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Para a Organização

Mundial da Saúde, a pedofilia


é uma doença caracterizada
pelo transtorno de preferência
sexual por crianças (meninas
ou meninos), geralmente pré-
púberes, ou seja, pré-
adolescentes.
A PEDOFILIA E O CÓDIGO PENAL BRASILEIRO
Em termos de punição legal, o crime
considerado mais grave é o estupro de
vulnerável, que define:
Art. 217-A. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato
libidinoso com menor de 14 (catorze) anos:
Pena - reclusão, de 8 (oito) a 15 (quinze) anos.
§ 1º Incorre na mesma pena quem pratica as ações descritas no
caput com alguém que, por enfermidade ou deficiência mental,
não tem o necessário discernimento para a prática do ato, ou
que, por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência.
§ 2º (VETADO)
§ 3º Se da conduta resulta lesão corporal de natureza grave:
Pena - reclusão, de 10 (dez) a 20 (vinte) anos.
§ 4º Se da conduta resulta morte
Pena - reclusão, de 12 (doze) a 30 (trinta) anos.
Conjunção carnal se refere à prática
do ato sexual, ao passo que ato
libidinoso é conceito aberto e refere-
se a toda e qualquer conduta, com ou
sem contato físico, que seja
constrangedora e sirva para satisfazer
a luxúria, a lascívia, os desejos sexuais
do agressor, em detrimento da
vontade ou vulnerabilidade da pessoa
agredida.
Podem ser caracterizados como
atos libidinosos a exposição de
conteúdo pornográfico, a
solicitação ou o envio dos famosos
“nudes” (fotos de pessoas nuas ou
seminuas), a importunação de
crianças ou adolescentes com ou
sem contato físico para satisfação
dos desejos eróticos ou sexuais de
alguém, entre outros.
Por fim, destaca-se que a lei
entende que todo (a) menor de
14 anos é legalmente
vulnerável e, independente de
consentimento para o ato
sexual ou ato libidinoso, tais
práticas sempre serão
consideradas crime!
A PEDOFILIA E A INTERNET
Nos dias atuais não é raro tomar
conhecimento de crianças e
adolescentes trocando “nudes” ou
praticando o “sexting” (neologismo
que identifica o misto das palavras
sexo e “texting”, troca de
mensagens, em inglês).
ATENÇÃO
É preciso orientar os meninos e meninas
sobre os riscos escondidos por atrás do
compartilhamento de fotos sensuais, “nudes”,
imagens ou vídeos pornográficos.
A PEDOFILIA E O ECA
O Estatuto da Criança e do
Adolescente também define
alguns crimes cuja prática gira
em torno dos comportamentos
típicos de um pedófilo. Em
artigos diferentes, diversas
condutas são tipificadas
como crimes.
A PEDOFILIA E O ECA
Art. 240. Produzir, reproduzir, dirigir,
fotografar, filmar ou registrar, por
qualquer meio, cena de sexo explícito ou
pornográfica, envolvendo criança
ou adolescente.
Art. 241. Vender ou expor à venda
fotografia, vídeo ou outro registro que
contenha cena de sexo explícito ou
pornográfica envolvendo criança ou
adolescente.
A PEDOFILIA E O ECA
Art. 241-A. Oferecer, trocar, disponibilizar,
transmitir, distribuir, publicar ou divulgar por
qualquer meio, inclusive por meio de sistema
de informática ou telemático, fotografia, vídeo
ou outro registro que contenha cena de sexo
explícito ou pornográfica envolvendo criança ou
adolescente.
Art. 241-B. Adquirir, possuir ou armazenar, por
qualquer meio, fotografia, vídeo ou outra
forma de registro que contenha cena de sexo
explícito ou pornográfica envolvendo criança ou
adolescente.
A PEDOFILIA E O ECA
Art. 241-C. Simular a participação de criança ou
adolescente em cena de sexo explícito ou
pornográfica por meio de adulteração,
montagem ou modificação de fotografia, vídeo
ou qualquer outra forma de representação
visual.
Art. 241-D. Aliciar, assediar, instigar ou
constranger, por qualquer meio de
comunicação, criança, com o fim de com ela
praticar ato libidinoso.
Líderes que servem a Jesus cuidando de
crianças e adolescentes devem estar
atentos aos sinais que os pequenos
emitem. Gritos silenciosos de socorro
podem ser percebidos por ouvidos e
olhos atentos.
Relatos exagerados podem
ser uma forma de contar
uma parábola sobre a
tragédia pessoal que não
consegue ser expressada
naturalmente.
Mudanças bruscas de
comportamento ou
de humor.
Pânico repentino
pela aproximação
de outras pessoas.
Sentimento de culpa.
Traumas físicos.
Manchas que são
escondidas.
Comportamentos
mais infantis
repentinos –
regressão.
Comportamentos
sexuais – brincadeiras
ou insinuações
sexuais precoces.
Diante de quaisquer sinais de que uma
criança ou adolescente possa estar
sendo vítima de pedofilia ou sofrendo
qualquer tipo de abuso é necessário
oferecer, acima de tudo, proteção e
segurança à vítima.
Há pessoas e órgãos especializados no assunto. É dever de todos
promover os meios adequados de tratamento desse problema.

São canais de denúncia e atendimento especializado:

• Disque 100
• Aplicativo Proteja Brasil
• Ouvidoria on-line do Ministério dos Direitos Humanos - humanizaredes.gov.br/ouvidoria-
online/
• CRAS - Centros de Referência de Assistência Social
• CREAS - Centros de Referência Especializada em Assistência Social
• Conselho Tutelar
• Ministério Público
• Safernet
“Deveis tornar-vos fiéis sentinelas de
vossos olhos, de vossos ouvidos e de
todos os sentidos se quereis controlar
vossa mente e evitar pensamentos
vãos e corruptos que mancham a
alma. Só o poder da graça pode
realizar esta obra desejável”
(Ellen White, Testimonies, v. 2, p. 561).
OBSERVAÇÃO: Pessoas que tenham sido condenadas,
acusadas ou reconhecidas como tendo
cometido abuso físico ou sexual não
podem trabalhar em qualquer atividade
ou programa promovido pela igreja para
crianças, juvenis e adolescentes
(MAD, p. 61).
COMO PROTEGER A DIREÇÃO DO
CLUBE DE FALSAS ACUSAÇÕES?
Os líderes deverão evitar ficar a sós com uma
criança ou juvenil. Isso protege ambos de falsas
acusações.
O juvenil não será auxiliado a usar instalações
sanitárias a menos que haja um segundo adulto
perto da área, o qual esteja ciente do motivo do
auxílio.
Qualquer comportamento que pareça abusivo ou
inconveniente deve ser relatado ao
pastor/administrador da igreja (MAD, p. 61).

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