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VIOLÊNCIA SEXUAL CONTRA

CRIANÇAS E ADOLESCENTE
18 DE MAIO – DIA NACIONAL DE COMBATE
AO ABUSO E À EXPLORAÇÃO SEXUAL DE
CRIANÇAS E ADOLESCENTES

“UMA DATA PARA NÃO SER ESQUECIDA”


MARCOS HISTÓRICOS DA PROTEÇÃO DA
INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA
 1980 – 1984:
 Inicio da articulação nacional para proteção da criança e do adolescente;

 1985 – 1990:
 Emendas populares “Criança Prioridade Nacional” “Criança e Constrituinte”;
 Promulgação do ECA;

 1991 – 1993:
 Criação do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente;
 CPI da Prostituição Infantil, na Câmara dos Deputados;

 1994 – 1996:
 1° Campanha Nacional de Combate a Exploração Sexual Infanto-Juvenil;
MARCOS HISTÓRICOS DA PROTEÇÃO
DA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA
 2000 – 2002:
 Aprovada a Lei nº 9.970/00;
 Criação do Programa Sentinela;

 2003 -2005:
 Instalada no Congresso a CPMI para investigar as redes de exploração
sexual;
 Criação do Disque 100;
 Lançamento do Programa Escola que Protege;

 2006 – 2008:
 Criação do SUAS;

 2009 – 2015:
 Lei 12.015/09;
 Lei 12.650/12;
 Lei 12.978/14.
VIOLAÇÃO DOS DIREITOS DA CRIANÇA
E DO ADOLESCENTE

 Pelo Estado;

 Por um ou mais agressores.


 Negligência: omissão do responsável ao prover as
necessidades básicas para o desenvolvimento sadio da criança
e do adolescente. Ex: cuidados com a alimentação, médicos,
higiene, educação e etc.;

 Abandono: expor a criança ou adolescente a riscos em


decorrência da ausência temporária ou definitiva do
responsável;

 Violência Psicológica: atitudes com intuito de envergonhar,


censurar e pressionar a criança ou adolescente de modo
permanente;

 Violência Física: uso de força física de forma intencional.


VIOLÊNCIA SEXUAL

 Abuso Sexual: toda situação e que uma criança ou


adolescente é utilizado para gratificação sexual de outras
pessoas;

 Exploração Sexual: relação sexual de uma criança ou


adolescente mediada pelo pagamento em dinheiro ou
qualquer outro beneficio.
MODALIDADES DE ABUSO SEXUAL

 Assédio sexual;

 Abuso sexual verbal;

 Exibicionismo;

 Voyeurismo;

 Pornografia;

 Penetração vaginal ou anal;

 Sexo oral.
MODALIDADES DE EXPLORAÇÃO
SEXUAL

 Pornografia;

 Trocas sexuais;

 Exploração sexual infanto-juvenil autônoma;

 Exploração sexual infanto-juvenil agenciada;

 Turismo sexual;

 Tráfico de pessoas para fins de exploração sexual.


TREINANDO O OLHAR PARA IDENTIFICAR
SITUAÇÕES DE VIOLÊNCIA CONTRA
CRIANÇA E ADOLESCENTE

 As crianças e os adolescentes “avisam” de diversas


maneiras;

 O conhecimento sobre as principais características das


diferentes fases do desenvolvimento é fundamental.
DADOS DO DISQUE 100

 Ano de 2014:
 19.165 denúncias referentes a abuso sexual;
 5.410 denúncias referentes a exploração sexual;

 1° Trimestre de 2015:
 4.382 denúncias de violência sexual contra crianças e
adolescentes.
INDICADORES NA CONDUTA DA
CRIANÇA OU DO ADOLESCENTE
 Sinais corporais:

 Enfermidades psicossomáticas;

 Doenças sexualmente transmissíveis;

 Lesão, dor ou sangramento nos órgãos genitais;

 Baixo controle dos esfíncteres, constipação ou incontinência fecal;

 Roupas íntimas rasgadas, manchadas de sangue ou sêmen;

 Lesões e hematomas pelo corpo.


INDICADORES NA CONDUTA DA CRIANÇA
OU DO ADOLESCENTE
 Sinais comportamentais e emocionais:

 Distúrbios alimentares;

 Medo ou pânico em relação a uma pessoa especifica;

 Medo de escuro, lugares fechados e desertos;

 Alterações de humor;

 Regressão a comportamentos infantis;

 Tristeza profunda ou depressão;


INDICADORES NA CONDUTA DA
CRIANÇA OU DO ADOLESCENTE
 Sinais comportamentais e emocionais:

 Perda do controle dos impulsos;

 Auto e Heteroagressividade;

 Baixa-estima;

 Ansiedade generalizada;

 Distúrbios do Sono;

 Uso e abuso de substâncias psicoativas;

 Isolamento social.
INDICADORES NA CONDUTA DA
CRIANÇA OU DO ADOLESCENTE

 Sinais na sexualidade:

 Interesse ou conhecimento súbito sobre questões sexuais;

 Expressão de afeto erotizada;

 Brincadeiras sexuais persistentes com amigos, animais e


objetos;

 Envolvimento com prostituição;

 Masturbação compulsiva.
INDICADORES NA CONDUTA DA
CRIANÇA OU DO ADOLESCENTE
 Desempenho escolar:

 Queda injustificada na frequência escolar;

 Dificuldade de concentração e aprendizagem;

 Desinteresse pelas atividades escolares.


ALGUMAS CONSEQUÊNCIAS A LONGO
PRAZO

 Complicações na capacidade reprodutiva;

 Dificuldade de estabelecer ligações afetivas e amorosas;

 Dificuldades em manter uma vida sexual saudável;

 Dependência química.
FATORES QUE INFLUENCIAM NA
GRAVIDADE DAS SEQUELAS
 Idade do inicio da violência;

 Duração;

 Grau de violência física ou ameaça;

 Proximidade afetiva com o agressor;

 Grau de sigilo;

 Eficiência do atendimento da rede de proteção.


O PAPEL DO EDUCADOR NO COMBATE A
VIOLÊNCIA SEXUAL
 Por que notificar?
 A notificação contribui para interromper o ciclo da violência;

É dever legal previsto nos arts. 13 e 245 do ECA, ou seja, a


notificação é obrigatória.

 Quando notificar?

 Sempre que houver suspeita ou confirmação


O PAPEL DO EDUCADOR NO COMBATE A
VIOLÊNCIA SEXUAL
 Como notificar?

 A criança ou adolescente deve participar ativamente de todo


processo de denúncia;

 Denúncia anônima:
 Disque 100;
 Policia Militar 190;

 Ministério Público 127;

 Conselho Tutelar.

 Denúncia identificada:
 Relatórios;
 Termo de declaração no órgão competente.
ORIENTAÇÕES DE COMO ABORDAR OU
OUVIR UMA VITIMA

 Busque um ambiente apropriado;

 Use recursos lúdicos;

 Não critique nem duvide do que está sendo falado;

 Reações extremas podem aumentar a sensação de culpa e


vergonha;

 Respeite seu ritmo e forma de expressão;


ORIENTAÇÕES DE COMO ABORDAR OU
OUVIR UMA VITIMA

 Evite perguntas fechadas e inquisitórias;

 Use a mesma linguagem da criança;

 Não use frases do tipo “não precisa chorar”, “isso vai


passar”;

 Reforce sua atitude de contar o corrido reiterando que


nada do que ocorreu foi sua culpa;

 Não faça promessas que não poderá cumprir.


O PAPEL DO EDUCADOR NA
PREVENÇÃO DA VIOLÊNCIA SEXUAL

Compreender as diferentes formas de expressão da


sexualidade infantil, saber a hora e a melhor maneira de
falar sobre ela com as crianças e seus pais é muito
importante;
ORIENTAÇÕES DA ACADEMIA AMERICA
DE PEDIATRIA PARA EDUCAÇÃO
SEXUAL
 18 meses – 3 anos de idade: ensine o nome das partes do
corpo;

 03 – 05 anos de idade: converse sobre as partes privadas


do corpo;

 05 - 08 anos de idade: orientações sobre segurança


pessoa e principais situações de risco;

 A partir 08 anos idade: iniciar discussões sobre os


conceitos, as regas de conduta sexual e informações
básicas sobre reprodução humana.
A SENSIBILIZAÇÃO DOS FAMILIARES E/OU
RESPONSÁVEIS PELA EDUCAÇÃO DAS
CRIANÇAS

 Informar sobre as maneiras de fortalecer a criança e o


adolescente contra o abuso sexual;

 Informar sobre relações de gênero, desenvolvimento e


sexualidade infantil;

 Manter uma relação de confiança com as crianças em


que elas sintam que têm um canal aberto de
comunicação com mães, pais e outros responsáveis;

 Dispor de tempo para os filhos, ouvir e acreditar neles,


por mais absurdo que pareça o que estão contando.
AVANÇOS NA LEGISLAÇÃO

 Lei n° 12.2015/09 – Altera o Código Penal Brasileiro, criando


a categoria de Estupro de Vulnerável;

 Lei n° 12.650/12 – Altera o Código Penal para que a


contagem do prazo de prescrição nos crimes contra a
dignidade sexual praticados contra crianças e adolescentes
comece a ser contato da data em que a vítima completar 18
anos de idade;

 Lei n° 12.978/14 – Classifica como hediondo o crime de


favorecimento da prostituição e exploração sexual de criança
ou adolescente.
“O SILÊNCIO É CÚMPLICE DA VIOLÊNCIA,
NÃO SE DEIXE ENGANAR, DENUNCIE.”
Thainara Ferreira Cavalcante

 Graduada em Psicologia pela PUC-GO;


 Pós-Graduada em Direitos Humanos da Criança e do
Adolescente pela UFG.

Email: thainaracavalcante@hotmail.com
Telefone: (62) 9298-2518

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