PEARCEY,Nancy; Verdade absoluta: Libertando o cristianismo de seu
cativeiro cultural. Rio de Janeiro: CPAD, 2006.
O livro Verdade Absoluta: Libertando o Cristianismo, da autora americana
Nancy Pearcy, analisa a cosmovisao crista na vida das pessoas que se declaram seguidoras do cristianismo, mas que em diferentes contextos como econômicos, sociais, historicos e principalmente profissionais, deixaram ser afogados nos seus posicionamentos.
Em sua grande maioria, a vida profissional dos cristaos permanecem
separadas do seu caminhar diario com o seu Senhor, muitas vezes há um bloqueio das conviccoes religiosas enquanto estao trabalhando e ha uma adocao de conceitos e procedimentos típicos do seu contexto de atividades diarias. A religiao foi degradada apenas uma questao de fé e nao como uma regra de vida, enquanto que a ciencia e a razao ficou cada vez mais autónoma. William de Ockham negou enfáticamente que Deus pudesse ser entendido em categorias racionais.
A fé e a razao foram divididas em categorías totalmente independentes,
havendo uma dicotomía entre elas. O racionalismo era uma especie de deposito de verdades onde a razao, explicaría tudo, entao já nao há uma necessidade da revelacao divina. E o Iluminismo foi a coroa real da Razao, ele destronou toda autoriade externa e so aceitava verdades explicadas pela razao cientifica. Agora no seculo XVII, auge do Iluminismo, a ciencia foi considerada como fonte única do conhecimento pleno. Afirmava “libertar” dos conceitos da fé e religiosos, a razao científica seria o único camino para a verdade. Houveram os descontentes com essa teoría mecanicista do mundo, pois negavam a alma, afentando as artes e a moral, portanto houve outros filósofos que se levantaram contra esse dualismo de razão e ciencia, como o filósofo francés Rene Descartes, Jean Jacque Rousseau, que gerou o romanticismo e declarou que os seres humanos nao sao parte de uma máquina, mas livres e autônomos. Kant também se destaca nesse meio, pois ele cria de maneira firme na moralidade dos homens. A guerra de cosmovisões ainda perdura em nossos tempos, nao fica só nos seculos passados.
Pearcy defende a cosmovisao crista e essa é a verdade completa, a verdade
inteira, a verdade absoluta. A autora faz uma confrontacao sobre se estamos (nós os cristaos) preparados para defender essa razao. Ela defende que os jovens devem guardar-se puros dos caminhos errados do mundo filosófico e saber identificar as cosmovisoes defeituosas. Saber ler a cosmovisao que esta sendo transmitida por uma pessoa. Resistir os falsos ensinamentos que vao contra a verdade absoluta, nao deixar ser influenciados, pelo contrario, lutar para contribuir na constucao de uma cosmovisao bíblica. Já que essa questao por anos foi esquecida e infelizmente nao tem materiais ja prontos, com respostas e argumentos prontos que possamos utilizar para combater tais filosofías, como as de Charles Darwin, em uma aula de ciencia, onde o aluno é obrigado a ter como certa a sua teoría e é inadimissivel ir contra ela.
Há uma riqueza descritiva de conceitos de diferentes filósofos, onde podemos
passear pela historia e voltar a analisar um pouco de cada um, na leitura do capitulo “Mantendo a religiao em seu lugar” concordo com o que a autora diz quando devemos saber identificar as cosmovisoes diferentes das nossas, que é tida com o cristianismo como centro, no entanto eu tenho claro que essa verdade absoluta é para mim, para mim que tenho fé, e quando penso que o mundo nao se resume a minha verdade absoluta que é Cristo, e cosmovisoes que nao sao bíblicas, eu tambem entendo que há pessoas que nao tem a Biblia e nem a Cristo dentro da sua visao de mundo e esse é o grande dilema. Pois nao tomarao em conta minha ética e moralidade cristocentrica.