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Diretoria de Tecnologias na Educação - DTED

Profa. Elisangela Araujo

Instrumentação para o ensino do Biologia


O papel do professor
02- O papel do professor
de Biologia
Os estudantes do século XXI, inseridos em uma sociedade do conhecimento,
demandam um olhar do educador focado na compreensão dos processos de
aprendizagem e na promoção desses processos por meio de uma nova
concepção de como eles ocorrem, independentemente de quem é o sujeito e
das suas condições circundantes.

No mundo atual, marcado pela aceleração e pela transitoriedade das


informações, o centro das atenções passa a ser o sujeito que aprende, a
despeito da diversidade e da multiplicidade dos elementos envolvidos nesse
processo.
As relações interativas em sala de aula: o papel dos professores
e dos alunos
Apoiada teoricamente em Gimeno Sacristán, Claude Dubar e António Nóvoa, Roldão (2005) identificou um
conjunto não uniforme de elementos que seriam os caracterizadores ou descritores da profissionalidade
docente e que ela resume em quatro grupos:
• o reconhecimento social da especificidade da função associada à actividade (por oposição à indiferenciação);
• o saber específico indispensável ao desenvolvimento da actividade e sua natureza;
• o poder de decisão sobre a acção desenvolvida e consequente responsabilização social e pública pela mesma
– dito doutro modo, o controle sobre a actividade e a autonomia do seu exercício;
• e a pertença a um corpo colectivo que partilha, regula e defende, intra-muros desse colectivo, quer o
exercício da função e o acesso a ela, quer a defi nição do saber necessário, quer naturalmente o seu poder
sobre a mesma que lhe advém essencialmente do reconhecimento de um saber que o legitima (2005: 109).
ADEUS PROFESSOR, ADEUS PROFESSORA? NOVAS EXIGÊNCIAS EDUCACIONAIS E PROFISSÃO DOCENTE José Carlos LIBÂNEO
Benilda Silva

2 AS NOVAS TECNOLOGIAS DA COMUNICAÇÃO E INFORMAÇÃO, A ESCOLA E OS PROFESSORES Texto Analisado

3 Educação e comunicação Educação e comunicação sempre andaram juntas na reflexão pedagógica Segundo o autor as
práticas educativas supõem processos comunicativos intencionais visando alcançar objetivos de formação humana. Os
vínculos entre as práticas educativas e processos comunicativos estreitaram-se muito na sociedade contemporânea em
consequência dos avanços tecnológicos na comunicação e na informática e a mudança no processo produtivo envolvendo
novas qualificações, portanto, novas exigências educacionais.

4 É necessário fazer uma leitura pedagógica dos meios de comunicação Segundo o autor a prática educativa não se reduz a
educação e ao ensino. A intervenção educativa ocorre em muitos lugares, de diversas formas, através de diversas agencias:
família, escola, comunidade (convencionais) assim como, instituições sociais, culturais, recreativas, os meios de
comunicação. A escola, portanto, não detém o monopólio do saber.

5 Poder pedagógico dos meios de Está se acentuando o poder pedagógico dos meios de comunicação, da televisão,
imprensa escrita, rádio, revistas em quadrinhos. A mídia especializa-se em formar opinião e modificar atitudes não apenas
no campo econômico, mas no político e moral. comunicação
6 Práticas Pedagógicas e os Meios de Comunicação Há práticas pedagógicas nos jornais, nos rádios, na produção de material
informativo como livros didáticos, guias de turismo, mapas, vídeos, revistas, jogos, brinquedos e outros como museus,
bibliotecas.

7 Leitura pedagógica dos meios de comunicação Fazer uma leitura pedagógica dos meios de comunicação é verificar a
intencionalidade dos processos comunicativos (política, ética, psicológica, didática) presente nas novas tecnologias e nas
formas de intervenção metodológicas e organizativas.

8 ALGUMAS RELAÇÕES PROBLEMÁTICAS ENTRE AS NOVAS TECNOLOGIAS E A EDUCAÇÃO

9 A relação estrita entre o sistema produtivo e o setor educacional, entre os avanços tecnológicos e a necessidade de
formação tem gerado relações problemáticas, dentre elas: Escolarização e as necessidades do novo paradigma produtivo; A
resistência nas escolas públicas das novas tecnologias da informação e comunicação sob o argumento de estarem inseridas
na lógica do mercado, teria como efeito mais exclusão e seletividades social; A qualidade social da educação.
10 Escolarização e as necessidades do novo paradigma produtivo O novo paradigma produtivo estaria supondo bases mínimas de
escolarização que o capital precisaria para fazer frente as novas necessidade de qualificação e requalificação profissional, o que
implicaria uma acentuação da formação geral (tendência a uma intelectualização do processo produtivo). É enganoso supor
acreditar que a revalorização da formação geral tenha caráter democrático, na verdade, o modelo neoliberal estaria subordinando
alvos políticosociais (equidade, cidadania, democracia) a intentos estritamente econômicos (desenvolvimento tecnológico, leis de
mercado, competitividade internacional)

11 A resistência nas escolas públicas das novas tecnologias da informação e comunicação sob o argumento de estarem inseridas
na lógica do mercado, teria como efeito mais exclusão e seletividades social Uma vez que sua não integração as práticas de ensino
impediriam aos alunos oportunidade de recepção e emissão de informações e os deixariam desguarnecidos diante das investidas
de manipulação cultural e política, de homogeneização de crenças, gostos e desejos, de substituição do conhecimento pela
informação.

12 A qualidade social da educação Do ponto de vista de uma educação emancipatória há que se reforçar a exigência do
aprimoramento do ensino fundamental para a população excluída, a partir de parâmetros de qualidade diferenciados daqueles
veiculados no discurso neoliberal (ao invés de qualidade total, a qualidade social da educação)
13 SOCIEDADE INFORMACIONAL E A MORTE DA ESCOLA (desescolarização)

14 Será que na sociedade da informacional não teria mais lugar para a escola convencional, para o quadro negro e o giz, significa
a morte da escola? Mas quantos têm acesso aos meios tecnológicos? Não podemos perder de vista a questão da desigualdade
social.

15 A escola é necessária sim deve ser um espaço de síntese É o lugar onde os alunos aprendem a razão crítica para poderem
atribuir significados as mensagens e informações recebidas das mídias, multimídias e outras formas de intervenção educativa
urbana.

16 A escola deve prover condições cognitivas e afetivas para que o aluno possa reordenar e reestruturar as informações
fragmentadas transmitidas pela TV, vídeos e propaganda. A escola deve ser possibilitadora de atribuição de significados as
informações, propiciando aos jovens meios de buscá-la, para dar a ela significado pessoal. Terá que reordenar e reestruturar as
diversas mensagens, assim como, a capacidade de emiti-las.

17 TECNOLOGIA INFORMÁTICA E SUBSTITUIÇÃO DA RELAÇÃO DOCENTE Pode a tecnologia e o computador substituir a relação
docente convencional? ISSO É OBVIAMENTE UM EQUIVOCO. Logicamente os impactos da nova tecnologias interferem nos modo
de educar e ensinar. Mas essa formação não se dá sem a presença mediadora dos docentes.
19 INTEGRAÇÃO DAS NOVAS TECNOLOGIAS NA ESCOLA Objetivos pedagógicos dos usos das tecnologias nas escolas:
Democratização de saberes socialmente significativos e o desenvolvimento de capacidade intelectuais e afetivas tendo em vista
a formação humana; Possibilitar a todos a oportunidade de aprender sobre as mídias e multimídias e a interagir com elas de
maneira crítica; Oportunizar preparação tecnológica para se inserir num mundo informatizado

20 IMPLICAÇÕES DIDÁTICO PEDAGÓGICA Os docentes precisam pensar e a praticar comunicações mediatizadas, ou seja, é
preciso ensinar os alunos a dominar a linguagem visual, uma vez que a televisão torna-se cada vez mais importante como fonte
de socialização, tendendo a passividade e a dependência da criança. Daí a escola precisa ensinar os jovens a lidar com as
tecnologias para que estes não sejam dominados por ela.

21 Os cursos de formação de professores Os cursos de formação de professores precisam garantir espaços para a prática e
estudos sobre as mídias, precisam aprender a dominar um saber sobre as mídias e multimídias. Precisam apropriar-se da
tecnologia para provocar uma reflexão critica a cerca das tecnologias.
Obrigado!

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