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Obtenção de Matéria

 Introdução (slide 3-4)


 Seres Autotróficos (slide 5-37)
 Seres Fotoautotróficos (slide 8-31)
 O que são pigmentos fotossintéticos (10)
 Tipos de pigmentos fotossintéticos (11-12)
 Tipos de espetros relacionados com a fotossíntese (13)
 Localização dos pigmentos (14-18)
 Fotossíntese (19-31)
 Fase Dependente da Luz (20-27)
 Fase Não Dependente da Luz (28-31)
 Seres Quimioautotróficos (slide 32-36)
 Quimiossíntese (22-26)
 Fotossíntese vs. Quimiossíntese (slide 37)
 Seres Heterotróficos (slide 38-74)
 Seres Heterotróficos Unicelulares (slide 41-68)
 Membrana plasmática – nome, função, constituição e estrutura (42-45)
 Movimentos transmembranares (46-61)
 Osmose (47-51)
 Difusão Simples (52)
 Difusão Facilitada (53-54)
 Difusão Simples vs. Difusão Facilitada (55)
 Transporte ativo (56-58)
 Transporte de partículas – endocitose e exocitose (55-61)
 Digestão celular (62-68)
 Seres Heterotróficos Multicelulares (slide 69-74)
 Tipos de digestão (70)
 Hidra (71)
 Minhoca (72)
 Homem (73-74)
Todos os seres vivos possuem uma
necessidade de obter matéria orgânica,
para a incorporar ou transformar em
energia.
Mas como obter a matéria?
O modo de obtenção da matéria vai variar conforme os
organismos.
 Organismos capazes de sintetizar a sua própria
matéria orgânica – seres autotróficos
 Organismos que não conseguem sintetizar a sua
própria matéria orgânica - seres heterotróficos

Ser autotrófico Ser heterotrófico


Primeiro, vamos falar como é que os seres autotróficos
obtêm os compostos orgânicos necessários a sua
sobrevivência.
Ou seja, como produzem a matéria?

Exemplo de seres
bactérias algas plantas
autotróficos:
Os seres autotróficos têm a capacidade de:

Com base em substâncias minerais...


... e utilizando uma fonte de energia externa...
... produzir compostos orgânicos!
Relembrar...
Substâncias minerais:
Substâncias minerais são substâncias inorgânicas, ou seja, não são produzidas
pelos seres vivos. Exemplos: cálcio, fósforo, ferro, sódio, potássio, cloro, flúor, etc.
Fonte de Energia Externa:
Os seres autotróficos utilizam como fonte de energia para o processo de autotrofia
ou a energia luminosa – Sol – ou a energia que resulta de reações de oxidação-
redução de certos compostos químicos.
Compostos Orgânicos:
Substâncias químicas que apresentam na sua constituição o carbono e o
hidrogénio, constituindo a matéria orgânica necessária à vida dos seres vivos.
Existe dois tipos diferentes de seres autotróficos

Seres Fotoautotróficos
e
Seres Quimioautotróficos

A diferença entre um ser fotoautotrófico e um ser quimioautotrófico


baseia-se, essencialmente, na fonte de energia utilizada.
Seres Fotoautotróficos
Os seres fotoautotróficos utilizam, como fonte de energia externa, a
energia luminosa (luz).

O processo de produção de compostos orgânicos a partir da


energia luminosa designa-se fotossíntese.

Exemplo de seres que realizam


cianobactérias algas plantas
a fotossíntese:
Fotossíntese
Na fotossíntese, um ser autotrófico converte a energia luminosa em
energia química!

Mas, como é que captam a energia luminosa?!

Através dos pigmentos fotossintéticos!


Mas, o que são os pigmentos fotossintéticos?

Os pigmentos fotossintéticos são moléculas que absorvem radiação


eletromagnética (luz) cujo comprimento de onda está contido no domínio do
visível.

Comprimento de onda: as radiações propagam-se em forma de uma onda. Essa onda possui diversas
caraterísticas, sendo uma delas o seu comprimento. Quando determinada radiação possui um comprimento de
onda que vai desde os 400 aos 500 e dos 600 aos 700 nm, aproximadamente, ela emite radiação visível –
radiação que o olho humano consegue ver
Porém, nem todos os pigmentos fotossintéticos são iguais...
Existem 3 tipos gerais de pigmentos – dois estão presentes nas plantas e
nalgumas cianobactérias e o outro apenas nas algas e nas cianobactérias.
Vamos agora estudar apenas os pigmentos que estão presentes nas plantas:
Clorofilas e Carotenóides
Clorofilas – é o tipo de pigmento envolvido diretamente no processo fotossintético
(pigmento fundamental)
Carotenóides – podem ser chamados também por diretamente acessórios; não
intervêm diretamente na fotossíntese mas aumentam o espetro de
absorção

Como já foi dito anteriormente, os pigmentos


fotossintéticos só absorvem a radiação eletromagnética
contida no domínio do visível.
Porém, mesmo dentro do domínio do visível, existem
certos comprimentos de onda mais suscetíveis a ser
absorvidos do que outros.

O tipo de comprimento de onda absorvido vai agora


depender do tipo de pigmento fotossintético. Analisando a
figura ao lado, vemos que a zona do espetro em que há
maior absorção de radiação é a zona do laranja/vermelho
e do azul/violeta.

Com o auxílio da figura, já é possível perceber porque é que os carotenóides também são importantes.
No caso representado, as clorofilas a e b são os pigmentos fundamentais. Por outro lado, o caroteno é o pigmento
diretamente acessório, que aumenta o espetro de modo a que mais radiação seja absorvida.
Tipos de espetros relacionados com a fotossíntese
Existem dois tipos de espetro relacionados com a fotossíntese que é importante saber
interpretar.
 Espetro de Ação da Fotossíntese (1)
eficiência fotossintética em função do comprimento de onda das radiações
 Espetro de Absorção (2)
capacidade que um pigmento tem para absorver a luz de uma determinada radiação

1 grande eficiência
na fotossíntese

pequena eficiência
na fotossíntese
pouca luz absorvida –
tem dificuldade em
2
muita luz absorvida – não tem
absorver este tipo de dificuldade em absorver
radiação este tipo de radiação
Mas onde estão esses pigmentos fotossintéticos...?

Os pigmentos estão organizados em conjuntos (fotossistemas) no interior


das membranas dos tilacóides dos cloroplastos.
2
1

As folhas das plantas (1) são constituídas por células (2). Dentro dessas células existem
diversos organelos. Um deles é o cloroplasto (3).
Os cloroplastos são organelos constituídos por uma membrana externa e uma
membrana interna (havendo, entre ambas, um espaço intramembranar), e
também por tilacóides (granum), lamelas e estroma.

Tilacóides – sistemas de membranas internas do


cloroplasto

Granum – séries de tilacóides empilhados

Estroma – região dos cloroplasto que rodeia os


tilacóides

Lamelas – conjuntos de canais membranosos que


interligam os granum
Retomando aos pigmentos...
Os pigmentos fotossintéticos encontram-se dentro dos cloroplastos, na
membrana interna dos tilacóides
Na membrana interna dos tilacóides existem unidades designadas
fotossistemas, que contêm os pigmentos antena, o acetor primário de eletrões e
o centro de reação.

Fotossistema

•Centro de reação – formado por uma molécula especializada de clorofila a


•Um acetor primário de eletrões – molécula que aceita eletrões
•Pigmentos antena – várias moléculas de pigmentos fotossintéticos – 200 a 300 de
clorofila a e b, 50 de carotenóides – que envolvem o centro de reação
Localização dos pigmentos fotossintéticos:

(1) Folha → (2) Célula → (3) Cloroplasto → (4) Tilacóides – na membrana interna

4
FOTOSSÍNTESE
processo de produção de compostos orgânicos a partir da energia luminosa

Existem duas fases distintas durante a fotossíntese:

•Fase Fotoquímica / Parte Luminosa


uma fase em que as reações que ocorrem dependem da luz
•Fase Química / Parte Obscura
uma fase em que as reações que ocorrem não dependem da
luz
Fase Dependente da Luz Ocorre nos cloroplastos (tilacóides)
Antes de estudarmos as reações que ocorrem durante esta fase, é importante perceber o porquê.
A energia luminosa não pode ser utilizada diretamente pelas células, por isso, parte
dessa energia tem que ser transferida para o ATP (molécula trifosfato de adenosina). As
moléculas de ATP são, portanto, a forma mais comum de circulação de energia numa
célula, pois podem ser facilmente hidrolisadas (decomposta por ação da água).

Assim, na fase luminosa, ocorre


a conversão de energia solar em
energia química
(a energia química está armazenada
nas ligações da molécula de ATP formada)

Molécula de ATP
Fase Dependente da Luz
Ocorre nos cloroplastos (tilacóides)

Porém, nesta fase também serão formadas moléculas de NADPH, às quais, tal
como o ATP, são fundamentais para a fase seguinte (fase não dependente da luz) e,
por isso, fundamentais para a síntese de compostos orgânicos.

Molécula de NADPH
A Fase Dependente da Luz começa com a captação
da energia luminosa por parte dos pigmentos
fotossintéticos.
Mas como é que os pigmentos fotossintéticos captam a energia luminosa?

Para compreender como os pigmentos fotossintéticos captam a energia


luminosa é necessário considerar a natureza física da luz.

Embora as radiações solares possam ser descritas como uma onda (devido ao
seu movimento), elas não são, na realidade, uma onda contínua, mas sim um
conjunto de partículas que contêm, cada uma, energia – os fotões.
Quando um dos fotões atinge um átomo do pigmento antena, um dos seus eletrões (do
pigmento) salta para o nível de energia superior, ficando excitado – instável. No entanto, os átomos
tendem a estar estáveis, ou seja, eles não “gostam” de ter um eletrão que está excitado (um nível de
energia acima do devido).

Por isso, os eletrões excitados são cedidos a outras moléculas vizinhas . Assim, esse eletrão
será transferido de pigmento em pigmento antena, até alcançar o centro de reação. A transferência do
eletrão designa-se de reação de oxidação-redução ou reação redox – há uma molécula que perde os
eletrões (molécula oxidada), enquanto que outra recebe (molécula reduzida).
Durante este fluxo de eletrões de pigmento a pigmento, é libertado
energia que é utilizada para formar ATP, a partir de ADP e de um grupo
fosfato (Pi) – ocorre transformação de energia luminosa em energia química
(energia fica armazenada na ligação química que se estabeleceu para
formar o ATP). Diz-se que houve fosforilação do ADP (adicionou-se um
grupo fosfato).

Energia + ADP + Pi → ATP com energia


proveniente do fluxo de armazenada na ligação
eletrões química

Esta reação é catalisada pelas


ATP sintetases - proteínas
enzimáticas que se encontram
na membrana dos tilacóides
Os eletrões que foram perdidos pela clorofila inicial são repostos por
moléculas de água (H2O), que sofrem um fenómeno de fotólise –
desdobramento da molécula de água por ação da luz – o que permite a
separação dos átomos da molécula.
Assim, o oxigénio (O2) é libertado pela planta para o meio e o
hidrogénio (H2) ou irá neutralizar a clorofila ou vai reagir com o NADP+,
formando o NADPH.

Neutralizar a clorofila
2H2 H2 + NADP+ → NADPH

Luz
O2 Libertado pela planta para o meio
(fotólise)
Tabela de resumo da Fase Dependente da Luz

Séries de Reações Processos Intervenientes Produtos Finais


•Fotólise da água •Água
Reações fotoquímicas •A clorofia a é excitada e •Energia luminosa
perde eletrões, ficando •Pigmentos fotossintéticos O2
oxidada. Os acetores de
eletrões ficam reduzidos
(reações redox)
•Os eletrões percorrem •Eletrões
uma cadeia de •Transportadores de
transportadores e são eletrões ATP
Fluxo de eletrões
transferidos para o NADP+, •NADP+
que fica reduzido. Durante •ADP
NADPH
o fluxo eletrónico há a •Pi
fosforilação do ADP.
Fase Não Dependente da Luz Ocorre no estroma

É nesta fase que irão ser sintetizados os compostos orgânicos, através do Ciclo de
Calvin. Neste ciclo, ocorrem reações que envolvem CO2 e também o ATP e o NADPH formados,
anteriormente.

O Ciclo de Calvin apresenta três fases fundamentais:


1. Fixação do CO2
2. Produção de compostos orgânicos
3. Regeneração da ribulose difosfato

Iremos agora analisar cada uma das fases.


Fixação do CO2
1. A primeira reação é a fixação do 2
dióxido de carbono e a sua ligação 1 3
à ribulose difosfato formando um
composto instável;
2. Este composto desdobra-se
imediatamente em duas moléculas,
de modo a ficar estável 4
3. Ambas as moléculas sofrem
fosforilação (recebem um grupo
fosfato), transformando-se em PGA
4. O PGA vai ser reduzido (ou
4
hidrogenado – recebe um
hidrogénio) pelo NADPH,
originando um novo composto, o
PGAL. Neste processo, o NADPH,
ao ceder hidrogénios, fica oxidado
Produção de compostos orgânicos / Regeneração da
Ribulose Difosfato (RuDP)

O PGAL formado pode tomar


agora dois caminhos distintos:
 Uma parte (10 em cada 12
moléculas) vai intervir na
regeneração do composto com
5 átomos de carbono – a
ribulose difosfato
 A outra parte do PGAL é
utilizado no estroma, para
síntese de glícidos ou de
outras moléculas
Tabela de resumo da Fase Não Dependente da Luz

Séries de Reações Processos Intervenientes Produtos Finais


•O dióxido de carbono é •Ribulose difosfato (RuDP) •Glícidos
Ciclo de Calvin fixado, combinando-se com •Dióxido de carbono(CO2) •ADP + P
a ribulose difosfato. •ATP •NADP+
Posteriormente, após •NADPH •Ribulose difosfato
reduções e fosforilações,
originam-se moléculas
orgânicas, como, por
exemplo, a glicose.

ATENÇÃO!!
O ciclo só está completo ao fim de 6 “voltas”
Seres Quimioautotróficos
Os seres quimioautotróficos utilizam, como fonte de energia externa, a
oxidação de compostos químicos (derivados de enxofre, azoto e ferro,
nomeadamente).
O processo de produção de compostos orgânicos a partir de
reações de oxidação designa-se quimiossíntese.

Seres que realizam


bactérias
a fotossíntese:
Quimiossíntese
Na quimiossíntese, a energia química necessária à produção de compostos
orgânicos tem origem na oxidação de substâncias orgânicas.
É utilizada por seres vivos que habitam em grandes profundidades nos oceanos,
onde a luz não chega e a temperatura pode superar os 400ºC.

Mas, o que é uma reação de oxidação-redução?


A oxidação ocorre quando determinado elemento perde eletrões e/ou protões. São estes eletrões e/ou protões
perdidos pelas substâncias inorgânicas que vão fornecer a energia necessária para todo o processo.
Assim, diz-se que os compostos inorgânicos ficaram oxidados (deram eletrões/protões) e as células do ser
ficaram reduzidas (receberam eletrões/protões).
A quimiossíntese, tal como na fotossíntese, também é composta por duas
fases:

1. Na primeira fase ocorrem reações de oxidação-redução. A energia libertada pelo composto


inorgânico quando se oxida é utilizada para formar ATP, a partir de ADP e Pi (Energia +
ADP + Pi → ATP). Na reação, o substrato também fornece eletrões/protões , para formar o
NADPH a partir do NADP+(se o composto fornecer um eletrão e um hidrogénio, ele passa
de NADP+ para NADPH2)
2. A segunda fase é idêntica à fase química da
fotossíntese. Formam-se compostos
orgânicos a partir de CO2 captado do
exterior. Este CO2 ,conjuntamente com as
moléculas de NADPH2 e de ATP, vão realizar
o Ciclo de Calvin, tal como na fotossíntese:
• CO2 –vai iniciar o ciclo
• NADPH 2 – vai fornecer o
hidrogénio
• ATP – vai fornecer a energia
Tabela de resumo da Quimiossíntese

Séries de Reações Processos Intervenientes Produtos Finais


•Perante um composto •Compostos inorgânicos
inorgânico, o ser (H2S, NH3, Fe2+)
quimioautotrófico vai •NADP+ ATP
Reações de oxidação-
receber os eletrões do •ADP
redução composto, reduzindo-se •Pi NADPH
(pois recebe eletrões) e CO2
oxidando a substãncia
(pois é lhe retirada
eletrões)
•O dióxido de carbono é •Ribulose difosfato (RuDP) •Glícidos
fixado, combinando-se com •Dióxido de carbono(CO2) •ADP + P
a ribulose difosfato. •ATP •NADP+
Ciclo de Calvin
Posteriormente, após •NADPH •Ribulose difosfato
reduções e fosforilações,
originam-se moléculas
orgânicas, como, por
exemplo, a glicose.
Fotossíntese vs. Quimiossíntese
Semelhanças Diferenças

Ciclo de Carbono
(Ciclo de Calvin) Fonte de Energia:

Fotossíntese → Luz
Quimiossíntese → Reações de
oxidação-redução
Reagentes
(NADP e ATP)
Agora que já sabemos como é que os seres autotróficos
produzem a matéria orgânica, vamos descobrir como é
que os seres que não produzem a matéria, a obtêm.

Exemplo de seres
insetos anfíbios mamíferos
heterotróficos:
Os seres heterotróficos não conseguem sintetizar a sua própria
matéria orgânica e, por isso, têm que a obter a partir do meio
externo.

Mas agora coloca-se uma questão:


Como é que a matéria passa do meio externo para
o meio interno?
Como é que a matéria passa do meio externo para o meio interno?

A resposta depende do tipo de ser:

• Se o ser for heterotrófico multicelular, a


matéria primeiro é colocada dentro do
organismo e só depois é que é absorvida
pelas células

• Se o ser for heterotrófico unicelular, a


matéria passa diretamente do meio externo
para as células
Primeiro vamos estudar a obtenção de matéria pelos seres heterotróficos
unicelulares...

Como já foi dito no slide anterior, nos seres


heterotróficos unicelulares a matéria passa
diretamente do meio externo para as células – a
matéria é absorvida.

Porém, para ocorrer absorção, as


substâncias têm que passar através da
membrana celular
Para perceber como é que as substâncias passam através desta
membrana, é importante conhecê-la um bocadinho melhor.

Nome:
A membrana celular pode ter diversos nomes:
Membrana Celular
Membrana Plasmática
Membrana Citoplasmática
Plasmalema

Função:
Dar forma à célula, delimitando-a
Constituição:
A membrana celular é sobretudo lipoproteica (podendo variar de célula para célula):

•60% a 75% de proteínas


- função estrutural
- intervêm no transporte de substâncias pela membrana
- recetores de estímulos químicos (provenientes do meio extracelular)
- enzimas –catalisam/aceleram as reações que ocorrem na superfície da célula
- constituinte mais relevante

• 25% a 40% de lípidos:


- fosfolípidos (presente em todas as membranas) e glicolípidos (lípidos associados a glícidos) – são moléculas
anfipáticas, pois têm uma extremidade polar que é hidrofílica (tem afinidade com moléculas de água) e outra
extremidade apolar que é hidrofóbica (não tem afinidade com moléculas de água)
- o colestrol pertence ao grupo dos esteróides (lípidos que possuem uma estrutura contendo anéis de carbono)
sendo insolúvel em água e ocorre em menor quantidade que os fosfolípidos

• (algumas células têm, outras não) 10% de glícidos:


- estão na parte exterior da membrana
- capaz de reconhecer certas substâncias
- ainda hoje não são conhecidas totalmente as suas funções na membrana
Estrutura:
Atualmente, o modelo mais aceite da estrutura da membrana plasmática é o

Modelo de Mosaico Fluído


O Modelo de Mosaico Fluído tem este nome pois admite que a membrana plasmática não é uma
estrutura rígida, podendo haver movimentos das moléculas que a constituem sendo, por isso, fluídas.

Existem, sobretudo, dois tipos de movimentos que as moléculas da membrana podem


realizar:
• Movimento Lateral (frequente) – duas moléculas que trocam de posição uma com a outra e que
se encontram na mesma camada
• Movimento de flip-flop (raro) – duas moléculas que trocam de posição de uma camada para a
outra

Movimento Lateral Movimento de flip-flop


Estrutura:
• Bicamada fosfolipídica – onde se realizam os movimentos lateral e flip-flop
• Proteínas
 Periférias/ Extrínsecas – estão à superfície; associadas às partes hidrofílicas dos lípidos ou de
proteínas integradas por fracas ligações eletroestáticas (e, por isso, conseguem ser facilmente isoladas
da membrana)
 Integradas/ Intrínsecas - fortemente ligadas às partes fortes dos lípidos – hidrofóbicas
 Transmembranar - proteínas integradas que passaram a membrana de um lado ao outro
•Glicocálix – conjunto de moléculas responsáveis pelo reconhecimento de certas substâncias
 Glicolípidos – glícidos ligados aos lípidos (mais raro)
 Glicoproteínas - glícidos ligados às proteínas (mais frequente)

Glicolípido Glicoproteína

Exterior da célula
Glicocálix

Proteína
integrante Bicamada
fosfolipídica
Proteína
Interior da célula Proteína
periférica
transmembranar
Agora que já conhecemos bem a membrana celular, vai ser mais fácil entender como funcionam os
movimentos transmembranais.

É, no entanto, importante realçar que a passagem de substâncias pela membrana (em


ambos os sentidos) não ocorre de igual forma para todas as substâncias.

A membrana é, portanto, uma barreira seletiva!

Deste modo, a passagem de substâncias através da membrana pode ocorrer através dos
seguintes mecanismos, que iremos aprofundar já a seguir:

Osmose
Difusão simples
Difusão Facilitada Endocitose
Transporte ativo
Transporte de partículas Exocitose

Atenção! Estes movimentos transmembranais, embora sejam essenciais para que os seres unicelulares
absorvam os nutrientes, também ocorrem nos seres multicelulares!
OSMOSE
A osmose ocorre quando há movimento da água de um meio com menor soluto (meio
hipotónico) para um meio com maior concentração de soluto (meio hipertónico)

Se a concentração do soluto for igual em ambos os meios → meios isotónicos

NAS CÉLULAS VEGETAIS


• Se o meio hipertónico for no interior da célula (ou seja, se houver mais soluto na célula do que
no meio externo), haverá passagem da água para dentro da célula. Esta água, não vai só para
dentro da célula, como também entra para dentro do vacúolo, aumentando o seu volume.
Quando isto acontece, diz-se que a célula ficou túrgida (ao microscópio até fica mais clara,
pois os pigmentos estão mais diluídos!).
Quando a célula vegetal se encontra túrgida, todo o conteúdo celular vai exercer uma
pressão sobre a parede celular,
gerando uma pressão de
turgescência.
NAS CÉLULAS VEGETAIS
• Se o meio hipertónico for no exterior da célula (ou seja, se houver menos soluto na célula do
que no meio externo), haverá passagem da água para fora da célula. Assim, a célula vai ficar
com uma cor mais intensa (os pigmentos estão mais concentrados), o vacúolo diminui de
volume e o citoplasma pode desprender-se parcialmente da parede celular . Nestas condições,
diz que a célula está plasmolisada (estado de plasmólise)!

•No entanto, é importante saber que a célula vegetal possui uma parede celular rígida, que
permite que apenas o conteúdo da célula diminua de volume, e não toda a célula.
NAS CÉLULAS ANIMAIS
• Se o meio hipertónico for no interior da célula (ou seja, se houver mais soluto na célula do que
no meio externo), haverá passagem da água para dentro da célula, ficando túrgida.

•Porém, e ao contrário das células vegetais, as células animais não têm parede celular. Por isso,
o contínuo fluxo de água para o interior da célula pode levar ao aumento do volume celular para
lá da capacidade elástica da membrana, acabando por rebentar a célula, ocorrendo o que
chamamos de lise celular.
NAS CÉLULAS ANIMAIS

• Se o meio hipertónico for no exterior da célula (ou seja, se houver menos soluto na célula do
que no meio externo), haverá passagem da água para fora da célula. Nestas condições, diz que
a célula está plasmolisada (estado de plasmólise)!
Há ainda dois conceitos importantes sobre a osmose...
pressão de turgescência

• Pressão osmótica:
É a pressão que deve ser exercida sobre a
solução para impedir a passagem do solvente de H20
uma solução para outra. Ou seja, a pressão
osmótica é a pressão que é necessária fornecer a
determinada célula para impedir que a osmose
ocorre.

Quanto mais hipertónica é uma solução, mais difícil é impedir a entrada de solvente nesse meio e
maior terá que ser a pressão de turgescência

•Velocidade Osmótica
A velocidade osmótica é a velocidade com que ocorre a
osmose.
Quanto maior for a velocidade → maior é a diferença de
concentrações
Quanto menor for a velocidade → menor é a diferença de
concentrações
Assim, conclui-se que a velocidade osmótica diminui ao
longo da osmose
DIFUSÃO SIMPLES
A difusão simples envolve a passagem de moléculas de um meio cuja sua
concentração é mais elevada para outro, cuja concentração é mais baixa.

Comparando a difusão simples com a osmose...


Na osmose há transferência de água para um meio com muito soluto, de modo a diluir.
Na difusão simples não é necessário água para diluir o meio, pois o próprio soluto é
transferido para um meio onde haja soluto em menos quantidade.

Pode-se concluir que a difusão simples é a favor do gradiente de concentração!

Gradiente de concentração:
colocar as concentrações de dois meios iguais
É importante reparar que quando se atinge o equilíbrio das concentrações, o
movimentos das moléculas não pára! O número de moléculas que atravessa a
membrana é igual em ambos os sentidos.

A difusão simples é, então, um transporte passivo – ocorre a favor do gradiente,


no sentido que igualar as concentrações dos dois meios,
não envolvendo gastos de energia!
DIFUSÃO FACILITADA
A difusão facilitada promove, tal como a difusão simples, a passagem do soluto do meio mais
concentrado para o meio menos concentrado.

No entanto... Há uma diferença (obviamente)!


Na difusão facilitada, o soluto não passa através da membrana plasmática,
como na difusão simples, mas sim através de proteínas transportadoras que existem na
membrana – as permeases.

Assim, um elevado número de moléculas atravessa a membrana a uma


velocidade superior à esperada se fizesse simplesmente por difusão simples!

NO ENTANTO.... Há que ter em atenção o seguinte:


- cada proteína tem uma especificidade, ou
seja, serve para uma só
substância
- as permeases podem sofrer desnaturação
(perder as suas funções) por
ação ou do calor, ou da radiação ou até
de certos elementos químicos!
Mas como funciona a difusão facilitada?
1. Primeiro dá-se a ligação da molécula a transportar à permease – o
reconhecimento/afinidade da molécula ocorre num sítio designado sítio ativo

2. Quando a molécula liga-se à parte hidrofóbica da permease, dá-se uma modificação da


forma da proteína. Com esta modificação, a molécula deixa de ser compatível com a
permease e, por isso, a proteína liberta a molécula

3. A permease, como já não tem a molécula ligada a si, retoma a sua forma original
Difusão Simples vs. Difusão Facilitada

Tanto na difusão simples como na difusão facilitada


difusão facilitada não há gastos de energia.

Na difusão simples, a velocidade vai


aumentando à medida que a diferença de
concentrações é maior.

No entanto, na difusão facilitada isso não


acontece.

Como é possível ver pelo gráfico, a velocidade na difusão facilitada é maior do que a
velocidade simples, até um determinado momento.

Depois disso, por muito que haja uma diferença de concentrações, a velocidade não
aumenta. Porquê? Porque o número de permeases na membrana é limitado! Isto
significa que, quando a velocidade na difusão facilitada não aumenta mais é porque
todas as permeases já estão “ocupadas”!
TRANSPORTE ATIVO
Ao contrário de tudo o que vimos até agora, o transporte ativo tem como objetivo
desequilibrar as concentrações dos meios.
Porém, isso só é possível devido à permeabilidade seletiva da membrana.

• O transporte ativo vai implicar gastos de energia da célula


• Pode-se concluir que o transporte ativo é contra o gradiente de concentração

Exemplo de casos onde ocorre transporte ativo:

 Quando é para eliminar desperdícios que há dentro da célula,


mesmo quando a concentração no exterior dos mesmos é elevada

 Para manter nutrientes dentro da célula, mesmo que haja


escassez dos mesmos no exterior
Mas como funciona o transporte ativo?
O transporte ativo ocorre, tal como a difusão facilitada, por meio de proteínas.
No caso que nós vamos estudar, essas proteínas designam-se ATPases.

Elas têm as seguintes caraterísticas:

- Comportam-se como enzimas


- Apenas funcionam com a energia
proveniente da quebra da molécula de
ATP em ADP

O exemplo transporte ativo que vamos


estudar (no qual há as ATPases) designa-se
Bomba de Sódio e Potássio, cujo objetivo é
libertar 3 iões Na + para o meio externo e
promover a entrada de dois iões K + para
dentro da célula.
Bomba de Sódio e Potássio
1. 3 iões Na + e 1 ATP (que estão no interior
da célula) ligam-se à ATPase

2. O ADP é libertado (ATP → Energia + ADP +


Pi), o Pi ficou na proteína, gerando uma
alteração comformacional (da forma) da
ATPase

3. Com a alteração, a ATPase liberta os 3 Na+


e recebe os 2 K +

4. O Pi é então libertado. Ocorre uma


desfosforilação da ATPase (o fósforo é
removido)

5. Com a saída do P, ocorre uma outra


alteração comformacional na ATPase, que
volta à sua forma original, libertanto os dois
K + para dentro da célula
TRANSPORTE DE PARTÍCULAS
Para além de transportar pequenas moléculas através da membrana, as células
possuem também outros recursos que permitem o transporte, para o interior ou para o
exterior, de macromoléculas, de partículas de maiores dimensões ou mesmo até de
pequenas células!

Esses recursos podem ser designados como...


Fagocitose
Endocitose
Pinocitose
O material passa
do exterior para o
interior da célula Endocitose mediada por
recetores

Exocitose
O material passa
do interior para o
exterior da célula
Endocitose
Transporte de macromoléculas/partículas de menores dimensões/pequenas células para
o interior da célula por invaginações da membrana plasmática.

Fagocitose Pinocitose Endocitose mediada por


recetores
1. A célula emite prolongamentos,
os pseudópodes
2. Os pseudópodes englobam a As substâncias que entram na célula Macromoléculas entram na célula,
partícula, formando uma vesícula são substâncias dissolvidas ou ligadas à membrana das vesículas de
fagocítica (fagossoma) fluídos, pelo que as vesículas são de endocitose por recetores
3. A vesícula fagocítica destaca-se menores dimensões
para o interior do citoplasma,
fundindo-se com os lisossomas,
(vesículas que contêm enzimas
digestivas) dando origem a
vacúolos digestivos.
Exocitose
A exocitose é o processo inverso da endocitose.
As células libertam para o meio extracelular substâncias armazenadas em vesículas.

Neste processo, as vesículas de secreção (= excreção) fundem-se com a membrana


plasmática, libertando o seu conteúdo para o meio extracelular.

A exocitose é fundamental para a célula libertar resíduos da digestão intracelular, mas


também pode fazer parte do processo digestivo de seres pluricelulares. De facto, é por este
processo que são segregadas, por exemplo, as enzimas digestivas do pâncreas!
Mas, e depois...?
O que é que acontece aos nutrientes dentro da célula?
Resposta: Vão sofrer digestão celular.

Mas, com esta resposta, muitas outras perguntas, surgem...


O que é a digestão celular?
Como é que ocorre?
Para começar, é importante saber que a digestão celular acontece através do
sistema endomembranar.

O sistema endomembranar compreende todas as membranas existentes na


célula
Três delas são muitos importantes para a digestão celular:
Retículo endoplasmático, o Complexo de Golgi e os Lisossomas.
Retículo Endoplasmático (RE)
O retículo endoplasmático (RE) é um conjunto de cisternas (idêntico a um poço) achatadas,
túbulos (uma espécie de pequenos tubos) e vesículas (idêntico a uma bolha).
O retículo endoplasmático um sistema contínuo entre a membrana plasmática e o invólucro
nuclear.

Existem dois tipos de RE:


• Retículo Endoplasmático Rugoso (RER):
 possui ribossomas ligados à face externa das suas membranas – o que lhe confere
o aspeto rugoso
 maior região de síntese de proteínas
(algumas das quais são enzimas)
•Retículo Endoplasmático Liso (REL):
 não possui os ribossomas como o
RER, apresentando, portanto, um
aspeto liso
 está envolvido na síntese de
fosfolípidos e na elaboração de
novas membranas
Complexo de Golgi
O Complexo de Golgi é composto por todos os dictiossomas de uma célula.
Dictiossoma: conjunto de sáculos (como se fosse um saco) ou cisternas achatas e
empilhadas de forma regular – na periferia dos dictiossomas existe uma
série de vesículas.

Os dictiossomas possuem uma fase convexa


(face de formação), que está virada para o
RE, e uma face côncava (face de
maturação), onde se formam vesículas,
virada para a membrana plasmática.
Lisossomas
Os lisossomas são pequenas vesículas, mais ou menos esféricas,
delimitadas por uma membrana e que contêm vários tipos de enzimas.
Digestão Celular
Mas como é que o RE, o Complexo de Golgi e os Lisossomas interagem entre si?
E o que é que têm a ver com a digestão celular?
1. Como já foi dito, o retículo endoplasmático sintetiza
proteínas (algumas delas enzimáticas). Algumas destas
proteínas são transportadas até ao Complexo de Golgi em
vesículas de transporte, onde sofrem transformações,
permitindo que algumas proteínas se tornem funcionais
e/ou algumas enzimas sejam ativadas.

2. As cisternas, que se vão constituindo na face de maturação


do Complexo de Golgi, vão substituindo as que se situam
na face de maturação que, por sua vez, dão origem a
vesículas de secreção (lisossomas).

3. Os lisossomas, que contêm vários tipos de enzimas no seu


interior, podem então fundir-se com vacúolos ou vesículas
endocíticas, formando estruturas de maiores dimensões –
os vacúolos digestivos (onde ocorre a digestão)
Digestão Celular
Porém, a digestão pode ocorrer tanto para partículas provenientes do exterior como para
organelos da própria célula!

Heterofagia – digestão de substâncias


captadas por endocitose (é feita em
vacúolos digestivos)
Autofagia – digestão de substâncias da
própria célula (é feita em vacúolos
autofágicos)
Agora que já estudamos como é que os nutrientes passam do exterior para dentro da célula
(forma como os seres heterotróficos unicelulares se alimentam), vamos ver como é que os seres
mais complexos fazem para obter os seus nutrientes...

Desde o momento em que os seres heterotróficos multicelulares adquirem o


alimento até quando o mesmo é absorvido, ocorrem três fases fundamentais:

1. Ingestão – entrada dos alimentos para o organismo


2. Digestão – conjunto de processos que permite a
transformação de moléculas complexas (dos alimentos) em
moléculas mais simples
3. Absorção – passagem dos nutrientes resultantes da digestão
para o meio interno (células)
Existem, no entanto, 3 tipos distintos de digestão:

Extracelular – ocorre em cavidades digestivas que, apesar


de se encontrarem dentro do organismo, fazem parte do meio
externo (vantagem: permite ao organismo armazenar de uma só
1. Ingestão vez grandes quantidades de alimento, que vão lentamente
sendo ingerido, não sendo preciso estar constantemente a
captar alimento)

2. Digestão Intracelular– ocorre diretamente nas células (atenção: nos


seres unicelulares, a matéria orgânica vai diretamente do meio
externo para o interior das células; na digestão intracelular, a
matéria orgânica foi previamente ingerida para dentro do ser e
só depois é que foi para dentro das células, para sofrer o
3. Absorção processo da digestão)
Extracorporal – o alimento é decomposto em partes mais
simples, externamente, e só depois é que é absorvido (ex: os
fungos possuem hifas – filamentos – que lançam enzimas sobre
o alimento, que ainda está fora do corpo., decompondo-o em
moléculas mais simples que depois são absorvidas pelo ser.
Pode-se dizer que, nestes casos, a digestão ocorre primeiro que
a ingestão)
Vamos agora analisar alguns exemplos de seres heterotróficos multicelulares...

HIDRA:
(digestão intraceular)

 Ingestão – é feita pelos tentáculos; o


alimento entra na “boca” (orifício onde
entram os alimentos e saem os resíduos
alimentares não aproveitador
Digestão – inicia-se na cavidade
gastrovascular, onde enzimas, libertadas
pelas células granulares existentes na
parede, simplificam o alimento – as partículas
são fagocitadas por células da parede
gastrovascular – originando vacúlos digestivos
Absorção – os nutrientes difundem-se nestes
vacúolos para o citoplasma das células e,
consequentemente, para outras células

A hidra possui um tubo digestivo incompleto – só possui


uma abertura para a entrada e a saída de matéria
MINHOCA
(digestão extraceular)

 Faringe – suga os alimentos da boca para o esófago e deste para o estômago


 Estômago/Papo – os alimentos são armazenados
 Moela – os alimentos são triturados
 Intestino – os alimentos sofrem a ação de enzimas, sendo, depois, absorvidos
 Tiflosole – prega dorsal (não está representada na figura) que faz aumentar a superfície de
absorção intestinal
 Ânus – é para onde vão os resíduos alimentares não absorvidos

A minhoca possui um tubo digestivo


completo – possui uma boca (entrada
de alimentos) e um ânus (saída de
resíduos alimentares não absorvidos)
Vantagem: permite uma digestão e
uma absorção sequencial ao tubo
digestivo, uma vez que os alimentos só
se deslocam num só sentido
HOMEM:
(digestão extratraceular)

• O alimento entra na boca


• É mastigado e sofre ação da enzima
amílase – hidrolisa (decompõe) os
glícidos
• O bolo alimentar é deglutido, passando,
através do esófago, para o estômago
• O estômago possui uma parede
musculosa e glândulas que produzem
ácido clorídrico e enzimas proteolíticas
(que degradam prótidos) – a ação
conjunta do ácido, enzimas e dos

movimentos da parede do estômago (movimentos peristálticos) sobre o bolo alimentar origina o


quimo
• O quimo passa para o duodeno (intestino delgado). Sobre o quimo atuam enzimas digestivas
(maltase, sacarase, lactase e peptidase) presentes no suco intestinal produzido por glândulas
existentes na parede do duodeno
HOMEM:
(digestão extratraceular)

• Ainda no duodeno chega a bílis


(emulsionante para os lípidos → provoca
a separação dos lípidos em porções
pequenas), produzida pelo fígado, e o
suco pancreático (possui várias enzimas
– lípases, proteases, amílases e
nucleases – que atuam sobre o quimo,
transformando-o em quilo), produzido
pelo pâncreas
• As moléculas mais simples resultantes
da digestão são absorvidas – o processo
de absorção e eficiente devido à
enorme superfície da parede intestinal (o intestino delgado tem um grande comprimento e possui
pregas cobertas por vilosidades que ajudam na absorção) – uma vez absorvidos, os nutrientes
terão de ser transportados para todas as células do organismo, através da corrente sanguínea e
linfática
• Os resíduos alimentares que não foram absorvidos continuam o seu trajeto até ao intestino
grosso, onde ocorre a reabsorção da água e a formação das fezes que, posteriormente, serão
expulsas pelo ânus

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