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Sistemas Térmicos

Geradores de Vapor:
Transferência de calor na Fornalha
Balanço Térmico
Transferência de calor na Fornalha

Tópicos
Equação de Balanço Térmico
Calor Disponível na Fornalha
Transferência de calor por Radiação na Fornalha
Temperatura adimensional
Procedimentos para o cálculo de transferência de
calor na fornalha.
Transferência de calor na Fornalha
Quando o combustível arde na fornalha de uma caldeira libera uma
grande quantidade de energia, a qual aquece os produtos da combustão até uma
temperatura muito elevada. Esta temperatura pode variar entre1500 °C a 1600
°C, no núcleo da chama. Apesar dos produtos de combustão serem enfriados nos
superaquecedores e evaporadores na fornalha a sua temperatura na saída da
mesma encontra-se ainda no intervalo de 1000 - 1150 °C.
A chama transfere sua energia térmica para as superfícies de aquecimento na
fornalha, por radiação. Uma vez que o gás de combustão flui através da
fornalha a uma velocidade baixa, o calor convectivo é apenas uma pequena
fracção (cerca de 5%) do total do calor transferido para as paredes de água de
uma caldeira.
Assim, para simplificar os cálculos, apenas a transferência de calor por
radiação é considerado na fornalha.
Transferência de calor na Fornalha
 Para simplificar os cálculos de transferência radiativa de calor, assume-se o
seguinte:
 Nos cálculos de transferência de calor para a fornalha só é considerada a
troca de calor por radiação.
 A chama, a uma temperatura média Tch, troca calor por radiação
com a superfície de aquecimento das paredes de água.
 A temperatura adiabática (ideal) Tad da chama é utilizada para calcular
Tch.
 A temperatura dos gases de combustão na saída fornalha Tsai (TSGF) é
utilizada como uma temperatura característica do projeto.
 A superfície de absorção de calor das paredes de água e a superfície
emissora do calor da chama são assumidas como sendo paralelas uma à
outra, com uma superfície F.
Balanço Térmico
 O calor total absorvido pela água, a partir do gás de combustão em uma
fornalha representa uma fracção (Ф) entre o calor total liberado (Qd) e a
entalpia dos gases de combustão que saem da fornalha, (Isai). A outra parte (1
- Ф) é perdida devido à radiação e convecção para o exterior da fornalha.
Assim, o calor absorvido, Qabs, numa fornalha é:

Qabs    BQ d  I saif     B VCp ad TsaiTf kW


Ф – é o coeficiente de conservação de calor na fornalha
Qd – é o calor introduzido ou disponível na fornalha
Tad,Tsai _ são as temperaturas adiabática e de saída, da fornalha, dos
produtos de combustão respectivamente (K),
Isai _ é a entalpia dos produtos de combustão na saída em (kJ/kg),
Cp – é o calor específico médio dos produtos de combustão (kJ/m3N.K),
V – é o volume dos produtos de combustão (m3N/kgcomb),
B – é o consumo de combustível (kg/s).
Balanço Térmico
A fracção de calor retida pela água e vapor, Ф, é dada
por:
q5

1 v  q5

Onde ηv é o rendimento térmico do gerador.


Se V.cp for o calor específico médio dos produtos de
combustão formados por 1 kg de combustível no
intervalo Tad – Tsai daí:

Q d  Isai
VC p  f kJ kg
T f 
T ad
sai
Calor disponível na Fornalha Qf
O calor disponível (Qd) é a soma do calor de combustão (Qc) e o
calor que é trazido pelo pré-aquecimento de ar, agua e combustível,
por unidade de massa de combustível queimado.
O calor de combustão, Qc, é o calor liberado a partir da combustão
de unidade de massa de combustível.
Por conseguinte, a soma do PCi do combustível, o calor trazido para
dentro do forno por substancias externas pré-aquecidas e o vapor
injetado pelos atomizadores é conhecido como calor disponível na
fornalha (Qd) .
No entanto, uma parte do calor é perdido.
Estas perdas incluem:
 q2 – perdas pelos gases da chaminé (%);
 q3 - perdas por combustão química incompleta (%);
 q4 - perdas por combustão mecânica incompleta (%);
 q5 - perdas pelas paredes para o meio ambiente (%);
 q6 - perdas de calor com as cinzas (%).
Calor disponível na Fornalha Qd
Assim, o calor disponível na fornalha, Qd, inclui o calor útil liberado
pelo combustível e o calor introduzido na fornalha pelo ar pré-
aquecido e pelo ar infiltrado,

Q d  Q c  QkJ
ai kg comb

O calor trazido para a fornalha pelo ar pré-aquecido e pelo ar frio


infiltrado Qai, é calculado de:

Qai kJ kgcomb
 T  T   pul I aq  T   pul
Onde αT é o coeficiente de excesso de ar na saída do fornalha.
I afpul são os coeficientes de ar do ar infiltrado na fornalha e no
∆αT, ∆α
sistema de pulverização, respectivamente, e Iaq, Iaf são entalpias do ar
pré-aquecido e frio, respectivamente, (kJ/kgcombustível ).
Transferência de calor por Radiação
Para a transferência de calor por radiação, a fornalha e a chama são
considerados dois planos paralelos com áreas infinitas.
A partir da equação básica de transferência de calor por radiação, o
fluxo de calor total radiativo líquido, Qr é

Qr   s F Tch4  pa4 kW
T do sistema de planos paralelos chama-parede
onde εs é a emissividade 
da fornalha e é dado por:

1 ch 
s  
1

1 pa
1 1  1
ch pa 
 ch  pa 1

onde Tch,Tpa - são as temperaturas da chama e da parede de água (K),
σ – é a constante de Stefan-Boltzman 5,670 x 10-8 (W/m2K4)
εch, εpa - são as emissividades da chama e das paredes de água.
Transferência de calor por Radiação
Para calcular a transferência de calor por radiação a partir da chama
para as superfícies de aquecimento utilizando a equação anterior
precisa-se de conhecer a emissividade da chama, εch; a temperatura
da chama (Tch), a emissividade das paredes de agua (εpa) e a
temperatura da parede de água (Tpa). Assim, utiliza-se uma
abordagem simplificada. Para expressar o fluxo de radiação emitido
(J1) pela chama, usa-se a emissividade total da fornalha (εfm) como
segue:

ch kW m2

Tch, é a temperatura media da chama no interior da fornalha (K),


A emissividade média da fornalha (εfm) é diferente da emissividades da
chama (εch).
Transferência de calor por Radiação
 A parede de água não é um corpo negro puro, e muitas
vezes está suja.
 Assim, o calor absorvido pela parede de água é apenas
uma parte do calor incidente. Um coeficiente, ψ, é usado
para definir a fracção da radiação da chama que é
absorvida pelas superfícies de aquecimento da parede de
água e
é conhecido como fator de eficiência térmica.
 O fluxo de calor absorvido q é dado por:

q  J 1  fm  ch4 kW m 2
O calor total T
absorvido pela superfície total da parede de
água, F, é por conseguinte, dado por:
Qr   F fm Tch4 kW
Abordagem alternativa da Temperatura
Adimensional
Pode-se dizer que o calor que se troca por radiação
com a parede de água é igual a perda da entalpia dos
gases de combustão.

  
Qr    B VC p ad  Tsaif   f  F Tch4  Tpa4 kW
T

Dividindo ambos os lados por Tad e usando as
temperaturas adimensionais:
f T Tpa
sai T sai e  pa  obtém 
 ; ch  ch
Tad
Tad se :
Tad
Abordagem alternativa da Temperatura
Adimensional
fC
1  sai 
Bo
 ch  pa
4
 4


Onde C e n são constantes empíricas. O número de
Boltzman, Bo, é definido como:

B0   B VC p
 F 3
 ad


A temperatura média da chama,
T Tch, estará entre a temperatura
ideal da chama (adiabática),Tad e a temperatura de saída da
fornalha, Tsai. No entanto, é de conhecimento comum que a
temperatura de saída dos gases da fornalha (θsai ou Tsai) aumenta
quando a temperatura da chama na fornalha (θch ou Tch)
aumenta.
Abordagem alternativa da Temperatura
Adimensional
A temperatura da parede ,θpa ,é muito pequena em comparação
com a temperatura da fornalha, θch .
Sendo assim, a Equação anterior pode ser simplificada:

 f C sai sai 1 
Bo  4n
 
0
Por conseguinte, a temperatura adimensional do gás de
combustão à saída do forno, θsai, pode ser calculada como
função de, C, n, da emissividade da fornalha, bem como
o número de Boltzman.
 sai
 f Bo ,  ch ,C,

n
Abordagem alternativa da Temperatura
Adimensional
Os coeficientes empíricos C e n dependem das propriedades
do combustível queimado, das condições de combustão, da
concepção da fornalha, assim como da absorção de calor
pelas superfícies. Estes podem ser obtidos a partir de dados
experimentais (Gurvieh e Blokh, 1956) como se seguem:

0,6
 sai 1  o 

1 sai B 
M   ch 
ou
T
 sai  sai  B o0,6
Tch Mch0,6 B o0,6
15 
Em que M é o coeficiente de disposição relativa
Abordagem alternativa da Temperatura
Adimensional
Para calcular a temperatura dos produtos da combustão
na saída da fornalha pode-se escrever como:

Tad
f
Tsai  0.6 K

  f Bo F Tad
3
 1 
M  1011  B VC 
 cal p 

Para determinar a área de superfície requerida, F, a partir de
uma temperatura de saída dada da fornalha, Tsai

 Bcal 1  Tad 2
F 3 1   m2 
 
Bo VC
f p M Tsai Tad3 M 2 
T sai 
Procedimento do cálculo de
transferência de calor numa Fornalha
Para a transferência de calor na fornalha existem dois tipos de
cálculos:
 Cálculos projetivos; e
 Cálculos de desempenho.
Nos cálculos projetivos as superfícies de transferência de calor
são calculadas para uma dada temperatura de saída da fornalha,
θsai, enquanto nos cálculos de desempenho, a temperatura de
saída da fornalha, θsai,
é calculada para uma dada geometria da fornalha.
Muitos parâmetros de cálculo dependem do tamanho
e do projeto da fornalha. Isso faz com que o cálculo projetivo seja
mais difícil.
O último tipo de cálculo, onde a temperatura de saída dos gases
da fornalha é determinada para um dado desenho e tamanho da
fornalha, é relativamente mais fácil, pelo fato que os parâmetros
de cálculo já serem conhecidos.
Procedimento do cálculo de
transferência de calor numa Fornalha
Nos cálculos projetivos, em primeiro lugar, todas as
dimensões físicas da fornalha, incluindo a disposição das
paredes dos tubos de água, o volume da fornalha e da secção
dos tubos de água da parede, são assumidos. Em seguida,
calcula-se a temperatura, θsai, na saída dos gases da fornalha.
Se a diferença entre o valor calculado de θsai e o seu valor
assumido for elevado (maior que 10%), o projetista terá de
ajustar o tamanho das superfícies da fornalha até que o valor
de θsai atenda os requisitos de concepção.
Procedimento do cálculo de
transferência de calor numa Fornalha

Um cálculo típico projetivo de caldeira começa com os cálculos


estequiométricos para o combustível queimado, seguido do balanço
térmico. A partir dos cálculos estequiométricos e do balanço térmico,
o consumo nominal de combustível, B, o coeficiente de retenção de
calor, Ф, e o calor específico médio dos gases de combustão Vcp
podem ser determinados.
Para o cálculo da temperatura do gás de combustão na saída da
fornalha θsai , a superfície F dos tubos da parede de água, o
coeficiente de eficiência térmica ψ, o coeficiente de disposição
relativa M e a emissividade da fornalha εf têm de ser escolhidos ou
determinados com antecedência.
Quando a temperatura dos gases na saída da fornalha é obtida, θsai,
pode-se calcular o calor de radiação na fornalha.
Arranjo das Paredes de Água
A fiabilidade da circulação da mistura vapor de água e água no
circuito de tubo da parede de evaporação devem ser considerados
no desenho do circuito de água na parede. Para uma boa
concepção os tubos da parede de água são divididos em vários
grupos. Tubos em cada grupo teria geometria semelhante e
condições de aquecimento semelhantes (fluxo de calor,
temperatura, etc.)
A relação das áreas de fluxo dos tubos de descida e de elevação é
um parâmetro importante. Ela determina a resistência ao
escoamento de água. Esta relação é
mantida dentro de uma gama recomendada para reduzir
a resistência de fluxo.
Arranjo das Paredes de Água

Relação das áreas de fluxo dos tubos de tubo de descida e de


elevação
Pressão do Tambor (Mpa) 4-6 10 - 12 14 - 16 17 - 19
Relação Queima de 0,20-0,30 0,35-0,45 0,50-0,60 0,60-0,70
entre as carvão
áreas dos
Queima de 0,30-0,40 0,40-0,50 0,50-0,60
tubos de combustível
descida e líquido
de
elevação
Arranjo das Paredes de Água
Velocidades recomendadas de entrada de água nos tubos de circulação e geradores
em m/s
Pressão do Tambor (Mpa) 4-6 10 - 12 14 - 16 17 - 19
Tubos
geradores 0,5-1,0 1,0-1,5 1,0-1,5 1,5-2,5
entrando no
Barrilet
Tubos
e á entrada dos tubos geradores (m/s)

geradores 0,4-0,8 0,7-1,2 1,0-1,5 1,5-2,5


entrando no
colector
superior
Tubos
geradores 1,0-1,5 1,5-2,0 2,5-3,5
aquecidos em
ambos os
lados
Fator de Incrustação e de Eficiência Térmica das
paredes de água

A troca de calor por radiação tem lugar entre a chama, a alta


temperatura, e as superfícies mais frias da parede de água. O
coeficiente de transferência de calor no interior do tubo
gerador é de maior magnitude do que do lado de fora do
tubo.
Portanto, quando as superfícies externas do tubo estão limpas, a
temperatura da superfície é próxima da do fluido de trabalho, e
a radiação que incide em todo ele é absorvida pelo fluido.
Na prática, a superfície externa da parede de água é geralmente
coberta por depósitos de cinza (incrustações). Além disso, a
superfície do tubo de água não é paralela à chama.
Assim, um número de coeficientes são utilizados para
encontrar a absorção de calor real de radiação.
Coeficiente Angular
O coeficiente angular da parede de água, x, é um fator
geométrico.
 É a razão entre o calor absorvido pela parede de tubos de
água com o que poderia ser absorvido por um plano
contínuo liso com a emissividade e temperatura iguais a
dos tubos.
 Para uma parede de água de membrana o coeficiente
angular, x, é de 1,0.
Fator de Fuligem
A resistência térmica das cinzas é elevada. Assim, a temperatura da
superfície externa da camada de depósito de cinzas é muito mais
elevada do que a do tubo. A chama, assim, troca calor com a
superfície externa mais quente, da camada de cinzas nos tubos, em
vez de com as paredes frias de metal do tubo. Esta redução na
absorção de calor é tomada em conta pela multiplicação da
absorção de calor calculado com base na temperatura da água por
um fator de correção ξ.
O fator de incrustação, ξ, depende das propriedades do
combustível, das condições de combustão, bem como da
concepção dos tubos da parede de água. O fator de incrustação, ξ,
de uma parede de água de tubos de cobre pintada com tinta à
prova de fogo é calculada pela seguinte equação:

  b0,53  0, 00025Tm
Fator de Fuligem

onde Tm é a temperatura de fusão da cinza, e b' é um


coeficiente empírico igual a 1,0 para fornalhas de
caldeira normal e 1,2 para caldeiras constringidas.
Quando superfícies cilíndricas de aquecimento são
colocadas na saída da fornalha, o fator ξ deve ser
multiplicado por um outro coeficiente, β, que representa
a troca de calor entre as superfícies de aquecimento
cilíndricas e a fornalha da caldeira. Assim, o novo fator
de incrustação calcula-se de:

c    
Fator de Fuligem

Fator de Fuligem para Paredes de Tubos de Água


Tipo de blindagem Tipo de combustível Fator de
Fuligem (ξ)
Combustível gasoso. 0,65
Mazute. 0,55
0,45
Tubos lisos, abertos e tubos de Antracite, carvão de pedra,
parede com aletas. lenhites e turfa.
Lenhite com Wred≤30. 0,55
Todos os tipos de combustível 0,60
no caso de queima em grelha.
Tubos de paredes de água Todas as espécies de
espigados e tubos revestidos combustível. 0,20
por massa refractária.
Tubos revestidos por tijolos Todas as espécies de 0,10
refratários. combustível.
Eficiência Térmica

 Se uma parede de água limpa é um corpo negro perfeito isto é


que toda a radiação que sobre ele incide é absorvida.
 Este valor é : x F εf σo T4ch considerando o coeficiente angular de
água da parede de tubos, x.
 No caso de contaminação, o tubo deixa de ser um corpo negro.
Então ele absorve apenas uma fracção, ξ, da radiação incidente.
Assim, a real absorção de calor pelos tubos de água da parede é
igual a ξ x F εf σo T4ch .
 Assim pode-se definir o coeficiente de eficiência térmica Ψ
como a fracção da radiação incidente absorvida pelos tubos:

x

Eficiência Térmica

Quando o fator de fuligem ξ não é o mesmo para todos os


sectores da fornalha ou o coeficiente angular, x, também
varia é preciso utilizar um valor médio do coeficiente de
eficiência térmica Ψ.

  
i1
i 
Fi F
onde Ψ é o coeficiente médio de eficiência térmica, e Ψi é o
coeficiente de partes das paredes de água. F e Fi são a área
total e a área de partes das secções das paredes de água,
respectivamente. A secção da parede da fornalha, sem tubos
de água tem um coeficiente Ψi igual a zero.
Coeficiente de disposição relativa do
núcleo da chama, M
Coeficiente da disposição relativa do núcleo da chama, M,
representa a distribuição de temperatura na fornalha. Ele é
função do nível relativo dos queimadores e do tipo de
combustível queimado.
Esta relação é expressa-se como:

M  A - B  X r  X
Onde:
 zona de maior temperatura da fornalha.
Xr é a posição relativa da
ΔX é um fator de correção e representa a posição real do núcleo da
chama.
Para queimadores dispostos horizontalmente ΔX = 0; para queimadores
de inclinação para cima ou para baixo, a 20 º,
ΔX = ± 0,1, e para os queimadores dispostos em paredes frontais ou em
paredes opostas, ΔX = 0,05 - 0,1.
Coeficiente de disposição relativa do
núcleo da chama, M

Os coeficientes de A‘ e B' na dependem das propriedades do


combustível e do tipo de fornalha.
Para fornalhas de grelha (fornalhas a combustível sólido) A
'= 0,59 e B' = 0,5, e Xr+ΔX = 0,14.
Para fornalhas a carvão pulverizado, combustível líquido ou
gasoso A 'e B' podem ser obtidos a partir de Tabelas .
Como alternativa, pode ser usado um valor médio de 0,445
(Gurvich & Blokh, 1956).
Coeficiente da disposição relativa do
núcleo da chama, M
Coeficientes A´e B´

Combustível Fornalhas Fornalhas


abertas constritas
A´ B´ A´ B´
Combustível líquido 0,54 0,2 0,48 0
ou gasoso
Combustíveis muito 0,59 0,5 0,48 0
voláteis ou carvão
reactivo
Combustíveis pouco
reactivos (Lenhite, 0,56 0,5 0,48 0
carvão com muitas
cinzas)
Emissividade da Fornalha
A emissividade da fornalha εf, é diferente da emissividade do
sistema de planos paralelos, ε s,
A radiação líquida que deixa a parede da fornalha, J2, e a que
parte da chama, J1, são dadas por:
J   T 4 1
2 pa pa pa 
J1  chT 1 ch 
4
ch 2

J da fornalha, ε , é determinada pela


A emissividade real f
emissividade da chama e o coeficiente de eficiência térmica
da parede de água. J1 = εf σo T4ch .
Então, J1 pode-se expressar como :

 chTch4 1 ch T pa


J1  4
pa
1 1 ch 1 pa 
Emissividade da Fornalha

Para fornalhas de queima em camada ou em grelha:

A
f  ch  1 ch 
F
 A 
1 1 ch 1 1
F
Onde:
A é a superfície da grelha em m2;
εch a emissividade da chama.

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