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JULIO MEINVIELLE
CONCEPÇÃO
CATÓLICA
DA ECONOMIA
Vitória/ES
1ª Edição - 2020
CENTRO
ANCHIETA
EDITORA
Concepção Católica da Economia
Pe. Julio Meinvielle
M514c
CDU 101:2
PREFÁCIO..................................................................................................... 5
PRÓLOGO................................................................................................... 10
CAPÍTULO 1
A economia e a economia moderna.................................................................. 14
CAPÍTULO 2
A produção da terra .............................................................................................34
CAPÍTULO 3
A produção industrial........................................................................................... 57
CAPÍTULO 4
As finanças................................................................................................................82
CAPÍTULO 5
O consumo................................................................................................................118
CAPÍTULO 6
Ordem econômico-social....................................................................................139
EPÍLOGO................................................................................................... 162
APÊNDICE 1
Bula Detestabilis, de Sixto V ............................................................................186
APÊNDICE 2
Bula Vix Pervenit, de Bento XIV.....................................................................189
APÊNDICE 3
Sobre o empréstimo a juros................................................................................197
APÊNDICE 4
Nota sobre a questão judaica............................................................................210
NOTAS........................................................................................................ 216
PREFÁCIO
5
PREFÁCIO
6
Concepção Católica da Economia
7
PREFÁCIO
8
Concepção Católica da Economia
9
PRÓLOGO
10
Concepção Católica da Economia
11
PRÓLOGO
12
Concepção Católica da Economia
13
CAPÍTULO 1
14
A economia e a economia moderna
15
CAPÍTULO 1
16
A economia e a economia moderna
17
CAPÍTULO 1
1
J. Maritain, Religion et Culture.
2
Marcel Malcor, Nova et Vetera, Abril-Junho, 1931.
18
A economia e a economia moderna
3
Ver Nota 1 ao final do livro.
19
CAPÍTULO 1
DEFINIÇÃO DO CAPITALISMO
20
A economia e a economia moderna
21
CAPÍTULO 1
O CAPITALISMO É ANTIECONÔMICO
22
A economia e a economia moderna
23
CAPÍTULO 1
24
A economia e a economia moderna
4
Ver Nota 2 ao final do livro
25
CAPÍTULO 1
26
A economia e a economia moderna
5
Cf. Marcel Malcor. Nova et Vetera, julho de 1931.
27
CAPÍTULO 1
A ECONOMIA CATÓLICA
28
A economia e a economia moderna
o bom uso dos bens deste mundo concedidos para nosso sustento
(S. Th. II-II, q. 117).
Acaso as riquezas artificiais e naturais devem ser produzidas
e acumuladas porque sim? Sem dúvida que não. São coisas des-
tinadas ao proveito do homem, para seu uso; em outras palavras,
“para o consumo”. Resultam bens e não simplesmente coisas
na medida que servem ou podem servir ao homem. Logo, todo
processo econômico, pela exigência da mesma economia, deve
estar orientado ao consumo. Portanto, há uma dupla falha
antieconômica no capitalismo, qualquer que seja sua espécie,
pois se consome para produzir e se produz para lucrar. A finança
regula a produção, e a produção regula o consumo.
E os bens, para que se consomem? Ou seja, o processo eco-
nômico total, para onde se orienta? A satisfazer as necessidades
da vida corporal do homem. E como esta não tem um fim em si
mesma, senão que sua integridade é requerida para assegurar a
vida espiritual do homem, que culmina no ato de amor a Deus,
toda economia deve estar a serviço do homem para que este se
coloque a serviço de Deus.
“Santo Tomás ensina que para levar uma vida moral, para desenvol-
ver-se na vida das virtudes, o homem tem necessidade de um mínimo
de bem-estar e de seguridade material. Este ensino significa – diz
Maritain (Religion et Culture) – que a miséria é socialmente, como viram
claramente León Bloy e Péguy, uma espécie de inferno; significa, assim
mesmo, que as condições sociais que colocam a maior parte dos
homens na ocasião próxima de pecar, exigindo uma espécie de he-
roísmo dos que querem praticar a lei de Deus, são condições que
em justiça estrita devem ser denunciadas sem descanso e que deve
esforçar-se para mudar”.
29
CAPÍTULO 1
30
A economia e a economia moderna
6
Cf. Maritain, Religion et Culture, p. 46.
31
CAPÍTULO 1
32
A economia e a economia moderna
33
CAPÍTULO 2
A produção da terra
34
A produção da terra
HIERARQUIA DA PRODUÇÃO
35
CAPÍTULO 2
36
A produção da terra
1
Em Aujourd hui et demain, p. 230; citado por Marcel Malcor, Nova et Vetera, janvier et mars, 1929.
37
CAPÍTULO 2
Para que este simples fato que se aduz tão somente como um
mero exemplo não sirva para diminuir o alcance desta obser-
vação, adverte-se que o desajuste do campo é permanente, pois,
permanentemente, sua vida está atraída e como que imantada
pela vida anêmica da cidade, uma vez que sua produção está
38
A produção da terra
2
Marcel Malcor, Nova et Vetera, abril-junho, 1931.
39
CAPÍTULO 2
40
A produção da terra
41
CAPÍTULO 2
42
A produção da terra
43
CAPÍTULO 2
A PROPRIEDADE PRIVADA
44
A produção da terra
45
CAPÍTULO 2
domínio não é uma coisa de todo imutável, como tão pouco são
outros elementos sociais; e ainda Nós dissemos em outra ocasião
nestas palavras: Que distintas foram as formas da propriedade pri-
vada, desde a forma primitiva dos povos selvagens, que ainda hoje
restam amostras em algumas regiões, até a que logo revestiu-se na
forma patriarcal, e mais tarde nas diversas formas tirânicas (usando
essa palavra em seu sentido clássico) e assim sucessivamente nas
formas feudais, e em todas as demais que se sucederam até os
tempos modernos”.
3
Ver LA TOUR DU PAIN, Vers um ordre social Chretien.
46
A produção da terra
4
Nota do Tradutor (N.d.T.): Friedrich Wilhelm Raiffeisen fundou, em 1864, a Associação de Caixa de
Crédito Rural de Heddesdorf, Alemanha. As caixas de crédito mútuo rurais são cooperativas mantidas pelos
depósitos de seus cooperados, que podem usufruir de benefícios, tais como, a obtenção de empréstimos
para o desenvolvimento de seu patrimônio.
47
CAPÍTULO 2
5
N.d.T. A Argentina.
48
A produção da terra
49
CAPÍTULO 2
Foi então quando o Papa Sixto IV, em sua célebre bula Inducit
nos, de 19 de março de 1476, deu poder a todos, no território
de Roma, de arar e cultivar, nos tempos segundo o costume,
a terceira parte de qualquer fazenda que elegessem, qualquer
fosse seu dono, com a condição de que pedissem permissão,
mas com poder de lavrar ainda que não a obtivessem, ainda
que pagando uma cota ou renda aos proprietários.
Como se vê, neste caso, o Estado, em virtude de seu poder
jurisdicional ou justiça legal, sem privar os proprietários de
seu domínio (como o demonstra o pagamento de aluguel), o
regula em forma tal que o uso e usufruto da propriedade seja
participado por todos.
A Bula de Clemente VII demonstrará mais eficazmente até
onde alcança este poder.
Com a bula de Sixto IV havia-se conseguido que “muitíssimos
se dedicassem ao plantio”, mas como logo os barões proibiram seus
vassalos de transportar o grão colhido, com o fim de obrigá-los
a vendê-los barato para logo revendê-los, ninguém queria
seguir cultivando. É o caso do vulgar monopólio dos Dreyfus,
Bunge e Born, etc., já consignado em seu tempo por Aristóteles.
Que fez o Papa para remediar esta situação?
Proíbe severamente a todos os barões e nobres romanos e
a quaisquer outras pessoas: 1º) Comprar de seus vassalos trigo
e outros grãos, fora o necessário para o uso do sustento de sua
casa; 2º) Impedir-lhes que levem para Roma os mesmos grãos;
3º) Que eles mesmos transportem os grãos para lugar distinto
daquela cidade.
Para dar eficácia à proibição, ameaça que os que não obede-
cessem, dentro dos 15 dias de promulgação da bula, incorreriam
50
A produção da terra
6
Cf. Narciso Noguer S. J. Cuestiones Candentes sobre la propiedad y el socialismo.
51
CAPÍTULO 2
52
A produção da terra
a justiça social, a saber: Não é possível que neste país rico de bens
naturais suficientes para uma população imensamente maior, haja al-
guém que em virtude da ordem econômico-social, careça da subsistência
humana estável a que tem direito como membro da coletividade social.
Imporá logo, como obrigatórias, aquelas medidas que encon-
tre necessárias para alcançar a realização desta exigência social,
tendo em conta que não é justo que haja milhares de famílias na
miséria enquanto outros gozam de uma renda de 5.000, 10.000,
20.000, 50.000, cem mil e duzentos mil pesos mensais.
As medidas do governo não consistirão em privar de suas
propriedades e riquezas os que fazem estes benefícios excessi-
vos, senão em obrigá-los a que façam extensivos estes benefícios
ao maior número de famílias necessitadas, seja proporcionando
trabalho, seja com uma melhor remuneração do trabalho, seja
entregando ao Estado estes benefícios para que ele os distribua
entre as famílias necessitadas da coletividade.
Se os detentores destas riquezas produtivas negam-se por
egoísmo ou carência de sentido social a submeter-se a esta
regularização, não hesite o governo em castigá-los como vio-
ladores da ordem social; e nenhum castigo mais eficaz que o
de privá-los de suas riquezas, de acordo com o exemplo dos
Papas acima mencionados.
53
CAPÍTULO 2
54
A produção da terra
O RETORNO À TERRA
55
CAPÍTULO 2
56
CAPÍTULO 3
A produção industrial
57
CAPÍTULO 3
58
A produção industrial
A PRODUÇÃO INDUSTRIAL
1
Herbert Hoover, 31º presidente dos Estados Unidos da América (1929 a 1933).
59
CAPÍTULO 3
2
Ver J. MARITAIN em "Tres Reformadores", e BERDIAEFF em "Una nueva Edade Media?".
60
A produção industrial
61
CAPÍTULO 3
62
A produção industrial
63
CAPÍTULO 3
3
Religion et Culture, p. 97.
64
A produção industrial
4
Ibid.
65
CAPÍTULO 3
que investe seu dinheiro não deve buscar antes de tudo sua ga-
nância, seu benefício, seu lucro, senão que primeiro há de tra-
tar de proporcionar trabalho e com ele o bem-estar humano
àqueles menos afortunados do que ele na possessão de rique-
zas, e só uma vez satisfeita esta exigência primária do capital,
pode beneficiar-se ele mesmo com os lucros que resultem.
Para muitos, este raciocínio carecerá de fundamento, pa-
rece fantasia... Bem sei que o capitalismo e o capitalista não
se movem senão por lucro, pela sede de ouro, pela ânsia de
juntar. Por isso estou afirmando desde o primeiro capítulo
que o capitalismo é injusto, nefasto, e está baseado no peca-
do da avareza... Por isso estou afirmando que o capitalismo
se levantou e se levanta com o roubo dos direitos inalienáveis
do trabalhador. Daí que a ninguém convenha com mais justiça
que ao capitalismo, o que São João Crisóstomo afirmava das
grandes fortunas: “Na origem de todas as grandes fortunas
existe a injustiça, a violência ou o roubo”.
Mas, apesar de saber que é uma ocorrência infantil ensi-
nar que os direitos do capital se exigem depois dos direitos
suficientes do trabalho, o reafirmo. Primeiro, porque há que
se expressar a verdade; segundo, porque então seu ensino é
mais necessário do que nunca; terceiro, porque desde a pri-
meira linha deste livro anunciamos que unicamente formula-
ria um juízo de valor, axiológico, sobre a realidade econômica
moderna. Isso há de defraudar aqueles que queriam uma re-
ceita prática que, sem abandonar o capitalismo, consertasse
a economia perturbada. Mas a verdade é que a única solução
verdadeiramente prática é abandonar o capitalismo essen-
cialmente injusto.
66
A produção industrial
A EMPRESA
67
CAPÍTULO 3
O BENEFÍCIO DA EMPRESA
Contesta: Há que se dizer para isso que aquele que empresta seu di-
nheiro, transfere o domínio àquele a quem empresta; donde aquele
a quem se empresta dinheiro, o tem sob seu risco e se compromete
a restituí-lo integralmente; donde o que o emprestou não deve exi-
gir nada mais. Mas, aquele que confia seu dinheiro a um mercador
ou artesão formando com ele uma sociedade, não lhe transfere o
68
A produção industrial
domínio de seu dinheiro senão que o conserva; assim com risco por
conta de seu dono negocia o mercador e trabalha o artesão; e por
isso é lícito exigir a parte do dinheiro que daí provenha como de
coisa própria”.
69
CAPÍTULO 3
70
A produção industrial
O SALÁRIO
71
CAPÍTULO 3
JUSTIFICAÇÃO DO SALÁRIO
72
A produção industrial
73
CAPÍTULO 3
74
A produção industrial
75
CAPÍTULO 3
5
Marcel Malcor, "L’Economie contemporaine", em Nova et Vera, Abril-Junho, 1931.
76
A produção industrial
A MÁQUINA
77
CAPÍTULO 3
78
A produção industrial
6
Pierre Lucius, La faillite du Capitalisme, p. 103.
79
CAPÍTULO 3
BURGUESIA E PROLETARIADO
80
A produção industrial
7
Le christianisme et la Lutte des classes, p. 195.
81
CAPÍTULO 4
As finanças
82
As finanças
AS VERDADEIRAS RIQUEZAS
1
Com. de Santo Tomás a Politicorum de Aristóteles, liber I, lectio II.
83
CAPÍTULO 4
2
Santo Tomás, ib., lectio VII.
3
Santo Tomás, ib.
84
As finanças
O DINHEIRO
85
CAPÍTULO 4
4
Ver Weiss, ', Cuestión social.
86
As finanças
O COMÉRCIO DO DINHEIRO
87
CAPÍTULO 4
88
As finanças
O EMPRÉSTIMO A JUROS
89
CAPÍTULO 4
90
As finanças
91
CAPÍTULO 4
5
N.d.T.: Código de 1917.
92
As finanças
93
CAPÍTULO 4
94
As finanças
O DINHEIRO NO CAPITALISMO
95
CAPÍTULO 4
6
Medida absoluta dos valores, não porque não admita variabilidade, senão porque é o que em últi-
mo termo se apetece. Ferdinand Fried, La Fin du Capitalisme, pág. 48.
7
Irving Fisher, L’illusion de la monnaie stable.
8
Ver nota 4 ao final do livro.
96
As finanças
O COMÉRCIO DA MOEDA
9
Ver nota 5 ao final do livro.
10
Les juifs et l avie économique, pág. 81.
11
Ib., pág. 81.
97
CAPÍTULO 4
O DINHEIRO PROLÍFERO
98
As finanças
O DINHEIRO E O CAPITAL
12
Marcel Malcor, Nova et Vetera, 1931.
99
CAPÍTULO 4
100
As finanças
101
CAPÍTULO 4
102
As finanças
13
Ao citar os “Protocolos dos Sábios de Sião”, não temos em conta a autenticidade dos mesmos, nem
se respondem a um plano premeditado de uma suposta direção judia universal. Advertimos, sim, que é
de todo modo inegável que expressam acertadamente tudo quanto de fato se realiza e se cumpre nas
relações dos povos cristãos e dos judeus.
103
CAPÍTULO 4
“Não tomam dinheiro emprestado com juros, sem refletirem que lhes
será necessário tirar dos recursos do país, cedo ou tarde, o capital
emprestado mais os juros para nos pagar. Quanto mais simples seria
tomar o dinheiro de que precisam diretamente do contribuinte! Isto
demonstra a superioridade geral de nosso espírito. Temos sabido
apresentar o negócio dos empréstimos de forma tal que até eles têm
visto vantagens para si.
104
As finanças
14
Vers un ordre social chrétien.
105
CAPÍTULO 4
15
Emile Mireaux, Les Miracles du Crédit; Pierre Lucius, La faillite du Capitalisme; Ferdinand Fried, La
fin du Capitalisme.
106
As finanças
107
CAPÍTULO 4
17
Ferdinand Fried, pág. 22.
108
As finanças
109
CAPÍTULO 4
110
As finanças
111
CAPÍTULO 4
USURA-VÍCIO, USURA-SISTEMA
112
As finanças
113
CAPÍTULO 4
"Deixa tua terra, tua família e a casa de teu pai e vai para a terra
que eu te mostrar. Farei de ti uma grande nação; eu te abençoarei e
exaltarei o teu nome, e tu serás uma fonte de bênçãos. Abençoarei
aqueles que te abençoarem, e amaldiçoarei aqueles que te amaldi-
çoarem; todas as famílias da terra serão benditas em ti”.
18
Ver nota 6 ao final do livro
114
As finanças
115
CAPÍTULO 4
116
As finanças
Tomás (II-II, q 78, a. 1, ad. 2): Promete-se, pois, aos judeus em recompensa
a abundância das riquezas, por qual sucede que podem emprestar a outros.
Portanto, se os povos gentis, abandonando a Deus, preferirem
conhecer as maravilhas da riqueza, terão que aprendê-las na
escola dos judeus, que, por vontade divina, são depositários
desta riqueza.
Daqui que haja uma necessidade teológica de que os judeus
tenham a primazia num Regime Econômico que é a imersão
total do homem nas preocupações inferiores do material.
Não há capitalismo sem os judeus, diz Werner Sombart
(Les Juifs dans la vie économique), confirmando sem querê-lo
a exigência teológica de que, na atual providência das coisas,
não é possível uma ordem da vida regida pela preocupação
econômica, em que os judeus não sejam os reis.
Demonstração nova de que “não há outro nome no qual
possamos nos salvar, no qual possamos lograr ainda que um
discreto bem-estar humano, senão no nome de Jesus, que
morreu pelo judeu e pelo gentio, para fazê-los participar a
ambos na Caridade de Deus”.
117
CAPÍTULO 5
O consumo
118
O consumo
119
CAPÍTULO 5
1
Nova et Vetera, 1929 e 1931.
120
O consumo
121
CAPÍTULO 5
2
Entrevista com o Sr. Mellon, Evening Standard, 27/11/1928. Citado por Sr. Malcor, em Nova et Vetera,
abril/junho de 1931.
122
O consumo
3
Ver Marcel Malcor, Nova et Vetera, janeiro/março de 1929.
4
“L’économie contemporaine”, em Nova et Vetera, janeiro/março de 1929.
123
CAPÍTULO 5
CONSUMO INVESTIDO
5
Marcel Marcor, Nova et Vetera, julho/setembro de 1931.
124
O consumo
125
CAPÍTULO 5
126
O consumo
O COMÉRCIO
6
Alceu Amoroso Lima – Tristão de Ataíde, Esbozo de una Introducción a la Economía Moderna, pág. 168.
127
CAPÍTULO 5
128
O consumo
7
Marcel Malcor.
8
La Fin du Capitalisme, pág. 80.
129
CAPÍTULO 5
130
O consumo
131
CAPÍTULO 5
9
Marcel Malcor, Nova et Vetera, jul./set. de 1931.
10
Artigo de Ramiro de Maeztu, La Prensa, 20 de out. de 1932.
11
La Fin du Capitalisme, pág. 547, 78.
132
O consumo
133
CAPÍTULO 5
12
Marcel Malcor, em Nova et Vetera.
134
O consumo
O PREÇO JUSTO
135
CAPÍTULO 5
13
Valére Fallon, Économie Sociale.
136
O consumo
14
Pio XI, Encíclica Caritate Christi Compulsi, 1932. (Nota do editor)
137
CAPÍTULO 5
138
CAPÍTULO 6
Ordem econômico-social
139
CAPÍTULO 6
140
Ordem econômico-social
141
CAPÍTULO 6
O LIBERALISMO
142
Ordem econômico-social
143
CAPÍTULO 6
O SOCIALISMO
1
Pio XI, Encíclica Quadragesimo anno, sobre a restauração da Ordem Social em perfeita conformidade
com a Lei Evangélica ao celebrar-se o 40º aniversário da Encíclica “Rerum Novarum” de Leão XIII, nn. 105-109.
(Nota do editor)
144
Ordem econômico-social
145
CAPÍTULO 6
146
Ordem econômico-social
147
CAPÍTULO 6
“Porque pôs nos homens – diz Leão XIII – a própria natureza gran-
díssimas e muitíssimas desigualdades. Não são iguais os talentos
de todos, nem igual o engenho, nem a saúde, nem as forças; e à
necessária desigualdade destas coisas segue-se espontaneamente a
desigualdade na fortuna. A qual é claramente conveniente à utilidade,
assim dos particulares como da comunidade; porque necessita para
seu governo a vida comum de faculdades diversas e ofícios diversos;
e o que em exercitar estes ofícios diversos principalissimamente
move aos homens é a diversidade da fortuna de cada um [...] Há na
questão que tratamos – prossegue Leão XIII – um mal capital e é o
supor e pensar que são certas classes da sociedade por sua natureza
inimigas de outras, como se ricos e operários tivesse-lhes feito a
natureza para estarem pelejando um contra os outros em perpétua
guerra. O que é tão oposto à razão e à verdade, que, pelo contrário,
é certíssimo que, assim como no corpo se unem membros entre si
diversos, e de sua união resulta essa disposição de todo o ser, que
bem poderíamos chamar simetria, assim na sociedade civil ordenou
a natureza que aquelas duas classes se juntem concordes entre si e
se adaptem uma à outra, de modo que se equilibrem.”2
2
Leão XIII, Encíclica Rerum novarum, nn. 13s. (N. do e.)
148
Ordem econômico-social
O SINDICATO OPERÁRIO
149
CAPÍTULO 6
150
Ordem econômico-social
151
CAPÍTULO 6
152
Ordem econômico-social
REGIME CORPORATIVO
3
Quadragesimo anno, art. 5: “Restauração da ordem social”, site oficial do Vaticano. (N. do e.)
153
CAPÍTULO 6
ORGANIZAÇÃO PROFISSIONAL
4
Quadragesimo anno, “Harmonia entre as diversas profissões” (no art. 5), site oficial do Vaticano. (N. do e.)
154
Ordem econômico-social
ORGANIZAÇÃO INTERPROFISSIONAL
155
CAPÍTULO 6
5
Cf. Quadragesimo anno, em “Princípio diretivo da economia”, art. 5. (N. do t.)
156
Ordem econômico-social
6
Quadragesimo anno, art. 5: “Restauração da ordem social”. (N. do t.)
7
Ibid.
157
CAPÍTULO 6
158
Ordem econômico-social
“[…] é muito para desejar que as várias nações, pois que tanto
dependem umas das outras e se completam economicamente, se
deem com todo o empenho, em união de vistas e de esforços, a
promover com prudentes tratados e instituições uma vantajosa e
feliz cooperação económica internacional.”8
8
Quadragesimo anno, em “Princípio diretivo da economia”, art. 5. (N. do t.)
159
CAPÍTULO 6
160
Ordem econômico-social
161
EPÍLOGO
1
1932. (N. do e.)
162
Concepção Católica da Economia
163
EPÍLOGO
164
Concepção Católica da Economia
165
EPÍLOGO
166
Concepção Católica da Economia
167
EPÍLOGO
168
Concepção Católica da Economia
de outra, tem em suas mãos a função política. A qual não pode ser
senão aristocrática, isto é, governo dos virtuosos na acepção eti-
mológica, já que só quem possui a virtude pode fazê-la imperar.
A aristocracia não define em que consiste a virtude; isso é
atribuição do poder sacerdotal. A aristocracia leva à realização
prática o estado de virtude, cujo conhecimento aprendeu dos
lábios sacerdotais.
Daqui que seja essencial à aristocracia sua subordinação ao
sacerdócio, como é essencial à política sua subordinação à Teologia.
Por sob a ordem aristocrática, encontram-se as classes in-
feriores, burguesia e artesãos, dedicadas à função econômica
de preparar as coisas necessárias para a subsistência material
do homem. A burguesia intervém nas operações financeiras
e mercantis e na direção das indústrias; o artesão, na execução
das diferentes necessidades da vida. Um dirige, o outro executa.
Um provê o capital, o outro provê seu trabalho. Mas um e outro
vivem associados em espírito de mútua colaboração dentro do
âmbito econômico.
As quatro funções essenciais que acabamos de expor, bem
como as quatro formalidades que constituem o homem, estão
articuladas em uma hierarquia de serviço mútuo.
O artesão serve à burguesia, e a burguesia serve ao artesão
enquanto o dirige e tutela; assim como a vida vegetativa prepara
os órgãos sensoriais, e por sua vez são servidos por ela, já que o
animal por meio de seus sentidos adquire sustento vegetativo.
O artesão e a burguesia unidos na conspiração econômica
servem à nobreza, já que lhe asseguram a sustentação econômica,
e por sua vez são servidos por ela, que lhes assegura o ordena-
mento virtuoso, do mesmo modo que os sentidos contribuem
169
EPÍLOGO
170
Concepção Católica da Economia
171
EPÍLOGO
172
Concepção Católica da Economia
173
EPÍLOGO
2
Constituição dogmática Dei Filius, Pio IX, Concílio Vaticano I (1870), sobre a fé católica.
174
Concepção Católica da Economia
175
EPÍLOGO
176
Concepção Católica da Economia
177
EPÍLOGO
178
Concepção Católica da Economia
179
EPÍLOGO
180
Concepção Católica da Economia
181
EPÍLOGO
182
Concepção Católica da Economia
183
EPÍLOGO
184
Concepção Católica da Economia
185
APÊNDICE 1
186
Bula Detestabilis, de Sixto V
187
APÊNDICE 1
188
APÊNDICE 2
1 de novembro de 1745
1
O triplo contrato que consiste em um de associação e dois de seguros.
189
APÊNDICE 2
190
Bula Vix Pervenit, de Bento XIV
191
APÊNDICE 2
192
Bula Vix Pervenit, de Bento XIV
193
APÊNDICE 2
194
Bula Vix Pervenit, de Bento XIV
195
APÊNDICE 2
196
APÊNDICE 3
197
APÊNDICE 3
198
Sobre o empréstimo a juros
199
APÊNDICE 3
1
Du Prêt à Intérêt, pág. 139.
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Sobre o empréstimo a juros
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potest in pactum deducere, quia non debet vendere id quod non dum habet
et potest impediri multipliciter ab habendo.
Portanto, se está proibido, como o está efetivamente, explorar o
lucrum cessans, vender o que ainda não se possui, o que quiçá nunca
se chegue a possuir, não há mais que haver juros, nem especulação,
nem concorrência violenta, nem Bolsa; os negócios realizam-se
todos com dinheiro constante. Arrasado o pandemônio, os de-
mônios fogem. Em três linhas proféticas, Santo Tomás denuncia
a injustiça em que se apoia toda a economia do século XIX, e as
revoluções que daí provêm como uma consequência necessária.
Senhor Jesus, que homem deste à tua Igreja naquele belo
século XIII, o último do esplendor temporal de tua Esposa!
Que bem é a soma desse doutor junto a teus Evangelhos, no
seio dos concílios!
Voltemos às coisas da terra. O operário é explorado pelo
patrão, ainda que este seja humano, ainda que tenha às vezes
entranhas de irmão e de pais para com seu operário. Mas o
patrão está impedido de ser efetivamente paternal, fraternal,
humanitário, porque por sua vez padece a exploração da con-
corrência raivosa criada pelo empréstimo a juros, e agitada pela
Bolsa até o delírio. O patrão não pode ser bom com o operário: suas
ganâncias são disputadas por uma multidão de inimigos visíveis
e invisíveis; e perdeu sua religião. Abandonou a religião, porque
dispõe de menos tempo ainda que o operário. Se os braços deste
trabalham quase sete dias por semana, um caos de preocupações
e inquietudes obceca a cabeça daquele, durante o mesmo tempo.
O apaziguamento da sociedade, a diminuição necessária do
turbilhão comercial, dependem então do restabelecimento da
lei do descanso dominical e da lei contra a usura. Tudo o que
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Nota sobre a questão judaica
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Nota sobre a questão judaica
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Nota sobre a questão judaica
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NOTAS
NOTA 1:
Ainda que Lutero pessoalmente se opôs ao espírito de aquisi-
ção da riqueza (Ver Werner Sombart, Le Bourgeois, cap. XX), com
todo o Protestantismo, pelo fato de subtrair-se da influência
sobrenatural da Igreja, levava em suas entranhas o espírito do
lucro, que é a essência do capitalismo. Por isso os discípulos de
Lutero, em especial Calvino e os Puritanos, atualizaram estes
gérmens depositados na essência da Reforma.
Max Weber e Troeltsch estudaram a influência da Reforma
Calvinista na formação do capitalismo. Basta citar Henri Sée, Les
Origines du Capitalisme moderne, Colin, 1930, p. 46 e 47.
“Por outra parte, a Reforma religiosa, a calvinista sobretudo,
vai contribuir singularmente ao triunfo da concepção moderna
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NOTA 2:
Max Scheler, em seu ensaio El Resentimiento en la Moral
(Tradução do Alemão por José Gaos) (p. 208-212) expõe profun-
damente este caráter antieconômico da civilização moderna
que produz ao infinito coisas agradáveis que não produzem
o prazer de ninguém.
“O ascetismo moderno revela-se no fato de que o gozo do
agradável, a que se refere todo o útil, experimenta um progres-
sivo deslocamento até que, finalmente, o agradável subordina o
útil. Também aqui, o motivo que impulsiona o homem moderno,
partidário do trabalho e da utilidade, é o ressentimento contra
a superior capacidade de prazer, contra a arte superior para
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NOTAS
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NOTAS
NOTA 3:
A Sagrada Escritura, em inúmeras passagens, condena a
usura1. O salmista pergunta: “Ah Senhor, quem morará em teu
celestial tabernáculo, quem descansará em teu santo monte?
O que não dá seu dinheiro à usura.” (Sl. 14,5).
Ezequiel (22, 12) reprova Israel de praticar a usura e em outra
passagem (18, 8) diz: “O homem que não empresta a usura, nem
recebe mais do que o emprestado, nem recebe usura nem juros...
este tal viverá felizmente”.
Êxodo (22, 24): “Se emprestares dinheiro ao necessitado de
meu povo que mora contigo não lhe farás como um credor,
nem o oprima com usuras.”
Levítico (25, 35-37) “Se teu irmão empobrecesse, e não poden-
do valer-se, o recebesse como forasteiro e peregrino e vivesse
contigo, não cobres usura dele, nem mais do que o emprestado.
Não lhe darás dinheiro a lucro, e da comida não o exigirá aumento
sobre o que lhe foi dado”.
Deuteronômio (23, 19) “Não emprestará com usura a teu
irmão, nem dinheiro nem grãos nem qualquer outra coisa;
senão somente aos estrangeiros. Mas a teu irmão lhe emprestará
sem usura.”
A respeito de cobrar com usura pelo lucrum cessans ou priva-
ção de realizar um lucro contesta Santo Tomás (II-II q. 78, a. 2, ad 1)
que não é lícito estipular uma indenização para recompensar a perda que se
considera no lucrar com o dinheiro emprestado, posto que não pode vender o
que ainda não tem e cuja posse pode ser impedida por uma multidão de causas.
Santo Tomás não admite outro título legítimo que o damnum
1
Entendida ao longo dessa nota com dois significados: ganância e prática da agiotagem (juros excessivos).
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NOTA 4:
“Em uma obra recente, intitulada Les Miracles du Crédit, M. E.
Mireaux, diretor de “Temps” formulou a seguinte lei, aplicável
a todo nosso sistema bancário moderno:
“O volume dos depósitos bancários depende, a respeito de uma
emissão de moeda, da proporção entre os pagos com cheques e os
pagos com espécies”.
Quanto mais se estende o uso do cheque, mais abundantes
são também, por conseguinte, os créditos postos à disposição
dos banqueiros.
Depois de ter explicado as razões teóricas desta lei, M. E.
Mireaux dá sua demonstração extraída dos fatos observados.
“De 1924 a 1929, a circulação fiduciária americana caiu quase
invariavelmente; sem embargo, por causa do emprego do cheque,
e unicamente por ele, a massa dos meios de pagamento, posta
à disposição da economia americana, sob a forma de créditos,
aumentou em 13 milhões de dólares, ou seja, 29%.
Aumento dos créditos bancários nos Estados Unidos, por
causa da generalização do emprego do cheque.
Junho de 1924, 45,3 bilhões de dólares. Junho de 1929, 58,5
bilhões de dólares. Diferença de mais de 13,2 bilhões de dólares.
Assim, em cinco anos, a potência de crédito dos bancos
norte-americanos subiu em treze bilhões de dólares.
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NOTAS
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NOTA 5:
O curioso é que a contradição do regime monetário áureo
semeia uma instabilidade tão espantosa que tende a exceder-se
a si mesma até acabar no suicídio. Quer-se exterminar o ouro
como signo monetário. Assim parecem pretendê-lo ao menos
as teorias monetárias de Irving Fisher (L’Ilusion de la monnaie),
Keynes J. M. (Monetary Reform), Cassel Gustav (Das Stabilizierug
un Problem oder der Weg zu einer festen Geldwesen), e em forma
mais explícita Sylvain Asch (Monnaie et Finance). O ouro exter-
minado seria substituído por uma moeda papel, que seria a
expressão puramente monetária, valor-signo da quantidade
de riquezas naturais.
É difícil prever se é este caminho um caminho para recon-
quistar o sentido do dinheiro, puro instrumento, como queriam
Aristóteles e Santo Tomás, ou é, pelo contrário, a suprema
tentativa do mundo moderno, mundo que definitivamente
não descansa senão sobre um pedaço de papel, para desvincu-
lar-se do ouro pelo qual atualmente se sente, todavia, unido à
realidade sensível.
De todo modo é interessante destacar que esta solução viria
praticamente a coincidir com o que ensinam “Los Protocolos de los
sabios de Sión”, Acta nº 20, quando relatam a política monetária
que seguiriam os judeus, uma vez donos do mundo.
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NOTAS
NOTA 6:
Sobre a identificação do empréstimo a juros e os judeus é muito
interessante a documentação que aporta Werner Sombart:
“Mas há, por outro lado, uma circunstância relativa também
à riqueza dos Judeus que requer alguns esclarecimentos. É o
vasto emprego que faziam os Judeus de seu dinheiro com vistas
ao empréstimo. Este emprego particular, muito frequente e
muito estendido (as provas que possuímos disso nos permite
afirmá-lo com certeza), constitui evidentemente um dos fatores
que mais hão contribuído a preparar o advento do capitalismo. Se
os Judeus se revelam em todo sentido aptos para favorecer a evo-
lução capitalista da economia, isso se deve por certo, e até pode
dizer-se antes de tudo à função de emprestadores de dinheiro
(em grande e em pequeno valor) que haviam assumido; pois
do empréstimo de dinheiro nasceu o capitalismo.
É que o empréstimo de dinheiro contém já em gérmen a
ideia fundamental do capitalismo, o qual deve ao empréstimo
de dinheiro seus caracteres mais importantes.
No empréstimo de dinheiro, o feixe contratual do comércio
converteu-se em elemento essencial: a negociação que tem por
objeto o serviço e a reciprocidade, a promessa que compromete
o futuro, e a ideia da prestação constituem seu conteúdo.
Toda ideia de subsistência fica eliminada do alto do empréstimo.
O ato do empréstimo fica despojado de todo caráter concreto
(“técnico”), é um ato econômico de natureza puramente espiritual.
No empréstimo de dinheiro, a atividade econômica propria-
mente dita deixa de ter sentido algum: o que se limita a emprestar
dinheiro renuncia a toda atividade racional do corpo e do espírito.
De modo que o valor desta ocupação vê-se deslocado: ele está
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LIVRO CONSAGRADO
À NOSSA SENHORA APARECIDA,
PADROEIRA DO BRASIL.