Você está na página 1de 84

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ

CENTRO DE TECNOLOGIA – CT
CURSO: ENGENHARIA DE MATERIAIS
DISCIPLINA: DESENHO TÉCNICO

AULA 3 – NORMAS E CONVENÇÕES DE


DESENHO TÉCNICO

PROFESSOR: SAMUEL CAMPELO DIAS


Normas e Convenções

Objetivo das normas e convenções

 Padronização dos processos

 Transmitir com exatidão todas as características do objeto

 Melhorar a comunicação entre fabricante e cliente

 Redução no tempo de projeto, custo da produção e produto final

2
Normas e Convenções

Objetivo das normas e convenções

 Melhoria da qualidade do produto

 Utilização adequada dos recursos disponíveis

 Procedimentos para cálculos e projetos

 Controle de processos

3
Normas e Convenções

4
Normas e Convenções

Outras normas:

 BS – Normas Britânicas (British Standards);

 DIN – Instituto Alemão para Normalização (Deutsches Institut für


Normung);

 JIS – Normas da Indústria Japonesa (Japan Industry Standards).

5
Normas e Convenções de Desenho Técnico
ABNT - NBR’s

 NBR 10067: 1995 – Princípios gerais de representação em desenho


técnico - Procedimento
 NBR 16752: 2020 – Desenho técnico — Requisitos para apresentação
em folhas de desenho
 Substitui a NBR 10068: 1987 - Folha de desenho - Layout e dimensões –
Padronização e NBR 10582: 1988 - Desenho técnico — Requisitos para
apresentação em folhas de desenho

6
Normas e Convenções de Desenho Técnico
ABNT - NBR’s

 NBR 8403: 1984 - Aplicação de linhas em desenhos - Tipos de linhas


- Larguras das linhas – Procedimento
 NBR 8402: 1994 - Execução de caractere para escrita em desenho
técnico – Procedimento
 NBR 12298: 1995 - Representação de área de corte por meio de
hachuras em desenho técnico – Procedimento
 NBR 10126: 1987 - Cotagem em desenho técnico – Procedimento

7
NBR 10067: 1995
NBR 10067: 1995

Princípios gerais de representação em desenho técnico – Procedimento

Fixa a forma de representação aplicada em desenho técnico

Método de projeção ortográfica

Fig. 1 - 1º diedro Fig. 2 - 3º diedro

9
NBR 10067: 1995

 Cor de representação do desenho técnico – Preta (se houver outras cores –


legenda)

 Denominação das vistas

a) Vista frontal (VF)

b) Vista superior (VS)

c) Vista lateral esquerda (VLE)

d) Vista lateral direita (VLD)

e) Vista inferior (VI)

f) Vista posterior (VP) Fig. 3 – Denominação das vistas


10
NBR 10067: 1995
Posição relativa das vistas no 1º diedro (Fixando a vista frontal “A”)

Fig. 4 – Vistas 1º diedro 11


NBR 10067: 1995
Posição relativa das vistas no 3º diedro (Fixando a vista frontal “A”)

Fig. 5 – Vistas 3º diedro


12
NBR 10067: 1995

Vistas Especiais

Fig. 6 – Vistas fora de posição

13
NBR 10067: 1995

Vistas Especiais

Fig. 7 – Vista auxiliar

14
NBR 10067: 1995

Vistas Especiais

Fig. 8 – Vista de elementos repetitivos

15
NBR 10067: 1995

Vistas Especiais

Fig. 9 – Vista com detalhe ampliado

16
NBR 10067: 1995

Vistas Especiais

Fig. 10 – Vistas com linhas de interseção

17
NBR 10067: 1995

Vistas Especiais

Fig. 11 – Linha diagonais contínuas nas extremidade do eixo

(Identificação de faces laterais de um prisma,


tronco de pirâmide ou rebaixo)

18
NBR 10067: 1995

Vistas Especiais

Fig. 12 – Vista com indicação de furo passante

19
NBR 10067: 1995

Vistas Especiais

Fig. 13 – Vista de peças simétricas

20
NBR 10067: 1995

Vistas Especiais

Fig. 14 – Vista de peças adjacentes

21
NBR 10067: 1995

Vistas Especiais

Fig. 15 – Vista de peças com contorno desenvolvido

22
NBR 10067: 1995

Vistas Especiais

Fig. 16 – Vista de peças encurtadas

23
NBR 10067: 1995

Vistas Especiais

Fig. 17 – Vista de peças encurtadas (cônicas e inclinadas)

24
NBR 10067: 1995

Cortes e Seções

Fig. 18 – Vistas com plano de corte (AA) e corte


25
NBR 10067: 1995

Cortes e Seções

Fig. 19 – Corte de elementos simetricamente distribuídos


26
NBR 10067: 1995

Cortes e Seções

Fig. 20 – Meio-corte de elementos


27
NBR 10067: 1995

Cortes e Seções

Fig. 21 – Cortes parciais de elementos


28
NBR 10067: 1995

Cortes e Seções

Fig. 22 – Cortes em desvio


29
NBR 10067: 1995

Cortes e Seções

Fig. 23 – Contorno da seção dentro da própria vista


30
NBR 10067: 1995

Cortes e Seções

a) b)

Fig. 24 – Contorno da seção deslocado da própria vista, a) próxima e ligado por meio de linha estreita-
traço-ponto e b) numa posição diferente (convencional)
31
NBR 10067: 1995

Cortes e Seções
b)
a)

Fig. 25 – Corte de seções sucessivas em a) e b)

32
NBR 16752: 2020
NBR 16752: 2020
 Desenho técnico — Requisitos para apresentação em folhas de desenho

Especifica o formato das folhas de desenho e os elementos gráficos, a


localização e a disposição do espaço para desenho, espaço para
informações complementares e legenda, o dobramento de cópias e o
emprego de escalas a serem utilizadas em desenhos técnicos.
DEFINIÇÕES

Escala – relação entre as dimensões apresentado no desenho técnico e as


dimensões reais de certo elemento
Ampliação: escala do desenho técnico maior que a escala real
Redução: escala do desenho técnico menor que a escala real
Natural: escala com relação 1:1, dimensão do desenho igual a dimensão real
34
NBR 16752: 2020
 Formato: dimensões da folha de desenho

 Legenda, carimbo, etiqueta, rótulo, selo: quadro provido de campos onde


são escritos os principais dados sobre o desenho, como título, número,
responsável, entre outros
 Margem: espaço compreendido entre o quadro e a borda da folha de desenho

 Quadro: retângulo que determina o espaço útil e demarca as margens da


folha de desenho
 Sistema de ref. por malha: sistema que permite localizar qualquer elemento
do desenho por meio de um par ordenado alfanumérico
35
NBR 16752: 2020
 Folhas de desenho – formatos
Formatos da série ISO-A
Formato básico: 1m² (841mm x 1.189mm)
Podem ser utilizados na vertical ou horizontal
Tabela 2 – Dimensões, margens, espaço para desenho e largura
da linha do quadro
Margem (mm) Espaço
Largura linha
Dimensões Direita, para
Formato Esquerda do quadro
(mm) superior e desenho
(mm) (mm)
inferior (mm)
A0 841 x 1189 20 10 821 x 1159 1,0
A1 594 x 841 20 10 574 x 811 1,0
A2 420 x 594 20 10 400 x 564 0,7
A3 297 x 420 20 10 277 x 390 0,7
A4 210 x 297 20 10 180 x 277 0,7
36
NBR 16752: 2020

 Sistema de
referência por malhas
Tem função de facilitar a
localização de detalhes,
cortes, vistas, revisões e
informações no desenho, por
meio de coordenadas
alfanuméricas
Designação A0 A1 A2 A3 A4 Medidas de 5mm de largura e 50mm de
Lado maior 24 16 12 8 6  comprimento a partir dos eixos de simetria da
Lado menor 16 12 8 6 4
folha de desenho 37
NBR 16752: 2020
 Observações:
 Para identificar as malhas devem utilizar letras e números;
 Os campos individuais devem ser referenciados de cima para baixo com letras
maiúsculas e da esquerda para direita com números em ambos os lados da folha;
 As letras “I” e “O” não podem ser utilizadas;
 Para o formato A4 utilizam-se apenas o lado superior e o lado direito;
 As letras e números devem ser escritos na vertical e tamanho nominal de 3,5mm;
 Se o número das divisões exceder o número de letras do alfabeto, adotar AA, AB,
AC...;
 A identificação do formato deve ser indicada no campo inferior direito da malha.

38
NBR 16752: 2020

 Marcas de corte e
dobramento
As marcas de corte servem para
regular o corte das folhas de
desenho (manual e automática).
São dispostas nas extremidades
das margens nos quatro cantos da
folha. As marcas de dobramento
servem para facilitar o
dobramento das folhas de
39
NBR 16752: 2020
 Conteúdo e disposição dos espaços na folha de desenho
O espaço da folha de desenho é dividido em:
a) espaço para desenho
b) legenda
c) espaço para informações complementares quando necessário

40
NBR 16752: 2020
 Informações que devem constar na legenda
a) proprietário legal e/ou empresa (nome, marca fantasia ou logotipo)
b) título
c) número de identificação
d) tipo de documento
e) responsável(eis) pelo conteúdo
f) autor e aprovador
g) projetista, desenhista e verificador
h) data de emissão
i) escala
j) número ou indicação sequencial da folha
k) nome do responsável técnico, título profissional e registro no órgão de classe, quando
aplicável
41
NBR 16752: 2020
 Informações adicionais à legenda para atender especificidades do
desenho
a) subtítulo
b) dados do projeto (nome, localização ou outro)
c) classificação ou palavra-chave (números, registros ou códigos)
d) local, data e assinatura
e) indicação do método de projeção
f) nome do arquivo eletrônico
g) unidade de medida utilizada, se aplicável
h) índice da versão ou revisão
i) total de folhas
j) idioma

Obs.: A legenda deve está posicionada na horizontal e situada no canto inferior direito do 42
quadro, apresentado em todos os formatos, 180mm de comprimento e altura variável
NBR 16752: 2020

Fig. 27 – Carimbo do papel de desenho técnico


43
NBR 16752: 2020
 Espaço para informações complementares
a) explicações

b) instruções

c) referências gerais

d) desenho esquemático

e) lista de itens

f) tabela de revisões

Obs.: O espaço para informações complementares normalmente deve ser alocado próximo
à margem direita e acima da legenda. A largura do espaço deve ser no máximo igual à
largura da legenda, ou seja, 180mm.
44
NBR 16752: 2020
 Emprego de escalas
Redução Natural Ampliação
A escala a ser escolhida
1:2 1:1 2:1
depende da complexidade do
1:5 5:1
objeto ou elemento a ser 1:10 10:1
representado e da finalidade
NOTA: As escalas desta tabela podem ser reduzidas ou ampliadas à razão de 10
da apresentação.


No desenho utiliza-se a
palavra “ESCALA” para indica- São considerados escalas de redução ou ampliação válidas por esta Norma
os valores 2, 5, 10, 20, 50, 100, 200, 500, 1.000, 2.000, 5.000 e os seus
la ou sua abreviação “ESC”.
múltiplos à razão de 10

45
NBR 16752: 2020

 Dobramento da folha de desenho

 Para arquivamento (formato A4)

 As legendas devem estar visíveis

 Iniciam do lado direito e verticalmente

 Canto superior esquerdo dobrado para trás (A0, A1 e A2)

 Formatos estendidos devem ser feitos de acordo com o formato de origem

46
NBR 16752: 2020

47
NBR 16752: 2020

48
NBR 16752: 2020

49
NBR 16752: 2020

50
NBR 10126: 1987
NBR 10126: 1987
Cotagem em desenho técnico – Procedimento

 Fixa os princípios gerais de cotagem a serem aplicados em todos os desenhos

DEFINIÇÕES

 Cotagem - Representação gráfica no desenho da característica do elemento,


através de linhas, símbolos, notas e valor numérico numa unidade de medida
 Funcional: Essencial para a função do objeto ou local

 Não funcional: Não essencial para funcionamento do objeto

 Auxiliar: não influi nas operações de produção ou de inspeção


52
NBR 10126: 1987

Fig. 32 – Elementos com cotas funcionais, não funcionais e auxiliares


53
NBR 10126: 1987
Observações sobre sua aplicação:
 Toda cotagem deve ser representada diretamente no desenho;

 A cotagem deve ser localizada na vista ou corte que represente mais claramente o
elemento;
 Desenhos de detalhe devem utilizar a mesma unidade de medida (mm, cm, m...);

Fig. 32 – Representação de elementos cotados


54
NBR 10126: 1987
Método de execução:
Incluem a linha auxiliar, linha de cota (NBR 8403) limite da linha de cota e a cota


Linhas auxiliares e cota,
sempre que possível, não
Fig. 33 – Representação dos elementos devem cruzar com outras
que constituem as cotas dos desenhos linhas
técnicos
55
NBR 10126: 1987
Método de execução: - A linha de centro e a linha de contorno, não devem
- A indicação dos limites da linha de cota ser usadas como linha de cota, porém, podem ser
é feita por meio de setas ou traços usadas como linha auxiliar
oblíquos

- As linhas não devem ser interrompidas

- Somente uma seta de limitação da linha de cota é


utilizada na cotagem de raio

56
NBR 10126: 1987
Método de execução:
- Cotagem inclinada

Fig. 34 – Representação dos elementos


com cotas inclinadas

57
NBR 10126: 1987
Método de execução:
- Cotagem angular

Fig. 35 – Representação dos elementos


com cotas angulares
58
NBR 10126: 1987
Método de execução:
- Cotagem com símbolos

Fig. 36 – Representação dos elementos


com cotas e símbolos
59
NBR 10126: 1987
Método de execução:
- Cotagem com coordenadas

Fig. 37 – Representação dos elementos


com cotas coordenadas
60
NBR 10126: 1987
Método de execução:
- Cotagem com coordenadas

61
NBR 10126: 1987
Método de execução:
- Cotagens diversas

Fig. 38 – Representação dos elementos


com cotas diversas
62
NBR 10126: 1987
Método de execução:
- Cotagens diversas

Fig. 38 – Representação dos elementos


com cotas diversas (cont.) 63
NBR 10126: 1987
Método de execução:
- Cotagens diversas

Fig. 38 – Representação dos elementos


com cotas diversas (cont.) 64
NBR 10126: 1987
Método de execução:
- Cotagens diversas

Fig. 38 – Representação dos


elementos com cotas diversas (cont.) 65
NBR 10126: 1987
Método de execução:
- Cotagens diversas

Fig. 38 – Representação dos elementos


com cotas diversas (cont.) 66
NBR 8403: 1984
NBR 8403: 1984

 Aplicação de linhas em desenhos - Tipos de linhas - Larguras das linhas –


Procedimento

Fixa o tipo e escalonamento de larguras de linhas para uso em desenhos


técnicos e documentos semelhantes

68
NBR 8403: 1984
Tipos de linhas
Tabela 3 – Tipos de linhas

69
NBR 8403: 1984
Tipos de linhas

70
NBR 8403: 1984
Tipos de linhas

71
NBR 8403: 1984
Tipos de linhas

72
NBR 8403: 1984
Tipos de linhas

Fig. 28 – Desenhos com demonstrativos de linhas conforme tabela 3


73
NBR 8403: 1984
Tipos de linhas

Fig. 28 – Desenhos com demonstrativos de linhas conforme tabela 3 (cont.)


74
NBR 8402: 1994
NBR 8402: 1994

Execução de caractere para escrita em desenho técnico


Fixa as condições exigíveis para a escrita usada em desenhos técnicos e
documentos semelhantes
Tabela 4 – Proporções e dimensões de símbolos gráficos

76
NBR 8402: 1994

Fig. 29 – Escrita com suas proporções e dimensões conforme tabela 4


77
NBR 8402: 1994

78
NBR 12298: 1995
NBR 12298: 1995

Representação de área de corte por meio de hachuras em desenho


técnico – Procedimento

Fixa as condições exigíveis para representação de áreas de corte em desenho técnico

Hachuras – linhas ou figuras com o objetivo de representar tipos de materiais em áreas de


corte em desenho técnico

Fig. 30 – Vistas com hachuras (elementos cortados)


80
NBR 12298: 1995

Fig. 31 – Hachuras comumente utilizadas


81
NBR 8404: 1984
NBR 8404: 1984

Indicação do estado de superfícies em desenhos técnicos – Procedimento


Fixa os símbolos e indicações complementares para a identificação do
estado de superfície em desenhos técnicos

Fig. 39 – Elemento com indicação do tipo


de superfície 83
Ceramics International 45 (2019) 20386–20395

REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 8402: Execução de Caractere para Escrita em Desenho
Técnico. Rio de Janeiro, 1994.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 8403: Aplicação de Linhas em Desenho - Tipos de Linhas -
Larguras das linhas. Rio de Janeiro, 1984.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 8404: Indicação do estado de superfícies em desenhos
técnicos - Procedimento. Rio de Janeiro, 1984.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 10067: Princípios gerais de representação em desenho
técnico – Procedimento. Rio de Janeiro, 1995.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 10126: Cotagem em Desenho Técnico. Rio de Janeiro, 1987.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 12298: Representação de área de corte por meio de
hachuras em desenho técnico – Procedimento. Rio de Janeiro, 1995.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 16752: Desenho técnico — Requisitos para apresentação em
folhas de desenho. Rio de Janeiro, 2020.

CATAPAN, M. F; STROBEL, C. S; SANTANA, F. E. Desenho Técnico no contexto das engenharias. 1. ed. São José dos
Pinhais: Brazilian Journals Publicações de Periódicos e Editora, 2020.
84

Você também pode gostar