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Justicia in Mundo (Justiça no Mundo) -

Sínodo dos Bispos, 1971


Contextos
O mundo:
• Os Estados Unidos e a União Soviética realizavam enormes despesas militares. O fosso
entre as nações, ricos e pobres, aumentava. Os recursos do mundo eram distribuídos de
forma desigual. Cresciam os danos ambientais causados pela avareza do lucro.

A Igreja:
• A "desocidentalização" da Igreja Católica estava a acontecer. Aumentava a nomeação de
bispos da América Latina, da África e Ásia. A Igreja latino-americana começava a
denunciar as injustiças e a exigir os direitos e as necessidades do seu povo. Os teólogos
começavam a interpretar a Bíblia a partir na perspetiva dos gritos dos pobres. A Teologia da
Libertação estava em gestação.
• Depois do Concílio Vaticano II, o Sínodo dos Bispos foi instituído pelo Papa Paulo VI. O
terceiro sínodo decorreu de 30 de Setembro a 06 de Novembro de 1971. O tema do sínodo
foi o Sacerdócio Ministerial e a Justiça no Mundo. Os documentos do Sínodo sobre o
sacerdócio ministerial e a justiça no mundo foram publicados pelo Papa Paulo VI a 30 de
Novembro de 1971.
Participação de peritos leigos:
- Neste sínodo participaram os peritos leigos pertencentes à Comissão Pontifícia Justiça e
Paz. Entre eles, destacaram-se: Barbara Ward (economista dos Estados Unidos), Cândido
Mendes de Almeida (reitor de uma universidade do Rio de Janeiro) e Kinhide Mushakoji
(professor da Universidade Sofia de Tóquio).
Envolvimento de homens e mulheres religiosos:
A USG e a UISG estiveram envolvidas na preparação do Sínodo.
10 delegados da USG participaram no Sínodo
• O Sínodo utilizou o método de análise social Ver-Julgar-Agir.

Esboço : A justiça no mundo


Introdução: 1-06
Justiça e sociedade mundial 07-28 (Ver)
Mensagem do Evangelho e Missão de Cristo: 29-38 (Julgar)
Prática da justiça 39-73 (Agir)
Uma palavra de esperança: 74- 77
Introdução:

• As injustiças estruturais oprimem a humanidade


e asfixiam a liberdade de ação no mundo (3).
• Há pessoas e movimentos que exprimem a
esperança num mundo melhor.
• A vocação da Igreja é estar presente no coração
do mundo, anunciando a Boa Nova aos pobres, a
liberdade aos oprimidos e a alegria aos aflitos.
• A ação em prol da justiça e a participação na
transformação do mundo aparecem-nos
plenamente como uma dimensão constitutiva da
pregação do Evangelho (6).
Justiça e sociedade mundial 07-28
• As forças que trabalham para um mundo mais unificado nunca foram tão
robustas e dinâmicas como agora (7).
• As forças de divisão e de antagonismo parecem estar a ganhar cada vez
mais força (9).
• Apesar do crescimento económico, a esperança de alimentar os famintos,
pelo menos com as migalhas que caem da mesa, revelou-se vã (10).
• Os países mais ricos despejaram os resíduos na atmosfera e no mar (11).
• Face aos sistemas internacionais de dominação, a realização da justiça
depende cada vez mais de uma vontade determinada de desenvolvimento
(13).
• O direito ao desenvolvimento é um direito humano fundamental (15).
• Muitos dos que sofrem injustiças não têm voz; a Igreja deve falar em seu
nome (20).
Mensagem do Evangelho e Missão de Cristo: 29-38

• No Antigo Testamento, Deus revela-se-nos como o libertador


dos oprimidos (30)
 
• Jesus identifica-se com os mais pequenos (31).
 
• A fé em Cristo e o amor ao próximo são temas fundamentais
do Novo Testamento (32).
 
• A missão de pregar o Evangelho impõe a libertação das
pessoas (35).
Prática da justiça 39-73

 Quem se aventura a pregar a justiça,


deve ser visto como justo (40).
 Os direitos humanos na Igreja
devem ser respeitados para com
todos, especialmente para com as
mulheres e os leigos em geral (43).
 O estilo de vida da Igreja
institucional e de todos os seus
membros deve ser suficientemente
credível para anunciar a Boa Nova
aos pobres (48).
• Educação para a justiça: Nos países em
desenvolvimento, o objetivo da educação
para a justiça é despertar a consciência para
a situação concreta, para as estratégias e
alternativas de mudança (51).
• A família é o principal agente desta
educação (54).
• A doutrina social católica é a principal
fonte da educação para a justiça (56).
• A liturgia e os sacramentos podem também
servir como meios de educação para a
justiça (58).
• É necessário promover a colaboração
ecuménica para trabalhar em prol dos
direitos humanos e da dignidade (61).
 As ações internacionais devem ser realizadas para:
• Apelar à ratificação da Declaração Universal dos
Direitos do Homem por todas as nações (64).
• Apoiar os esforços das Nações Unidas para pôr termo à
corrida ao armamento e ao comércio de armas e para
alcançar uma resolução pacífica dos conflitos (65).
• Exigir aos países ricos que sejam menos materialistas e
que consumam menos (70).
Uma palavra de esperança :
• O Povo de Deus está presente no meio dos pobres e dos
que sofrem opressão e perseguição (74).
• Que os cristãos estejam convencidos que Deus está
agora a preparar o reino de justiça e amor( 75).
• A Igreja apela a todos, especialmente aos pobres, aos
oprimidos e aos aflitos, para que cooperem com Deus
na realização da libertação.
Reflexão
 
Porque é que queremos promover a justiça?

Quais são os factores que favorecem e


dificultam o trabalho da justiça no nosso país?
 

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