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Cláudio Raposo
raposoc@urano.cdtn.br
LÂMPADAS DE MERCÚRIO
Manejo inadequado
• Liberação do Hg (acumulação em solo e água);
• Organificação/Metilação do Hg (bactérias);
• Absorção e ligação a proteínas da biota aquática;
• Contaminação de ecossistemas e do Homem.
ALCANCE DO OBJETIVO
ETAPAS DE TRABALHO
Objetivos:
⇒ obtenção de parâmetros;
⇒ práticas gerenciais.
PESQUISA DE SURVEY
Apoio e cooperação
Fiemg Carta-questionário
Parte introdutória
FCEMG
AHMG 3 Questões básicas
AMM
RECICLAGEM
Definição
(National Recycling Coalition, 1995)
“A reciclagem refere-se à uma série de atividades pelas quais os
materiais descartados são coletados, selecionados, processados e
convertidos em matérias primas, para serem utilizadas na
produção de novos produtos”.
RECICLAGEM ≠ RECUPERAÇÃO
2.1 - CARACTERIZAÇÃO DOS
RESÍDUOS
MÉTODOS ANALÍTICOS UTILIZADOS
⇒ DIFRAÇÃO DE RAIOS X
determinação de fases cristalinas
⇒ ESPECTROMETRIA DE FLUORESCÊNCIA DE RAIOS X
varredura de 30 elementos, Z > 12 (Mg) até Z= 92 (urânio)
⇒ ESPECTROMETRIA DE ENERGIA DE RAIOS X - KEVEX
varredura de elementos Z > 22 (Ti)
⇒ Ko-ATIVAÇÃO NEUTRÔNICA PARAMÉTRICA
Hg e 124Sb
203
⇒ CV-AAS e AAS
Cd, Hg e Pb
⇒ ICP (Análise elementar do pó de fósforo)
⇒ Gravimetria (SiO2)
⇒ Colorimetria (P2O5)
⇒ Potenciometria (F- , Cl- )
⇒ Cyclosizer (granulometria) e Sympatec (granulometria por difração a laser)
⇒ Picnômetro (determinação de densidade)
Componentes principais de uma lâmpada
Peso médio de uma lâmpada LF/40 W : 275 g
TIPO DE LÂMPADA
CONSTITUINTES
Lâmpada Fluorescente HID
Vidro soda Vidro soda (SiO2 71 %; PbO 5%)
Vidro
SiO2 69%; B2O3 16%; Na2O 3,5% Vidro sílica (SiO2 97%)
Ca5(PO4)3F (fluorapatita) YPO4 (xenotima ) Y 34%, P 6%
Pó de fósforo
Ca 38%; P 18%; F 3%; Mn 0,9%; Cl 0,7%; Sb 0,6% YVO4 (wakefeldita) Eu 3%, V 2%
Terminais: liga Al-Mg Bronze ou Ferro níquel
Pinos: Cu-Zn -
Material cimentante: CaCO3 e CaMg(CO3)2 material alumino-silicoso
Miscelânea Filamento: W Cu
Eletrodos: inox (Fe/Cr) W e aço inox
Emissores de elétrons: Ba2CaWO6 e BaCO3 -
Suporte interno: aço inox aço inox
Hg0 Hg0 e amálgama Hg-Na, no pellet
Metais pesados
Cd Pb no bulbo externo
FÓSFOROS
São compostos químicos inorgânicos processados sob a forma de pó.
Absorvem a radiação ultraviloleta (UV-C, 254 nm) e a transformam
em luz visível (380 - 780 nm).
. Willemita - Zn2SiO4:Mn2+
Metilação do Hg
⇒ via bacterias anaeróbias - metanobactéria smeliansky (metilcobalamina)
⇒ via ação enzimática - em neurospora crassa (metilmercúrio homocisteína)
Relação 1:50.000
EFEITOS TOXICOLÓGICOS
ESPÉCIE EFEITOS À SAÚDE HUMANA
Vitaminas
Vitamina E - aumenta o tempo de coagulação sanguínea;
Vitamina C - antioxidante e ajuda a rearmazenar a vitamina E;
Vitamina B - B1 (tiamina), B3, B6 e B12 (sistema nervoso);
Zn e Mg - antioxidantes, essenciais para o sistema imunológico;
LÂMPADAS FLUORESCENTES
LÂMPADAS HID
Vapor
Multivapores Metálicos
Hg Na
16-185 mg 16-31 mg 20-250 mg
Fonte: Truesdale et al. 1993; Nema 1994
Hg EM LÂMPADAS FLUORESCENTES
(Nema/Usepa 1998f)
2.2 - CLASSIFICAÇÃO DOS
RESÍDUOS DE LÂMPADAS
METAIS PESADOS
MERCÚRIO CHUMBO
Pó de fósforo e pellet Vidro de lâmpadas HID
CÁDMIO
Pó de fósforo
TESTES DE LIXIVIAÇÃO E
SOLUBILIZAÇÃO
C oncentração de H g
T ipo de C lassificação do resíduo
lâm pada M assa L âm pada M assa bruta N orm a AB N T 10.004
(g) (m g) (m g.kg -1 )
VM -400/P 250 60 240 P erigoso
VM -400/S 250 75 300 P erigoso
F on te: U sep a 1997b
Limite Regulatório
100 mg de Hg/massa bruta de resíduo - Anexo I, Listagem no. 9
CÁDMIO E CHUMBO EM
LÂMPADAS
ANÁLISES PRELIMINARES
CÁDMIO CHUMBO
Pó de fósforo de LF Vidro externo de lâmpadas HID
Classificação do resíduo
Amostra Concentração (mg.L-1) Teste
Norma ABNT NBR 10.004
LF40/05 (0,259 ±
0,003) Lixiviação Resíduo classe II ou III
LF40/06 (0,337 ±
0,001) Lixiviação Resíduo classe II ou III
LF40/22 (0,002 ±
0,001) Solubilização Resíduo classe III - Inerte
LF40/23 (0,003 ±
0,001) Solubilização Resíduo classe III - Inerte
BASE DE DADOS
32 patentes (78%)
⇒ 1o Grupo - patentes que descrevem tecnologias para
quebramento, esmagamento, cominuição de lâmpadas,
envolvendo operações unitárias de britagem, moagem,
peneiramento, separação eletrostática, ciclonagem e exaustão.
9 patentes (22%)
⇒ 2o Grupo - patentes que descrevem tecnologias para
recuperação do mercúrio contido em lâmpadas, por processo
térmico (8 patentes) e processo químico (1 patente).
Tecnologias para tratamento de resíduos de
Hg
Separação
Pó de fósforo
Pó de fósforo
Destilação
com Hg
Resfriamento (5 0C)
Condensação (Hg metálico)
2
Particulados
Particulados
Hg residual
Hg residual
Gases e
1 particulados
Gases
3 Gases Gases
Particulados 4 5 6 Atmosfera
Particulados
Legenda
Hg líquido
1 - Forno a vácuo (retorta)
Água 8 9 2 - Câmara de combustão
7
3 - Condensador (água fria)
4 - Filtro de manga
5 - Filtro de carvão ativado
Fluxograma do sistema de recuperação de 6 - Bomba de vácuo
FASES
⇒ Pré-tratamento
Quebra e lavagem das lâmpadas
⇒ Operações
a) peneiramento, b) agitação, c) centrifugação, d) decantação, e) tratamento
químico com Na2S, Na2SO3 ou NaHSO3; o mercúrio é oxidado para formar
HgS (precipitado), um composto sólido insolúvel em água e f) filtragem.
4. ANÁLISE QUALITATIVA DAS
ESPÉCIES DE MERCÚRIO
OBJETIVO
1. Grau de oxidação do Hg em matrizes de pó de fósforo e vidro
2. temperaturas de dessorção de Hg (subsidiar a fase de destilação)
TÉCNICA
Termodessorção/AAS
EQUIPAMENTO
Forno acoplado a um equipamento de AAS - GBC 380
EQUIPAMENTO
chapa metálica
material isolante
bobina Ni-Cr
termopar computador
Inter-
AAS face
N2 termograma
termopar
controlador tiristor
de temperatura
TERMOGRAMAS DE AMOSTRAS
DOPADAS
3,0 3,0
Sample doped with Sample doped with
0
Hg Hg2Cl2
2,5 2,5
2,0
EXTINCTION
2,0
EXTINCTION
1,5 1,5
1,0 1,0
0,5 0,5
0,0 0,0
100 200 300 400 500 100 200 300 400 500
0 o
TEMPERATURE ( C) TEMPERATURE ( C)
3,0
3,0
Sample doped with
Sample doped with HgO
HgCl2 2,5
2,5
EXTINCTION
2,0
EXTINCTION
2,0
1,5
1,5
1,0 1,0
0,5 0,5
0,0 0,0
100 200 300 400 500 100 200 300 400 500
o
TEMPERATURE ( C) 0
TEMPERATURE ( C)
TEMPERATURAS DE DESSORÇÃO DE
AMOSTRAS DOPADAS COM PADRÕES DE
Hg
0,75
2,0
EXTINCTION
2,0
EXTINCTION
EXTINCTION
1,5
1,5 0,50
1,0 1,0
0,25
0,5 0,5
2,0 2,0
EXTINCTION
EXTINCTION
EXTINCTION
1,5
1,0
1,5
1,0 1,0
0,5
0,5 0,5
0,0
0,0 0,0
0 100 200 300 400 500 0 100 200 300 400 500 0 100 200 300 400 500
o o
TEMPERATURE ( C) TEMPERATURE ( C)
o TEMPERATURE ( C)
TERMOGRAMA - Matriz de Vidro
Lâmpada fluorescente usada/queimada
3,0
2,5
2,0
1,5
1,0
0,5
0,0
100 200 300 400 500 600 700 800 900
0
TEMPERATURA ( C)
ESPECIAÇÃO DE Hg
matrizes de pó de fósforo e vidro
Amostra Descrição Concentração Espécie de Hg
(µg.g-1) P S
Pó de fósforo de lâmpada fluorescente usada/queimada
2+
LF02 F40T12/LDP usadas/queimadas
8.900 ±900 Hg
LF03 F40T12/LD/U 3.500 ±400 Hg0 Hg1+; Hg2+
1+
LF05 F40T12/LDE 6.700 ±700 Hg
LF06 F40T12/LDE 13.300 ±1.300 Hg1+ Hg2+
LF15 F40T10/LDE 2.100 ±200 Hg0 Hg2+
Pó de fósforo de lâmpada fluorescente nova
LF11 F40T12/SLD 800 ±50 Hg0
LF14 F40T10/LDE 300 ±30 Hg0
Vidro soda de lâmpada fluorescente (ng.g-1)
V1 LF U/Q 4.300 ±400 Hg1+; Hg2+
V2 LF N 18 ±2 -
5. LEGISLAÇÃO AMBIENTAL
LIMITES DE CONCENTRAÇÃO DE HG
BRASIL x EUA
LEGISLAÇÃO NORTE-AMERICANA
LEI FEDERAL - RESÍDUO PERIGOSO - 06/01/2000
Disposição somente em aterros de resíduos perigosos ou por reciclagem
LEGISLAÇÃO BRASILEIRA
(contempla somente lâmpadas fluorescentes)
Lei 11.187/98 - Estado do Rio Grande do Sul
Projeto de Lei 6/99 - Estado de Minas Gerais
Projeto de Lei 11.305/97 - Estado da Bahia
Lei Municipal 12.653/98 - Cidade de São Paulo
LEGISLAÇÃO COMPARATIVA DE
LIMITES REGULATÓRIOS
(EUA x BR)
LEGISLAÇÃO BRASILEIRA
(ABNT NBR 10.004 – em revisão)
PRINCÍPIOS NORTEADORES
POLUIDOR-PAGADOR *
RESPONSABILIDADE ESTENDIDA PELO PRODUTO **
4) os órgãos ambientais deverão envidar esforços
para promulgar as melhores técnicas para
descontaminação dos resíduos de lâmpadas,
evitando-se, com isso, práticas inadequadas e a
proliferação de equipamentos sem o devido
controle de emissões e imissões de mercúrio ao
meio ambiente;
5) os incentivos fiscais e parafiscais ao
desenvolvimento sustentável da reciclagem, como
forma de descontaminar o meio ambiente e
propiciar a reutilização de subprodutos oriundos
dessa atividade.
PROPOSTA À NORMA DE
RESÍDUOS SÓLIDOS ABNT NBR
10.004
(Norma em processo de revisão)
INCLUIR NO ANEXO A, LISTAGEM
1
ANEXO A, Listagem no 1 – Resíduos perigosos de fontes não-específicas
Código do Código de
Indústria
resíduo perigoso
Resíduo Perigoso periculosidade