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Instituto Teológico

Introdução ao Estudo da Bíblia


- Aula I -

Professor: Rev. GERALDO GOMES DOS SANTOS


Objetivo
Ao final da aula, o aluno:

Será capaz de compreender o caráter da Bíblia,


identificando sua estrutura e divisões.
Será capaz de definir a inspiração das
Escrituras Sagradas.
INTRODUÇÃO
A Bíblia é um livro singular. Trata-se de um dos
livros mais antigos do mundo e no entanto, ainda
é o bestseller mundial por excelência. É produto
do mundo oriental antigo; moldou, porém, o
mundo ocidental moderno. Tiranos houve que já
queimaram a Bíblia, e os crentes a reverenciam.
É o livro mais traduzido, mais citado, mais
publicado e que mais influência tem exercido em
toda a história da humanidade.
INTRODUÇÃO
Afinal, que é que constitui esse caráter inusitado
da Bíblia? Como foi que ela se originou?
Quando e como assumiu sua forma atual? Que
significa inspiração da Bíblia? Buscaremos nesta
aula, responder essas perguntas.

Vejamos:
A estrutura da Bíblia

O termo "Bíblia" pode se referir à Bíblia


hebraica ou à Bíblia cristã, que contém o
Antigo e o Novo Testamento.
A palavra Bíblia é derivada do termo em 
grego koiné τὰ βιβλία, que significa "os
livros" (singular βιβλίον).
A estrutura da Bíblia
A palavra βιβλίον em si tinha o significado
literal de "rolo" e passou a ser usada como
a palavra comum para "livro". É o diminutivo
de βύβλος byblos, "papiro egípcio",
possivelmente assim chamado a partir do
nome do porto marítimo fenício Biblos
 (também conhecido como Gebal) de onde
o papiro egípcio era exportado para a
Grécia.
A estrutura da Bíblia
O termo grego ta biblia ("os livros") era "uma
expressão que os judeus helenísticos usavam
para descrever seus livros sagrados". O
estudioso bíblico F. F. Bruce observa que 
João Crisóstomo parece ser o primeiro
escritor (em suas Homilias sobre Mateus,
proferidas entre 386 e 388) a usar a frase
grega ta biblia ("os livros") para descrever o
Antigo e o Novo Testamento juntos.
A estrutura da Bíblia
A expressão em latim biblia sacra ("livros
sagrados") foi traduzida do grego τὰ βιβλία τὰ
ἅγια (tà biblía tà hágia, "os livros sagrados"). O
termo biblia do latim medieval é a abreviação
de biblia sacra ("livro sagrado"). Gradualmente,
passou a ser considerado um substantivo
feminino singular em latim medieval e, assim, a
palavra foi emprestada como singular para os
vernáculos da Europa Ocidental.
OS DOIS TESTAMENTOS DA
BÍBLIA
A Bíblia compõe-se de duas partes
principais: o AT e o NT. O Antigo
Testamento foi escrito pela comunidade
judaica, e por ela preservado um milênio ou
mais antes dos tempos de Jesus. O Novo
Testamento foi composto pelos discípulos
de Cristo ao longo do século I d.C.
OS DOIS TESTAMENTOS DA
BÍBLIA
A palavra testamento, que seria melhor
traduzida por aliança, é tradução de
palavras hebraicas e gregas que significam
pacto ou acordo celebrado entre duas
partes (aliança). Portanto no caso da Bíblia,
temos o contrato antigo, celebrado entre
Deus e seu povo, os judeus, e o pacto novo,
celebrado entre Deus e os cristãos.
As Seçoes da Bíblia
A Bíblia, divide-se em oito seções, quatro no AT e
quatro no NT.
A divisão do AT em quatro seções, baseia-se na
disposição dos livros por tópicos, com origem na
tradução das Escrituras Sagradas para o Grego,
conhecida como Versão dos Septuaginta (LXX). A
Bíblia hebraica não segue essa divisão tópica dos
livros, em quatro partes. Antes, emprega-se uma
divisão de três partes, talvez baseada na posição
oficial de seu autor.
As Seçoes da Bíblia
Septuaginta é a versão da Bíblia hebraica
 traduzida em etapas para o grego coiné, entre o 
século III a.C. e o século I a.C., em Alexandria
. Dentre outras tantas, é a mais antiga tradução
da bíblia hebraica para o grego, lingua franca do 
Mediterrâneo oriental pelo tempo de 
Alexandre, o Grande. A Septuaginta, desde o 
século I, tornou-se a versão clássica da Bíblia
para os cristãos de língua grega e foi usada
como base para diversas traduções da Bíblia.
LIVROS DO ANTIGO TESTAMENTO
A Lei (Pentateuco) – 5 Livros Poesia – 5 Livros
1. Jó
1. Gênesis
2. Salmos
2. Êxodo
3. Provérbios
3. Levítico
4. Eclesiastes
4. Números
5. Cantares ou Cântico dos Cânticos
5. Deuteronômio

História – 12 Livros Profetas – 17 Livros (Maiores 5 e Menores 12)

B. PROFETAS MAIORES
1. Josué 1. Oséias
2. Juízes 2. Joel
3. Rute 3. Amós
A. PROFETAS MAIORES
4. 1 Samuel 4. Obadias
1. Isaías
5. 2 Samuel 5. Jonas
2. Jeremias
6. 1 Reis 6. Miquéias
3. Lamentações
7. 2 Reis 7. Naum
4. Ezequiel
8. 1 Crônicas 8. Habacuque
5. Daniel
9. 2 Crônicas 9. Sofonias
10. Esdras 10. Ageu
11. Neemias 11. Zacarias
12. Ester 12. Malaquias
LIVROS DO NOVO TESTAMENTO
Evangelhos História

1. Mateus
2. Marcos 1. Atos dos Apósolos
3. Lucas
4. João

Epístolas
1. Romanos
12. Tito
2. 1 Coríntios
13. Filemom
3. 2 Coríntios
14. Hebreus
4. Gálatas
15. Tiago
5. Efésios
16. I Pedro
6. Filipenses
17. 2 Pedro
7. Colossenses
18. 1 João
8. 1 Tessalonicenses
19. 2 João
9. 2 Tessalonicenses
20. 3 João
10. 1 Timóteo
21. Judas
11. 2 Timóteo
Profecia
1. Apocalipse
Disposição dos Livros do AT Hebraico
A Lei Os Profetas Os Escritos
(Tora) (Nebhiim) (Kethubhim)
A. Livros Poéticos
1. Salmos
2. Provérbios
A. Profetas Anteriores
3. Jó
1. Josué
2. Juízes
B. Cinco Rolos (Megilloth)
1. Gênesis 3. Samuel
4. Cântico dos Cânticos
2. Êxodo 4. Reis
5. Rute
3. Levítico
6. Lamentações
4. Números B. Profetas Posteriores
7. Ester
5. Deuteronômio 5. Isaías
8. Eclesiastes
6. Jeremias
7. Ezequiel
C. Livros Históricos
8. Os Doze
9. Daniel
10. Esdras – Neemias
11. Crônicas
Disposição encontrada nas edições judaicas modernas do Antigo Testamento.
Uma divisão Cristocêntrica
Lei Fundamento da Chegada de Cristo
História Preparação para a chegada de Cristo
ANTIGO
TESTAMENTO Poesia Anelo pela chegada de Cristo

Profecia Certeza da chegada de Cristo

Evangelhos Manifestação de Cristo


NOVO Atos Propagação de Cristo
TESTAMENTO Epístolas Interpretação e aplicação de Cristo
Apocalipse Consumação em Cristo
Capítulos e Versículos da Bíblia

As Bíblias mais antigas não eram divididas


em capítulos e versículos. Essas divisões
foram feitas para facilitar a tarefa de citar as
Escrituras. Stephen Langton, professor da
Universidade de Paris e mais tarde
arcebispo da Cantuária, dividiu a Bíblia em
capítulos em 1227. Robert Stephanus,
impressor parisiense, acrescentou a divisão
em versículos em 1551.
A inspiração da Bíblia
A característica mais importante da Bíblia
não é sua estrutura e sua forma, mas o fato
de ter sido inspirada por Deus. Não se deve
interpretar de modo errôneo a declaração
da própria Bíblia a favor dessa inspiração.
Quando falamos de inspiração, não se trata
de inspiração poética, mas de autoridade
divina. A Bíblia é singular; ela foi literalmente
“soprada por Deus”.
Definição de Inspiração
Embora a palavra inspiração seja usada apenas
uma vez no Novo Testamento (2 Tm 3.16) e
outra no Antigo Testamento (Jó 32.8), o processo
pelo qual Deus transmite sua mensagem
autorizada ao homem é apresentado de muitas
maneiras. Um exame das duas grandes
passagens a respeito da inspiração encontradas
no Novo Testamento, poderá ajudar-nos a
entender o que significa a inspiração bíblica.
Definição de Inspiração
Descrição bíblica de inspiração
“Toda a Escritura é divinamente inspirada, e
proveitosa para ensinar, para redarguir, para
corrigir, para instruir em justiça; para que o homem
de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído
para toda a boa obra.” (2 Tm 3.16,17). Em outras
palavras o AT foi “soprado por Deus” (gr.,
theopneustos) e, por isso, dotado da autoridade
divina para o pensamento e para a vida do crente.
Definição de Inspiração
Descrição bíblica de inspiração
A segunda grande passagem do NT a respeito da
inspiração da Bíblia está em 2 Pe 1.21. “Porque a
profecia nunca foi produzida por vontade de
homem algum, mas os homens santos de Deus
falaram inspirados pelo Espírito Santo”. Os
profetas eram homens cujas mensagens não se
originaram de seus próprios impulsos, mas foram
“sopradas pelo Espírito”.
Definição de Inspiração
Descrição teológica da inspiração
Na única vez que o NT usa a palavra inspiração, ela se
aplica aos escritos, não aos escritores. A Bíblia é que é
inspirada e não seus autores humanos. O adequado,
então, é dizer que: o produto é inspirado, os produtores
não. Visto que o Espírito Santo, conforme ensina
Pedro, tomou posse dos homens que produziram os
escritos inspirados, podemos, por extensão, referir-nos
à inspiração em sentido mais amplo.
Definição de Inspiração
Descrição teológica da inspiração

Tal sentido mais amplo, inclui o processo total por que


alguns homens, movidos pelo Espírito Santo,
enunciaram e escreveram palavras emanadas da boca
do Senhor, por isso mesmo, palavras dotadas da
autoridade divina. É esse processo total de inspiração
que contém os três elementos essenciais: a causalidade
divina, a mediação profética e a autoridade escrita.
Definição de Inspiração
Descrição teológica da inspiração
 Causalidade divina – Deus é a fonte primordial da inspiração
divina.
 Mediação profética – Os profetas que escreveram as
Escrituras não eram autômatos.
 Autoridade escrita – O produto final da autoridade divina em
operação por meio dos profetas, como intermediários de
Deus, é a autoridade escrita de que se reveste a Bíblia.
Deus, o causador original, os homens de Deus, que serviram de
instrumentos, e as Sagradas Escrituras, que são o produto final.
Algumas distinções importantes
A inspiração em contraste com a revelação e a
iluminação
 Revelação – diz respeito à exposição da verdade.
 Iluminação – a devida compreensão de verdade
descoberta.
Inspiração dos originais, não das cópias
A inspiração e a consequente autoridade da Bíblia não
se estendem automaticamente a todas as cópias e
traduções da Bíblia. Só os manuscritos originais,
conhecidos por autógrafos, foram inspirados por Deus.
Algumas distinções importantes

Inspiração do ensino, mas não de todo


o conteúdo
Só o que a Bíblia ensina foi inspirado por
Deus e não apresenta erro; nem tudo que
está na Bíblia ficou isento de erro.
RESUMO
A Bíblia é um livro incomum. Compõe-se de
dois testamentos formados por 66 livros, os quais
declaram e comprovam a inspiração divina. Com
inspiração queremos dizer que os manuscritos
originais da Bíblia nos foram concedidos pela
revelação de Deus e, exatamente por isso,
detêm a absoluta autoridade de Deus, para
formar o pensamento e a vida cristã. Isso
significa que tudo quanto a Bíblia ensina constitui
tribunal de apelação infalível.
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Introdução ao Estudo da Bíblia


- Aula 2 -

Professor: Rev. GERALDO GOMES DOS SANTOS


Objetivo
Ao final da aula, o aluno:

Será capaz de identificar as várias teorias


sobre a inspiração da Bíblia.
Terá claro o ensino bíblico sobre a inspiração
da Bíblia.
Identificará as implicações da doutrina bíblica
da inspiração.
INTRODUÇÃO
O primeiro grande elo da cadeia comunicativa
“de Deus para nós” chama-se inspiração.
Algumas delas não se coadunam com o ensino
bíblico sobre o assunto. Nosso propósito,
portanto, nesta aula, tem dois aspectos: primeiro
examinar as teorias a respeito da inspiração e,
segundo, apurar com a máxima precisão o que
está implícito no ensino da Bíblia a respeito de
sua própria inspiração.
As Várias Teorias a Respeito da
Inspiração
Ao longo da história, as teorias a respeito da
inspiração da Bíblia têm variado segundo as
características essenciais de três movimentos
teológicos: a ortodoxia, o modernismo e a neo-
ortodoxia. Ainda que essas três perspectivas não
se limitem a um único período, suas
manifestações primordiais são características de
três períodos sucessivos na história da Igreja.
As Várias Teorias a Respeito da
Inspiração
Ortodoxia: a Bíblia é a Palavra de Deus.
- O ditado verbal – os autores humanos da
Bíblia registraram apenas o que Deus lhes
havia ditado, palavra por palavra.
- Teoria do conceito inspirado – Deus só
concedeu aos autores pensamentos inspirados,
e os autores tiveram liberdade de revesti-los
com palavras próprias.
As Várias Teorias a Respeito da
Inspiração
Modernismo: a Bíblia contém a Palavra de Deus.
- O conceito da iluminação – defendem alguns estudiosos
que as partes inspiradas da Bíblia resultam de uma espécie
de iluminação divina, mediante a qual Deus teria concedido
uma profunda percepção religiosa a alguns homens piedosos.
- O conceito da intuição – na outra extremidade da visão
modernista estão os estudiosos que negam totalmente a
existência de algum elemento divino na composição da
Bíblia. Para eles a Bíblia não passa de um caderno de
rascunho em que os judeus registravam suas lendas,
histórias, poemas etc., sem nenhum valor histórico.
As Várias Teorias a Respeito da
Inspiração
Neo-ortodoxia: a Bíblia torna-se a Palavra de Deus.
- Visão demitizante – negam todo e qualquer
conteúdo religioso importante, factual ou histórico,
nas páginas da Bíblia, e creem apenas na preocupação
religiosa existencial sobre a qual medram os mitos.
- Encontro pessoal – sustentam que a Bíblia de modo
algum é revelação de Deus. Antes, Deus se revela na
Bíblia nos encontros pessoais; não, porém, de
maneira proposicional.
O Ensino Bíblico a respeito da
Inspiração
O que a própria Bíblia nos ensina a respeito de sua
inspiração?
- A inspiração é verbal – nos textos a seguir, fica bem claro
que a Bíblia reivindica para si mesma a qualidade de inspiração
verbal. Vejamos: AT – Ex 24.4; Is 30.8; 2 Sm 23.2; Jr 26.2. NT
– Mt 4.4,7; Lc 24.27,44; 1 Co 2.13; Ap 22.19.
- A inspiração é plena – a Bíblia reivindica a inspiração
divina de todas as suas partes (2 Tm 3.16).
- A inspiração atribui autoridade – a inspiração concede
autoridade indiscutível ao texto ou documento escrito. A
Escritura não pode ser anulada (Jo 10.35).
O Ensino Bíblico a respeito da
Inspiração
Implicações da doutrina Bíblica da
inspiração.
- A inspiração diz respeito igualmente ao AT e
ao NT.
- A inspiração abarca uma variedade de fontes e
de gêneros literários
- Inspiração pressupõe inerrância.
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Introdução ao Estudo da Bíblia


A INSPIRAÇÃO DO AT
- Aula 3 -

Professor: Rev. GERALDO GOMES DOS SANTOS


INTRODUÇÃO
Será que a Bíblia realmente se mostra
inspirada ou seria essa ideia mera reivindicação
feita pelos crentes a respeito deste livro? Falando
mais especificamente, será que cada parte ou
cada livro da Bíblia se diz inspirado? A seguir,
Tentaremos responder a essas perguntas.
A Reivindicação do AT a Favor de
Sua Inspiração
O Antigo Testamento vindica para si a inspiração divina,
com base no fato de se apresentar perante o povo de Deus e
ser por esse povo recebido como pronunciamento
profético. Os livros escritos pelos profetas de Deus eram
conservados em lugar sagrado. Moisés colocara sua lei na
Arca de Deus (Dt 10.2). Mais tarde, ela seria mantida no
tabernáculo, para ensino das gerações futuras (Dt 6.2).
Cada profeta, de pois de Moisés, acrescentou seus escritos
sagrados à coleção existente. Aliás, o segredo da inspiração
do AT está na função profética de seus escritores.
A Reivindicação do AT a Favor de
Sua Inspiração
O AT na qualidade de texto profético.
O profeta era o porta-voz de Deus. As funções do
profeta ficam esclarecidas nas várias menções que a
ele se fazem (1 Rs 12.22; 14.18; Is 42.19; Os 9.7;
Ez 3.17).
- As declarações proféticas eram escritas.
- Os escritores do AT eram profetas.
- Manteve-se um registro oficial dos escritos
proféticos.
A Reivindicação do AT a Favor de
Sua Inspiração
Reivindicações específicas do AT a favor de sua
inspiração.
A inspiração do AT não se baseia meramente numa
análise genérica dessa parte da Bíblia como escrito
profético. Há numerosas reivindicações, nas páginas de
cada livro, especificamente sobre sua origem divina.
- A inspiração da Lei de Moisés.
- A inspiração dos profetas.
- A inspiração dos escritos.
Apoio do NT à Vindicação de
inspiração feita pelo AT
Vemos três formas de abordagem ao examinarmos o ensino do NT a respeito da
inspiração do AT. Há as passagens que se referem à autoridade divina do AT como
um todo, genericamente. Há as referências à inspiração de determinadas partes ou
seções do AT. Finalmente, há citações de livros específicos do cânon judaico.
 Referências do NT à inspiração do AT
- Escrituras é, de longe o termo mais comum usado no NT em referência ao AT
(2 Tm 3.16; Jo 10.35; Mt 21.42; Mt 22.29).
- Palavra de Deus é expressão que aparece menos comumente, mas talvez seja a
alusão mais forte à inspiração divina do AT (Rm 9.6; Mc 7.13; 2 Co 4.2; Hb
4.12).
- Lei em geral é a palavra que se refere ao AT como forma abreviada de “lei de
Moisés” (Jo 10.34; 15.25; At 25.8).
- A Lei e os profetas, ou “Moisés e os profetas”, é o segundo título mais
comumente atribuído às Escrituras Judaicas (Mt 5.17; 7.12).
Apoio do NT à Vindicação de
inspiração feita pelo AT
Referências do NT à inspiração do AT
- Os profetas vez por outra se referia a todo o AT.
- Oráculos de Deus sem dúvida é expressão que
tenciona comunicar essa ideia (Rm 3.2; Hb 5.12).
- Está escrito é expressão que se encontra mais de
noventa vezes no NT (Mc 9.12; cf. 14.21; Lc 18.31;
21.22).
- Para que se cumprissem as Escrituras é expressão
encontrada com muita frequência no NT em referência
ao AT como um todo Lc 24.44; Mt 5.17).
Apoio do NT à Vindicação de
inspiração feita pelo AT
Referências do NT a seções específicas do AT
- A lei e os profetas (Lc 16.16; Mt 5.18).
- A lei (Mt 12.5; At 13.39; Hb 12.5).
- Os profetas (Jo 1.45; Lc 18.31).
- Os escritos (Lc 24.44).
Apoio do NT à Vindicação de
inspiração feita pelo AT
Referências do NT a livros específicos do AT

Páginas 34 a 36.
Confirmação ou Conciliação
O ensino de Jesus a respeito da autoridade do AT é
tão incondicional e tão isento de transigências, que
não se pode rejeitar esse ensino sem rejeitar as
palavras de Jesus. Se alguém não aceitar a
autoridade do AT como Escritura Sagrada, tal pessoa
põe em dúvida a integridade do Salvador. Seja o que
for que se diga a respeito da inspiração do AT, uma
coisa é certa: o próprio AT reivindica a própria
inspiração, e o NT a confirma de modo maravilhoso.
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Introdução ao Estudo da Bíblia


A INSPIRAÇÃO DO NT
- Aula 4 -

Professor: Rev. GERALDO GOMES DOS SANTOS


INTRODUÇÃO
Os apóstolos e profetas do Novo Testamento
não hesitaram em classificar seus escritos com
inspirados, ao lado do Antigo Testamento. Seus
livros eram respeitados, colecionados e
circulavam na Igreja primitiva com Escrituras
Sagradas. O que Jesus declarou ser inspiração a
respeito do Antigo Testamento, o Senhor
prometeu também quanto ao Novo Testamento.
O NT reivindica inspiração divina

Há dois movimentos básicos na compreensão


das reivindicações do Novo Testamento a
respeito de sua inspiração. Primeiramente temos
a promessa de Cristo de que o Espírito Santo
guiaria os discípulos no ensino de suas verdades,
que constituem o fundamento da Igreja. Em
segundo lugar, há o cumprimento aclamado
disso no ensino apostólico e nos escritos do
Novo testamento.
O NT reivindica inspiração divina

A promessa de Cristo a respeito da inspiração


Jesus nunca escreveu um livro. No entanto,
endossou a autoridade do AT e a promessa de
inspiração para o NT. Em várias ocasiões, o
Senhor prometeu a concessão de autoridade
divina para o testemunho apostólico dele
mesmo.
O NT reivindica inspiração divina

A promessa de Cristo a respeito da inspiração


 A comissão dos Doze. Quando o Senhor
enviou seus discípulos para pregarem o reino
do céus (Mt 10.7), ele lhes prometeu a direção
do Espírito Santo (Mt 10.19-20; cf. Lc 12.11-
12). A proclamação que os apóstolos fizessem
de Cristo teria origem no Espírito de Deus.
O NT reivindica inspiração divina

A promessa de Cristo a respeito da inspiração


 O envio dos Setenta. A promessa da unção
divina não se limitava aos Doze. Quando Jesus
enviou os setenta, para que pregassem “o reino
de Deus” (Lc 10.9), ordenou-lhes... Lc 10.16-
19).
O NT reivindica inspiração divina

A promessa de Cristo a respeito da inspiração


 O sermão do Monte das Oliveiras. Em seu
sermão no Monte das Oliveiras, Jesus reafirmou
sua promessa antiga aos discípulos (Mc 13.11)
 Os ensinos durante a última ceia. A promessa da
orientação do Espírito Santo ficaria mais
claramente definida por ocasião da última ceia.
Jesus lhes prometeu... Jo 14.26.
O NT reivindica inspiração divina

A promessa de Cristo a respeito da inspiração


 A Grande Comissão. Quando Jesus enviou
seus discípulos (Mt 28.19,20), fez-lhes a
promessa também de que teriam toda
autoridade nos céus e na terra para realizar a
tarefa. A palavra dos discípulos seria a Palavra
de Deus.
O NT reivindica inspiração divina

A promessa de Cristo reivindicada pelos discípulos


Os discípulos de Cristo não se esqueceram da promessa
do Senhor. Eles pediram-lhe que seu ensino tivesse
exatamente o que Jeus lhes havia prometido: a autoridade
de Deus.
 A afirmação de estarem dando prosseguimento ao
ensino de Cristo (At 1.1; cf. Lc 1.3,4; At 2.42; Gl
1.11,12; At 15; Ef 2.20; cf. 3.5).
 Comparação entre o NT e o AT (2 Tm 3.16; 2 Pe 3.16).
 Reivindicação direta de inspiração nos livros do NT.
Apoio à Reivindicação de
Inspiração do NT
Há dois tipos de evidências que demonstram haver total
lapoio à vindicação que o Novo Testamento faz acerca de sua
inspiração dicina. Uma delas acha-se dentro do próprio Novo
Testamento; a outra inicia-se com os pais da Igreja, que
seguiram os apóstolos.
Apoio à reivindicação de inspiração dentro do NT.
 A leitura pública dos livros do NT (Lc 4.16; I Tm 4.13; Cl
4.16).
 A circulação dos livros do NT.
 A coleção dos livros do NT.
 Citação dos livros do NT.
Apoio à Reivindicação de
Inspiração do NT
Apoio à reivindicação de inspiração dentro da
Igreja Primitiva.
 Os primeiros pais da Igreja. Os escritos mais
antigos do cristianismo contém inúmeras
referências às Escrituras do Novo Testamento.
 Pais da Igreja de época posterior. A partir da
segunda metade do século II encontra-se apoio
contínuo à reivindicação de inspiração feita pelo
Novo Testamento.
RESUMO
Em resumo, portanto, a inspiração do Novo Testamento
baseia-se na promessa de Cristo de que seus discípulos
seriam dirigidos pelo Espírito em seus ensinos a respeito do
Senhor. Os discípulos creram nessa promessa e a
assimilaram, havendo claros indícios de que os próprios
autores do NT, bem como os de sua época, reconheceram o
cumprimento dessas promessas. Criam em que o NT havia
sido divinamente inspirado, pelo que, desde os primórdios
do início dos registros cristãos, tem havido apoio unânime à
doutrina da inspiração do NT, em igualdade de condições
com o AT.
Trabalho 1
Pesquisar sobre:

As características da canonicidade
- Sugestão de fonte bibliográfica:
Livro: INTRODUÇÃO BÍBLICA – Como a
Bíblia chegou até nós. Norman Geisler e Willian
Nix. Editora Vida.
Trabalho 1
Formatação e estrutura do Trabalho:
Formatação
- Usar folha A4;
- Margens esquerda de 3 cm, direita de 2 cm, superior de 3 cm e inferior de 2 cm.
- Letra Arial ou Times New Roman Tamanho (fonte) 12;
- Usar maiúsculas, negrito ou sublinhado para destacar, não alterar o tamanho da
fonte em hipótese alguma, salvo o título do trabalho (tema) fonte 16;
- Usar cor preta nos caracteres.
- Justificar o texto (alinhar o texto às margens esquerda e direita, com espaços
conforme necessário;
- Retirar hiperlinks (grifados em cor azul);
- Espaçamento de 1,5 entre as linhas do texto;
- Numeração nas páginas a partir da introdução - na margem direita no canto inferior
da página;
- Grampear o trabalho na margem esquerda na parte superior, no meio e na parte
inferior – não entregar com clipe.
Trabalho 1
Formatação e estrutura do Trabalho:

Deverá conter:

- 1. Capa.
- 2. Sumário.
- 3. Introdução.
- 4. Texto ou desenvolvimento do conteúdo.
- 5. Conclusão.
- 6. Bibliografia.

ENTREGA: 20 DE MAIO DE 2023 (próxima aula)

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