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Biologia e Geologia - 10.

º ano

Obtenção de matéria pelos seres autotróficos


Fotossíntese
Produzem compostos orgânicos a partir de substâncias minerais
extraidas do meio, utilizando para tal uma fonte de energia externa:
• fotoautotróficos - luz;
Seres Autotróficos • quimiautotróficos - energia resultante da oxidação de
substâncias inorgânicas.

Algas
Cianobactéria

Acetabularia
(alga verde)

Espirogira
Elódea

Espirogira
Obtenção de Matéria pelos Seres
Autotróficos

Quimiossíntese
(algumas bactérias, como, por exemplo,
as bactérias nitrificantes, ferrosas e
sulfurosas)

O que é a fotossíntese?
Fotossíntese
▣ É o processo Biológico pelo qual os seres autotróficos
fotossintéticos utilizam a energia luminosa para a converter
em energia química, que fica a armazenada nas moléculas
orgânicas produzidas.

• A luz solar é a fonte de


energia luminosa captada
pela clorofila, um pigmento
verde das células que os
autótroficos utilizam para a
fotossíntese.
Fotossíntese
• O dióxido de carbono e a água são as matérias primas e com a
energia luminosa procedente do Sol  seres autotróficos
produzem moléculas orgânicas.

• As enzimas controlam a síntese de glicose.


• O oxigénio liberta-se como um sub-produto.

6 CO2 + 12 H2O C6H12O6 + 6 H2O + 6 O2

Matéria inorgânica Matéria orgânica


disponível no meio que serve de Produtos
alimento residuais do
processo

Energia luminosa Clorofila


(produzida pelos seres
fotossíntéticos)
Importância da Fotossíntese nos
ecossistemas

🔸 Produção de matéria orgânica a partir de


matéria mineral existente no meio;

🔸Conversão de energia luminosa em


energia química que fica acumulada na
matéria orgânica;

🔸Libertação de oxigénio, indispensável para


a respiração aeróbia.
QUE MECANISMOS ESTÃO IMPLICADOS NA
RENOVAÇÃO DO ATP?

• A formação de moléculas de ATP na Biosfera


está associada a vários processos, como:
• captação de energia solar, na fotossíntese;
• oxidação de compostos orgânicos na
respiração e na fermentação.
Fotossíntese
▣ A energia luminosa é
captada pela clorofila e
outros pigmentos que se
encontram nos cloroplastos,
numas membranas especiais
que formam uns pequenos
sacos chamados tilacóides.
Parede Célula
celular clorofilina
Núcle
o

Folha Vacúolo
Cloroplast
o
Molécula de
Tilacóide clorofila
Membrana externa

Membrana Pigmentos
interna fotossintéticos

Tilacóide
DNA
circular

Cloroplasto Estroma Granum


Granu (Enzimas e
m compostos
fosforilados) Membrana do tilacóide
(Apresenta pigmentos fotossintéticos)
Fotossíntese
▣ Pigmentos fotossintéticos – captam a energia
luminosa.
Moléculas orgânicas
(proteinas) que absorvem
determinadas radiações de
luz, emitindo outras de
diferentes comprimentos de
onda. Por exemplo, uma
substância é verde porque
a radiação emitida é verde,
sendo absorvidas as
restantes radiações.
Na membrana dos tilacóides localizam-se os
PIGMENTOS FOTOSSINTÉTICOS,
moléculas capazes de captar a energia luminosa.
• A cromatografia ascendente em papel é uma técnica que
permite separar e identificar os diferentes constituintes
de uma mistura, neste caso os diferentes pigmentos
fotossintéticos, devido à solubilidade diferencial de cada
constituinte num determinado solvente.

• Na experiência a acetona funciona como solvente,


extraindo os pigmentos dos cloroplastos.

• Quando se introduz o papel de filtro nesta solução, o


solvente sobe por capilaridade transportando os
pigmentos.

• No fim da experiência, observam-se, de baixo para cima


no papel de cromatografia, os diferentes pigmentos
constituintes da clorofila bruta.
Técnica da cromatografia em papel para deteção de
pigmentos fotossintéticos nas folhas
Resultado de uma PIGMENTOS FOTOSSINTÉTICOS
Cromatografia
em papel de Pigmentos Cor
pigmentos
fotossintéticos
a Verde intensa

b Verde amarelado
Clorofilas

c Verde

d Verde

Carotenos Laranja
Carotenóides

Carotenos
Xantofilas Amarela
Xantofilas
Ficoeritrina Vermelha
Clorofila a
Clorofila b Ficobilinas
Ficocianina Azul
• O Sol fornece a energia luminosa, responsável pela atividade dos
seres vivos.
• Da energia que chega à Terra, apenas uma pequena parte
(cerca de 1%) é absorvida pelos produtores, ao realizarem a
fotossíntese. Grande parte da energia é refletida para o
ambiente.

O olho humano só é capaz de captar


radiações com comprimentos de onda que
variam entre 380 a 750 nm. Estes
comprimentos de onda correspondem às cores
do arco-íris: vermelho, alaranjado,
amarelo, verde, azul e violeta. A luz visível é apenas uma parte do espetro eletromagnético da radiação emitida pelo Sol.
A luz é uma forma de energia – energia eletromagnética – que se propaga sob a forma de
ondas. O intervalo que compreende todo o tipo de ondas eletromagnéticas é o:

ESPECTRO ELECTROMAGNÉTICO

🔹 A energia emitida pelo Sol engloba um largo espectro de radiações.


🔹 A luz visível ou luz branca é a faixa do espectro que o olho humano consegue
captar.
🔹 Cada radiação é caracterizada pelo seu comprimento de onda.
🔹 Quanto maior o comprimento de onda menor é a quantidade de energia.
Qual o comprimento de onda de luz que as plantas
absorvem?

Através da análise do espectro de absorção, podemos verificar que a


clorofila bruta absorve principalmente as radiações nas bandas do
azul/violeta e vermelho/laranja.
Mas quais as radiações mais eficientes para a
fotossíntese?

Experiência de Engelmann - em 1882, utilizando o espectro da


luz branca, efetuou uma experiência que permitiu estabelecer essa
relação.
Atividade página 121 – vídeo experiência de Engelmann

Conclusão:
• as radiações mais eficazes para a fotossíntese são precisamente as
radiações vermelho-laranja e azul-violeta (estas conclusões viriam a
ser confirmadas mais tarde. Com a luz verde praticamente não
ocorre fotossíntese.

 Através da análise dos resultados obtidos na experiência foi possível a


elaboração de um gráfico do espectro de ação da fotossíntese (traduz
a maior ou menor intensidade fotossintética em função das diferentes radiações
absorvidas pelos pigmentos fotossintéticos).

 mais tarde traçou-se um gráfico com o espectro de absorção dos


diferentes pigmentos fotossintéticos.
Captação da energia luminosa

• Espectro de absorção • Espectro de ação

Representa a eficiência fotossintética


em função do comprimento de onda. O espetro
Capacidade de absorção de uma
de ação resultante é semelhante ao espetro
radiação pelos pigmentos em função do
de absorção da clorofila a.
comprimento de onda.
Conclusões:
• A clorofila bruta não absorve igualmente todas as radiações que formam a luz branca.
• As radiações mais eficientes para a fotossíntese são as absorvidas pelos pigmentos nas faixas do vermelho-
laranja e azul violeta.
• Os diferentes pigmentos fotossintéticos (clorofila a, clorofila b e carotenoides) completam-se na captação de
radiações de diferentes comprimentos de onda.
• Nas plantas superiores, as clorofilas a e b são os pigmentos mais eficientes.
• A energia luminosa captada pelos pigmentos clorofilinos está na origem da atividade fotossintética.
6CO2 + 12H2O C6H12O6 + 6H2O + 6O2
Será a glicose sintetizado sem intervenção de produtos
intermediários?

O 02 provêm da água?

O 02 libertado provém do CO2?


Experiência de Van Niel:

Estudou a fotossíntese nas bactérias purpúras do enxofre –


sulfobactérias ou bactérias das fossas.

• Estas bactérias são anaeróbias.

• Fabricam glicose a partir de CO2 e na presença de luz.

• Não utilizam água como material inicial, mas sim um gás venenoso
para o Homem, o sulfureto de hidrogénio (H2S).

• Não libertam O2 mas sim enxofre (que se acumula no interior das


bactérias).
Van Niel estudou:
Estudou a fotossíntese nas bactérias purpúras (anaeróbias) do enxofre –
sulfobactérias ou bactérias das fossas.

Fotossíntese nas bactérias purpúras do enxofre


Enxofre e de
Hidrogénio
(utilizado na
CO2 + 2H2S (CH2O)n + H2O + 2S redução do CO2)

Fotossíntese das plantas verdes


Oxigénio e
Hidrogénio
(utilizado na
CO2 + 2H2O (CH2O)n + H2O + O2 redução do CO2)

Nota: CO2 é utilizado na síntese de compostos orgânicos


Van Niel estudou:

•Por ação da luz, o H2S decompõe-se em átomos de enxofre e de hidrogénio.

• Os átomos de hidrogénio libertados, são utilizados na redução do CO2, dando origem a glícidos.

CO2 + 2H2S (CH2O)n + H2O + 2S

Comparando com a fotossíntese das plantas verdes

• A energia luminoso produz o fracionamento da molécula de água em oxigénio e hidrogénio.

• Os átomos de oxigénio são libertados.

• Os átomos de hidrogénio são utilizados na redução do CO2.

CO2 + 2H2O (CH2O)n + H2O + O2


Conclusão:

 Na fotossíntese das bactérias sulfurosas, o dador de hidrogénio é o H2S,


ficando livre o S.

 Na fotossíntese das plantas, o dador de hidrogénio é a H2O, ficando livre o


O2.

 O H2, em qualquer dos casos, é utilizado na redução de CO2 (utilizado na


síntese de compostos orgânicos).

Oxigénio
provém da água
(bactérias sulfurosas não
o libertam)
O OXIGÉNIO libertado
durante a fotossíntese
é proveniente da
ÁGUA!
Como é que os pigmentos captam a energia
luminosa?

Antes de responder a esta


questão é necessário analisar a
natureza física da luz
MOLÉCULAS
INTERMEDIÁREAS
DA FOTOSSÍNTESE
ATP – fonte de energia
O ATP armazena energia nas
ligações entre os grupos fosfato.
Adenina

Fosfato

Ribose

NUCLEOSÍDEO

NUCLEOTÍDEO = adenosina monofosfato


(AMP)
Adenosina difosfato
(ADP)
Adenosina trifosfato (ATP)
Resposta à questão:
• A clorofila, ao captar os fotões da luz, passa ao
estado excitado, porque alguns eletrões passam para
um nível energético superior.

• As moléculas de clorofila excitadas cedem os


eletrões a outras moléculas, dando origem a uma série
de reações de oxidação-redução (uma molécula
quando cede eletrões fica oxidada e aquela que os aceita
fica reduzida).
MECANISMO DE ABSORÇÃO DA LUZ
A radiação luminosa é
formada por partículas
denominadas
FOTÕES.

Quando os pigmentos
fotossintéticos são
atingidos por fotões,
os seus eletrões
passam para níveis
de energia
superiores.
Os eletrões ficam
num
Estado Excitado.

Os eletrões excitados
podem, de seguida,
voltar ao nível
energético inicial –
Estado Fundamental.
REAÇÕES DE OXIRREDUÇÃO
Ao serem atingidos pelos fotões,
os eletrões excitados podem ser
cedidos a moléculas vizinhas –
MOLÉCULAS ACEITADORAS ou
MOLÉCULAS RECETORAS.

A molécula de clorofila que perdeu


os eletrões fica OXIDADA
(perdeu e-).

A molécula aceitadora que recebeu


os eletrões fica REDUZIDA
(ganhou e-).

Ocorreu assim uma:


REAÇÃO DE
OXIDAÇÃO-REDUÇÃO
Localização de um fotossistema na membrana
de um tilacóide

Organização de um fotossistema:

• Pigmentos antena – captam fotões da luz e ficam num estado de excitado, os eletrões saltam de nível e atingem o
centro de reação (clorofila a).

• Centro de reação – local onde está a clorofila a e que recebe eletrões conduzidos pelos pigmentos antena. A clorofila
a é a maior molécula dos Fotossistemas que ao receber eletrões fica excitada, assim temos eletrões que sobem de nível
energético e são cedidos - clorofila a fica oxidada.

• Recetor de eletrões – é o primeiro transportador da cadeia fotossintética, recebe eletrões da clorofila a e fica
reduzido.
(membrana)

H2O

Compostos
orgânicos
MOLÉCULAS
INTERMEDIÁREAS
DA FOTOSSÍNTESE
ATP – fonte de energia

HIDRÓLISE DO ATP
Adenina

Ener
Fosfato
H2 O gia

+ +
Ribose
Adenosina difosfato (ADP)
Adenosina trifosfato (ATP)

ATP ADP

Reação exoenergética
MOLÉCULAS
INTERMEDIÁREAS
DA FOTOSSÍNTESE

A célula não possui grandes quantidades de ATP. Na célula as transferências energéticas


dependem essencialmente do ciclo ADP ATP.

e e
ATP

Hidrólise de ATP
Desfoforilação-
síntese de ATP
Fosforilação –

Mobilizada energia das Libertada energia para


reações endoenergéticas reações exoenergéticas

ADP +

Na fotossíntese e na quimiossíntese, a produção de moléculas de ATP é fundamental para a


produção de compostos orgânicos.

Reações de síntese e hidrólise do ATP


• Síntese de macromoléculas a partir de outras mais simples.

• Transporte de substâncias para a célula e organiza-as no seu interior.

• Elimina da célula substâncias de excreção ou efetua a secreção.

• No trabalho da célula como, por exemplo, atividade muscular, divisão


celular, condução nervosa, ….

• Manutenção da temperatura necessária ao normal funcionamento do


organismo,…
MOLÉCULAS

O que é o NAD e NADP?


INTERMEDIÁRIAS
DA
FOTOSSÍNTESE

NAD - Nicotinamida adenina dinucleótido (enzimas)


NADP - Nicotinamida adenina dinucleótido fosfato (enzimas)

Forma oxidada Forma reduzida

NADPH - transportador de eletrões e protões.


Fase Fotoquímica
▣ Duas Etapas:

Fase Fotoquímica (dependente da luz) - Os


cloroplastos captam energia luminosa que armazenam como
energia de ligação de compostos químicos reduzidos (a energia
luminosa captada pelos pigmentos é transformada em energia
química). Este processo ocorre na membrana dos tilacóides e requer
luz.

Fase Química (não dependente diretamente da


luz) - A energia dos compostos reduzidos é utilizada para reduzir
o CO2, que formará com a água, matéria orgânica. Este processo
ocorre no interior dos cloroplastos e não depende diretamente de
luz solar.
Fase Fotoquímica - Fotofosforilação acíclica

Fd

Pq

Pc

Fotorredução
(parte externa
da membrana
do tilacóide)

Membrana interna
do tilacóide

• A fotofosforilação acíclica corresponde, a um fluxo de eletrões que saem das moléculas de


clorofila excitadas pela ação da luz e que a elas não retornam para as reduzir.

• A água será a molécula responsável pela redução da clorofila, uma vez que dela se verifica um
fluir de eletrões até um aceitador final, o NADP+.
FOTOSSISTEMA II
Fase Fotoquímica (descrição) - Fotofosforilação acíclica  
A excitação da clorofila do fotossistema II, pela ação de um fotão, provoca a libertação de um eletrão que vai ser
captado pela recetor de eletrões (Plastoquinona).

Da plastoquinona passará à plastocianina e sucessivamente irá passando de aceitador em aceitador, numa cadeia
transportadora de eletrões.
 
FOTOSSISTEMA I
Simultaneamente, o fotossistema I esteve também sujeito a outro fotão, pelo que se oxidou ao perder um eletrão.  
A perda do fotossistema I vai ser compensada pelo eletrão proveniente do fotossistema II que, por sua vez, sob a
ação de um novo fotão, será transferido para um recetor de eletrões (Ferredoxina), primeiro elemento de uma
segunda cadeia transportadora de eletrões. Neste percurso, para que se liberte um eletrão são necessários dois
fotões, indo cada um deles atuar respectivamente no fotossistema II e no fotossistema I.
 
O aceitador final de eletrões é o NADP+, que ao receber dois eletrões (2e-), a partir do recetor de eletrões
(Ferredoxina), e dois protões (2H+) do meio interno da lamela, reduz-se passando à forma de NADPH.
 
Este processo de redução do NADP+ designa-se por foto-redução e ocorre na parte externa da membrana dos
tilacóides.
 
O fotossistema II que se encontra agora oxidado, necessita receber eletrões, uma vez que os perdidos não foram
recuperados. Esses eletrões são provenientes da decomposição da molécula de água (H 2O) – fotólise da água. Este
processo ocorre na membrana interna dos tilacóides.
 
A fotofosforilação acíclica corresponde, assim, a um fluxo de eletrões que saem das moléculas de clorofila
excitadas pela ação da luz e que a elas não retornam para as reduzir.
 
A água será a molécula responsável pela redução da clorofila, uma vez que dela se verifica um fluir de eletrões até
um aceitador final, o NADP+.
4
1

2 3

A absorção da energia de um fotão leva à Ao percorrerem a CTE, em sucessivas reações


1 oxidação das clorofilas do fotossistema II,
3 de oxirredução, os e- vão libertando energia.
o que leva à transferência de e- para a CTE.
As oxidação das clorofilas do fotossistema I
Os e- das clorofilas do fotossistema I são 4 cede também e- a moléculas transportadoras,
2 repostos pela oxidação da água, que até à formação de NADPH, reação catalizada
produz também 2H+ e ainda O2, que se pela NADP+ redutase. Esses e- são repostos
liberta. pelos que chegam da CTE.
H₂O → 2H⁺ + 2 e⁻ + ½ O₂
NADP⁺ + 2e⁻ + H⁺ → NADPH
5 6

Parte da energia perdida pelos e- é utilizada para o transporte ativo de iões H+ para o interior dos
5 tilacoides por um elemento da CTE, gerando um gradiente de concentração.

Este gradiente de concentração é usado para a produção de ATP (a difusão facilitada do H+ de volta ao
6 estroma pelos canais da ATP sintase fornece energia à ATP sintase para a fotofosforilação do ADP).

ADP + Pi + energia → ATP


ETAPAS/REAÇÕES IMPORTANTES:
1 - Oxidação das clorofilas
2 - Oxidação da água (dador primário de e-)
3 - Fluxo de eletrões através da cadeia transportadoras de eletrões (CTE)
4 - Redução do NADP+ a NADPH (aceitador final de e-)
5 - Síntese de ATP por fotofosforilação de ADP
Em Síntese:

🔸 Decorre na membrana dos tilacóides;


🔸 Ocorre OXIDAÇÃO DA CLOROFILA por ação dos fotões luminosos;
🔸 Verifica-se a OXIDAÇÃO DA ÁGUA, com formação de O2:
(H20  2H+ + 2e- + ½ O2)
🔸 SÍNTESE DE MOLÉCULAS DE NADPH (Fotorredução de NADP+):
(NADP+ + 2e- + H+  NADPH)
🔸 SÍNTESE DE ATP (Fotofosforilação do ADP):
(ADP + P i + Energia ATP + H20 )
🔸 Verifica-se a conversão da energia luminosa em energia química.
Fase Química CICLO DE
Formam-se 6
moléculas de um
CALVIN
composto instável
CO
uBis a) com 6C
R z im
(en

Parte do PGAL é
utilizado na
Regeneração da
RuDP

6CO2 + 18 ATP + 12 NADPH + 12H+ → C6H12O6 + 18ADP + 18Pi + 12 NADP+


Fase Química
Biologia e Geologia - 10º ano

Dióxido de carbono proveniente da atmosfera (ou que


Cloroplasto estava dissolvido na água, no caso dos seres aquáticos)
3 moléculas de um
composto instável
reage com compostos intermédios (RuDP) situados no
3 moléculas de RuDP estroma do cloroplasto (reação que pode designar-se
Ciclo de 6 moléculas
Calvin de PGA
carboxilação).
1. Fixação
do Carbono
Glicose

Formam-se compostos que são reduzidos pelos NADPH


provenientes da fase anterior. Estas reações são
3. Regeneração
2. Redução
endoenergéticas e consomem energia química do ATP
de RUDP
também formado na fase anterior. São depois
regeneradas as moléculas iniciais (RuDP) e são
produzidos compostos de
3 carbonos que são a base da síntese de muitas
moléculas orgânicas.
5 moléculas de PGAL
6 moléculas
de PGAL

1 molécula de PGAL
Ex. glicose

Nota: Um ciclo total tem todas estas moléculas multiplicadas por 2  são necessárias
12 moléculas de PGAL para que 2 possam dar origem a uma molécula de glicose
e 10 moléculas de PGAL para regenerar 12 moléculas de RuDP.
Em Síntese:
 Ocorre no estroma do cloroplasto

 Os compostos energéticos formados na fase


fotoquímica (ATP e NADPH) são usados para
reduzir o CO2 e formar compostos orgânicos.

 Pode-se dividir em três etapas:

❶ Fixação do CO2 – A enzima RuBisCO combina o CO2 captado do meio com um composto de
5C, a ribulose difosfato (RuDP), originando um composto instável com 6C, o qual se desdobra
imediatamente em duas moléculas com 3C (PGA – Ácido Fosfoglicérico).

❷ Redução e produção de compostos orgânicos – as moléculas de PGA são


fosforiladas pelo ATP e reduzidas pelo NADPH, formando PGAL – Aldeído Fosfoglicérico. Uma
parte destas moléculas (1/6) é utilizada para sintetizar moléculas orgânicas (glicose).

❸ Regeneração da RuDP – a restante parte de PGAL (5/6), não utilizada para a síntese de
compostos orgânicos, será utilizada na regeneração da ribulose difosfato (RuDP).
CICLO DE CALVIN

O ciclo tem início quando o CO2 é incorporado na molécula da ribulose difosfato (RudP), na presença de uma enzima RubisCO,
transformando-se num composto instável que se decompõe em duas moléculas de ácido fosfoglicérico (PGA).
 
Cada um dos ácidos fosfoglicéricos é fosforilado através do fósforo cedido pelo ATP, transformando-se em dois ácidos difosfoglicéricos.
 
Os dois ácidos difosfoglicéricos são reduzidos pelo NADPH e desfosforilados, originando duas moléculas de aldeído fosfoglicérico -
PGAL.
 
É a partir dos PGAL produzidos que se sintetizam as moléculas orgânicas (frutose, glicose, etc.).
 
Moléculas de PGAL são utilizadas para regenerar moléculas de ribulose.

 
A ribulose monofosfatada, ao ser fosforilada pelo ATP, transforma-se em ribulose (RudP), que pode reiniciar novo ciclo.
 
Verifica-se que em cada ciclo de Calvin se gasta:
 
uma molécula de CO2;
três moléculas de ATP;
duas de NADPH,
 
e que se formam duas moléculas de PGAL, ao mesmo tempo que se recuperam 3 ADP, 3P e 2NADP +, estes três últimos são reutilizados
na fase fotoquímica.
 

Através da análise do ciclo de Calvin, podemos verificar que para se formar uma molécula de glicose são precisos seis ciclos.
 
 
6CO2 + 18ATP + 12NADPH → C6H12O6 + 18ADP + 18Pi + 12NADP+
 
A equação química traduz a equação global que conduz à produção de uma molécula de glicose no estroma do cloroplasto:  
ADP, Pi e o NADP+ são novamente utilizados nas reações da fase fotoquímica.
Intervenientes e Produtos da Fotossíntese

Fase
Fase
Fotoquímica Fase Química Fase Química
Fotoquímica
(Produtos) (Intervenientes) (Produtos)
(Intervenientes)

Compostos
Dióxido de
Luz Oxigénio orgânicos, ex.
Carbono
glicose
Água Água

NADP+ NADPH NADPH NADP+


ADP e P ATP ATP ADP e P

Pigmentos
fotossintéticos
Intervenientes e Produtos da Fotossíntese
A fotossíntese é um processo endoenergético pois os produtos finais possuem mais energia que os
reagentes. Essa energia resulta da captação de energia luminosa e da sua transformação em energia
química, que fica essencialmente nas ligações dos átomos de carbono da matéria orgânica. A fotossíntese
é também um processo anabólico em que o produto final (glicose) é mais complexo que os reagentes
(água e dióxido de carbono).
Os átomos de carbono e oxigénio da glicose têm origem no dióxido de carbono enquanto os átomos de
hidrogénio resultam da oxidação da água.

A fotossíntese é um processo endoenergético. Origem dos átomos da glicose.


Síntese de outros compostos

• Polimerização de amido, armazenado nas folhas e hidrolisado à


noite e transportado para outros órgãos da planta.
• Uma quantidade de glicose é utilizada na polimerização de celulose.
• Excesso é armazenado sob a forma de substâncias de reserva em
diferentes órgãos.
Quimiossíntese  não é preciso saber a descrição do
processo

A quimiossíntese, tal como a fotossíntese,


compreende 2 fases:
∙ 1ª FASE - Produção de moléculas de ATP e
redução de um transportador de eletrões
e protões (NADPH);
Da oxidação de compostos minerais (H 2S) libertam-se eletrões e
protões que vão ser transportados ao longo de uma cadeia,
ocorrendo a fosforilação de ADP em ATP e a redução do
transportador (NADPH).

∙ 2ª FASE - Fixação do CO2.


Intervenção das moléculas de ATP e do NADPH+ H +
produzidas na 1.ª fase, ocorrendo a fixação do CO2, que é
reduzido, permitindo a formação de moléculas orgânicas.
Quimiossíntese

QUIMIOSSÍNTESE
SERES COMPOSTO HABITAT
UTILIZADO
Bactérias Compostos de Águas
sulfurosas – enxofre (H2S) hidrotermais
oxidantes
Bactérias ferrosas Compostos com ferro Águas ricas em
(FeSO4) ferro
Bactérias Compostos de azoto Maioria dos
nitrificantes (NH3) solos
Quanto maior a intensidade
luminosa maior é a intensidade da
fotossíntese, até chegar a um
ponto em que estabiliza ou
diminui devido à desnaturação das
enzimas por aquecimento.

Existe uma temperatura óptima, (30 ºC a


40 oC), em que a actividade fotossintética
atinge o seu máximo. Para valores da
temperatura inferiores ou superiores à
temperatura óptima, a intensidade da
fotossíntese diminui, porque as enzimas que
catalisam as reacções deste processo ficam
inibidas a baixas temperaturas e
desnaturadas a altas temperaturas.
.
A um aumento gradual de
concentração de CO2, corresponde
um aumento, também gradual, da
intensidade da fotossíntese, até um
determinado valor da concentração
de CO2. A partir desse valor, mais
favorável, a velocidade fotossintética
é constante.

Para intensidades luminosas baixas a


temperatura não afecta a intensidade
fotossintética. No entanto, a partir de
determinados valores de intensidade
luminosa, o rendimento fotossintético
varia com a temperatura.
Vídeo (7minutos) Fotossíntese - https://fb.watch/iXmArU6Wyd/

Animais que fazem fotossíntese (Notícia)


https://www.bbc.com/portuguese/geral-55919768?at_custom4=1EDBA332-72FD-11EB-BA58-
B5FA15F31EAE&at_campaign=64&at_custom1=[post%20type]&at_custom2=facebook_page&at_custom3=BBC
%20Brasil&at_medium=custom7&fbclid=IwAR0YPkhHalMPx7WlZZtD0ZKzsSdHdqVJIIk9_1vwLpqxWjG15WBWigr
6dFY

Proveniência da matéria orgânica e enquadramento cronoestratigráfico/António Galopim de Carvalho


(Artigo)
https://m.facebook.com/photo.php?
fbid=1461766794129838&id=100008895943114&set=a.1387155764924275&sfnsn=mo

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