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COLUNAS DE

DESTILAÇÃO
Prof. Luciano Matos
Colunas de Destilação

Razão de Equilíbrio - K

Quando alcançado o equilíbrio, o número de moléculas que passam da fase


líquida para vapor e vice-versa é igual. A diferença importante é que o
componente mais volátil se encontra mais concentrado no vapor,
enquanto o menos volátil se encontra mais concentrado no líquido.
A razão de equilíbrio é definida como a razão entre as frações molares de
um componente nas fases líquidas e vapor, de acordo com a equação :
K=Y/X
Y = Fração molar na fase vapor.
X = Fração molar na fase líquida.
K = Constante ideal de vaporizaçao
Sempre o componente mais volátil apresentará uma razão K maior que o
componente menos volátil.
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Volatilidade Relativa
Uma forma de se avaliar o quanto um componente é
mais volátil que o outro é através da volatilidade
relativa.
A volatilidade relativa é uma relação entre as constantes
de equilíbrio dos componentes.
αab = Ka / Kb ou αab = Pa’ / Pb’

Pa’ e Pb’ são as pressões de vapor dos componentes puros


na temperatura considerada
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Volatilidade Relativa
Utilizada para indicar o quanto difícil é a separação dos componentes
em um processo de destilação. Componentes com igual volatilidade
(αab = 1) são impossíveis de serem separados através de
destilação simples. Quanto maior o valor da volatilidade relativa,
mais fácil será a separação. Na prática, se considera os valores
menores ou iguais à 1,1 e maiores ou iguais a 1,5 como uma
separação difícil e uma separação fácil, respectivamente.
A volatilidade relativa depende da temperatura e pressão da
operação, só que a temperatura de equilíbrio é diretamente
proporcional a pressão, desta forma fazendo com que a pressão de
operação que acabe por determinar a volatilidade relativa. Deste
fato, se chega a conclusão que, quanto maior a pressão, menor
será a volatilidade relativa, e por conseguinte maior a dificuldade
de separação entre os componentes.
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Destilação “FLASH”
Colunas de Destilação

Destilação “FLASH”
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Destilação “FLASH” – Balanço material

Segundo o princípio geral da


conservação da matéria, o
balanço material para este
processo pode ser escrito:
F=D+W
Em que:
F = vazão mássica de carga
D = vazão mássica de vapor
W = vazão mássica de líquido
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Destilação “FLASH” – Balanço térmico


De acordo com o princípio da conservação de energia, o
balanço energético para este processo pode ser escrito
da seguinte forma:
Calor que entra no sistema = Calor que sai do sistema
QF + QA = QD + QW
Em que:
QF = conteúdo de calor da carga
QA = conteúdo de calor cedido ao sistema pelo aquecedor
QD = conteúdo de calor da carga
QW = conteúdo de calor da carga
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Destilação Simples
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Destilação Fracionada
Colunas de Destilação

Destilação Fracionada
Colunas de Destilação

Destilação Fracionada
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Destilação Fracionada – Seções das colunas


Seção de enriquecimento ou absorção
É a parte da coluna compreendida entre o prato de entrada da
carga e o topo da coluna.
Nesta seção, são concentradas as frações ou substâncias mais
leves (mais voláteis), ou seja, em todos os pratos acima do
prato de alimentação, a percentagem de compostos mais
leves é maior do que na carga.
As substâncias mais pesadas são removidas dos vapores que
ascendem, pelo refluxo interno de líquido que desce pelo
interior da torre, líquido que também é denominado como
refluxo interno.
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Destilação Fracionada – Seções das colunas


Seção de esgotamento
É a parte da coluna compreendida entre o prato de
entrada da carga e o fundo da coluna.
Nesta seção são concentradas as frações ou substâncias
mais pesadas (menos voláteis), ou seja, em todos os
pratos abaixo do prato de alimentação, a percentagem
de compostos mais pesados é maior do que na carga.
Os componentes ou substâncias mais pesadas, são
removidos
dos vapores que ascendem, pelo refluxo de líquido que
desce pelo interior da torre, também denominado de
refluxo interno.
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Destilação Fracionada – Balanço Material


O balanço material deverá ser realizado nas várias
seções da coluna:
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Destilação Fracionada – Balanço Material


V = vazão mássica do vapor de topo
D = vazão mássica do produto de topo
L = vazão mássica do refluxo externo
F = vazão mássica da carga
W = vazão mássica do produto de fundo
Vm = vazão mássica de vapor na seção de absorção
Vn = vazão mássica de vapor na seção de esgotamento
Lm = vazão mássica de líquido na seção de absorção (refluxo interno)
Ln = vazão mássica de líquido na seção de esgotamento (refluxo interno)
QC = calor retirado pelo condensador
QR = calor introduzido pelo refervedor
qF = calor contido na carga
qD = calor contido no produto de topo
qW = calor contido no produto de fundo
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Destilação Fracionada – Balanço Material


Os principais balanços materiais para este processo são:
Na envoltória I:
F=D+W
Na envoltória II:
Vm = Lm + D
Na envoltória III:
Ln = Vn + W
No condensador:
V=L+D
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Destilação Fracionada – Balanço Térmico


Balanço Térmico Global
F . qF + Qr = D . qD + W . qW + QC (1)
Como é possível observar na expressão (1), o
calor retirado do condensador, QC,
depende do calor introduzido no sistema
pelo refervedor, Qr, uma vez que os
demais termos da expressão são fixados
por projeto.
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Destilação Fracionada – Balanço Térmico


Balanço térmico no condensador
V . qV = L . qL + D . qD + QC
Sabe-se que, qL = qD e V = L + D, portanto a equação pode ser reescrita como
uma nova expressão:
(L + D) . qV = L . qL + D . qL + QC
(L + D) . qV = (L + D) . qL + QC
(L + D) . qV – (L + D) . qL = QC
(L + D) . (qV – qL) = QC
(L + D) = QC / (qV – qL)
(qV – qL) = Calor de condensação do vapor de topo da coluna de destilação.
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Destilação Fracionada – Razão de Refluxo


Existem dois tipos de refluxo, que geram as razões de refluxo
externa e interna. A razão de refluxo interna acontece tanto na
região de absorção, quanto na região de esgotamento.
Razão de refluxo externo:
Re = ( L/D)
Razão de refluxo interna:
Na seção de absorção:
(Ri)abs = ( Lm / Vm )
Na seção de esgotamento:
(Ri)esg = ( Vn / Ln )
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Destilação Fracionada – Razão de Refluxo


O grau de fracionamento que acontece em uma coluna de destilação é
determinado pelas razões de refluxo interna na torre, que por sua vez
são geradas a partir da carga e do refluxo externo à torre de destilação,
ou seja, o refluxo interno na seção de absorção, Lm, é gerado pelo
refluxo externo, L, enquanto que na seção de esgotamento, Ln, é
gerado pelo refluxo interno Lm mais a carga F.

Na seção de enriquecimento ou absorção, quanto mais líquido Lm


descer na torre por unidade de massa de vapor que sobe, tanto melhor
será a separação, pois, nesta seção, a finalidade é reter os compostos
pesados (menos voláteis) contidos nos vapores. Quanto maior a razão
(Lm/Vm), tanto melhor será, então, o fracionamento nesta região da
torre de destilação
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Destilação Fracionada – Razão de Refluxo


Na seção de esgotamento, tem-se o contrário da seção de
absorção, quanto mais vapor subir na torre por unidade de massa
de líquido que desce, melhor será a separação nesta seção da torre,
já que a finalidade, nesta região, é a remoção dos compostos leves
(mais voláteis) do líquido que desce pela torre. Portanto, na seção
de esgotamento, também denominada de stripping, quanto maior a
razão (Vn / Ln), melhor será o fracionamento.
Resumindo, pode-se afirmar que, para uma determinada coluna, o
grau de fracionamento é tanto maior quanto maior for a razão de
refluxo interna.

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