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ARACELI

 Com apenas oito anos de idade, Araceli Cabrera Sanches


foi sequestrada em 18 de maio de 1973. Ela foi drogada,
espancada, estuprada e morta por membros de uma
tradicional família capixaba. O caso foi tomando espaço
na mídia. Mesmo com o trágico aparecimento de seu
corpo, desfigurado por ácido, em uma movimentada rua
da cidade de Vitória (ES), poucos foram capazes de
denunciar o acontecido. O silêncio da sociedade
capixaba acabaria por decretar a impunidade dos
criminosos.
LEI

 9.970 – Institui o Dia Nacional de Combate ao Abuso e


à Exploração Sexual Infanto-juvenil
 Art. 1º. Fica instituído o dia 18 de maio como o Dia
Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual
de Crianças e Adolescentes.

 Faça Bonito - Proteja nossas crianças e adolescente


VIOLÊNCIA SEXUAL

É um fenômeno social que envolve


qualquer situação de jogo, ato ou
relação sexual, envolvendo uma
pessoa mais velha e uma criança ou
adolescente.
 A alegação de consentimento por parte da criança ou
adolescente nas eventuais práticas sexuais com adultos
deve ser sempre questionada e contextualizada, uma vez
que:
 Crianças e adolescentes são considerados seres
humanos em condições peculiares de desenvolvimento,
fase em que a capacidade e a autonomia para consentir
ainda estão em processo de construção.

Abuso sexual;

 Pornografia e pedofilia nos meios de


comunicação ;

 Exploração sexual comercial;


ABUSO SEXUAL

É descrito como qualquer forma de contato e


interação sexual entre um adulto e uma criança
ou adolescente em que o adulto que possui uma
posição de autoridade ou poder, utiliza-se
dessa condição para a sua própria estimulação
sexual, para estimulação da criança ou
adolescente ou ainda de terceiros.
CARACTERISTICAS DO
ABUSO SEXUAL

 Relação de poder entre o abusador e a vítima;


 Diferença de força física;

 Diferença de conhecimento do ato sexual;

 O autor busca por satisfação dos seus impulsos


sexuais;
 Manipulação dos desejos da vítima, implicando em
sentimento de prazer e culpa para obter o seu
consentimento e acobertamento do ato;
TIPOS DE ABUSO SEXUAL
 Abusosexual intrafamiliar -
Cometido por pais, parentes ou
responsáveis legais;

 Abuso sexual extrafamiliar –


Cometido por agentes
cuidadores e socializadores de
criança e adolescentes;
 “Abusar sexualmente de uma criança ou de um
adolescente não é um atributo exclusivo de jovens e
adultos do sexo masculino. Mulheres e até mesmo
crianças maiores podem assumir o papel de abusador.”
FORMAS DE OCORRÊNCIA DE ABUSO
SEXUAL
Abuso sexual sem
contato físico;

Abuso sexual com


contato físico;
SINAIS COMPORTAMENTAIS

 Mudanças comportamentais radicais, súbitas e


incompreensíveis, tais como oscilações de humor;
 Regressão a comportamentos infantis;

 Medo, ou mesmo pânico de determinada pessoa;

 Tristeza, abatimento profundo ou depressão crônica;

 Culpa ou autoflagelação;

 Agressividade excessiva;

 Curiosidade sexual excessiva;

 Comportamentos sexuais inapropriados para a idade;


 Representações e desenhos de órgãos genitais com
detalhes e características além da capacidade de sua faixa
etária;
 Brincadeiras sexuais persistentes com amigos, animais e
brinquedos;
 Masturbação compulsiva ou pública;

 Mudanças de hábito alimentar, perda de apetite ou excesso


de alimentação;
 Pesadelos frequentes, agitação noturna, gritos;

 Queda injustificada de frequência escolar;

 Dificuldade de concentração e de aprendizagem, baixo


rendimento escolar
 Tendência ao isolamento social;
 Dificuldade de confiar nas pessoas à sua volta

 Evitam contato físico;


EFEITOS DA VIOLÊNCIA SEXUAL EM
LONGO PRAZO
 Problemas físicos;
 Dificuldade de ligação afetiva e
amorosa;
 Dificuldades no desenvolvimento de
sexualidade saudável;
 Tendência a sexualizar demais os
relacionamentos sociais;
 Consumo de substâncias lícitas e
ilícitas;
 Engajamento em trabalhos sexuais.
PORQUE POUCOS CASOS SÃO
NOTIFICADOS?

 Desconforto emocional e psicológico


- Tabu sobre sexualidade;
 Falta de percepção das situações de abuso e de
informações sobre como proceder
 Falta de tempo

 Medo de se envolver em “complicações” familiares ou


legais
 Falta de credibilidade da polícia e da justiça para
resolução dos casos
O QUE FAZER QUANDO A CRIANÇA OU O ADOLESCENTE RELATA
UMA SITUAÇÃO DE ABUSO SEXUAL JÁ OCORRIDO OU EM CURSO?

Ouvi-la imparcialmente, sem julgamentos ou perguntas


questionadoras;
Primar pela privacidade da criança, buscar conversar em
local reservado e sem interrupções;
Atitude de respeito diante do relato;
Não questionar sobre a certeza do ocorrido ou pressionar
a criança para falar detalhes de como ocorreu, como,
quando;
Não pedir para repetir várias vezes o relato;
Não fazer perguntas como “ Por que não buscou ajuda
antes?”, “Por que não contou para sua mãe?”
 “ É importante destacar que ao ajudar a criança
ou adolescente a enfrentar o abuso de forma
urgente, porém tranquila, séria, cuidadosa,
respeitosa, afetiva e competente, pode-se evitar
as consequências dessa violência na sua vida no
futuro.”
 “Devemos trabalhar junto as crianças e adolescentes
sexualmente abusados que apesar de terem passado por
uma experiência negativa, as consequências dessa
experiência não são irreversíveis e que, portanto, há
condições de construir novos projetos de vida”
ETAPAS DO FLUXO DE NOTIFICAÇÃO
 Registro de BO;
 Encaminhamento ao IML;

 Aplicação de medidas de proteção à vítima de abuso


sexual;
 Apuração dos fatos;

 Encaminhamento do relatório ao Ministério Público;

 Encaminhamento do processo à justiça e aplicabilidade


da sentença.
PRINCIPAIS LEGISLAÇÕES
 Declaração Universal dos Direitos Humanos;

 Declaração dos Direitos da Criança;

 Convenção sobre os Direitos da Criança;

 Constituição Federal;

 Estatuto da Criança e do Adolescente;

 Código Penal Brasileiro.


DENUNCIE

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