo
Saída d`água
Comprimento crítico = 450,0 m

Saída d`água
n=?
Sarjetas de Corte e Aterro

•Sarjeta Triangular - a sarjeta deve ter do lado de


 
montante a declividade menor ou igual a 25%.

   
   
 

I = 25%
Qual a função da sarjeta?
Qual a função da sarjeta?
Qual a função da sarjeta?
Qual a função da sarjeta?
Coletar veículos?
Sarjeta Recomendada
Sarjeta Não Recomendada
H= ?
Posicionamento correto da sarjeta de corte
Posicionamento errado
Manutenção - Limpeza
3 - Saída D’água
Drenagem em locais com Barreira de Concreto
Qual a principal função da Barreira de Concreto?
1 2
Degrau > 5,0 cm
Caixa Coletora

Posicionamento correto
Dreno Profundo Longitudinal
Dreno Profundo Longitudinal
DPS - DRENO PROFUNDO LONGITUDINAL PARA CORTE EM SOLO - POSICIONAMENTO

POSICIONAMENTO DO DRENO
CORTE TRANSVERSAL

Talude de
corte
Pista

Sub-leito

DN
DPS - DRENO PROFUNDO LONGITUDINAL PARA CORTE EM SOLO - POSICIONAMENTO

POSICIONAMENTO DO DRENO
CORTE TRANSVERSAL

Talude de
corte
Pista

Sub-leito

DN
DPS - DRENO PROFUNDO LONGITUDINAL PARA CORTE EM SOLO - POSICIONAMENTO

POSICIONAMENTO DO DRENO
CORTE TRANSVERSAL

Talude de
corte
Pista

Sub-leito

DN
Dreno c/ Material Filtrante (areia)
DNIT: DPS-01 E DPS-02

DPS
DPS -0705 DPS
DPS 07- 06

20 Selo

Material Material
filtrante filtrante

150
130

DN 10 cm DN 10 cm

Manta geotextil Manta geotextil


10 não tecida 10 não tecida

40 40
Dreno c/ Material Drenante (brita)
DNIT: DPS-07, DPS-08 E DPS-06
DPS - 10
DPS 07 DPS - 11 DPS - 12

20 Transpasse
Selo da manta 20 cm
Transpasse
da manta 20 cm
Material
drenante

150 150
130 Manta geotextil Manta geotextil
não tecida não tecida

DN 10 cm DN 10 cm

10 10

40 40 40
DRENAGEM DE PAVIMENTO
DRENOS DE PAVIMENTO OU DRENOS
SUBSUPERFICIAIS

São dispositivos que tem como objetivos, receber

as águas drenadas pela camada do pavimento de

maior permeabilidade e conduzir até o local de

deságue.
Permeabilidade
Um apanhado dos métodos para a determinação da
 
permeabilidade conforme o tipo de solo, feito por K.
Terzaghi e R.B. Peck ( 1948), que elaboraram uma tabela
de características de permeabilidade e drenagem de um
solo, posteriormente atualizado por Casagrande e R.E.
Fadum, é apresentado a seguir.
Coeficiente de permeabilidade K ( cm/s)
10² 10¹ 1.0 10-1 10-2 10-3 10-4 10-5 10-6 10-7 10-8 10-9

Praticamente
Drenagem BOA MÁ
Impermeável
Base
Sub-base
Subleito
PAVIMENTO NOVO: REVESTIMENTO IMPERMEÁVEL

K < 10 - 6 cm/s
REVESTIMENTO PERMEÁVEL ( a partir do 4º ano de vida)
BASE IMPERMEÁVEL K < 10 - 6 cm/s
REVESTIMENTO PERMEÁVEL ( a partir do 4º ano de vida)
BASE PERMEÁVEL K >10 - 3 cm/s

SUB-BASE IMPERMEÁVEL
REVESTIMENTO PERMEÁVEL ( a partir do 4º ano de vida)
SUB - BASE E BASE PERMEÁVEL K >10 - 3 cm/s

SUBLEITO IMPERMEÁVEL
TUDO PERMEÁVEL
 
TIPOS DE DRENOS DE PAVIMENTO

• DRENOS LATERAIS DE BASE


• DRENOS TRANSVERSAIS
LOCALIZAÇÃO
DRENOS TRANSVERSAIS

Pontos baixos de curvas verticais côncavas

30 m 30 m 30 m 30 m
LOCALIZAÇÃO
DRENOS TRANSVERSAIS

Próximo às pontes.

20m 20m
Solução: fechar o revestimento
Microônibus capota, mata dois e deixa um ferido
na SP-333
O acúmulo de água na pista, aliado ao

excesso de velocidade, são os ingredientes

mais prováveis do capotamento de um

microônibus no início da tarde de ontem na

Rodovia Rachid Rayes (SP-333), entre Marília

e Assis. O grave acidente matou duas

pessoas e deixou outra em estado grave.


Não Fazer
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OBRIGADO

Engº Marcos Augusto Jabôr

Tel: 31- 9282 – 1480

e-mail: mjabor@terra.com.br

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