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PERGUNTE
E
RESPONDEREMOS
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Um cariólo público:
AÍNDA O DOCUMENTO DE PUEBLA 119
NO PRÓXIMO NÚMERO:
«PERGUNTE E RESPONDEREMOS»
ADMINISTRAC&O KEDAgAO DE PB
Livraria Missionária Editora „ , _ . . -
Roa México, 111-B (Cútelo) Cabca Postal 2"666
20.031 Rio de Janeiro (RJ) 20.000 Rio de Janeiro (RJ)
Tel.: 224-0059
UM GRANDE VAZIO E SUA RESPOSTA
A imprensa vem noticiando crescente onda de permissivi-
dade: «topless», pornografía, pornochanchada... vém tomando
vulto sempre mais aparatoso!
É, pois, interessante averiguarmos os porqués desse Jiber-
tinismo sexual, a fim de pódennos ponderar o seu sentido e a
resposta a Ihe ser dada.
1) Numa primeira abordagem, ainda muito superficial,
verificamos que muitas pessoas aderem á onda por modismo,
ou seja, pelo desejo de «nao ficar para tras». Assumem assim
um comportamento gregario ou um tanto irracional.
2) Indo mais ao ámago do problema, verificamos, no
fundo da nova moda, forte desejo de autoafirmagáo. As mo
cas querem usufruir de todas as «liberdades» que geralmente
sao reconhecidas aos rapazes. Movc-as um emancipacionismo
feminista, que, na verdade, mais servís as torna, porque mais
dependentes da conduta dos rapazes, que elas querem repro-
duzir. Mediante essa pretensa autoafirmagáo, arriscam-se a
perder a própria identidade.
3) Recorrendo aos dados da .psicología, podemos ainda
dizer que a causa mais remota do libertinismo é o vazio inte
rior de que sofrem tantas pessoas cm nossos dias. Por «vazio»
entendemos «falta de ideal, de porqué e de para qué viver»;
falta-lhes algum grande referencial, capaz de mobilizar as suas
mais nobres energías em demanda de determinado objetivo.
Assim carentes, homens, mulheres e jovens procuram a sua
valorizacáo na publicidade, no «chamar a atencáo para si»;
fazem-se célebres porque parecem mais corajosos do que as
demais pessoas «presas a tabus»... Em suma, váo procurar
fora de si a «felicidade» que nao tém dentro de si.
Tocamos assim um ponto que merece especial atencáo na
vida contemporánea: o vazio interior de que sofrem muitos.
Este vazio significa que as pessoas vivem cada vez menos
como seres humanos. Sim; observemos que, quanto mais um
ser é perfeito, mais ele vive em profundidade, mais as suas
reagóes procedem do seu intimo:
— o mineral, por exemplo, nao tem vida; por isto apenas
responde aos golpes que o afetam, na proporcáo da forca eme
o acomete;
— os vegetáis, que sao os primeiros viventes, já desem-
penham acóes que procedem de um principio interior: alimen-
tam-se, crescem, reproduzem-se, restauram a sua integridade
quando lesada (dentro de certos limites);
— 89 —
— os animáis irracionais, que sao viveñtes mais perfei-
tos aínda, podem mesmo discernir, dentre diversas possibili-
dades, a resposta mais adequada a dar aos estímulos exterio
res. Eles tém conhecimento sensitivo, que os leva a aceitar ou
recusar certas interpelagóes do respectivo ambiente;
— o ser humano, que é o vívente por excelencia entre os
que yernos neste mundo, é o que mais interioridade possui.
Por isto é capaz nao só de responder diversificadamente aos
seus estímulos, mas é apto a criar e inventar interpelagóes
segundo seus criterios próprios. Esta interioridade o torna
independente,de padrees irracionais, gregarios e massifican-
tes; nao permite que se reduza á condigáo de «joguete».
Ora frente ao-espetáculo do vazio interior que torna o
ser humano menos humano, o cristáo encontra na espirituali-
dade da Quaresma a resposta adequada: o homem nao foi
feito para bens efémeros e ilusorios, mas para o Bem Eterno
e Definitivo. Tudo o que é passageiro, ó exiguo demais para
a capacidade de Infinito que o caracteriza.
Alias, o próprio Deus, para o qual o homem foi feito, se
encarrega de evidenciar esta verdade. Com efeíto; nao há
quem nao experimente cedo ou tarde a frustragáo que todos
os prazeres meramente sensuais acarretam aos seus usuarios;
de tal semeaduca nao procede colheita para o futuro! Este
sentimento de decepgáo, por mais amargo que seja, vem a ser
altamente salutar, pois purifica e liberta o coracáo do homem.
Nunca é tarde demais para que este faga ou refaga sua opgáo
de vida, pois o Bem Infinito ao qual ele aspira (muitas vezes,
sem o saber), está sempre a aguardá-lo. Esta é a grande men-
sagem da Quaresma: Ele nos amou antes que nos O amásse-
mos... e nos amou (e ama) irreversivelmente, sem mudanga,
sem poder desdizer-se... Esta proposigáo é o amago da men-
sagem crista; nao poderia haver Cristianismo sem proclama-
cáo desta verdade.
Ora o mes de margo póe em presenga urna da outra estas
duas realidades: o vazio de numerosos cidadáos contemporá
neos e o surpreendente anuncio da Resposta cabal.
Se ao cristáo nao é possível executar as tarefas (em espe
cial, a tarefa da autoconversáo) que somente os outros podem
realizar, compete-lhe ao menos dedicar-se neste tempo quares-
mal a interioridade e á purificado; procura viver em profun-
didade ou em oragáo, certo de que a vida está associada á
profundidade. Liberte-se do que o sufoca ou atrofia em suas
dimensóes interiores (vicios e paixóes...) a fim de se tornar
mais «gente», mais filho de Deus.
E, assim fazendo, há de contagiar seus irmáos desorien
tados!. ..
E.B.
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«PERGUNTE E RESPONDEREMOS»
Ano XXI — N* 243 — Marco de 1980
Por qué..
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4 cPERGUNTE E RESPONDEREMOS? 243/1980
Le 22,31a: Diz Jesús: "SimSo, SlmSo, eis que Satanás pediu insis
tentemente para vos penetrar como trigo. Eu, porém, orel por ti, a ílm de
que tua fé nSo desfaleca. Quando, porém, te converteres, confirma teus
IrniSos".
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TEÓLOGOS EM EXAME
terceira vez Ihe perguntara: 'Tu me amas ?' e Ihe dlsse: 'Senhor, tu sabes
ludo: tu sabes que te amo'. Jesús Ihe disse: "Apascenta as minhas
ovelhas'"
— 9?. —
fi -PKRGUNTE E RESPONDEREMOS 243 1980
qa
TEÓLOGOS EM EXAME
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8 «PERGUNTE E RESPONDEREMOS» 243/19S0
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Sím, sim ! Nao, nao! (Mt 5, 37)
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^0 «PERGÜNTE E RESPONDEREMOS* 243/1980
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O CASO HANS KÜNG
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W PERGUNTE E RESPONDEREMOS» 213/1980
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O CASO HANS KÜNG 13
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14 tPKRGUNTE C RESPONDEREMOS» 243/1980
_ 102 —
O CASO HANS KÜNG 15
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16 «PERGUNTE E RESPONDEREMOS» 243/1980
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Um enfoque especial:
o caso schillebeeckx
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18 «¡PERGUNTE E RESPONDEREMOS» 243/1980
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O CASO SCHILLEBEECKX 19
S. — Nao !
R. — é lamentável.
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20 «PERGUNTE E RESPONDEREMOS» 243/1980
R. — Problema exegético...
S. — Oh, sim !
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O CASO SCHILLEBEECKX 21
Outrora Rahner
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22 «PERGUNTE E RESPONDEREMOS» 243/1980
R. — Tem receio ?
S. — Nao.
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O CASO SCHILLEBEECKX 23
2. Comentando...
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24 ¿PERGUNTE E RESPONDEREMOS> 343/1980
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O CASO SCHILLEBEECKX
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26 «PERGUNTE E RESPONDEREMOS» 243/1980
_. 114 —
O CASO SCMLLEBEECKX 27
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28 --PERGUNTE E RESPONDEREMOS; 243/ iftSO
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O CASO SCHILLEBEECKX 29
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30 cPERGUNTE E RESPONDEREMOSs. 243/19SO
Bibliografía:
Concilio Vaticano I. Constituido dogmática "Del Rlius", cap. IV;
Oenzinger-Schonmetzer n° 3018.
Concilio Vaticano II, ConstltuicSo "Lumen Gentlum", n? 11, 12, 25.
Constituicio "Del Verbum" n"? 10.
JoSo Paulo II. Constituicio Apostólica "Sapientla Chrlstlana",
art. 27 e 70.
Encíclica "Redemptor Hominls" n<? 19.
Paulo VI, Exortacio Apostólica "Quinquo lam annl".
Motu propilo "Integrae Servondao" n? 1, 3 e 4.
— 118 —
Um carteio público:
1. O paño de fundo
Nao há quem ignore a ocorréncia da III Assembléia Ge-
ral do CELAM em Puebla (México) de 27/01 a 13/02 de 1979.
Esta assembléia suscitou grande interesse por parte dos obser
vadores em geral, porque devia ditar rumos para a agáo pas
toral da Igreja na América Latina: confirmaría as diretrizes
de Medellín (Colombia, 1968), que haviam enfatizado a parti-
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32 ^PERPUNTE E RESPONDEREMOS» 243/1980
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AÍNDA PUEBLA 33
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34 *PERGUNTE E RESPONDEREMOS? 243/1980
3. A resposta da CNBB
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AÍNDA PUEBLA 35
4. Reflexdo fina!
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36 - l'EKGUNTE E RESPONDEREMOS* 243/1980
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Dols pesos e duas medidas?
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38 PFROUNTE E RESPONDEREMOS» 243/1980
1. O porqué. . .
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CELIBATO E MATRIMONIO: DISPENSAS 39
"Mando aos casados — nao eu, mas o Senhor — que a mulher n3o
se separe do marido. Se, porém, se separar, nfio tome a casar-se, ou
reconcilie-se com o marido ; e o marido nSo repudie a mulher" (1Cor 7,11).
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40 -:PEKGUNTE E RESPONDEREMOS» 243/1980
2. O significado do celibato
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CELIBATO E MATRIMONIO: DISPENSAS 41
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42 «PERGUNTE E RESPONDEREMOS» 243/1980
"Está dito, nos cañones dos Apostólos, que, dentre aqueles que,
cellbatários, ¡ngressam no clero, somente os leitores e os cantores estáo
autorizados a se casar. Nos, guardando fielmente esta lei, decidimos que,
a partir deste momento, um subdiácono, um diácono ou um presbítero,
após ter recebldo a ordenacño, nSo (era mais a liberdade de fundar um
lar. Se algum deles Incorresse na audacia de fazé-lo, seja deposto.
— 130 —
CELIBATO E MATRIMONIO: DISPENSAS 43
Bibliografía:
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livros em estante
O Sacerdocio, por Sao Joáo Crisóstomo. Traducáo e notas de Freí
Odo Rosbach O.F.M.. Apresentacáo do Cardeal D. Paulo Evaristo Ams.
IntroducSo para a leitura de D. Benedito de Ulhoa Vielra. Colecfio "Os
Padres da lgraja'71. — Ed. Vozes, Petrópolls 1979, 137 x 210 mm, 142 pp.
A Editora Vozes, com este livro, dá inicio a urna nova serie de publl-
cagoes de elevado vator, pois aprésenla ao público as principáis obras dos
chamados "Padres da Igreja". Estes vém a ser os grandes escritores «te
taos (bispos, presbíteros ou leigos) que contribuiram para formular de
maneira fiel e definitiva as grandes verdades da fé durante os séculos
em que os cristáos procuravam definí-las em meio a Influencias diversas
(heréticas e pagas). O período patristico estende-se, no Ocidente, até
S. Gregorio Magno (t 604), e no Oriente até S. Joáo Damasceno (t 749).
A Editora Vozes comeca a serie com um grande doutor da igreja
dos séculos IV/V: Sao Joáo Crisóstomo (354-407). O cognome de "Cri
sóstomo" (= boca de ourb) Ihe foi atribuido por causa de seu brilhante
talento oratorio, associado á extraordinaria coragem do santo (que foi
também bispo de Constantinopla) para denunciar os males moráis que
sfetavam a corte imperial. — O livro, de modo especial, versa sobre o
sacerdocio (episcopado e presbiterado), sob forma de diálogo entre
Joáo Crisóstomo e seu amigo Basilio. O autor esmera-se por mostrar a
grandeza e a responsabilidade da funcáo sacerdotal. Por este e outros
títulos, tal escrito se toma especialmente importante para o leitor de
hoje Dom Benedito de Ulhoa Vieira, na sua IntroducSo, p5e em relevo
os principáis traeos da doutrlna de Crisóstomo: "O sacerdocio é mals
que chefiar os exércltos e governar o Imperio. Grande é a santidade
que dele se requer, pois 'seu lugar é no céu'... Sem este ministerio n8o
saberiamos como nos salvar nem como chegar á gloria que Deus nos
prometeu" (p. 16). "Crisóstomo mostra ser o padre e o bispo o homem
em famlllaridade com Deus... Descreve a vida pastoral do bispo, homem
entre os homens, totalmente dedicado a eles, sem contudo deixar de ser
'o homem tío cáu'... Éa figura do pastor solicito no meló do seu povo
que Crisóstomo delineia com traeos de artista" (p. 20).
Bastam estes dizeres para evidenciar a estima a que faz jus o novo
livro da parte do povo crlstáo, a quem interessa ter pastores cada vez
oíais conscientes de que "o padre é o coracSo dos homens junto a Deus
e o coracio de Deus junto aos homens".
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O que admiramos nesse pequeno-grande Itero, é a- grasa ou o
encanto com que as verdades mals profundas s8o formuladas; tomam
sempre um caráter pessoal, exlstenclal e Interpolador para o leltor. Sallen-
tamos, em especial, o capitulo "Senhora Dona Paz" (pp. 35-43), no qual
os dols autores salientam que "Bento é uma personalldado marcada pela
harmonía e pelo equilibrio. Ele delxa transparecer essa paclficacfio inte»,
rior em todo o seu exterior, na sua doutrlna e na sua obra. Podemos
dizer, por Isto, que a 'Dama' de Bento fol a PAZ", como a Dama do
cavalelro Francisco de Assls fol a POBREZA" (p. 35).
OS JOVENS E CRISTO
"MAI.GRADO AS APARÉNCIAS, A JUVENTUDE É POR
TADORA, QUANDO MAIS NAO FOSSE PELO VAZIO QUE
SENTÉ, DE ALGO MAIS DO QUE UMA DISPONIBILIDADE E
UMA ABERTURA : ELA É PORTADORA DE UM VERDADEIRO
DESEJO DE CONHECER AQUELE 'JESÚS, QUE SE CHAMA
CRISTO1 (MT 1, 16)... SE A CATEQUESE SE APRESENTA
HOJE MAIS ARDUA DO QUE NUNCA, ELA É TAMBÉM MAIS
CONSOLADORA DO QUE NUNCA, EM RAZAO DA PROFUN-
DIDADE DA CORRESPONDENCIA QUE ELA VAI ENCON
TRANDO POR PARTE... DOS JOVENS".