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Engenheiro Coelho
2004
Mauro Dias
R.A. - 960131 / 4º Administração
Engenheiro Coelho
2004
Aos meu pais, pelo exemplo, motivação
e apoio durante toda a vida.
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus primeiramente pela vida e pela oportunidade de realizar este estudo.
À Profª Ana Paula, pela excelente orientação fornecida durante a elaboração deste
trabalho.
Aos professores do Curso de Administração que, durante o curso, contribuíram para o
meu crescimento intelectual.
RESUMO
DIAS, Mauro Edson da Costa. O Treinamento em Qualidade de Vida no Trabalho na Pequena
Empresa. 2004. Monografia (Bacharelado em Administração) – Curso de Administração do
Centro Universitário Adventista de São Paulo – UNASP.
CAPÍTULO 2 ..................................................................................................................... 15
2 - REVISÃO DE LITERATURA..................................................................................... 16
2.1 - As Organizações e as Pessoas .................................................................................. 16
2.2 - Comportamento Organizacional ............................................................................... 16
2.2.1 – Valores ............................................................................................................. 17
2.2.2 – Atitudes ............................................................................................................ 18
2.2.3 - Satisfação com o Trabalho ................................................................................ 18
2.3 – A Necessidade da Qualidade de Vida no Trabalho................................................... 20
2.4 - O Treinamento e a Qualidade de Vida no Trabalho .................................................. 22
2.5 - Ciclo do treinamento ................................................................................................ 24
2.5.1 – Levantamento de Necessidades......................................................................... 24
2.5.2 - Programação do Treinamento ............................................................................ 25
2.5.3 - Planejamento do Treinamento ........................................................................... 25
2.5.4 - Tecnologia do Treinamento ............................................................................... 27
2.5.6 - Execução do Treinamento ................................................................................. 30
2.5.7 - Avaliação dos Resultados do Treinamento ........................................................ 30
2.6 - A Pequena Empresa ................................................................................................. 31
2.7 - Higiene no Trabalho ................................................................................................ 33
2.8 - Estresse no trabalho ................................................................................................. 34
2.9 - Segurança no Trabalho............................................................................................. 35
CAPÍTULO 3 ..................................................................................................................... 37
3 – TRABALHO DE CAMPO........................................................................................... 38
3.2 – Execução da Pesquisa .............................................................................................. 38
3.2.1 – Levantamento de Necessidades......................................................................... 38
3.2.2 - Planejamento do treinamento ............................................................................ 39
3.2.3 - Execução do Treinamento ................................................................................. 41
3.2.4 - Avaliação do treinamento .................................................................................. 46
3.3 - Dificuldades Encontradas......................................................................................... 47
3.4 - Cronograma das atividades ...................................................................................... 47
CAPÍTULO 4 ..................................................................................................................... 49
4 – CONSIDERAÇÕES FINAIS ....................................................................................... 50
4.1 - Sugestões para novos estudos................................................................................... 51
4.2 – Limitações da pesquisa ............................................................................................ 51
BIBLIOGRAFIA ............................................................................................................... 54
APÊNDICE 1 ..................................................................................................................... 56
Questionário de levantamento de necessidades ................................................................ 56
APÊNDICE 2 ..................................................................................................................... 59
Entrevista de levantamento de necessidades com gerente................................................ 59
APÊNDICE 3 ..................................................................................................................... 61
Material de apoio ............................................................................................................... 61
APÊNDICE 4 ..................................................................................................................... 67
Questionário de avaliação do treinamento........................................................................ 67
APÊNDICE 5 ..................................................................................................................... 69
Entrevista de avaliação do treinamento com o gerente .................................................... 69
ANEXOS ............................................................................................................................ 71
8
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE TABELAS
1 – INTRODUÇÃO
1.1-Área
1.1.1-Sub-área
1.1.2-Tema
O tema abordado é: O Treinamento em nível operacional na pequena empresa.
1.2-Características da Empresa
1.2.1-Departamentos da Instituição
1.3-Definição do Problema
A idéia da realização deste projeto começou com uma conversa informal com o
gerente da IVI, amigo do autor desta pesquisa. Na conversa, o gerente falou de algumas
dificuldades com os seus funcionários. As dificuldades eram em relação a faltas no trabalho, e
maus hábitos de alguns funcionários que poderiam estar prejudicando o andamento do
trabalho. Essa conversa motivou a realização de um projeto que pudesse averiguar o problema
e trazer alguma alternativa.
A empresa pretende aumentar sua participação no mercado, dessa forma busca a
melhoria em diversas áreas. Parte dessa melhoria se relaciona ao funcionário e sua satisfação
em trabalhar na empresa. Pela observação do gerente da empresa se constatou um nível baixo
de motivação e satisfação por parte dos funcionários.
Pelo porte da empresa, o departamento de Recursos Humanos é restrito e o treinamento
é informal. Através de um levantamento de necessidades, realizado pelo autor da pesquisa,
verificou-se a necessidade de um treinamento que objetivasse a melhoria da qualidade de vida
dos funcionários.
1.4-Enunciado do Problema
1.5-Objetivo Geral
1.6-Justificativa
Esta pesquisa é de grande importância por envolver uma área de necessidade nas
pequenas empresas, onde normalmente não existem programas de qualidade de vida no
trabalho.
O programa de QVT através de um treinamento é um alternativa menos custosa para o
investimento no funcionário e na sua motivação. Os próprios funcionários terão a
possibilidade de ter uma melhor qualidade de vida em casa, em decorrência do programa,
caso venham a modificar seu hábitos e costumes.
Além de beneficiar diretamente os funcionários esse programa beneficiará
indiretamente a cidade na qual a empresa está localizada, por meio da influência das famílias
dos funcionários.
Partindo do pressuposto que a motivação dos funcionários tem relação direta com a
satisfação no trabalho, é importante que a empresa invista na QVT, a qual se preocupa
diretamente com a satisfação do funcionário.
Desenvolver um treinamento na pequena empresa é uma das razões para este tema,
pois existe menor interesse em pesquisas relacionadas à pequena empresa. Outra razão foi
proporcionar um nível maior de instrução aos funcionários, em relação aos temas que
envolvem a qualidade de vida, dessa forma ajudando a empresa a desenvolver seu papel social
em relação a sua comunidade. E ainda possibilitar mais um meio para a empresa ser mais
competitiva e dinâmica.
CAPÍTULO 2
16
2 - REVISÃO DE LITERATURA
Este capítulo tem como objetivo fundamentar a pesquisa em uma base teórica.
Mostrando conceitos de vários autores sobre os assuntos que envolvem essa pesquisa.
Para Daft (2002: 11) “organizações são entidades sociais que são dirigidas por metas,
são desenhadas como sistemas de atividades deliberadamente estruturados e coordenados, e
são ligadas ao ambiente externo”. Mas o principal elemento da organização são as pessoas
que compõem a organização e seus relacionamentos. Uma organização só existe quando as
pessoas interagem para realizar funções essenciais que objetivam alcançar metas. E é a
maneira como essas pessoas agem na organização que vai determinar o alcance dessas metas
(Decenzo e Robbins, 2001: 3).
Chiavenato (1999: 4) afirma que as organizações estão mudando os seus conceitos e
alterando as práticas gerenciais. “Em vez de investirem diretamente nos produtos e serviços,
elas estão investindo nas pessoas que os entendem e que sabem como criá-los, desenvolvê-los,
produzi-los e melhorá-los”.
As pessoas passam boa parte de sua vida trabalhando dentro das organizações e é
fundamental que haja um relacionamento de parceria. Esse relacionamento se baseia no
comportamento das pessoas em relação à organização e da organização em relação às pessoas.
Por isso é importante entender no que está baseado o comportamento das pessoas
dentro da organização.
2.2.1 – Valores
M. Rokeach, The Nature of Human Values (Nova York: The Free Press, 1973)
18
2.2.2 – Atitudes
Como se viu anteriormente, satisfação com o trabalho pode ser definida como “a
atitude geral de uma pessoa em relação ao trabalho que realiza” (Robbins, 1999: 74). Wagner
(2002: 121) traz uma definição complementar: “é um sentimento agradável que resulta da
percepção de que nosso trabalho realiza ou permite a realização de valores importantes ao
próprio trabalho”.
A mensuração da satisfação com o trabalho pode ser feita de pelo menos duas
maneiras: classificação única global e a soma de pontuação. A primeira é feita através de um
questionário com perguntas diretas sobre a sua satisfação, sendo que a segunda, mais
19
Segundo Hackman e Oldhan2 apud Chiavenato (1999: 392) as dimensões dos cargos
refletem em aspectos psicológicos que afetam os resultados pessoais e de trabalho, que
interferem na QVT. Essas dimensões do cargo são:
1- Variedade de habilidades.
2- Identidade da tarefa.
3- Significado da tarefa.
4- Autonomia.
5- Retroação do próprio trabalho.
6- Retroação extrínseca.
7- Inter-relacionamento.
O terceiro modelo de QVT é de Walton3 apud Chiavenato (1999: 393), que
estabelece oito fatores que afetam a QVT:
1- Compensação justa e adequada - remuneração do trabalho
adequada.
2- Condições de segurança e saúde no trabalho - jornada de trabalho e
ambiente físico adequados.
3- Utilização e desenvolvimento de capacidades - desenvolver a
autonomia, autocontrole e obter informações sobre o processo total do
trabalho.
4- Oportunidades de crescimento contínuo e segurança -
desenvolvimento pessoal e segurança no emprego de forma
duradoura.
5- Integração social na organização.
6- Constitucionalismo - estabelecimento de normas e regras da
organização, além de direitos e deveres do trabalhador.
1
NADLER David A. e LAWER Edward E.. Quality of Work Life: Perspectives and Directions,
Organizational Dynamics. Winter, 1983.
2
HACKMAN, J. e OLDHAN, G.. Development of the Job Diagnostic Survey .Journal of Applied Psychology,
60 (2), 1975.
3
WALTON, Richard. Quality of Working Life: What is it?. Sloan Management Review, vol. 15, nº 1, pp 11-
21, 1973.
22
Para que o treinamento seja realmente uma ferramenta para a QVT, ele deve seguir
um planejamento adequado. Como outros tipos de treinamento cada etapa deve ser bem
planejada e executada.
2.5 - Ciclo do treinamento
Deve-se concluir finalmente: o que deve ser ensinado, quem deve aprender, quando
deve ser ensinado, onde deve ser ensinado, como se deve ensinar e a quem se deve ensinar.
(Chiavenatto, 2000: 428)
4
Uris, A. Formação de Dirigentes. Ibrasa, 1966
28
Conforme Bogg (1999: 268), “são inúmeras as formas de utilização da palavra como
meio de transmitir e fixar conhecimentos”. Entre eles se destacam a explanação oral, o debate
cruzado, estudo dirigido, instrução programada, painel, simpósio e universidade aberta.
É um método exigido em praticamente todos as ocasiões de treinamento, porém, é
um instrumento limitado quanto à abrangência didática e, normalmente, é utilizado em
conjunto com outros métodos. (Marras, 2002: 158)
Esse método copia elementos essenciais das situações do mundo real. Elas permitem
que o treinando desempenhe um papel e receba a realimentação sobre sua eficácia sem correr
risco de acidentes. (Milkovich e Boudreau, 2000: 361)
De acordo com Bogg (1999: 272) algumas técnicas têm se destacado pelo uso
comum.
Dramatizações: Os aprendizes testam na prática simulada o que aprenderam
teoricamente.
Role-playing: Revezamento de papéis em uma dramatização ou jogo dramático.
Jogos de empresa: Usada para a formação de gerentes, é o mais sofisticado pela
soma de recursos que usa.
Estudos de caso: São usados desde uma simples análise de conteúdo até uma
dramatização.
Jogos e exercícios diversos: Usa da competição para motivar o aprendizado.
Argyris5 apud Milkovich e Boudreau (2002: 362) aponta como uma das vantagens
desse método é o alto potencial de transferência para a situação real de trabalho, e o grande
envolvimento do participante. Por outro lado, corre-se o risco de o instrutor induzir o grupo
uma determinada solução.
5
ARGYRIS, Chris. Some Limitations of the case method: experiences in a management development
program. Academy of Managemente Review 5, nº 2, 1980, 201-298.
29
É composto por uma gama de técnicas que lidam com o indivíduo de modo
psicológico. Bogg (1999: 277) cita algumas das técnicas chaves das quais derivam uma
infinidade de adaptações. Entre elas, o aconselhamento psicológico o qual se enquadra no
gênero psicoterapias breves, essas cada vez mais utilizadas no aconselhamento individual nas
empresas. Outra técnica é o psicodrama, que busca o desenvolvimento de uma consciência
social profunda.
O training group é outra técnica usada no método comportamental, o grupo se reúne
e começa a atuar sem regra definida, discute, dialoga, critica e aprende. Por fim, a técnica da
dinâmica de grupo tem sido amplamente utilizada nas empresas e se vale da relação em grupo
para o aprendizado pessoal ou do próprio grupo.
Os vários métodos podem ser utilizados juntos ou separados, conforme a
necessidade, mas deve-se ter em mente uma diferença entre os métodos e técnicas, que é o
quanto são abstratos ou concretos. Edgar Dale6 apud Chiavenato (2000: 434) apresenta um
quadro no qual ele classifica as técnicas de aprendizado.
Abstratos
Exposi-
ção
verbal
Quadro negro
Projeções sonoras
(Filmes)
Projeções fixas (slides)
Recursos visuais impressos
(transparências)
Instrução programada
Dramatização (Role-playing)
Demonstração
Concretos
DALE, Edgar, In: PARRA, N. Técnicas Audiovisuais de Educação. São Paulo: Edibell, 1969: 15.
6
DALE, Edgar, In: PARRA, N. Técnicas Audiovisuais de Educação. São Paulo: Edibell, 1969, 15.
30
Para haver uma boa aplicação do treinamento em qualidade de vida é necessário que
haja um bom conhecimento da realidade da empresa. Uma das características marcantes que
diferencia a realidade da empresa é o seu tamanho.
7
KIRKPATRICK, Donald L. Evaluating Training Programs: the four levels. San Francisco: Barrett-Koehler,
1994.
32
Esse fato mostra que a pequena empresa está se despertando para o fato de que
precisa se preocupar com seu papel social e com o bem-estar de seus funcionários.
8
Business Failure Record, Nova Iorque: Dun & Bradstreet, 1992, 18.
33
3 – TRABALHO DE CAMPO
A idéia da realização deste projeto começou com uma conversa informal com o
gerente da IVI, amigo do autor desta pesquisa. Na conversa, o gerente falou de algumas
dificuldades com os seus funcionários. As dificuldades eram em relação a faltas no trabalho, e
maus hábitos de alguns funcionários que poderiam estar prejudicando o andamento do
trabalho.
Essa conversa motivou a realização de um projeto que pudesse averiguar o problema e
trazer alguma alternativa. Foram feitas algumas visitas à empresa para conhecer a estrutura e
o funcionamento. E se decidiu por fazer uma pesquisa de levantamento de necessidades para
se ter um quadro mais fiel das reais necessidades dos funcionários.
Com base nesse levantamento de necessidades foi decidido executar um treinamento
em qualidade de vida.
Baseado na literatura (Chiavenato, 1994) a pesquisa ocorreu em 4 etapas:
levantamento de necessidades, planejamento do treinamento, execução do treinamento e
avaliação do treinamento.
Fonte: Autor
41
Foi determinado que o treinamento deveria ser feito pelo autor da pesquisa, tendo a
oportunidade de vivenciar as reações ao treinamento em cada módulo.
O item cesta básica também foi analisado, já que a empresa usa uma política de
suspender a cesta básica no mês em que o funcionário falta sem justificativa. Um fato curioso
foi o testemunho de um dos funcionários que se lembrou de um fato ocorrido com um colega
de trabalho, que há poucas semanas tinha sido internado por se exceder no uso dessas bebidas.
Os recursos utilizados foram Slides ilustrativos e material impresso.
As fontes bibliográficas usadas para esse assunto foram: Planejando o orçamento
familiar, http://www.scriptorio.com.br/saorafaelprevidencia /portaleducacao, 20/10/04;
GARCIA, Fabio Gallo e JUNIOR, William Eid. Como Fazer o Orçamento Familiar, São
Paulo: Publifolha, 2001;
Fonte: Autor
Após o tempo se esgotar, foi distribuído o bombom para todos e foram tiradas as
lições da dinâmica. Eles não tinham percebido que podiam pedir para o ajudante abrir o
bombom. Motivados pela dinâmica, os funcionários ficaram atentos à apresentação da
orientação de como trabalhar em equipe. Também foi distribuído um impresso com 6 dicas
para o trabalho em equipe. O instrutor pode ainda explicar as 6 dicas e motivá-los a segui-las.
A segunda parte do tema foi tratada no dia 17/9 e também começou com uma
dinâmica. Os funcionários deveriam resolver um problema em um gráfico feito com palitos de
fósforo. Os palitos formavam a figura de um cachorro.
Fonte: Autor
46
Com apenas a possibilidade de mover dois palitos, deveriam mudar a direção em que o
cachorro do desenho estava olhando. Para resolver teriam que usar todo o grupo e achar uma
solução criativa. Após alguns minutos, um dos grupos resolveu o desafio. Foram tiradas as
lições da dinâmica e todos receberam como prêmio um bombom que escolheram na caixa de
bombons. Após a dinâmica foram orientados com a segunda parte do conteúdo de como
trabalhar em equipe.
Administração do tempo (17/9)
Nessa parte, foram feitas orientações quanto ao uso do tempo. Dois assuntos principais
foram ressaltados. A importância das prioridades como determinantes do uso do tempo, e a
relação urgente e importante. O assunto se uniu ao trabalho em equipe, quando o treinador
mostrou que na relação entre os membros da equipes as prioridades devem ser definidas pela
equipe.
Os recursos utilizados foram Slides ilustrativos e material das dinâmicas.
As fontes bibliográficas usadas para esse assunto foram: WEISS, Donald.
Organizando uma Verdadeira Equipe. São Paulo: Nobel, 1994.
KATZENBACH, Jon R. e SMITH, Douglas K. A Força e o Poder das Equipes. São Paulo:
Makron Books, 1994. FRIDSCHTEIN, Renato. Administração do Tempo,
http://www.igpromo.com.br/artigos7.asp, 20/10/04
Nessa etapa do treinamento, foi feita uma pesquisa através de questionários (ver
apêndice 4) e uma entrevista com o diretor da empresa (ver apêndice 5). Os funcionários se
mostraram motivados, principalmente pela iniciativa da empresa. Sentiram-se valorizados
pela empresa e achavam que deveria haver mais treinamentos como esse. Dois funcionários,
José Carlos Malaquias e Donizete Dias dos Santos, decidiram parar de fumar. Um dos
funcionários, Silvio, afirmou pessoalmente em conversa informal “a gente presta mais
atenção hoje no trabalho”. Muitos afirmaram que mudaram hábitos de higiene.
Através do questionário pôde-se perceber que todos gostaram da inciativa do
treinamento, outro ponto a ser ressaltado foi a satisfação em trabalhar na empresa, a
valorização dos funcionários foi um fator de promoção da satisfação em trabalhar na empresa.
O diretor da empresa na entrevista afirmou que “alguns dos funcionários chegaram a
melhorar sua produtividade após o treinamento”. Também disse que os funcionários estavam
mais motivados para o trabalho e estavam se relacionando melhor.
47
Ele disse que gostaria de ter mais treinamentos como esse no futuro, mas com algumas
modificações. Alguns assuntos segundo ele deveriam ser tratados numa mesma semana como
é o caso do fumo. Enquanto outros assuntos teriam mais valor se tratados a cada dois meses,
como é o caso do orçamento familiar.
Uma outra mudança no treinamento seria uma maior valorização da prática durante o
treinamento. A pesquisa de avaliação do treinamento mostrou que os funcionários
assimilaram melhor os assuntos que envolviam mais a prática do dia-a-dia.
4 – CONSIDERAÇÕES FINAIS
Para o autor da pesquisa, essa experiência colaborou muito para o seu crescimento
acadêmico, mas principalmente prático, ao lidar com os funcionários e poder compartilhar da
realidade numa empresa em contraste com as teorias recebidas no curso de administração.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BIBLIOGRAFIA
ROKEACH M., The Nature of Human Values. Nova York: The Free Press, 1973.
8 - Quais outras atividades você gostaria que a sua empresa realizasse para melhorar a sua
qualidade de vida? Coloque em ordem de importância:
1º ___________________________________________
2º ___________________________________________
2º ___________________________________________
9 - Você fuma?
Não Raramente Freqüentemente
1( ) 2( ) 3( ) 4( ) 5( )
Para mim a qualidade de vida é se sentir bem trabalhando aqui na empresa. É não ter
vícios e viver bem fora aqui da empresa também.
Quando ele gosta de trabalhar aqui ele é mais produtivo, ele trabalha mais contente e
Investe muito pouco. Hoje nós damos uma refeição por dia, e a cesta básica, que é
condicionada a presença de cada funcionário. É parte da nossa preocupação investir mais
nesse ponto, mesmo porque eu acredito que o funcionário estará mais motivado se eu
investir nele.
Material de apoio
7 Dicas do Tratamento para Deixar de Fumar
Orçamento Familiar
Total
Alguns sim, outros não, alguns dos funcionários chegaram a melhorar sua produtividade após
o treinamento. Em geral eles estão mais motivados e se relacionando melhor.
Eles se sentiram valorizados, foi importante para eles sentirem que a empresa estava
investindo neles.
3 – Algum dos funcionários apresentou alguma mudança em relação aos seus hábitos de
higiene e saúde?
Higiene, não muito, mas a maioria melhorou seus hábitos de higiene pessoais, e alguns
decidiram parar de fumar.
4 – Você sentiu uma maior motivação por parte dos funcionários após o treinamento?
O fato da empresa se preocupar com eles gerou motivação. Todos os funcionários se sentiram
valorizados.
5 – Você acha importante que mais treinamentos como esse devam ocorrer?
Sim, esse foi só o início. Pretendemos fazer outros mais, em relação a higiene, fumo e outros
assuntos. O treinamento não pode nunca parar.
Trabalho em equipe foi motivado. Houve melhor envolvimento em equipes. Estamos tendo
menos problemas com relacionamento.
Os treinamento poderiam ter um intervalo maior de 2 meses. Mas por outro lado alguns
assuntos não poderiam ter intervalo como o caso do fumo.
O treinamento deveria incluir algumas demonstrações mais práticas, os funcionários as vezes
não compreendiam o conceito.
Um assunto que surtiu bastante efeito foi o orçamento familiar, eles estão mais atentos a isso e
estão administrando melhor o seu dinheiro.
ANEXOS
Fotos do treinamento
Funcionários assistindo ao treinamento
Utilização de audiovisuais