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ILUMINISMO, MODERNIDADE E A

REAÇÃO FUNDAMENTALISTA
PROTESTANTE DO SÉCULO XX.

SPN | HPC II | PROF. REV. FÚLVIO LEITE


1.https://www.britannica.com/topic/
fundamentalism/Jewish-
fundamentalism-in-Israel
Iluminismo
Iluminismo, que marcou o
cumprimento da transição entre a era
antiga e a moderna.

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Iluminismo
Os pensadores não estavam mais dispostos
a aceitar os antigos dogmas, baseando-se
apenas no fato de que pertenciam ao
sistema recebido através da dou trina da
igreja.

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Iluminismo
Um simples apelo às formulações da teologia
clássica não era mais suficiente para resolver os
debates intelectuais. Agora, os indivíduos pensantes
queriam ser convencidos de que era razoável tudo
aquilo em que criam.

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Iluminismo
A importância dessa era é tão monumental
que não há como contornar a Idade da
Razão. Os cristãos colocam a teologia em
risco quando ignoram o Iluminismo.

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MODERNISMO
MODERNISMO

A “modernidade” é um conceito histórico surgido


com o Iluminismo, fenômeno, aliás, considerado o
responsável por iniciá-la. Esse projeto crê na Razão
como meio pelo qual o homem pode conquistar a
liberdade e a felicidade sociopolítica.

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MODERNISMO
MODERNISMO

Pense no que aconteceu no século passado, por


exemplo. Cem anos atrás a igreja estava ameaçada
pelo modernismo.
Modernismo foi uma cosmovisão baseada na noção
de que somente a ciência podia explicar a
realidade.

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MODERNISMO
MODERNISMO
O modernismo, com efeito, começou com a
pressuposição de que nada sobrenatural é
real.

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MODERNISMO
MODERNISMO
Deveria ter ficado instantaneamente óbvio
que o modernismo e o Cristianismo eram
incompatíveis no nível mais básico.
Se nada sobrenatural era real, então grande
parte da Bíblia seria falsa e sem autoridade.

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MODERNISMO
MODERNISMO
Exemplo: E encarnação de Cristo seria um
mito (anulando a autoridade de Cristo).
E todos os elementos sobrenaturais do
Cristianismo, incluindo o próprio Deus,
teriam de ser totalmente redefinidos em
termos naturalistas. O modernismo foi
anticristão até à sua medula.
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MODERNISMO
MODERNISMO
Abandono toda tradição e toda crença
religiosa e chegar à verdade somente pela
razão.
No início dos tempos modernos, a religião
ainda era vista como uma coisa boa — ou,
pelo menos, benigna.
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PÓS - MODERNISMO

PÓS - MODERNISMO
O modernismo é agora considerado como
um modo de pensar do passado.
A cosmovisão dominante tanto no círculo
secular quanto no acadêmico atualmente é
chamada de pós-modernismo.

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PÓS - MODERNISMO

PÓS - MODERNISMO

Os pós-modernistas têm repudiado a


confiança absoluta dos modernistas na
ciência como único caminho para a verdade.

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PÓS - MODERNISMO

PÓS - MODERNISMO

Na realidade os pós-modernistas perderam


completamente o interesse pela "verdade",
insistindo que não existe tal coisa como
verdade absoluta ou universal.

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PÓS - MODERNISMO

PÓS - MODERNISMO

Para o pós-modernista a realidade é o que o


indivíduo imagina que seja.
Isso significa que o que é "verdadeiro" é
determinado subjetivamente por cada um, e
não existe tal coisa como a chamada
verdade objetiva.
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PÓS - MODERNISMO

PÓS – MODERNISMO

Com autoridade que governa ou se aplica


universalmente a toda humanidade.
O pós-modernista acredita naturalmente que
não faz sentido debater se a opinião (A) é
superior à opinião (B).

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PÓS - MODERNISMO

PÓS – MODERNISMO

No final de contas, se a realidade é


meramente uma invenção da mente humana
a perspectiva de verdade de uma pessoa é
afinal tão boa quanto a de outra.

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Em O Surgimento do Liberalismo Teológico
A melhor maneira de compreender a origem do
termo "fundamentalista" é entender o crescimento
do liberalismo teológico radical nas principais
denominações históricas dos Estados Unidos no
final do século XIX e início do século XX.
O liberalismo era, de muitas maneiras, um fruto do
Iluminismo, movimento surgido no início do século
XVIII que tinha em seu âmago uma revolta contra o
poder da religião institucionalizada e contra a
religião em geral.
3
Não é que os teólogos se tornaram ateus ou
agnósticos, mas, sim, que procuraram
compatibilizar a crença em Deus com os
postulados do Racionalismo.
Muitos teólogos passaram a afirmar a existência
de Deus, mas negavam sua intervenção na
história humana, quer através de revelação,
quer através de milagres ou da providência.
3
Como resultado da invasão do Racionalismo na
teologia, chegou-se à conclusão de que o
sobrenatural não invade a história. A história
passou a ser vista como simplesmente uma
relação natural de causas e efeitos. O conceito
de que Deus se revela ao homem e de que
intervém e atua na história humana foram
excluídos "de cara".
3
Como consequência, os relatos bíblicos
envolvendo a atuação miraculosa de Deus na
história, como a criação do mundo, os milagres
de Moisés e os milagres de Jesus passaram a ser
desacreditados.
Já que milagres não existem, segue-se que esses
relatos são fabricações do povo de Israel e,
depois, da Igreja, que atribuiu a Jesus atos
sobrenaturais que nunca aconteceram
historicamente.
3
Para se interpretar corretamente a Bíblia, seria
necessária uma abordagem "não religiosa",
desprovida de conceitos do tipo "Deus se
revela", ou "a Bíblia é a revelação infalível de
Deus" ou ainda, "a Bíblia não pode errar".
Teólogos protestantes que adotaram essa
abordagem crítica (que consideravam como
"neutra") justificavam-se afirmando que a Igreja
Cristã, pelos seus dogmas e decretos, havia
obscurecido a verdadeira mensagem das
Escrituras.
3
O principal critério a ser empregado nessa
empreitada seria a razão, que os racionalistas
entendiam como sendo a medida suprema da
verdade.
As ferramentas a serem usadas seriam aquelas
produzidas pela crítica bíblica, como crítica da
forma, crítica literária, entre outras.
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Em 1846 foi organizada a Aliança Evangélica, com o propósito
de unir todos os que pensavam ser o modernismo uma
ameaça à fé cristã.
Em 1895, foram anunciados os cinco fundamentos básicos da
fé. São eles:
1.A infalibilidade das Escrituras;
2.A divindade do Jesus Cristo;
3.Seu nascimento virginal;
4.Seu sacrifício expiatório na cruz em substituição pelos pecados
humanos.
5.Ressurreição física e logo retorno.
O ponto mais problemático definido pela
Aliança Evangélica foi a infalibilidade das
Escrituras.

Alguns achavam que essa infalibilidade dizia


respeito à mensagem como um todo.

Um outro grupo, mais apegado a uma


interpretação literal, achava que a infalibilidade
estava na letra:
Um grupo admitia pequenas incorreções nos
manuscritos disponíveis, provocados, por
exemplo, por erro dos copistas.
Também entendia que a Bíblia não é um tratado
científico, admitindo, por exemplo, que quando
o autor do livro de Josué diz que “o sol parou”,
descreve o evento sob uma concepção de
mundo que se tinha na época, não devendo,
portanto, ser interpretado literalmente.
Para os mais radicais apegava-se a interpretação
literal, achava que a infalibilidade estava na
letra: “se a Bíblia diz que o sol parou”, diziam os
fundamentalistas mais radicais:
“é porque parou mesmo”, não importando o
que diz a ciência moderna”.
Para esse segundo grupo, a Bíblia tal como se
p o d e l e r n a a t u a l i d a d e c o r r e s p o n d e
exatamente aos escritos originais redigidos
pelos escritores bíblicos.
Esse grupo mais radical definiu a versão King
James (“Rei Tiago”), baseada numa tradução de
Erasmo de Roterdan no século XVI, como única
versão fiel aos escritos originais.
Muito embora o conflito entre liberais e
fundamentalistas envolvesse muito mais do que
somente esses tópicos, citados abaixo, foram
considerados na época pelos conservadores
como os pontos fundamentais da fé e do
cristianismo evangélico, tendo se tornado o
slogan dos conservadores e a bandeira do
movimento fundamentalista:
A inspiração, infalibilidade e inerrância das
Escrituras – reagindo contra os ataques do
liberalismo que considerava que a Bíblia
estava cheia de erros de todos os tipos.
A divindade de Cristo – também negada
pelos liberais, que insistiam que Jesus era
apenas um homem divinizado.
O nascimento virginal de Cristo e os
milagres – para o liberalismo, os milagres
n u n c a e x i s t i r a m , e r a m c o n s t r u ç õ e s
mitológicas da Igreja primitiva.
O sacrifício propiciatório de Cristo – para os
liberais, Cristo havia morrido somente para
dar o exemplo, nunca pelos pecados de
ninguém.
Sua ressurreição literal e física e seu retorno
– ambas doutrinas eram negadas pelos
liberais, que as consideravam como invenção
mitológica da mente criativa dos primeiros
cristãos.
Em 1920, o termo “fundamentalistas” foi
empregado por conservadores batistas para
designar todos aqueles que lutassem em
favor destes cinco pontos.
O uso se espalhou para todos, de todas as
denominações afetadas pelo liberalismo que
lutavam para preservar estas doutrinas
fundamentais do cristianismo, e que se
alinhavam teologicamente com o conteúdo
da obra “Os fundamentos”.

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