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DONS DO ESPÍRITO SANTO

1 Coríntios 12. 8-11


DONS DO ESPÍRITO SANTO
• DOM ESPIRITUAL
• Dom: Dádiva, presente; capacidade,
habilidade especial que nos é dado por Deus
para realizar determinada função; poder,
virtude. Dons (do grego “Χάρισμα” charisma)
– poderes espirituais dados pelo Espírito aos
filhos de Deus. (1 Pe 4.10).
• CAPACIDADE PERFEITA concedida pelo Espírito
Santo aos crentes indistintamente por ocasião
do novo nascimento.
DONS DO ESPÍRITO SANTO
OS DONS DO ESPÍRITO SANTO E SUAS CLASSES

• DONS DE REVELAÇÃO OU DO SABER


– Palavra da Sabedoria
– Palavra do Conhecimento
– Discernimento de espíritos

• DONS DE ELOCUÇÃO OU VERBAL


– Profecia
– Variedades de Línguas
– Interpretação das Línguas

• DONS DE PODER
– Dons de Curar
– Operação de Milagres
– Fé
DONS DO ESPÍRITO SANTO
• DONS DE REVELAÇÃO OU DO SABER
• 1. PALAVRA DA SABEDORIA
– Há uma concepção errada quanto a descrição deste dom,
pois comumente ouvimos dizer "dom de sabedoria",
porém a Palavra de Deus afirma "Porque a um é dada,
mediante o Espírito, a palavra de sabedoria...”
(1 Co 12.8).
• Há 03 (três) tipos de sabedoria:
– a) A sabedoria humana, que se limita aos interesses desta
vida (Tg 3.13-15);
– b) A sabedoria satânica, que é sempre usada com
propósitos definitivamente malignos (Tg 3.13-15);
– A sabedoria divina (que é empregada objetivando meios
para o engrandecimento do Reino de Deus). (Tg 3.17)
DONS DO ESPÍRITO SANTO
• 1.1 - O dom da "Palavra da Sabedoria" baseia-se
no fato que Deus, na sua presciência, tem perante
Si fatos e ocorrências da terra e do céu, do
presente e do futuro, do tempo e da eternidade. (SI
139.7-12; 1 Pe 1.20).
• Exemplos da manifestação deste "dom" na pessoa
de Cristo:
– a) Manifestou-se quando Ele confundiu o seus
opositores na questão acerca do batismo de
João. (Mt 21.23-27);
– b) Na questão do tributo. (Mt 22.17-21).
DONS DO ESPÍRITO SANTO
• 1.2 - O dom da "Palavra da Sabedoria" capacita
o crente a perceber, falar e agir em
circunstâncias que os elementos naturais
tornam-se inúteis. O homem pode obter
sabedoria divina através de estudo cuidadoso
das Escrituras, ouvindo mensagens inspiradas
ou lendo obras escritas por homens de grande
cultura espiritual, mas a "Palavra de Sabedoria"
é dada sobrenaturalmente, é uma concessão do
Espírito Santo. (Lc 21.12,15).
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• 2. PALAVRA DO CONHECIMENTO
• 2.1. A Palavra do Conhecimento é a revelação de
ações e fatos que se baseiam no perfeito
conhecimento de Deus. Este "dom" envolve uma
aplicação sobrenatural de fatos que, no momento,
nenhum indivíduo poderia aprender por qualquer
meio natural (1 Co 12.7).
• A origem deste "dom" é a onisciência de Deus, um
dos Seus atributos divinos. (SI 147.5; Jr 17.10; Hb
4.13).
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EXEMPLOS DA MANIFESTAÇÃO DESTE "DOM“
NA PESSOA DE CRISTO
• Soube que Natanael estivera debaixo da figueira.
(Jo 1.47,48);
• Sabia da condição moral e espiritual da mulher
samaritana. (Jo 4.17,18);
• Revelou que Lázaro estava morto. (Jo 11.11-14);
• Revelou onde deveriam reunir-se para celebrar a
última páscoa. (Lc 22.7-13).
• Revelou a armadilha de Satanás contra Pedro e que o
negaria três vezes. (Lc 22.31-34)
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• 2.2. As faculdades intelectuais do homem são
úteis ao trabalho, mas a "Palavra do
Conhecimento" vem por concessão do Espírito
Santo. Este "dom" é sempre resultado da
manifestação do elemento espiritual.
(1 Co 12.11).
DONS DO ESPÍRITO SANTO
• 3. DISCERNIMENTO DE ESPÍRITOS

• Muitas pessoas falham na concepção real


deste "dom". Pensam erradamente que
relaciona-se com o julgamento das relações
humanas. (Mt 7.1­-5).
DONS DO ESPÍRITO SANTO
VEJA A SEGUIR O QUE O DOM DE
DISCERNIMENTO DE ESPÍRITOS NÃO É:
• a) Discernimento de espírito não é habilidade
para descobrir falhas alheias;
• b) Discernimento de espírito não é capacidade
para ler os pensamentos das pessoas;
• c) Discernimento de espírito nada tem a ver
com os fenômenos espiritualistas;
• d) Discernimento de espírito não se relaciona
com psicologia.
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• 3.1. A NATUREZA DO DOM DE DISCERNIR:
• Esta manifestação assim como as demais está
no domínio do sobrenatural, o sentido
etimológico da palavra é, literalmente, "julgar
corretamente". (1 Cr 28.9; Jr 17.10).
• Discernimento de espírito é atributo de Deus
pelo qual Ele conhece todas as coisas e tem
autoridade para julgar. (Rm 2.16; Hb 4.12,13).
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• 3.2. SUA FUNÇÃO NA IGREJA:

• É a capacidade de ver ou sentir pejo Espírito


Santo, o que motiva alguém a fazer ou dizer
algo, é a habilitação dada pelo Espírito, para
conhecer a verdadeira fonte e natureza das
manifestações espirituais. (1 Jo 4.1);
• Discernir se as palavras ou ações procedem de
Deus, pois Satanás tem enganado a muitos.
(1 Tm 4.1,2; 2 Pe 2.1-3).
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• 3.3. EXEMPLOS BÍBLICOS DA MANIFESTAÇÃO
SOBRENATURAL DESTE DOM:
• Pedro denuncia a mentira de Ananias e Safira
(At. 5.1-10)
• Pedro denuncia a Simeão, o mágico.
(At 8.18-23);
• Paulo discerniu que Elimas era "filho do
Diabo". (At 13.9,10);
• Paulo desmarcara o inimigo disfarçado.
(At 16.16-18).
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DONS DE ELOCUÇÃO OU VERBAL
• 4. PROFECIA
• Deriva do termo grego: "PROPHETEUNEIN"
que significa, literalmente: "falar em nome de
alguém, em favor de outrem".
• 4.1. Não tem finalidade de estabelecer
normas. Não há nenhum registro no Novo
Testamento que indique ser função dos
profetas na Igreja, a de servirem como guias.
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• 4.2. Nos dias atuais não existe ministério profético, pois
segundo a Palavra do Senhor o último profeta foi João
Batista (Mt 11.13; Lc 16.16), o que vemos hoje é uma
concessão do Espírito Santo e tem função preditiva e não
diretiva.
• 4.3. Não é infalível o "dom de profecia" - há concepção
errada quanto a manifestação desse "dom". Notemos que a
profecia, embora sendo a manifestação da mente divina,
envolve o falível (homem). A inspiração não exclui a
participação do espírito humano. O Espírito de Deus é
infalível, mas o do homem não o é. Se a mesma fosse
infalível não haveria necessidade de julgamento. (1 Co
14.29-33).
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• 4.4 - O homem recebe a mensagem do
Espírito Santo e transmite, racionalmente,
por isso Paulo afirma: “os espíritos dos
profetas estão sujeitos aos próprios
profetas". (1 Co 14.32).

• 4.5 - A profecia edifica, consola e exorta.


(1 Co 14.3).
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• 5. DOM DE LÍNGUAS OU VARIEDADES DE
LÍNGUAS. (1 Co 12.10).
• Façamos uma distinção entre "sinal" e "dom de
línguas". O primeiro refere-se à experiência que
evidência o batismo com o Espírito Santo, o
segundo possui caráter congregacional, porque
fala a todos para edificação da Igreja. (1 Co
14.3,12,28).
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• 5.1 - A DIFERENÇA ENTRE O "SINAL" E O "DOM DE
LÍNGUAS".
• O sinal é aquela prova inicial do batismo com o Espírito
Santo. É a primeira evidência física da pessoa batizada com
o Espírito Santo. Através do sinal o cristão fala a Deus, e não
a homens (1 Co 14.2a). Não se trata de uma experiência
única, pois esta habilidade é obra do Espírito Santo. (At
8.14-17). Deste modo, o batizado sempre falará línguas,
mesmo que ninguém entenda (1 Co 14.2b). É a oração
espiritual (1 Co 14.14). Essas línguas não dependem da
razão ou memória. O "falar em mistérios" desafia a
curiosidade humana, pois é produzida no homem interior e
independente de sentimentos ou vontade daquele que fala.
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• O "dom de línguas" - este "dom" recebe-se
por determinação da Terceira Pessoa da
Trindade. Jesus prometeu "falarão novas
línguas" (Mc 16.17b). Isto significa que elas
são uma operação do Espírito Santo de Deus.
Na manifestação do "dom de línguas", apenas
dois ou três falam, cada um por sua vez, e que
haja intérprete. (1 Co 14.27).
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• A manifestação do "dom de línguas" é para
Igreja, pois possui caráter profético (1 Co
14.27,28). Quando alguém fala publicamente
em "línguas", exige-se silêncio dos demais,
para que, porventura haja intérprete, a
mensagem seja ouvida por todos (1 Co 14.13,
23, 27-29), pois como já mencionamos acima
este "dom" objetiva a edificação da Igreja.
(1 Co 14.3).
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• 5.2 - A DISCIPLINA NO USO DAS LÍNGUAS:

• Não se trata de limitar o " falar em línguas",


mas de discipliná-las de acordo com a Palavra
de Deus. Em nenhuma passagem bíblica,
encontramos alguma restrição ao Espírito
Santo, mas ao ser humano (1 Co 14.27).
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• 5.3 - O TEMPO E O LUGAR DAS LÍNGUAS:
• Há hora certa para a edificação pessoal ou da
igreja (1 Co 14.2,4,5,27,28). As "línguas" sem
interpretação são de caráter pessoal e
devocionais. Elas são emitidas quando "o meu
espírito ora" (1 Co 14.4,14). Nos momentos de
oração e adoração, é livre a oportunidade para se
falar em "línguas", individualmente (1 Co
14.5,39), pois Deus não é de confusão (1 Co
14.33).
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• 5.4 - CESSARAM AS LÍNGUAS?
• Não é real nem bíblica a afirmação de que as "línguas", quer
sejam com "DOM", quer seja como "SINAL" deixaram de existir.
Tais pessoas fazem esse julgamento fundamentadas em 1 Co
13.8, onde se lê: “O amor jamais acaba; mas, havendo profecia,
desaparecerão; havendo línguas cessarão; havendo ciência,
passará”. Não há dados bíblicos nem históricos que autorizem a
quem quer que seja a precisar o tempo de duração dos "dons"
antes da vinda de Cristo. Os versículos 9 e 10 do mesmo
capítulo esclarecem bem o verdadeiro sentido da doutrina
apostólica: “parte conhecemos e, em parte, profetizamos.
Quando, porém, vier o que é perfeito, então, o que é em parte
será aniquilado”.
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• Ainda, lendo Atos 2.39, entendesse que o
Apóstolo Pedro estava profetizando que as
"línguas" são também para nossos dias,
observe a interpretação correta deste
versículo:

• “Porque a promessa vos diz respeito a vós, a


vossos filhos, e a todos os que estão longe, a
tantos quantos Deus nosso Senhor chamar”.
DONS DO ESPÍRITO SANTO
• “diz respeito a vós...”: àqueles que estavam
presentes no momento;
• “a vossos filhos...”: à geração futura;
• “a todos os que estão longe...”: gerações
subsequentes, até os confins da terra e;
• “a tantos quantos Deus nosso Senhor chamar”:
a toda humanidade, em todo o tempo, e nós
fazemos parte daqueles que foram chamados
por Deus (Jo 15.16; 1 Pe 2. 9,10).
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• 5.5. FUNCÕES DO DOM DE LÍNGUAS:

• 5.5.1. Serve de evidência inicial do batismo no


Espírito Santo (At 10.46; 11.15);
• 5.5.2. Falar em outras línguas, em particular,
visa a edificação espiritual (1 Co 14.2,4);
• 5.5.3. Falar em línguas na igreja -
acompanhada de interpretação ­visa a
edificação do corpo local "igreja" (1 Co 14.5).
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• 6.INTERPRETAÇÃO DAS LÍNGUAS (1Co 12.10):
• 6.1 - O "Dom de Interpretação das Línguas", é algo
semelhante a interpretação de uma língua estrangeira,
porém a "interpretação das línguas estranhas" é Dom
de Deus e só podem ser interpretadas mediante outro
Dom igualmente espiritual (1 Co 2.14).
• 6.2 - A interpretação não é feita como quem traduz as
palavras, não é dada mediante atenção prestada às
palavras do que fala em línguas, e sim, por meio de
concentração em espírito com o Senhor, que dá a
interpretação (1 Co 14.13).
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• 6.INTERPRETAÇÃO DAS LÍNGUAS (1Co 12.10):

• 6.3 - Na interpretação das línguas, as palavras são dadas


por revelação e seguem as regras da profecia e toda
elocução inspirada, vindo tanto por visão, como por
outro meio escolhido por Deus. Quando o "dom de
interpretação opera em consonância com o "dom de
Iínguas, os dois junto são equivalentes ao dom de
profecia.
• Ex.: línguas + interpretação = profecia.
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• 6.INTERPRETAÇÃO DAS LÍNGUAS (1Co 12.10):
• 6.4 - Não há necessidade de intérprete oficial na
igreja, pois o mesmo Espírito que ungiu o crente
a falar em outras línguas, pode também ungi-lo
para dar a sua interpretação (1 Co 14.13).
• 6.5 - Algumas vezes a manifestação do Dom
pode sobrevir com uma mensagem a descrentes
em uma língua que ele entenda (1 Co 14.22-25),
neste sentido as línguas são um sinal para os
descrentes.
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• 7 - O DOM DA FÉ (1 Co 12.9):
• 7.1 - Fé. No grego "PITIS, significa confiar em
alguém ou em algo.
• Há 03 (três) tipos de fé:
• Fé Natural - aquela que todos possuem,
independente no que crê;
• Fé Comum - Que opera para a salvação;
• Fé como Dom do Espírito Santo - objeto de
nosso estudo.
DONS DO ESPÍRITO SANTO
• 1 - Fé Natural - é a capacidade que todo homem
tem de crer em um Ser Supremo (Rm 1.19,20).
Com este tipo de fé, o homem pode crer
acertada ou erradamente nas coisas espirituais.
Pode crer mesmo ser obedecer ou seguir a Deus.
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• 2 - Fé Comum - aqui temos uma expressão bíblica. Paulo
considera Tito seu verdadeiro "filho na fé”, Esta fé que
opera para a salvação (Jd v.3). Ela vem pela pregação da
Palavra de Deus e traz à pessoa a Graça Salvadora (Rm
10.7; Ef 2.8), é recebida também pela oração e toma
caráter de "fé santíssima”, torna-se a firmeza do crente
(Jd v.20). Em algumas traduções bíblicas é designada
como parte do "Fruto do Espírito Santo”, que é
precisamente a crença que nos constrange à fidelidade
de Deus (GI 5.22,23), é também evidenciada pela
submissão a Deus e pela prática das boas obras ou pela
obediência a Deus (Lc 17.5-10; Tg 2.14-26).
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• 3 – Fé - Dom do Espírito Santo - em certo
sentido, toda fé é Dom de Deus, mas existe a fé
sobrenatural. Pode partir do nível natural e
chegar às culminâncias da definição bíblica (Hb
11.1).
• 7.2 - A Fé tem dimensões indefinidas:
– Fé pequena Mt 14.31;
– Fé crescente 2 Ts 1.3;
– Fé grande Mt 15.28
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• 7.3 - A fé do crente está passiva de crescimento,
e um dos meios para que a nossa fé cresça é o
amor (GI 5.6; 2 Ts 1.3).
• 7.4 - O Dom da Fé - habilita o crente a aceitar
como realidade todas as promessas de Deus e
agir na certeza de que Deus vai cumprir a Sua
Palavra (Gn 15.6; Rm 4.9; Hb 11.8).
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• 7.5 - Uma porção desta fé, que de fato é um Dom
do Espírito Santo derramado sobre a alma do
homem, pode fazer até mesmo o que é
aparentemente impossível (Ef 6.16; 1 Jo 5.4).
• 7.6 - É a fé que domina todo o poder do inimigo
e liberta todos os prisioneiros do Diabo (Mt
17.14-20). Fé que vence o poder das doenças e
enfermidades (Mt 9.20-22). Fé que assegura o
triunfo contra todo o poder do mal (Ef 6.16; 1 Jo
5.4).

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