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Comportamento reprodutivo

Sexo e gênero
• Comumente usados como sinônimos, os termos sexo e gênero
reportam a condição macho ou fêmea de um indivíduo.
• Segundo a maior parte dos dicionários, podemos resumir sexo como
a conformação particular que distingue o macho da fêmea ou
masculino do feminino, nos animais e nos vegetais, atribuindo-lhes
um papel determinado na geração, e conferindo-lhes certas
características distintivas.
• O gênero é definido através das diversas características biológicas e
atributos que distinguem um macho de uma fêmea, incluindo a
natureza dos cromossomos sexuais, a anatomia das gônadas e os
órgãos genitais, ou seja, os conceitos são um tanto semelhantes.
• Uma tendência é aplicar o termo sexo para a condição biológica
(cromossomos XX ou XY) e incluir em gênero as questões
comportamentais.
• É fundamental, no entanto, considerar nossa identidade de gênero.
• As características sexuais de um ser humano são transmitidas
geneticamente pelo resultado da combinação do par de cromossomos
que determina o sexo.
• Anatomia dos órgãos sexuais
masculinos.
• Caracteres sexuais secundários:
• (Testosterona)
Pêlos, massa muscular e voz
Órgãos sexuais femininos

• Os caracteres sexuais secundários


• (Estrogênio e progesterona)
Mamas, estrutura corporal arredondada, etc.
Curiosidades
• Um gene chamado SRY está presente na região determinante do sexo
no cromossomo Y, ele é responsável pela produção de uma proteína
chamada fator de determinação testicular, participando, junto a
outros genes, da formação de organismos geneticamente masculinos.
• A elevação dos níveis de testosterona em fetos é fundamental para
viabilizar a sua masculinização e, na adolescência, picos deste
hormônio nos meninos determinam o amadurecimento das
características sexuais secundárias.
• A calvície em homens é determinada geneticamente, mas depende da
ação da testosterona para se estabelecer.
• As mulheres possuem aproximadamente 10% da quantidade de
testosterona encontrada nos homens.
• A maior parte dos contraceptivos orais atua inibindo a secreção de
FSH e LH, o que impede a oocitação (ovulação) e, desta forma, evita a
gravidez indesejada.
Regulação hormonal no ciclo reprodutivo feminino

• Hormônios produzidos pelo eixo Hipotalâmico- hipofisário

(FSH) Hormônio folículo estimulante


(LH) Hormônio luteinizante

• Hormônios produzidos pelo ovário

(Estrogênio)
(Progesterona)
• FSH: A escamação do endométrio determina o início de um novo ciclo
mensal feminino e é reportada como menstruação (marca 1º dia do
novo ciclo), esse período varia entre as mulheres, durando entre 3 e 7
dias.
• Durante estes dias de escamação, a hipófise inicia gradualmente a
liberação de FSH, que progressivamente eleva suas taxas na corrente
sanguínea e, ao encontrar receptores nos ovários dispara uma
mensagem química fundamental: folículos ovarianos devem
amadurecer.
• LH: Com a elevação de LH circulante verificamos a oocitação
(reportada antigamente por ovulação): o oócito (antigo óvulo) sai do
ovário e é encaminhado para a tuba uterina para aguardar a
fertilização. Ocorre aproximadamente no 14º dia do ciclo (em
mulheres “relógio” com ciclo de 28 dias).
• Estrogênio: Conforme esses folículos crescem, eles produzem e liberam
na corrente sanguínea os estrogênios, que sinalizam quimicamente ao
hipotálamo que já é o momento de autorizar a hipófise a liberar LH.
• Progesterona: No local onde ele foi liberado do ovário se forma o corpo
lúteo (ou corpo amarelo) que continuará produzindo estrogênios e
passará a produzir também progesteronas.
• Este corpo amarelo atingirá seu máximo de desenvolvimento
aproximadamente sete dias após a ovulação.
• Estrogênio e progesterona atuam em conjunto sobre o útero,
preparando o endométrio para uma possível implantação, caso ocorra
uma gravidez, além disso, as altas taxas desses hormônios exercem um
efeito inibidor sobre a hipófise, que diminui drasticamente a produção
de FHS e LH.
• Caso ocorra uma gestação: O corpo amarelo persistirá, sob o
comando da beta-gonadotrofina coriônica humana (produzida pelo
concepto recém-implantado), produzindo os hormônios que irão
garantir que o útero não sofrerá contrações e garantirá tempo para a
placenta se formar e assumir definitivamente a produção dos
hormônios gestacionais.
• Caso não ocorra uma gestação:
O corpo amarelo deixará de produzir
os hormônios, o que determinará uma
nova escamação uterina.
Bases neurais dos comportamentos sexuais
• O comportamento sexual em homens e mulheres é controlado por
ações conjuntas de diversas estruturas do nosso sistema nervoso.
• O córtex cerebral tem papel importante, sendo o sítio onde as ideias
eróticas surgem e se diversificam.
• A medula espinhal tem papel determinante, pois por ela seguem as
aferências para o cérebro (estímulos táteis, por exemplo) e os
comandos que determinarão as eferências (ereção do pênis e clitóris,
por exemplo).
Diferenciação sexual do sistema nervoso
• As diferenças são sutis, para compreender as diferenças
morfofisiológicas você deverá responder atentamente ao
questionário:
• 1- Qual o papel do músculo BC (Bulbocavernoso) em homens e
mulheres?
• R: Músculo BC envolve o Bulbo Peniano no homem e o Bulbo
Vestibular na mulher.
• 2- O Núcleo de Onuf é semelhante em homens e mulheres? Qual a
sua função?
• R: Grupo de neurônios motores que controlam os músculos
Bulbocavernosos em humanos. Está localizado na região sacral da
medula espinal. O Núcleo de Onuf é dimórfico porque os músculos
BC masculinos são maiores do que os femininos pois, há mais
neurônios motores em homens que em mulheres. Nos homens
trabalha para a ereção peniana e ajuda na micção, nas mulheres
circunda a abertura da vagina e serve para contraí-la.
• Qual a diferença na forma da área pré-optica do Hipotálamo Anterior
quando comparamos ratos machos e fêmeas?
• R: Em fêmeas: A lesão da área pré-óptica interrompe o ciclo estral. Em
machos: Reduz a frequência de cópulas. O núcleo sexualmente
dimórfico (SDN) é de 5 a 8 vezes maior em machos do que em
fêmeas.
4- O que é INAH? São grupos de neurônios.
• R: Núcleo Intersticiais do Hipotálamo Anterior.

• 5- As diferenças morfológicas entre os cérebros masculino e feminino


são muitas e de fácil observação? Por quê?
• R: Como regra, dimorfismos sexuais do encéfalo são difíceis de provar,
porque encéfalos de machos e fêmeas são muito semelhantes e porque
dentro das populações de encéfalos, de machos e fêmeas há uma
• Outras questões interessantes são aquelas relacionadas a um possível
dimorfismo sexual cognitivo, diversas pesquisas tentam mostrar, ainda sem
muito sucesso, que o desempenho de homens e mulheres tende a ser
diferente em determinadas tarefas.
• Abaixo, você confere alguns exemplos, mas é fundamental ressaltar que
essas pesquisas ainda não foram plenamente comprovadas.
Homens tendem a ter melhor desempenho em leitura de mapas, aprendizado
de labirintos e no raciocínio matemático.
Mulheres tendem a ter melhor desempenho em tarefas verbais.
Orientação sexual

• Pesquisas sugerem que o comportamento homossexual se apresenta


desde a infância.
• Lembra-se do INAH? Pois é... Esta é uma região do cérebro que
parece estar envolvida no processo de comportamento homossexual,
em homossexuais masculinos o INAH-3 apresenta o mesmo tamanho
do esperado para mulheres, ou seja, possui metade do tamanho
esperado em um homem heterossexual, no entanto, essa diferença só
pode ser percebida na idade adulta.
• Outras pesquisas demonstram que pode haver alguma tendência
genética na determinação do comportamento homossexual na vida
adulta, principalmente quando os casos ocorrem na família da mãe
(principalmente tios e primos).
• Entretanto, pesquisas com gêmeos idênticos, não revelam a mesma
orientação sexual em ambos, o que revela que muito ainda há que ser
pesquisado para compreender esse tema.
Fisiopatologia dos transtornos sexuais e
parafilias
• As parafilias, antigamente chamadas de perversões sexuais, são
atitudes sexuais diferentes daquelas permitidas pela sociedade, sendo
que as pessoas que as praticam não têm atividade sexual normal, ou
seja, a sua preferência sexual "desviada" se torna exclusiva.
• Tais atitudes (exceto a pedofilia) podem estar presentes em pessoas
com vida sexual normal, apenas sendo uma variação da maneira de se
obter prazer, sem que se caracterize um transtorno.

• Para se tornar patológica essa preferência deve ser de grande


intensidade e exclusiva, isto é, a pessoa não se satisfaz ou não
consegue obter prazer com outras maneiras de praticar a atividade
sexual.

• É importante ressaltar que ela se torna exclusiva porque exclui o


normal, mas pessoas parafílicas podem ter dois ou mais tipos de
parafilias ao mesmo tempo
• As parafilias são praticadas por uma pequena porcentagem da
população, mas como essas pessoas cometem atitudes parafílicas com
muita frequência e repetição, tem ocorrido um grande número de
vítimas delas.

• É importante ressaltar que essas condições só serão consideradas


doenças quando elas forem a única forma de sexualidade do indivíduo,
e que a tentativa dele em recorrer a outras formas de sexualidade para
obter prazer sexual geralmente serão fracassadas, o que levará a
pessoa a continuar insistindo na mesma atitude.
• As parafilias decorrem de alterações psicológicas durante as fases iniciais do
crescimento e desenvolvimento da pessoa.

• Em geral pessoas que apresentam tais problemas não buscam tratamento


espontaneamente, o que só acontecerá quando seu comportamento gerar conflitos
com o parceiro sexual ou com a sociedade.

• Sendo assim, tais pessoas aparecem em consultórios psiquiátricos trazidas contra


sua vontade ou são presas por serem flagradas ou denunciadas.
• O tratamento se constitui em tratamentos psicológicos (psicanálise, psicoterapias)
e, ou uso de algumas medicações.

• O tratamento dependerá da avaliação do caso específico de cada paciente e em


geral não se consegue uma boa resposta, ou seja, é muito difícil ter melhoras
nesses casos.
• Existem várias causas diferentes para distúrbios sexuais em homens e
mulheres que podem ser divididos em três categorias:

• Causas físicas
• Causas psicológicas
• Causas hormonais

• Nas causas físicas estão:

• -Distúrbios neurológicos, como esclerose múltipla


• -Uso de certos medicamentos ou drogas ilícitas
• -Lesões
• Causas psicológicas
• Referem-se a fatores que resultam em excesso de estresse, ansiedade
ou problemas mentais nesses casos são:
• Trauma ou abuso sexuais no passado
• Transtorno de ansiedade
• baixa autoestima e falta de confiança
• Depressão

• Causas hormonais
• Tumores cerebrais
• Hipertireoidismo
• Hipotireoidismo
• Distúrbios da glândula suprarrenal

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