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CLIMATOLOGIA

UNIDADE 2
UNIDADE 2
• CLIMATOLOGIA
– Introdução
– Subdivisões da climatologia
– Climatologia estatística
INTRODUÇÃO
• Interação entre diversos ambientes

CLIMA TEMPO

VEGETAÇÃO FAUNA

SOLOS ROCHAS
INTRODUÇÃO
• Definições
– Tempo – estado momentâneo da atmosfera
– Clima – síntese estatística das condições
atmosféricas
SUBDIVISÕES
• Climatologia Regional
– Descrição dos climas em áreas delimitadas espacialmente
• Climatologia Sinótica
– É o estudo do clima de uma área com base no padrão de circulação
atmosférica predominante. Nova abordagem da climatologia.
• Climatologia Física
– Envolve a investigação do comportamento dos elementos do clima ou
processos atmosféricos em termos de princípios físicos. Neste, dá-se
ênfase à energia global e aos regimes de balanço hídrico da terra e da
atmosfera.
• Climatologia Dinâmica
– Utiliza o conhecimento dos movimentos atmosféricos em várias
escalas, particularmente na circulação geral da atmosfera.
SUBDIVISÕES
• Climatologia Aplicada
– Enfatiza a aplicação do conhecimento climatológico e de seus
princípios na solução de problemas práticos que afetam a
humanidade
• Climatologia Histórica
– É o estudo do desenvolvimento dos climas através dos tempos.
• Bioclimatologia
– Estuda os fenômenos climáticos que regem os mecanismos da
natureza
• Climatologia Agrícola
– Estuda os fenômenos climatológicos de importância para a produção
animal e vegetal. Segurança alimentar.
• Outras
– Climatologia das construções, climatologia urbana, climatologia
estatística.
SUBDIVISÕES
• Divisão definida pela escala dos processos
– Macroclimatologia
• Relacionada com os aspectos dos climas de amplas áreas da terra
e utilizando o conhecimento dos movimentos atmosféricos de
larga escala (mais de 1 dia e maiores que 100 km) que afetam o
clima.
– Mesoclimatologia
• Preocupada com o estudo do clima em áreas relativamente
pequenas, entre 1 a 100 quilômetros, e duração característica
entre 1 hora a 1 dia
– Microclimatologia
• Se preocupa com o estudo do clima próximo da superfície, ou em
áreas muito pequenas com até 1 quilômetro e duração de até 1
hora.
SUBDIVISÕES
• Recentemente – CLIMATOLOGIA TROPICAL
– Os trópicos foram definidos de vários modos:
• Área entre os trópicos de Câncer e Capricórnio;
• Área entre as latitudes de 30ºN e 30ºS do Equador;
• Área do mundo onde não há nenhuma estação de frio
definida, onde o inverno nunca ocorre;
• Área do mundo onde a temperatura média anual é
igual ou menos que a amplitude média diária;
• Área do mundo onde a temperatura média ao nível do
mar para o mês mais frio do ano nunca fica menor que
18ºC.
CLIMATOLOGIA ESTATÍSTICA
• Estatística – é uma coleção de métodos para
planejar experimentos, obter dados e
organizá-los, resumi-los, analisá-los,
interpretá-los e deles extrair conclusões.
(Triola, 1998)
CLIMATOLOGIA ESTATÍSTICA
• Os métodos e técnicas estatísticas são utilizadas
em climatologia basicamente para analisar o
tempo passado com o objetivo de inferir sobre o
provável comportamento, no futuro, de alguma
variável meteorológica ou climatológica;
• A aplicação destas técnicas sobre dados
meteorológicos nos trazem como vantagem a
compactação do enorme volume de dados,
medidos numa estação, em uma simples tabela
ou equação.
CLIMATOLOGIA ESTATÍSTICA
• Alguns conceitos estatísticos importantes:

• POPULAÇÃO

• AMOSTRA
CLIMATOLOGIA ESTATÍSTICA
• Alguns conceitos estatísticos importantes:
• POPULAÇÃO – é uma coleção completa de todos
os elementos a serem estudados.
• Exemplo: conhecer a altura de todos os habitantes do
Brasil.
• AMOSTRA – é uma subcoleção de elementos
extraídos de uma população.
• Exemplo: conhecer a altura de todos os homens
brasileiros.
CLIMATOLOGIA ESTATÍSTICA
• Alguns conceitos estatísticos importantes:

• Quando se trabalha com dados meteorológicos,


temos em mãos uma amostra, pois não
conhecemos a população, devido ao fato de não
haver o registro contínuo dos dados desde a
origem do Planeta Terra.
CLIMATOLOGIA ESTATÍSTICA
• Quando estamos trabalhando com estatística, em
geral, precisamos manipular uma grande
quantidade de dados.
• Precisamos, portanto, organizá-los de modo a
facilitar nosso trabalho.
• Tomemos como exemplo dessas aulas o conjunto
de dados de temperaturas médias diárias do mês
de dezembro de 2004 coletadas na estação do
IAG (localizada em Água Funda, São Paulo),
apresentada no próximo slide.
CLIMATOLOGIA ESTATÍSTICA
Tabela 1 - Dados de temperatura média diária do mês de dezembro de 2004
da estação do IAG.
CLIMATOLOGIA ESTATÍSTICA
• São apenas 31 dados, porém precisamos de
algum tempinho para identificar os valores
máximos e mínimos presentes.
CLIMATOLOGIA ESTATÍSTICA
• Para facilitar a análise destes dados vamos
organizá-los, em ordem crescente, para
posteriormente resumi-los.
• Assim, após a organização destes dados
obteremos a nova tabela.
CLIMATOLOGIA ESTATÍSTICA
Tabela 2 - Dados brutos dispostos em ordem crescente
com as respectivas freqüências.

• Dados brutos: dados que ainda


não foram numericamente
organizados. São as
observações.
• Frequência absoluta: número
de vezes que um valor aparece
num conjunto de dados.
CLIMATOLOGIA ESTATÍSTICA
• Para resumir essa quantidade de dados posso
dispô-los em uma tabela de distribuição de
frequências.
CLIMATOLOGIA ESTATÍSTICA
• Para montar esta tabela existe uma metodologia básica, siga os
passos abaixo e monte a sua tabela de distribuição de frequência
com os dados o IAG:
• Passo 1: ordenar os elementos dos dados brutos em ordem crescente,
indicando a frequência absoluta de cada elemento;
• Passo 2: determinar o número de intervalos de classes (k), utilizando a
regra de Sturges:
k  1  3,3log(n)
Onde n é o número de elementos do conjunto de dados.

• Passo 3: determinar a amplitude dos intervalos de classe (h), através


da equação abaixo.
x máx  x mín
 h
k
Onde k é o número de intervalos de classe e x e s são respectivamente o maior e
o menor valor do conjunto de dados.
CLIMATOLOGIA ESTATÍSTICA
• Utilizando os dados da tabela do IAG, devem
obter uma tabela como abaixo.
Tabela 3 – distribuição de frequências da temperatura média diária do
mês de dezembro de 2004 da estação do IAG

Dado da esquerda incluso e da direita excluso

Intervalos de classe Frequências


16,1 17,8 3
17,8 19,5 8
19,5 21,2 5
21,2 22,9 10
22,9 24,6 4
24,6 26,3 1
CLIMATOLOGIA ESTATÍSTICA
• Quando os dados brutos são apresentados como na tabela 3 (distribuição
de frequências) passam a ser chamados de dados agrupados.

• Utilizando os dados da tabela 3 é possível se obter um histograma da
referida distribuição de frequência como abaixo.
• Cada barra está centralizada no ponto médio de cada intervalo de classe.

Intervalos de classe
CLIMATOLOGIA ESTATÍSTICA
• Quando estamos estudando fenômenos, de qualquer
natureza, é bastante complexo manipularmos todos os
elementos da série, a não ser que seja uma quantidade
pequena.
• Entretanto, é importante sabermos onde os valores da
série se concentram, facilitando assim a análise.
• A estatística, fornece medidas que podem caracterizar
o comportamento dos elementos da série. Essas
medidas são chamadas de medidas de posição ou de
tendência central, que veremos a seguir.
• Essas medidas podem ser obtidas em dados não
agrupados (tabela 2) e agrupados (tabela 3).
• Comecemos com os dados não agrupados.
CLIMATOLOGIA ESTATÍSTICA
• MEDIDAS DE POSIÇÃO OU DE TENDÊNCIA
CENTRAL DE DADOS NÃO AGRUPADOS
• Essas medidas possibilitam determinar um valor
compreendido entre o menor e o maior valor da
série numérica, ou seja, o valor localizado no
centro ou no meio do conjunto de dados.
• Há diferentes maneiras de definir o centro de um
conjunto de dados, assim há diferentes
definições para as medidas que pretendemos
obter.
CLIMATOLOGIA ESTATÍSTICA
• MEDIDAS DE POSIÇÃO OU DE TENDÊNCIA
CENTRAL DE DADOS NÃO AGRUPADOS
• Média – existe diversas maneiras de se obter a
média de um conjunto de dados e a escolha do
método vai estar associado com o tipo de dado
e/ou o tipo de comportamento que é esperado.
CLIMATOLOGIA ESTATÍSTICA
• MEDIDAS DE POSIÇÃO OU DE TENDÊNCIA
CENTRAL DE DADOS NÃO AGRUPADOS
• MÉDIA
• Média aritmética ( X ) – valor obtido somando-se
todos os elementos (xi) da série e dividindo-se a soma
pelo número total de elementos (n).
x i xi = elementos da série

 X  n = número total de elementos


n
• Exercício: Calcule a média aritmética da tabela 2.
CLIMATOLOGIA ESTATÍSTICA
• A média aritmética depende de todos os
valores da série e qualquer alteração e um
deles altera também o valor da média;
• Portanto, é influenciada também pelos
valores extremos, podendo não representar
adequadamente a série.
CLIMATOLOGIA ESTATÍSTICA
• MEDIDAS DE POSIÇÃO OU DE TENDÊNCIA
CENTRAL DE DADOS NÃO AGRUPADOS
• MÉDIA
• Média harmônica ( X ) – Costuma ser usada em
conjuntos de dados que consistem de taxas de
variação, como a velocidade do vento.

n
X xi = elementos da série
 1
x
n = número total de elementos

i
• Exercício: Calcule a média harmônica da tabela 2.
CLIMATOLOGIA ESTATÍSTICA
• MEDIDAS DE POSIÇÃO OU DE TENDÊNCIA
CENTRAL DE DADOS NÃO AGRUPADOS
• MÉDIA
• Média geométrica ( X ) – Costuma ser usada em
conjuntos de dados que consistem de taxas de
variação, como a velocidade do vento.

X  x i
xi = elementos da série
n n = número total de elementos

Produtória (∏) – semelhante ao somatório, porém os elementos
são multiplicados ao invés de somados como no somatório.

• Exercício: Calcule a média geométrica da tabela 2.


CLIMATOLOGIA ESTATÍSTICA
• MEDIDAS DE POSIÇÃO OU DE TENDÊNCIA
CENTRAL DE DADOS NÃO AGRUPADOS
• MÉDIA
• Média quadrática ( X ) – Costuma ser usada em
experimentos físicos.

X 
 i
x 2 xi = elementos da série
n = número total de elementos
 n

• Exercício: Calcule a média quadrática da tabela 2.


CLIMATOLOGIA ESTATÍSTICA
• MEDIDAS DE POSIÇÃO OU DE TENDÊNCIA
CENTRAL DE DADOS NÃO AGRUPADOS
• Aos valores de média são utilizados quando:
• Desejamos obter a medida de posição que possui a
maior estabilidade;
• Houver necessidade de um tratamento algébrico
ulterior
CLIMATOLOGIA ESTATÍSTICA
• MEDIDAS DE POSIÇÃO OU DE
TENDÊNCIA CENTRAL DE DADOS NÃO
AGRUPADOS
• MEDIANA (Md) – é o elemento que ocupa
a posição central da série de dados. X1
X2
• Se a série tiver número impar de elementos a X3 Md = X 3
mediana será o valor que ocupa o meio. X4
X5
X1
• Se a série tiver número par de elementos a X2 Md = (X2 + X3)/2
mediana será obtida fazendo a média X3
aritmética dos dois valores centrais X4

• Exercício: Encontre a mediana da tabela 2.


CLIMATOLOGIA ESTATÍSTICA
• MEDIDAS DE POSIÇÃO OU DE TENDÊNCIA
CENTRAL DE DADOS NÃO AGRUPADOS
• A mediana é utilizada quando:
• Desejamos obter o ponto que divide a distribuição em
duas partes iguais;
• Há valores extremos que afetam de uma maneira
acentuada a média;
• A variável em estudo é salário.
CLIMATOLOGIA ESTATÍSTICA
• MEDIDAS DE POSIÇÃO OU DE TENDÊNCIA
CENTRAL DE DADOS NÃO AGRUPADOS
• MODA (MO) – é o valor do elemento que ocorre
com maior frequência na série. Séries em que
nenhum valor se repete é denominada amodal.
• Unimodal – apenas um valor se repete (1 moda);
• Bimodal – dois elementos se repetem (2 modas);
• Trimodal – três elementos se repetem (3 modas);
• Multimodal – mais de três elementos se repetem (4
modas ou mais).

• Exercício: Encontre a moda da tabela 2.


CLIMATOLOGIA ESTATÍSTICA
• MEDIDAS DE POSIÇÃO OU DE TENDÊNCIA
CENTRAL DE DADOS NÃO AGRUPADOS
• A moda é utilizada quando:
• Desejamos obter uma medida rápida e aproximada de
posição;
• A medida de posição deve ser o valor mais típico da
distribuição.

• A seguir vejam as expressões gráficas da moda.


CLIMATOLOGIA ESTATÍSTICA
• MEDIDAS DE POSIÇÃO OU DE TENDÊNCIA
CENTRAL DE DADOS NÃO AGRUPADOS
• PONTO MÉDIO (PM) - é o valor que está a meio
caminho entre o menor e o maior valor da série.

xmín  xmáx
PM  xmín = menor valor da série
xmáx = maior valor da série
2

• Exercício: Calcule o ponto médio da tabela 2.


CLIMATOLOGIA ESTATÍSTICA
• POSIÇÃO RELATIVA DA MÉDIA, MEDIANA E
MODA
• Através dessas medidas de posição
conseguimos obter informações sobre o
comportamento da distribuição dos
elementos da série em estudo.
CLIMATOLOGIA ESTATÍSTICA
• POSIÇÃO RELATIVA DA MÉDIA, MEDIANA E MODA
a) X = Md = MO – curva simétrica, ou seja, os dados
estão igualmente distantes da média;
b) MO < Md < X – curva assimétrica positiva, ou seja,
a maior quantidade de dados apresentam valor
numérico menor que o da média, estando
concentrados à esquerda da média;
c) X < Md < MO – curva assimétrica negativa, ou seja,
a maior quantidade de dados tem valor numérico
maior que o da média, estando concentrados à
direita da média.
CLIMATOLOGIA ESTATÍSTICA
• POSIÇÃO RELATIVA DA MÉDIA, MEDIANA E
MODA
CLIMATOLOGIA ESTATÍSTICA
• SEPARATRIZES
• A mediana além de caracterizar a série devido à
sua posição central, ela também separa a série
em dois grupos que apresentam o mesmo
número de valores.
• A partir da mediana podemos inferir algumas
condições a respeito da distribuição dos dados.
• Outras medidas, juntamente com a mediana
também nos permitem essas inferências, são os
quartis, os decis e os percentis, e todos são
conhecidos pelo nome genérico de separatrizes.
CLIMATOLOGIA ESTATÍSTICA
• SEPARATRIZES
• Quartis – valores que dividem a série em
quatro partes iguais.
– Primeiro quartil (Q1) – valor situado de tal modo
na série que uma quarta parte (25%) dos dados é
menor qe ele e as 3 quartas partes restantes
(75%) são maiores;
– Segundo quartil (Q2) – valor coindidente com a
mediana;
– Terceiro quartil (Q3) – valor situado de tal modo
na série 3 quartas partes (75%) dos dados são
menores que ele e uma quarta parte (25%) é
maior.
CLIMATOLOGIA ESTATÍSTICA
• SEPARATRIZES
• Decis (Di) – valores que dividem a série em
dez partes iguais.
• Percentis (Pi) – valores que dividem a série em
cem partes iguais.

• O quinto decil (D5) e quinquagésimo percentil


(P50) correspondem à mediana.
CLIMATOLOGIA ESTATÍSTICA
• MEDIDAS DE DISPERSÃO OU DE VARIABILIDADE
DE DADOS NÃO AGRUPADOS
• Vimos anteriormente que um conjunto de
valores pode ser convenientemente
sintetizado, por meio de procedimentos
matemáticos, em poucos valores
repesentativos – média, mediana e moda. Tais
valores podem servir de comparação para dar a
posição de qualquer elemento da série.
CLIMATOLOGIA ESTATÍSTICA
• MEDIDAS DE DISPERSÃO OU DE VARIABILIDADE
DE DADOS NÃO AGRUPADOS
• É insuficiente dar uma das medidas de posição
para caracterizar perfeitamente um conjunto
de valores.
• Então, mesmo que a média – ainda que
considerada como um número que tem a
faculdade de representar uma série de valores -
não pode, por si mesma, destacar o grau de
homogeneidade ou heterogeneidade que existe
entre os valores que compõem a série.
CLIMATOLOGIA ESTATÍSTICA
• MEDIDAS DE DISPERSÃO OU DE VARIABILIDADE
DE DADOS NÃO AGRUPADOS
• Considere os conjuntos abaixo:
– X: 70, 70, 70, 70, 70
– Y: 68, 69, 70, 71, 72
– Z: 5, 15, 50, 120, 160
• As respectivas médias tem valor: 70
• Vemos então que o conjunto X é o mais
homogêneo dos três e, que Y é mais
homogêneo que Z, pois Z apresenta valores
mais diversificados que os demais conjuntos.
CLIMATOLOGIA ESTATÍSTICA
• MEDIDAS DE DISPERSÃO OU DE VARIABILIDADE
DE DADOS NÃO AGRUPADOS
• Chamamos de dispersão, ou variabilidade, a
maior ou menor diversificação dos valores de
uma variável em torno de um valor de
tendência central tomado como ponto de
comparação.
• Então:
– X tem dispersão nula
– Y apresenta menor dispersão que Z
– Z tem a maior dispersão entre os conjuntos dados.
CLIMATOLOGIA ESTATÍSTICA
• MEDIDAS DE DISPERSÃO OU DE VARIABILIDADE
DE DADOS NÃO AGRUPADOS
• Para descrever a diversidade da série, a
estatística recorre às medidas de dispersão:

– Amplitude total;

– Desvio-padrão;

– Variância.
CLIMATOLOGIA ESTATÍSTICA
• MEDIDAS DE DISPERSÃO OU DE VARIABILIDADE
DE DADOS NÃO AGRUPADOS
• AMPLITUDE TOTAL (AT) – é a diferença entre o
maior e o menor valor da série. Quanto maior a
amplitude, maior é a dispersão dos valores.

AT  xmáx  xmín xmín = menor valor da série


xmáx = maior valor da série

– Exercício: Obtenha a AT da tabela 2.


CLIMATOLOGIA ESTATÍSTICA
• MEDIDAS DE DISPERSÃO OU DE VARIABILIDADE
DE DADOS NÃO AGRUPADOS
• Observações:
– a amplitude total é uma medida instável, pois se
deixa influenciar pelos valores extremos, que são,
na sua maioria, devidos ao acaso.
– O desvio-padrão e a variância são medidas que
fogem desta falha, pois levam em consideração a
totalidade dos valores da variável em estudo, o que
faz delas índices de variabilidade, ou dispersão,
bastante estáveis, e por isso são mais empregadas.
CLIMATOLOGIA ESTATÍSTICA
• MEDIDAS DE DISPERSÃO OU DE VARIABILIDADE
DE DADOS NÃO AGRUPADOS
– DESVIO-PADRÃO (S) – medida da magnitude do
espalhamento, ou dispersão, dos dados da série
com relação a sua média.

S
 (x  X )
i
2
X = média aritmética da série
xi = elementos da série

n 1 n = número total de elementos

– Exercício: Obtenha o desvio-padrão da tabela 2.


CLIMATOLOGIA ESTATÍSTICA
• MEDIDAS DE DISPERSÃO OU DE VARIABILIDADE DE
DADOS NÃO AGRUPADOS
• Observações do desvio-padrão:
– Interpretar o valor do desvio-padrão nem sempre é fácil.
Entretanto, se a série em estudo tiver características que
permita que seus dados sejam adaptados ao modelo
teórico de distribuição de probabilidade chamado
distribuição normal, então a análise do desvio-padrão
pode ser compreendida pela regra 68-95-99.
– Essa regra diz que: aproximadamente 68% dos dados de
uma série estão concentrados até um desvio-padrão em
torno da média, em torno de 95% dos dados distantes
até dois desvios-padrão da média e 99% distribuídos até
três desvios-padrão da média. Veja a figura a seguir.
CLIMATOLOGIA ESTATÍSTICA
• MEDIDAS DE DISPERSÃO OU DE VARIABILIDADE DE
DADOS NÃO AGRUPADOS
– Exercício:
• Plotar os dados da tabela 2 em um gráfico de linha;
• Marcar a média aritmética desta série de dados;
• Marcar os limites a um desvio-padrão da média, ( X  S ) e ( X  S )

• Marcar os limites a dois desvio-padrão da média, ( X  2 S ) e X  2 S


( )
X  3S X  3S
• Marcar os limites a três desvio-padrão da média, ( )e( )

• Calcular quantos dados da série correspondem a 68%. 95% e 99% do


conjunto;
• Comparar os resultados com a quantidade de dados dentro de cada
intervalo.
CLIMATOLOGIA ESTATÍSTICA
• MEDIDAS DE DISPERSÃO OU DE VARIABILIDADE DE
DADOS NÃO AGRUPADOS
– VARIÂNCIA – é obtida quando não extraímos a raiz
quadrada do desvio-padrão. É uma medida de mais
difícil compreensão no meu conjunto de dados, pois
sua unidade é o quadrado das unidades da série.

S 2

 (x  X )
i
2
X = média aritmética da série
xi = elementos da série

n 1 n = número total de elementos

– Exercício: Obtenha a variância da tabela 2.


CLIMATOLOGIA ESTATÍSTICA
• MEDIDAS DE DISPERSÃO OU DE VARIABILIDADE DE
DADOS NÃO AGRUPADOS
• Outras considerações relativas à distribuição dos
elementos da série podem ser inferidas, se
considerarmos que seus se ajustam a uma distribuição
de probabilidade normal.
• A curtose é o grau de achatamento de uma distribuição
normal, sendo:
• a) leptocúrtica (C>3) – curva de frequências mais
fechada que a normal;
• b) platicúrtica (C<3) – curva mais aberta que a normal;
• c) mesocúrtica (C=3) – curva normal.
• Vejam as figuras a seguir.
• Exercício: Obtenha a curtose para a tabela 2.
CLIMATOLOGIA ESTATÍSTICA
• MEDIDAS DE DISPERSÃO OU DE VARIABILIDADE
DE DADOS NÃO AGRUPADOS
• Curtose (C) – é definada pela razão entre o
quarto momento (m4) e o desvio-padrão da
série na quarta potência (S4)
m4  (x  X ) 2

C 4
i
S
n 1

s m4 
 i
( x  X ) 4

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