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Arquipélago

da Madeira
Corografia Elementar
DO AUTOR

Trabalhos publicados:

As Dasertas-Monografia de um grupo de ilhotas.


As Selvagens-Monografia de um grupo de ilhotas.
O Func hal edição- Publicação comemorativa do qua-
dricentenário da cidade.
Os alicerces para a história militar da Madeira-Confe-
rencias no quartel do R. I 27.
Ascenddncia, naturalidade & mudança de nome de João
Fernandes v i e i r a - ~ o s ~ u e j o hist6rico.
As Migalhas -2." E&do.-Contos e esbocetos.
Um ponto de Hisótria Pátria-Conferências no quartel do
R. I. 27
História Militar da Madeira -Ensaio documentado.
eorografia elementar do arquipblago d a Madeira -No@es
minimas.
Homenagem a João Fernandes Vieira-Discurso na inau-
giiração do seu monumento.
Madeira-1801-02: 1807-1814--Notas e documentos sobre a
ocupaç2o inglesa.
Santo António de Lisboa bosquejado na Madeira-No
v11 centenário da sua glória.
A Madeira e a s Praças de Africa-Esforço antigo madei-
rense.
As Freguesias da Madeira -Coleção d e monografias.
Noticia histbrico-militar sobre a Ilha d o Porto s a n t o ' - ~ e -

As aves do arquipelapo da Madeira-Indlgenas e de passagem


ALBERTO
- --
- - - -A R T -Ú-R ' S A R M. E N-T--O
- --- - -- -
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- -
- --
e

Arquipélago
da Madeira

2." Edição
Composto e impresso na TYPOGRAPHIA
ESPERANÇA
- -
R U A DA ALFANDEGA, 48 E 50 F U N C H A L MADEIRA
Ern 1912, publicamos n #Coro-
grírfia Elementar do Arquipélago
du Madeira contendo u m a s ligei-
))

ras nocões de ?lisiriria e Cicncins


da Natzdrez~.
A Junta Geral Aulónoma do
Distrito do Funchal, julgando util
êsse conh*ecirnento, dirigiu-nos um
oficio, ao qual, de bom grado e
desinteressadamente acedem os, auto-
rizando uma segunda ediçuo d a nos-
sa corografia, que sofreu as modi-
ficagões julgadas necessárias para a
sua actualizaçfio, e otci acrescida
de alguns mapas ~epresentativosdo
grupo das nossas ilhas.
I.^ P A R T E

Goro~raliaHistórico - Polikica
t
Descoberta.- Ein 1418,loferaeceiaam-se ao i ti-
faiite D. I-Ienriqiie para dobraren-I o cabo A7&o,
João Goriqalves %arco e Tristão Vaz, qiie depois
de longa lorrneiita e perdido o riimo da via-
jerri, deparaiani coni uma pequena ilha, a qiie
puzeram o notne de Porto Santo, por lhes ter
servido de porto de salvacão.
Voltando ao reirio a dar* conta de tanja-
nlio sucesso, empreenderam de novo a derrota
rio ario imediato. Chegaram. no Porto Santo e
seguirani depois, para sudoéste, a desvendar
unias brumas que dali se avistavam e eram
forniadas por jima nova terraq toda coberta de
arvoredo, a qiie puaeram o nome de Madeira,
descoberta no dia 3 de Julho de 4429.
Estas ilhas' eram despovoatlas e sem indí-
cio de teretn sido anteriorme'nte hahitadas. Só
depois de 1420, é que o infante D. He~irique
erripreeiideu a colonização das primeiras des-
cobertas.
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ílidadtb.-A vilti (10 Fiirichal foi elevada á
c:itegoiai:i dc 'iiintle por TI. hIaiiiie1 I, em 1508,
pela sua iii~l)ui~l;iiicia ci>escchiite,e é a úriica do
ai~quipt!l;igo. Teiii por ai1rii;is ciiico páes de
;issucar, eiii c:iriipo veiaíle, dispostos como as
quit~aspoi~tiigiiesas. 0,riavani o esc~ldoduas
p1;iiitas tle c;iti;i de assiic:ii-, seiido depois u i i x
tl6l:is t.iaocacl;i porB iiiii i ~[noi de virilia com
(:achas.

Povcin~$o.- Os priiiieii3os ~)ovoacloresda Ma-


clciraa e 1)orbto Santo foratii fidalgos e gente de
I'or*tiignl, especial rrieiifc (do illgai-ve; est taangei-
ros, iitis riobr*cs oiiiilos inei~c;iiiores,a qiiem o
infiiri t e e depois os doiia iáilios concederarii ter-
ras y iie foiniii t rabal h;idi~spor escravos negros,
mouros, e das ilhas Cari~ii~ins.
Nas fazetidas povoadas suigirani as capelas
e riiorgadios. As priiicip;iis capelas foram séde
das freguesias, e as terras de viiiculo, q u h i
abandonadas pelos niorgaclos, passarani a ser
exploradas pelos colonos livres, rriedian te riin
contra to charnado de colonía.

Clero.- O gove,rrio espiritual do arquipélago


foi dado por 11). João i ;i Ordem de Cristo, teri-
do os gerais desta Oidern a sua jiirisdicâo até
o reiriado cle D. Mariuel I, em que os bens do
Mestrado foram eiicorporados á corôti.
Em 11514, por bula do papa Leão s, foi
criado o bispado do Fri richal, qiie tinha jiirisdi-
cão sobre todas as descobertas e conqiiistas. iZ
inst;incias de TI. do:ío rir, foi elevado a arcebis-
pado, tendo por siifragiineas as dioceses de
Angra, Cabo Verde, S. Torné e GGa. No ines-
ino reinado voltori a hisp;ido, pelos grarides
inconvenierites de siipeiaintendei ein táo vastos
domínios.

Organiza@o eclesiislica.- 0 arq iii pc':lago da


Mideiva forma um bispado ou diocese suf13ag;i-
nea. do patriarcado de Lisboa, e esta dividido
em 30 par6qiiias.

Orgrniza~àoadministra1iva.-il Madeira e Por-


to Santo coristil uiram iimn provincia ultrama-
rina atk 1771, em qiie os ilhas entraram no
riirmeio tle proviricias do reino, e em 1834
tomailam o riome de ilhas adjacentes, ficando o
arquipélago da Madeira dividido erii 7 conce-
I hos: -Funchal, Santa Criia, Machico, S. Vi-
cente, Calheta, Ponta do Sol e Porto Santo.
Em 483<5,foram criados mais tr8s:-Câma-
ra de Lobos, Porto do Moniz e Santana? e em
29r14,o da Ribeira Brava. Constitcii iirn só dis-
trito, dividido em onze çoricelhos.
O concelho do Funchal esta dividido em
9 freguesias: 4 riill)aiins-- Sk, Saiita Maria Mai-
or, S. Pedro e Saiita Luzia; e 5 siibut~barias-
Santo :Iiitbiiio, S. hlui~iiiilio,N.il S.3 do Motite,
S. Hoquc e S. Goii~;ilo. Dei~tericem-lhetani-
bem as Illias ljesertas e Selvageris.
O coiicellio de C~;itr~;~r;l de IJobos, 4 :-(:;i-
rnara de l,ol)os, 13sti~eitoclc Ciirnat-a de J,obos,
Quirita Gi*aride e C:iii>ia:il d a s I"~*eii~ns.
O coiicellio d;i 1'iibeiibu llrava, 4: -Hi beira
L3i*ava,Cain pariáieio, Sei.1.u de Agtia e Tabiia.
O coiicellio de l'oiita do Sol, 3: --Ponta do
Sol, Matialeria tio M:iia e Caiilias.
O concel tio tia Cal hS.i.a, 8:-Calheta, Arco
da Cal heta, Estiaeito da Cal lieta, Prazeres, 1'ai11
do Mar, J:ii-tlirii do NIaia, F;ij5 da Ovelha e
Ponta do Pargo.
O concel tio do Porto Moiiiz, 4: -Porto
Moniz, Achadas da Cruz, Ribeira da Jariela e
Seixal.
O concelho de S. Vicente, 3: -- S. Vicente,
Ponta Delgada e Boa Ventura.
O c o n c e l h o d e Saritana, 5:'-Santana,
S. Jorge, Arco de S. Jorge, Faial e S. Roqiie
do Faial.
O concelho de Machico, 3 freguesias e par-
te de outras 2:-Machico, Caniçal, Porto da
Cruz, Santo Antonio da Serra (parte), e Agua
de Pena (parte).
O concelho de Santa Criiz, 4 fregliesias e
parte de outras 2:-- Si~iitaílrilz, (;niilu: Caiii-
ço, Camacha, Saiito .4iitonio da Sei>i.:i (parte),
e Agua de Penii (parte j.
O coricelho do Porto Saiito cotistitili linln
s t i finegiicsia: -l'orato S;iii to.
O distr.it.o do V~iiicli:il teve utiiii . I t i t i t ; i (:e-
r+alde arlniiiiisti~a(;,iofoi*ir~a(l;i pelos prociil>:ido-
tles dos corir:eliios de !83/ :I 1886.
Err, (!Y01, coin :i :iiitoiioiiiia ;idi-riitiistilativa,
foi riova~rieritecriarlii a .liitita Geral do Distrit.~.
Atualrnerite, liit etii cada distrito iini gover-
nador civil; 110s coiicclhos, u m adrninistrador:
e nas pardquias, iirn regedoi..

Organizaqiio jiidicia1.- Os doriaiiii-ios, por si,


ou pelos seus ouvidores, adrninistravani justiça
nas siias capitanias, segiiiido as Orderiacões do
Reilio. Nos inuriicipios presidia u m juiz ordi-
ntirio e os seus despachos tiritlarn ape1;ição
para o corregedor. No Funchal presidia 2 ca-
mara, um juiz de fóra.
Segundo as diferentes legislações, foram cri-
ados vários magistrados e juntas de justiça.
Da comarca do Fiinchal (I.' classe) acham-
se separadas as de Santa Cruz, Ponta do Sol e
o julgado municipal de S. Vicente.
Pertencem a comaiwcado Fiinchal, a fregue-
sia do Campanário, os concelhos do Porto San-
t.o, i I C I C;iiii;ii:i de IJol)os e Saiiiuria, ex-
ceptii;iiido a f'regiiesi:~tle S. Iioqiie do Faial.
Pei*teiicei~iá coiri;trc;r dt: Saiita Cruz, os
coi~cèliiostle 1l:ichico e Saiit:i Cruz e mais a
fiaegiiesia de S. I toiliie do Fainl.
perteiice~ii ;i coiiiniac:i de I'oritn do Sol, os
coiicelhos de I'oiita (10 Sol, (:ullieta, Porto
$1 oiiiz, S. ITiceiitc: e R i I I , inerios a
fregiiesi;~do C:iii~paii;ii~io.
S a &le do dist.iito Ii:i iiin juiso, subdivitli-
do ein duas v;iia;is, coiij çotirpet~iiciaçriniinal,
cível e conier~cial,e iiin Ti*ibiin:ildo l'rabalho.
h Madeira faz p;iilte do disiiiio judicial d:i
Ilelacáo de Lisbòn.

Orgaiiizagio Militar. -Os doiia tai>ios.era rn os


chefes da gente de grierra- Msteiios e espin-
gardeiros -- defendendo as suas capitanias con-
tra o ataque dos inimigos e corsários.
O pr*ir:cipal morador de cada povoacão ti-
nha o nome de capitão-cabo e dirigia a defesa
local. s

E m 1515, vierarn de Portugal os primeiros


bom bardeiros, dirigidos por uin condestavel,
tendo a seu cargo a artelharia.
A primeira organização dum exército na-
cional aparece com as ordenancas da Madeira,
em 1559, adaptadas as coridiqões topogrAficas
do arquipélago. Todos tintiarn obrigacào de
ter armas, cotiftirme a sua condicáo. I). Sel~as-
tião organizoti as vigías, sistema militar e fisc:il
com o fim de vigiar as costas maibitiinas, de
que ningueiii era iserito.
Diirante o domiiiio felipitio foi o arqiiipéla-
go ociipado por destac:inientos de forcas castc-
1banas.
Ilepois da liestairr*açáode l>oi~iiigal, foi cri-
ada a tropa de sddo. Eiii 46i1, foi organizada
rio Funchal uina compantiia paga de 100 ho-
mens. As tropas auxiliares guariieciatn as for-
talezas.
Na orgaiiizacào inilitni de 4784, foisairi cri-
ados ti8& teibços ;iiixiliai~es,coiiver*tidos depois
em regimentos de nrilicias, coni as siias skdes
rio Funchal, Calheta e S. Vice~ite.
As ordeiianc;as ou tropas de 3."linha foram
divididas erri 14 capitaiiias-móres. De 1801 a
1802 e de 4807 a 1814, o arquipélago foi ocu-
pado por tropas inglesas.
Em 1834, foram extintas as milícias e as
ordenanças.
Contingentes de diferentes corpos fôrain pe-
riodicamente destacados para a Madeira.
Etn 1863, foi criado o' batalhão de caçado-
res 12, corri quartél no Funchal. As forsas de
infantaria consti tuirain um regimento e actual-
mente um batalhão independente.
Coriiiiiitlo i)iiiilaib da I1I;iQeir.a.-A aiitoridade
inilit;,~.foi sep:ii~ntladii aiitoi.itlnde atlrniiiisti~ati-
va cri2 ,1835, e toriiou os iioriies de goverrintlor
militar e corriatlclarite i i i i l i tzir.
lzstlio s~il)or~clii~;iclos ;]o coiii:indo inilitar* da
Matleii.:~o b:tt:ilh;io tle iiil;iritaria, o distrito de
rBeci-iitariieiito i*eserava,batiir~ia de ni*telli:\i.ia e
i~ni;isec(;so de i d ' o i ~ r cnl 0s.
C ~

FortiCicrgUes.- As priirieiras foi~tifica~ões


iia
A1acleir;i for:iiri feitas tio reinado de blaiiuel I ,
depois ile encoi*poratia i'i coròa, ;i Oi*dem de
Cristo. Iriiciar*arri-se os rritii.os de defesa da
cidade do Fiiiiçhal, tlorriiiiados pois iim tori*eáo
e baluarte.
Depois do saque tlos cor~s~ii~ios ern 1566,
qiie desetnbarcaraiii ria Praia Formosa e ataca-
rani i cidade pelos lados de norte e léste,
foram melhor-aclos os tnuros de defesa cotn
uma estAncia em N." S.ado Calhau, apoio léste
das milralhas.
A costa entre o Funchal e Càmara de Lo-
bos estava guarnecida com pequenos fortes.
No domínio felipino foram iiltirnados os
rriuros da cidade e iniciadas as fortalezas de
S. Tiago e S. João do Pico, os fortes de S. Fe-
lipe e Penha de França, no Funchal; S. Roqiie,
em Machico; e o do Pico, no Porto Santo.
3
Depois da Rcstaura~áo foi consti~uido o
reduto de Santo Anitjriio da Alfindegn, salieti-
te na cinta das niur;~lliasda cidatle, e a fortale-
t a de Xossa Setihora da CoiicciqSo, sobre um
illrieri a oéste da baía.
As murallias da cidade tinhairi '7 portfies,
serido o pi>iricipal,o dos \varaiioiiros.

Allbndegas.- ( ) pririiitivo sistema de arreca-


daçâo dos direitos foi por rneio de arrerida-
rnen to. Tiveram alfiiridega, Fu nchal, Macliico,
Porto Santo e Saiita Cibuz;e pequeiias estacões
fiscais, deriominadas cal l i6 tas, foram estnbeleci-
das em Ciirnara de Lobos, Ribeira Brava, Pori-
ta do Sol, M:rdalCria e Callietii.
D. Mariuel I inaridoii fazer a alfhndega
graride do Fiiiiclial e sU por ela poderia ser
despachatfo o assiicar. Pelas diferentes refór-
mas, ficou subsistindo apenas a alfindega da
cidade.
O serviço fiscal iriterno e externo era des-
empenhado por giiardas da alfàndega, hoje
confiado à guarda fiscal, e a fiscalização maríti-
iria competia ao alcaide do tmar.
A alfàridega do Frinchal, pela sua irnpor-
tancia, ocupa o terceiro lugar nas alfandegas
portuguesas e o sei] rendimento é superior ao
das três alftiridegas dos Aqores.
,i iinpo13iacii.o6 tic cei>e:iis,tecidos de algo-
dão, linho c Ià: gazoliii;~,petrbleo, azeite, sal, ge-
rieros de ineicearia e botequiin, cortica, ailtik-
Ia, vidros, louc;i, telli;~,iiia teria1 inec;inico e
obra de ctitelar-ia, etc.
A espor~ín~lio piiiicipnl corisiste ein borda-
dos, viiilio, nssiicilil, obras de viriies, fi*iit;is,
cebbla, manteiga, vagiiilia (vagens veiades tie
feijão), ovos, tiaahallios de ein bii tidos, e tc.

verarn a caigo tle tlifei-elites entidades qiie ti-


riharn o riotiie de coritador, piociiradoi~e pro-
vedor. I-loiivc depois uni depositái*io geral e
ainda uma Jiititii da Real Fcizerlda.
As raeparticòes de fazerida distrit 1iis e cori-
celhias furiciotiai~arr)sob a dii~ec@odo govera-
nador civil e do adininistrador* do concelho
até 1849, sendo depois respectivamente dirigi-
das pelos delegados do tesouro e escrivães de
fazenda.
Pela actual organizagão, em cada distrito há
um director de finariças e ein cada concelho,
um chefe de repartição de finanças.

Guarda fiscal.-Para a fiscalização maritiri~a


e terreste há no Funchal uma companhia da
guarda fiscal, siihordiriada ao Ministério das
Finanps.
Capitania tlo purto. -- Coinpet,e-1he a policia
marítima, o estabeleciineiito do fiindeadoiiro
dos navios, a rnatríciila das einbai*cacOes de
tr:ífego, barcos de pesca, etc. e siiperintende no
litoral maritiriio.

das Obras do Porto tlo Fii~ictliiil.


Jiiiitâ Aii(óiioina
- Criada erii 1913, para irielliorairicii to do cais
e execuqão do pOi8iode abiaigo.

Coinanlo Distrilal de Polícia e Segoiaanca Pública


do Fonuhitl.-Abrniige todo o disti3ito. Atual-
mente cornpete ao seu comandante as fiinções
de admiriistradot- do concelho do Funchal.
Aléni da policia distrital de segurarica públi-
ca, existe a policia repressiva de emigração
clandestina.

Agricultura.-As cultur*as principais, são a


cana de assucar e a vinha, por mais prodiiti-
vas e i*einurieradoras. Produz tanibern cereais,
leguaies, batatas, hortalicas, etc.
A cultura dos cereais é demasiado peqiie-
na, sendo irnportado mais do dôbro da produ-
cão para o consiimo.
A configuracão do terreno e o suporte das
terras em pequerios taboleiros nas encostas, não
permitem o arado, e a cava é feita a braço, com
a enxada. O aspecto da vegetac,ão 6 utn dos
mais pitoi*escos: nii ni s(í10 fki.til: protegido por
um cliiiia ternperlado, [)rotarn r, desenvolvein-
se plantas de iiirii difereiries regiòes.
As te:r;is s,io lia iiiaior p;irBtede regadio.
0 s teri-eiios 1n:irginais das r*ibeii-ase Iiigai-es
cricharcados prodiizeni o iiiliariie.
As 11or1alic;as e ;i í'13iita liparecerii eni poiica
:il)uiid;iiici;r ijo iiiei*cado.
As encostas que titio sào de rcgadio piodu-
zem o piiilieiro, cuja pt~iticipalaplicacào k para
coni biistível.

Contrato de ~010níii.- Este regime de pi~oprie-


dade ern parceiXiaagrícola riasceu do desprêso
dos morgados pelas siias terras, dando-as a
trabalhar aos colóiios livres, com a condição de
partirem eritre si os produtos.
O dono do terreiqo chanioii-se senhorio e o
trabalhador caseiro, a quem pertencem as bem-
feitoiaias urbanas e rústicas. O contrato de colo-
nía varía conforme a rriaior ou menor fertilida-
de do terreno e conforme os costumes locais
radicados de loriga data. O colono não pode
edificar casa nem palheiro sem licença do se-
nhorio. Em militas terras o senhorio é tam-
bérn o dono das bet~ifeitorias.

evadas.-~áo canais que conduzem a água


para a irrigação das terras de lavoui1;1, seiiclo
rialgunias de passageiri 110s povo;ídos, aprovei-
tada a suti fi,rca ruotriz para as azenhas.
.4s primitivas levaclns foiaarn feitos para
regar os caiiavi:iis de assucar, estericleiido-se
depois ;i agi~i~:iiltut~a
eiii geral.
f3eréo ermao aritigo 110rne do colono d;is ter-
innsregadias e tlesigiia uctiialiiieii to o y raopi1iet5-
rio ou sociat;írio de clu;ilqiier poil~irode água
durna levada.

Servip agiaíenla.- Cornpl-eencle os servicjos


agroriómicos, pecuários e florestais do distrito.
Os servicos agronómicos, - desenvolvimeri-
to. e aperfeiçoamento da agriciil tuila - estão a
cargo do agróriorno.
Os serviços pecuários, -ci*iaqãoe desenvol-
viilieii to dos gados e serviços médicos irieren-
tes-estão a cargo do interidente de peciihtia.
Os serviços' florestais-arhorisaçào das ser-
ras e coiiservaçâo das matas-estão a cargo do
agronolno. Os servicos da aritiga Junta Agríco-
la da Madeira (1911 a 1919) passarani a cargo
da Junta Geral da Distrito.

Serviços senit8ries.-Na séde do distrito há


u m inspector de saiide e eiri cada conc6lho uin
delegado de saude.
Os servi(;os de sariiclade rriaritirna estão
coiifiados a iiri1 iiispectota de saiiidatle ri2ai.i tirria
e urn giiarda-mGi tle sniide,

Obras piiblitas.-Esi;ío a cargo da Jiinta Ge-


ral e tl;is C;iri~;ii%:is Miiiiicip;iis. Pertencem i
,l unta Gri.til as csti~a(i;isiiacioiiais, os cdificios
do l<st:itlo, 1cv;rtl:rs tla .liiiit;i, portos tle peqiie-
tia cabotageiri etç.
I3et*tericerii 5s C;iiiiaias hluiiicipais as es-
tradas coricelhias, aiarunrrient.o das povoações,
servi-o de iliiminacáo e provei* a habitação dos
professores piai iiiAixiosetc.

--Logo deljois da povoacão o pri-


Conib~~eio.
rneiro comércio foi de rriadeiras e produtos ve-
getais, iins de aplica~áona medicina, outros na
iridiistria da tinturaria e cortiinento: fiincho,
pastel, sangue de diaago, urzela, sumagre.
Terido o infante D. IIenrique niandado in-
trodiizir as canas da ilha Sicilia e bacêlos da
iltia de Candia, iniciou-se o comércio do assu-
car e do vinho.
0. Fiinchal foi o centro de todo o movi-
mento comercial das descobertas e o pôrto
obrigado dos navios de Airica e da India, até
aonde se estendia a jurisdicão eclesiast,ica do
arcebispado.
O com6rcio das ii~acleii~asfui iiiiiito iinpoi-
tan te no s6ciilo sr: táhoas, tilaves, iii;istrlos,-
serrados ern engeiihos oii sei-rns de o!gllu--erii-
pregados especial rrieri ti: tias coiis t iliiqùes i~avais.
í ) coniér8cio do ;issiic:ii~ atiiigiii o scii Iiiige
rio s~ciilos v r , setitio siip1aiit;itlo pela coiicoia-
rencia da Atnbric:~.
O coin&i*c:iodo ~ i itio i Iev;iiitoii-se tl;i qiii:d;i
do assucar e tiinis o f';iror~ec:cwa iiitima aliniicu
entre Portug:ti c :i Iiiglntei~i.:i, sciido esta iisi(;ào
o seu inelbor*mercado (-]econsiiino.
No me:ido do s&ci~losis,a virihii caiu em
quasi total dest,riiic,áo, tlariclo i~essiirgirnento;i
cana de assucar de novas castas qiie avassala
os terrenos ci11tivAveis. Ilebelaclo o rnal da
vinha, são estes dois pi*odiit,osas fontes princi-
pais de riqiieza, n~úi-rilentepelos t.lir.eitos da
AlfAndega qiie ;\fiist:rrn do ineibcado o assuçai*
estrarigeiro.
O coméi-cio interno i', ern regra, a retalho;
por grosso, 6 feito entre n cidade e os pequenos
centros - vilas e Iiigaies - para a revenda dos
géneiaos de primeira necessidxde.
O cornér-cio externo coiisisle na expoittação
dos produtos da siia indi~stiia,iia im yortação,
foiricciinento nos vapores rio porto do Fiinchal.

1rilRstria.- O s inoín lios de cereais e . foiliios


piil)licos sO os tlor~atAi*iosos podiani ter1. O
escliisi~ode a lgiirniis iiiclíistr.i:is, coirio s;ibo:i-
ria, piaep;ii*otle titiias, óleo de baga de loui*o,
foi d;itlo coriio ineincC:i certos fidalgos.
( fal111ico do ;issiicai3, apesar (10s pesa(-10s
tIl3il ) i l tos de qiie era so ht~ec;iiai*egndo, atiiigiri
enoilines piopoi3cões, tl:riido origem ;i corifeit;i-
ilí;i e coiiséiav;i de frti tos.
As peqiieiins iiidusti~ias,como sejatil as ti':
cortiiri!es e tecidos de 15 e liritio, sào pi*iiniiiulis
e bi*nect.in eiii rinilte o c,nl(;atlo e vestii:irio para
a getlft? do canipo.
IIá fá1wic;ts de assricaia e aguardente, ceilve-
ja, ljebidas gazozns; moageris, iriassas alimenti-
cias, pso, ina t i teig;r, queijo, c:onservas; fiisidi-
não, sei.iaageiri, foriios tle cal, telh.1, ladi*ilhos,
rnosaicos e tiihos de ciri-ierito, olarias; velas,
sabão; ch:ipétis tie palha; tabaco, etc.
A iridiisii*in dos 1)ordados e obras de virnes
6 de gihaiide exportacão.

Insliufàn. -- Pi-imitivanien te esteve a iiisttw-


ção pública a cargo do clero e professores par-
ticiilares: O p~ainieiromestre-e,scoIa ensinava na
Sé, iio reinado de D. Manuel I .
S o ternpo de 1). Sebnstiáo, foi furiifado o
Serriiriário, onde havia ri in piofessoi de gra iiiá-
tica, e os jesiiitns ençir~:ivani no seii Colégio,
latim e ibeicirica, i~;tsaulas tio páteo.
Eiri ~1772,foram ci-iadas as piirneiiaas esco-
las yiiblicas a caiSgo do I',stado. I louve depois
um ciirso de geomeir>iae cteserilio para os riiili-
tares e urna aiila de fraiicc's e iiiglfis para os
secular~es.
,4 Flscola hlOciico-Ci i i í i-rica do Ftiriclial foi.
est:~beleciclacrri 1836 e terrriinori ern 3 910.
A E:scol;i Soiiiinl p;ir4:i I i n l ~ i ltacão
i no ina-
gist&i.iopt~im:ii~io (1!100 ;1 1919) passou a ICsco-
Ia Priniária Siiperior e fbi estiiita.
O Liceii Nicional foi criado e n ~1836 e tern
a categoi-ia de Central. I? mixto e denominado
a Jaitiie Mo~iiz.u.
Além do ciirso gel%al(5."ano) tem os cur3-
sos complerrientaiaes tle letras e ciencias, que
habilitam aos crirsos superiores.
A Escola Iiidiisi ria1 i i i i tónio hiignsto de
Agiliai) foi coirveiatida eni li:scola Indiistrial e
Corriercial, ern 11925,-com qiia tro cursos indils-
tiiais- sei*rbal haria, mechnica, rnarceriaria, em-
bri tidos, cost,rira e bordados - e u m ciirso
corri plenien ta r de coinércio.
A instruqão piini$riu, distiihuida pelas es-
colas, ein qiiasi todas as fi-egiiesias, está subor-
dinada a u m Circulo Escolar, com o respectivo
irispector.

Populr~ào.-- Nos prirrieiros tempos o incre-


rrieri to da popula@o teve virias oscilações, de-
perirfeiites ein especial tJo socOrro de gente ás
pr:ic:is tle Africa, epidemias e assalto dos cor-
shrios (1s povoacôes, ficando por diias vezes o
I'orto Saiito quasi despovoado.
IJina ideia da sua evoliiçáo 6 assim expres-
sa iio comec;o dos séculos:
Ano I;iw . . . . /1.'>.000habit,;ttltcs
2, 1600.. . . 30.000 3
;u 1700. . . . 50.0W u
3 l8W. '30.000 Y

u 1900. . . . 250.000 3

Pelo censo da popiilacão de 119:30, a ilha


da Madeira tem 209.221 habitantes e a ilha do
Porto Sarito 2.490.
A popiilacáo dos concelhos é a seguinte:
Funchal . . . . . . 68.003 almas
Santa Cruz - . . . . 24.707 3
Calheta - . . . . 2.1o 9 6 0 3

Càmara de Lobos - . 24814


Machico - . . . . . 17.463
Ribeira Brava . . . . 16.343 3
Ponta do Sol . . 13.190 3
Santana. . . . . . i0.9ZO
S. Vicente . . .. 9.663 3
Porto Moniz . . . . . 5.058 + 9
Porto Santo . . . . . 2.490 3

Total . . . 91Z .Wi


ri
Siipei*ficiecl;is tliias ilhas, c111 q~iiloiiietros
cliiadi*ados:
Ilha da hlacleir*a . . . . . . 74O,Ci2
do 1-'or~toSarito . . . . 42,(17

Prociiradorrs e t1epiilalos.- ( )s seri:iclos eriviii-


varri antignr~~critepi-ociii,adoi~esii COi*te para
ttlataibeni de assuritos de interesse para as C;i-
riiaras, so1,i.e o pag;iiiieiito de impostos, rega-
lias, forlificaq50, etc.
D. João i v dei] reprleseritarite permanente
eni Cdrtes ii M:ideii~a.corri assento ria primeira
bancada, por ter sido ;ipririieirâ colónia que o
i~econhecen,sendo o Senado do Frincha1 querri
elegia esse depiitado.
Depois do estabelecimento do gov6rrio re-
presentativo, os deputados eleitos pela Madeira
lêeiii variado conforme as legislaturas.
E m face da actiial Coristitiiicão, existeni
duas CAmaras:
-a Assembleia Ri'acional, çonstiiuida por
rioventa depri tados eleitos pela N a ~ ã o .
-a Càriiara Corporativa, formada pelos re-
preseiikari tes dos diferentes interesses profis-
sioitais e corporntivos.
Os rriui~icipiosda Madeira e Porto Santo
elegem Iim dopiitndo Cg~naraCorporativa.
2." P A R T E

HISTORICO - NATURAL
Zoologia

llamiferts. -hpeiias se encontravam na Ma-


deira, c~uaiidofoi descol,erta, a f6ca e o inorck-
go. Verlebrados iiitrotl uzidos -o boi, a cabra, o
cão, o carneiro, o c:ivlilo. o co&lho. o gato, o
pôi8c0 e o rato. Todos estes ariiinais adquiri-
ram riienor corpiilCricia e outros característicos
devido ao meio, corrio por exeniplo: o coelho
do Porto Santo, a cabra das Desertas, etc.
No mar, encoritrarn-se de passagem os se-
guintes cetáceos: baleia, bôca de panela, bôto e
tuninha.

Aves.- No arquipklago da Madeira teeiri si-


do observadas mais de 200 espécies de aves,
42 das quais fazeni ninho na região, aparecen-
do as outras ein bpocas deterrninadas ori aci-
dintalniente de arribaqão.
Aves de rapina.-coruja, fraricêlho, gaviáo
e +manta.
tò 0

.4 v;
2
e
O
2
-c5
(B
cri
a
besiigo, I~icuda,hùcn-negra, bodiao, boga, bo-
qucii~50.caiieja, c;io, cariieii*~,castaiilic'.ta, cher-
iie, c tiou pa, coe1tio, congro, tiol~iatlii,escolar,
freira, g;ilo. g;iiaaup;i, goi-nz, giieli>o, irieiao,
morta, o , pcsciida, i i e , S I I sal-
monPte, snilgo, si.ili;i. s(')ll~:i,k 3 í t h ~ . ttaotnt)<b-
ta, etc.
1las g r ~ m l t ~~s~ ~ ~ o / i ~ ~a~ vspiitl:~
~ i i d ~e ~;I]-~ / o ~ s :
guris tlos clr:iir i:ltlos peises tle alei te.
Suo migrtrlBrios: ngiilliti, aiicliOv:i, ni3enqiie,
atiiii~, cav:ili~, ~ I I I Oo , i ci~çhnl~e~l,
gaiado, roineii*~, s:ii~tliiili;i,etc.
Nas pi,cas tias ribrii~iseiicoiiti1o-seo eiitti.

1 )a pi~ofiisàocriorhiiiedos inver~ebrcltios(li-]ais
de 3.000) têern merecido especialriionte a n tcii-
cão dos na tili-alistas, os seguintes grupos :
Moluscos. (de corpo rnole)
terreslres. Mais de 300:-caiacois, lhsrnas c tc.
marinhos.-Mais de 400: chôco, lula, ptil-
vo, etc.; búsios, caram'ujos, lapas, etc.
Artrópodes (de corpo dividido em segrrieil-
tos nioveis).
insectos. C6rca de 2.000:
-carocha, rãrá, joaninlia, etc. tendo iim es-
tôjo coin azas;
-abelha, formiga, vespa, etc., com azas
rnern branosas;
-moscas, varejas, etc*,com diius mas;
-- borl~olCtas,I)orbolctáo, n c;iveii>a,a tiaa(;n,
etc., de azas escnniosas;
-o tira-til tios, etc. ile qtiatro azas i.eiidatlas
de nervi'iras;
-gi~ilos, I)ai*atas, cig;iri~osetc., corn azas
cruzadas o11 seiii elas:
-- pci ccv<io: I coclioiiiltin, I~ichofia-
, ç.ic.: (liit; s;io siig;iiloi~es.
,l!i~~itipo~b)s (coiii gi;iiide i i i i riieio de pii tas)
coritieceiii-sc iiitiis do 10: ceritopeia, vaqui-
II tia o11 i)ictio tl:i Fi~ii,i.:i,eiç.
Aractzideos (coiii 8 patas). Estão estuda-
dos n ~ a i sde 4 0 0 .
A rriaior* :ii*;itili;i esiste na Deserta Graride.
A rnorldeiliii1;i t l ; i iii-atitia piaela tlo t'oi3to Sari to
(: bastaii te vcrieriosa. I Irna (Ias a i x i tias ~ coritle-
cidas é irnl)t*ol)i~i;iiiiet1te ctiniii;id;i tai~intula.
Crustticeos (geiaal irieiite coiil 40 pa t:is)
ten.estr*cjs rnnis dc 20: bictio-conta (14 pa-
tas) etc.
marinhos: riiais de '2%: çairiarào, carangue-
jo, car:iriguejola, craca, lagosta, etc.
Vermes (de coi,po mole e aneis sernelhaii-
tes) riiais de 30:
terreshaes:miri h0ca, etc.;
de ayuu doce: sariguessuga, etc.
marir1hos: iriiii tioca do mar, etc.
Equinodel*ntes (de esquelêio calctireo com
picos) ouiai~os,estrelas-do mar, etc.
A. flot3;ipriirii tivn do :irqriipélngo, tle qiie se
eiicnntr>nrii vestigios em alguiiias r;iin;icias ftis-
seis, ri-latiteve-se sob o iiosso cliiii;~,e cisses
vegolais, ein gixai)t le pai%le,se eiiiaoiilr;i i i i nc t ii-
alineritt:. .
Uni gi*aiiíic iiuriiei*~,poi*érii, cli? espibcies,
seiido coiiiiiiis ii Eiii-opa e Airihi*ic:i e airiil;i
algiitrias ;io cuii~iiieii~.e nf't*icniio, fbiaaiii pr3iiriiti-
vatneii te i11tilodtizid:is, pi'opo~it:i(l;ioii acitlcri tal-
meli te, e eiicoiili-aiido i i i i i trii:io ~ii*(,pi*io
;io seti
desciivolvitneiii.o, se ria tiii-;iIiz;iil;iiiii*;~piiJ:~irreiiíe.
N:i k1adeii.a podeiri s(:ia est;ihclccitlas qii;itibo
zonas de vegetaqáo: litoral, rneia encosta, seri3:i,
e altitudes, todas elas delinidas por8varias plan-
tas qrie as caracterisarn.
Pela iiatiireza especial do Porto Sant.0 e
seti pouco relevo, a vegetacão desta ilha tiâo
apresenta a opil1Sncia da Madeira e a siia divi-
são em três zonas não é perfeitamente distitita.
Nas Desertas 6 Selvageris, quasi despidas
de espécies aibustivas, apenas se pode conside-
rar a zona i n f e r i ~ rou próxima ao mar, e a
superior, mais afastada.
Existem no arquip6lago da Madeira, rnais
de 900 fanerogjmicas (plantas com Ilfiiaes c
frutos) ind igenas oii apareri temente indígenas,
serido 200 o numero aprosirriado, das que se
ach:trn beni naturalizadas. Das atigiosp~i*micas
(plantas com sementes fechadas num ovirio )
umas são dicotiled6neas (plantas coin 2 cotilk-
dones ou fòlhas primordiais) e outras moiióco-
tiledtineas (plaiitas coiii 1 coti1í:doiie). Fetos,
musgos, cogiimelos, algas, etc. são plantas qrie
não d;"roft6r1.

As principais 5rvores' e arbustos indigc-


nas são:

aderno p;iu l~ranco


alindres perado
azevinho pi6rr10
barl~usino sal~ugueiilo
céd ro sanguin ho
codt.ço seixo
dragoeiro teixo
faia til
folhado tintureira
fustête t ra mazeira
ginjeira brava urze durázia
1011reiro urze molar
ruarn~ulano uveira
rnocano vin hático
rnurta zim breiro
oliveira
As iitiicas Arvores introdiizidas qiie tCem
verdadeira impoi*tància iia arborisacão florestal
da Madeira siio o piriheiro e o castanheiro.
Uissetniiiatias por vhrios poi~tos, (estradas,
quintas, etc.) encoritr;i-se:
acicia grev ilea
;ilamo jacaraiidá
ar;i~ic;isia lodão bastardo
;irvore de iricerlso oii sernenteir;l
azinheira rnagri0iea
carvalho a ano
pl't
castanheiro da India pimenteira da India
choiipo pinheiro mariso
eucalipto tília
figueira dii Iiidia etc.
A acicia, a Arvore do paraiso e a tamar-
gueira, são as únicas essências aburidantes no
Porto Santo. Na Deserta Grande, encontra-se
algumas figueiras e pinheiros.

As frutas mais abundantes ria Madeira são:


abacates castanhas
a rneixas cerejas
anióras damascos
anônas figos
ara~ás
bananas
laraiijas pecegos
iriaqàs pPr:~s
inarigos pi.i20s
rnaraciijas 1.0iri ã s
inai~rnc:los tabaibos
rnorangos 11v;) s
iiCs pei'as ibtc.
nozes

As poiicas ;ít2\roi7csdc f t ~ i t ociiltivatlas tio


I-'orto Santo siio:
ameridoeiras pereiras
;tinoreiras perleiros
figueiras rornei r;is

Encnn trarn-se ria hladcira: abO boras (caba-


$as, hogaiangas ) ac61g:is, alfaces, alhos, bata tas
(sertiilhns), b:tt,aias doces, cebolas, ceriouras,
coeri tro, cli icliaros, couves, ervilhas, espiriafres,
fiiv:is, feijOes, nabos, pepinos, pepiiielns, pirrien-
tos, rabanetes, salsa, etx.
Pi30duz o l:'oilto Sarito virilia; tiigo, milho,
cevada, ceri leio, lentilha, cliícharos, favas; coii-
ves, abti horas, a1hos, 'nielaricías e melões.
A s espkcies iiidustriais que costiimaai sern
utilizadas tia Madeira sáo as seguintes: o liriho,
piari ta tes til; a acafròa, a ruivitilia, plantas tin-
tur~inis;;i cana sacnriiia, o Iiipiilo, o sDrgo, o
tabaco, pl:r i i ta s ecoiiiiiiiicas, etc.
As plantas foi~i~agiiiosas tnatleireiises mais
;il)tintlaiites sso: o unioi. de hiii1i.o, a aveia, o
azevein, o balnnco, 3 cabreira, o capim, o fkiio,
a gratiia, a leituna, os tilc*vos; a treviii;~,a seia-
raltia etc.

Geologia

O arqiiiphlago da h1itdeii.a stii~giiido Atlan-


tico por ac(;òes vi11c;iiiicas siihiriarinas qiie for-
maram loiigos baiicos, sobre os quais foi conti-
iitiada essa actividade ein dois períodos dis-
tintos.
Xo pi-itneiro período formori-se ;I cratbra
do Curral das Freiras, diima soberba majesta-
de, estalada iias siias conviilsões.
No segundo período, de menor actividade
vulciiriica, formararri-se peqiienas cratéras dis-
persas que consolidaram toda a massa rochosa
e as siias 'lavas alteraram o recorte das ilhas.
Algrimas dessas pequenas cratéras mos-
trani ainda a siia configiiraçáo, coino as la-
gôas do Porto Moniz, Fanal, Sanio Antonio da
Serra e do Pico da Cancela (Cani~nl).
Grande niimero dos cories vi11c;inicos apre-
sentani vestígios de ;rn tinas crateras, ori tros sào
formados por u m aniontoado de escciiaias.
As roch;is mais a n t i p s eiicoi-itrain-se iio
vale do Porto tla Criiz.
OS c;ilcáreos de origem iii:ii~iriha,-em S. Vi-
cente (iio norte d:i Madeira), no l'orto Sari to,
especialrnen te iio tl hcii tl;i Cal, e ria Se1v:igerri
(-iraride.
As roctras iiiais a tsuridaiites S ~ os
O l ~ a s atos
l
e as ti~acluites.
Os basnltos api*eseilt;iin-se em .massas de
cdres escuras ori acinzent;iiias, com a forma de
l~locos,laininas, ou co1iin;is coiitíguas.
As traqiiites, em iiiassas merios consisteii-
tes, de ccires claras, coin predomiriio tio ciii-
zen to.
Co~tglomerados sio a reunião de diversos
materiais, escbrias, pequenos calhaiis, etc., aglu-
tinados pela iiifiliracão das liguas carregadas
de diferentes sri bs tiincias.
Os conglomerados apresentam varias cores
e quando suo bastante compactos e resistentes,
coristituem as cantarias empregadas em cons-
t ruções.
Terminada ;i acção vulciinica de formação,
os agentes rnodificadóres da crusta do arquipb-
lago são os ventos, chuvas, aguas correntes,
mar, etc.
O vento e o mar cieposit:iiam as areias do
l'orlio S a i to,
~ formando iirna e s terisli praia que
abafa uina ori tra 1)ein iiiais antiga, onde se en-
con trai] iiiiirneros fcisseis.
As cliiivas e :igrias coi3reiites produzem o
ti;)biilho erosivo de iiifil tiaa(;;ío e gastamento
dos cursos de Ggun qiie ria ocasi50 das cheias
acarretani pesados inateriais e dào origem i s
quebrutlas lias vertentes.
FVsseis.-Ericoii tram-se deptjsi tos de vege-
tais fósseis em S. Jorge e Porto d a Ciaiiz.illgii-
miis vezes, Sstes cstào subsii tuídos pelas srias
fU r m as.
DepVsitos conqriiliferos, (especialmente con-
chas), a pareceiri na Piedade (Canical), S. Vicen-
te, Porto Santo, Bugio e Selvagem Grande.

Clima
O clima da Madeira é uru dos niais afama-
dos de todo o mundo pela sua benignidade,
sern saltos bi~uscosentre as máximas e mini-
mas t,emperatiiras. A intensidade da luz, a sua-
vidade das brizas, a ausericia das poeiras, a
elevada percentagem de ozone, constituem utn
clima privilegiado para o bern estar da vida.
A uniformidade da sua temper;itiira pro-
vem-lhe de serem banhadas estas ilhas por
u m dos itanios tla (:oriente tlo (;<i110 qiie Ilie
propoi-ciona rapoi* ;Irlrioso, nl~iigaiido-:is do
calor pihpr~iod:i siin I:ititii<lp, Eorinairtlo os iie-
voeiros ciitrcb 600 'TOO ri~eiiwstle altitiitle, a
chamada zoii;i de c o n < l i , i i s n ~ ~ ~ o .
Na iIJ:itleir;i, clii;isi se poclei~i disi iiiguii* o
clinia innraitirrio, o cliinn (Ia iiioi~taiiline o cli-
ma das ~~ltitiiclc~s.

outoirino e /lr>.o iio iriveriio, o qiic cor~~espoiide


a uma nihdia atiiial tlt: 18.0, c a Iiiirriidade rela-
tiva vni*i;j c11t ilc ti6 (2 69 pai* ceii t o, liavericio
durante o airo iiriia tiiktliti cle '78 dias de cliuva.
Nos rriezes tle Norerii1)i.o a RIai>co, siicede
qiiasi todos os iirios, cair grniiizo nas serras da
Madeira, conservantlo-se entre 3 n 1.7 dias.
O clim;i do Porto Santo t? mais quente qiic
o d;i kIadeii>a, erii média geral de 1 grau, rias
poucas ol~servaqòesfeitas.
Os ventos doiriiiiantes são do N., soprarido
raras vezes urri vento qrierite de 13. S. E. conhe-
cido pelo nome de Zéste, dando origem a eleva-
das temperaturas.
No ,Funchal, existe umii estacão meteorolú-
gica, estabelecida na fortalesa de S. Lourenco.
3." P A R T E
Situação Geografica

O aiqiiip6l;igo da Madeira coriipõe-se das


ilt~ashabitadas da Madeira e Porto Santo e de
dois si]hgi>riposde pequeiias i1 has despovoadas:
as Desertas e as Se1v;igcn.s.
Esta sitiiatlo rio Oceai~oAtlftri tico entre 30.0
e 33.0-7'-50" de latitiide norte e 15'-52' e
17.0-15'-47" de longitiide okste do meridiano
de Greenwich.

0 s pori tos ex trernos do arqiiipélago são:


N.-O Ilheu de Fora ou Rocha do Nordes-
te, a nordeste da ilha do Porto Santo.
S.-O Ilheu Pequeno, do subgrupo das Sel-
vagens.
E.-A Selvagem Grande.
W.*-A Ponta do Pargo, nu ilha da Ma-
deira.
* Uma convenç50 inlernacional estabelecc?~~a Iclra W para rlcsignar o ocslc,
Geogrii ficniiieii te coiisiderail;is, ;IS illias Sel-
v:igens peilteiicetn iir:iis pi-opi'i;iiiieiite ao arqiii-
p&lago cltis (:;inárlias, por. mais pi~i\sitnas,porkni,
perleiiceiites :io dist r3ito tlo l?iiiicli;il.
As diçt;iiici:is (pie i;(:p:iraaiii os poi3tos s,'io as
segiiiiites, esl)i*esskiseiri iiiilli:is:

~ ~ 1 1 ~ (I ~~.: 1~t )O;I


41 ; ~. 1. -. . . . . tr):lc5

3 I i i 480
1) Ca 110 C:)i 1 ti i i i (li(ilicaj
350
r 7
u c140
1 etiei-iii: (C;iri;itaias). .
Selvogerii C;i*aiide . . i48
PoihioSaiito . . . . . 40,6
3 Ilheu C1150 (Desei-ta) 110
O rriar da Ti*avessa, assim chnrriado, eiitre
a Madeira e P o r t o Sarito, inede 2'7 riiillins.

FBPO~S.-Existern os seguintes : ,

2.aordern :
Poiita de S. Lourenco e Ponta do Pnigo
rios extrerr~os E. e \V. (Ia Madeira e Ilheu de
Cima (Porto Santo).
6.krden-1:
Fortaleza do Ilheu, Machico, Cimnra de
Ldbos e Ribeira Brava.
ordem:
Por1t.o de Ciiria (Porto Santo).
Madeira
15 a il lia pi*iiiçipnldo ;ii'(liiiiitilago Apreseii-
ta urna f0rnin alorrg;rd;i, teiido I I O iiinior coin-
prirnento E.-\V. 37 qin. etrtr*e a Porita d e
S. IJoiii~eiiqoe a Poiitu do Purgo, e ila maior
laigiira K.- S. 22 qri,., eiilre a Poiita de S. Joil-
ge e a Poiit;i da Crliiz, al~rarigeirdoiiiria supcr-
Cicie de 744. qui'.

Orografia. -O relkvo da h1adeii.a esta iiiti-


mainente ligado cor]; a siia foi*iiiacào geológica.
Atravessa a ilha uma cadeia de montanhas
proxirnaniente iia direc~ãoE-W que a divide
ein duas regiões: cosia do Norte e Costa do
Sul. Desta serratiia longitudinal se destacam
alguns i-anais secundarios descendo para o
norte, oeste e para o sul.
A . Costa do Sul airida se divide em Costa
de Cima,-do Fuiichal para Iéste; e Costa de
Baixo-do Fiinchal para obste.
Os principais coii trafortes desta coidil tieira
são definidos:
na Costa do Sorte -pela r>eiitia de .iniiia <:
o Cortado de Santana;
tia Costa do Sul-pel:~ Ponta do Pargo, o
Cabo Giiáo e o Cabo Garajaii.
Os poiitos ni:iis elevados deste sistkin:~oilo-
gráfico eiicori t 1.9iii-se ;io ceri ti-o d;i referída ser-
rania dorninada pelo Pico Ruivo.
Os picos principais sio :
No concelho de Santana
Pico Hiiivo . . . . . . . . . 1861 m.
B das Toi*riiihas. . . . . 1'704 a
P do CariArio . . . . . . 1596 a
do 130iso. . . . . . . . 1412 D
No concelho de Machico
* Pico Suria. . . . . . . . . . 2134 m.
No Concelho de Santa Cruz
Pico das Abóboras. . . . : 1222 m.
1 da Silva. . . . . . . . 1108 JI

No concelho do Funchal
Pico do Arieiro . . . . . . . 1.810 m.
B Santo Antonio . . . . 2700 D
> da Neve. . . . . . . . 1633 i
o do Arrebentão . . . . 1144 1
ILHA DA MADEIRA
Escala 1:200.000
s e -
Qiiaiido a incliria-50 b siiave fiirino. as lotn-
badas; ern seiido pouco seiisivel, c,oiistitiie a s
achadas e estas toinaiido grande esteiisiio, for-
niam os planaltos. .\s peqiieiias p1;iiiicies çul ti-
vadas denoiniiiam-se .ctir:eas.

Planaltos.- ( )s pi*iircip:iis s%o: o do Paiíl d a


Serra, :I I100 riieti>oscle iiltii,iid~,liig;ii* solitá-
rio e despovoatio, terido i q r i i . tle comp11irrieii-
to por 4 de 1argiii.a; e o de Saiito hiitbnio d a
Serra, a 700 rri., oiide asserii:~ ;i fi-egiiesia do
mesrno norne.
11s princi[)ais lombadas sso :
1,ornl)atla tlas V:icas, eiii S. \'iceri te;
Priiiieir.;~I,orril)iitlii, erii Poiitit Delgada;
Lombada \relh;i, tia l'oritu tio l'argo;
JAonil>ada dos Mai.iiiheii*os, lia Fajã d a
Ovel tia;
JAornbadados Cedi*os,iio Paiil;
IAonibadado Esineraldo, na Ponta do Sol.
As prhiricipais achadas sào:
Achaùas da Cruz, que constituem a f'regue-
zia do rnesnio nome;
Achadas, no Pòrto do Moniz;
Achada da Lagoa, lia Ribeira da Janela;
Achada Grande, nos Prazeres;
Achada do Grainacho, ern Santana.
17riiis.-- Assiiri se domiiiani as terras prove-
niei~tes das rliiel)raaclas, formniido pequenos ta-
holeiros, qiiei* iio iiitei-ior, qiier. jiriito aos ro-
cliedos do IitorA diis ilhas.

As pi~iricipaisfc~jlis sào:
J tia ( ) v e I , qiie coiistitiie :i fi.rgiiesi:i
do 1nes1110I ~ O I ~ A ~ ;
l:;ij<i (;i*aiitlv, I I ; ~ 1)oiit;i tlo l'ai*go:
FajS clo Mar*, tio ,1i3co cl;i Calhetn;
FojG dos 13;itir*es,lia Qiiinta Graiide;
F;\jii da Arleia, erii S. Vicerite.

Cabo Gir*âo, u m dos pi*oinoiitcii*iosriiais


altos e escai*yaclos, eritre CAmara de Lobos e a
Ri beira Brava.
. Ctiljo Garajau, iio extremo Ihste da baía
do F'unclial;
Penha de Águia, na freguesia do Porto da
Criia.

A s principais ponlas são:


Ponta da Cruz, em S. Martinho;
Ponta da Oliveira e da Atalaia, no Canico;
Porita de Santa Catarina, em Santa Cruz;
Ponta da Queimada, em Machico;
Ponta do Cortado, no Faial;
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11s que s,io alirnentatlas pelas águas de in-
filtl~~;;iosiio pei~riiaiiciiles, e as inesmas, em
dif'ei*eiitcs poiitos c10 perciii>so,são aproveitadas
parti tis 1i~r:itlas.

h Tlil,eii~n tln .laiiela quc é a iriaior, cavada


riii ri] sobei1l)o tiestiladeii~o,coin origern nas ver-
tentes do I\aha(;al;
as do Seisal, Ponta Delgada, S. Vicente,
S. Joilge, Faia1 c Porto da Cruz, na costa norte;
a 1lilieir;i de hlactiico que desce da Portela
e at~*a\~essa a vila de Machico;
as ribeiras de Saiita Cri~z,Porto Novo e do
C a n i y , I I : ~ Costa de Ciiiia;
as ril~eirns<le doso Gonies, Sarita Luzia e
S. João, qiie at,ravess;bn a cidaie do Fiinchal;
a Ribeir;i dos Socoriidos que vein das Toi3-
rinhas pelo Ciirral das Freiras e desagiia a Iés-
te de Càmara de Lobos;
a Ribeira dos Frades, Ribeira Brava, da
Ponta do Sol, Madalena, S. Bai~tolomeu,na
Costa de Baixo.

As principais baías são:


Baía do Fiinchal, de Machico, da Abr:t (lia
Porita de S. Lourenco) e do Porto da Cruz.
i l s principais enseadas são:
Ci'tmara de TAol)os,Ribeira Brava, Ponta do
Sol, Madalena, Calheta, l'aiíl tio Mar, I'orto
Moriiz, S. Yicente, 130r:tn I)chlgada, S. ,Jorge,
Faia1 e Cat~iqal,iins freguesias respectivas:
Lugar tle Baixo, ita Ponta de Sol:
Pesqrieiro na Potii;i do I'niago:
As praicis sáo fortiiadas de calliaii ilol;iJos e
penedos, tfesti tuidtis quasi completa irieti te de
areia.
Porto Santo
Est;í siluada a noi>dbste da Madeira. Apre-
senta iirna ftirnia aloiigada, tendo cêrca de
12 qrri. E- \V. entre a Ponta Rvanca e a do
Fiirndo e de 6 qrri. E-S. entre a Fonte da
Areia e a Vila, * abrangendo uma superficie
de 43 (ltn.'

Orografia-A ilha do Porto Santo divide-se


em tr6s regiúes:
oilieiital ou montanhosa ;
central ou plana; .

ocidental ou acidentada;
A regi50 ceiit.ral e mais pequena fica com-
preendida entre o cabêco de Bárbara Gomes e
Fonte da Areia, ao norte; Ribeiro Salgado e
Ribeira da Vila, ao sill.
O antigo iionic dc Vila Baleira caiu ein dususo.
3 a regiáo oriciital ficam os segiiiii tes picos:

Pico do Facho. - . . . . 507 n-i.


3 daGandaia. . . . 491 3
u da J~lliana . . . . . 434 3
do Castelo . . . . 1 1)

3 13raiico . . . . . . 423
e ;iiritfn OS picos do Cor~~elllo,
(10s NIa~aricose
de Baixo.

Na regiZio ocidental :
Pico de Ana Ferreira- . . 277 m.
do Factio da Malhada 264 3
do Calhau da Malhada 181
A região central é ocupada pelo
Carnpo de Baixo
decima
3 das Areias

As piiiicipais pontas são :


l'onta Branca e dos Frades, a léste;
130rita da Cruz e dos Vararloiiros, ao noite;
Ponta do Ftirado, a obste.

Os principais ilheus são:


Ilheu de Fora, ao norte;
11heÚ de Cima, onde está o farol, a léste:
Ilheii tle F1ei*roe illieil de Ilaiso oii da Cal,
a oéste:
O illieii tle Cinia e o dc Raiso, estio sitiia-
dos iios oxt:>enlosda pi8ni;i do Porto Sarito.

Ilidi3cgreiia-A i l l ~ ido PoiatoSaiito é escassa


tle ;igiias. ii:iii sol~i~eviiiilo
ns est i;iger~s,riioriern
as ciilt.iii~ase i; iiiri ;iiio d i : Sotnt:. piiticipal
iiasceiite 6 a cla ioiitinlia, de ciija iígiia se faz
expot.tnc:;jo, pelas sii:is propriedades medicinais.
A s principais ribeiras s,.\o:
Ribeira tl;i Vila c Ribeiro Salgado, ao sul;
Ribeiro tla Seili*a tle Ileritro e l'tibeiro dos
Frades n ISste.
O principal pôrto o da vila, com u m a liti-
da e extensa prai;r de areia; de pequena impor-
tiiicin sào o das Cagari8:is e dos Frades :I leste.
IIhas Desertas
O si11,-gi~iipodas Desei*tns compõe-se do
Iltieu Chão, I)eserta Grande e Jlheu do Bugio.
Ficain si tiia(l;ls ao si11 da ponta de S. Lou-
renço, e est eiideni-se no prolonga ineri to para
o sul iitnas (Ias outia;is.
O potito rnais ao riorate Ct uiu rochedo de
fórina tónica, chamado .a Rocha do Navio.
O Ilheii Chiio te111 1850 n i . de compriirien-
to, 460 de largiira e iirna planície coi-ri a altitii-
de de 60 rn.
A Deserta Grande teni 1 4 qrii. de cornprbido
por 1850 m. n a maior. largrira.
O Iltieii do Biigio teni 6 qm. de compri-
inento por m. na maioia-largura.
De rochas escaipidas e de dificil açcesso
são sepaibadas estas ilhotas por boqiieircies ou
pequenos bracos de iri:ir.
Ilhas Selvagens

A Selvapeiti Gi*;iiiclt: ii prVesc~ii


t;i iirixr ftirm;i
circiilai. i.ecoi.t;lila de peclrietias ;il)i;is, teritio o
diiiinetr o iiicdio tic 2 . 3 1 iii. e iiIr>;t si] perficie
aprosiiiiatla dc 5 qiii'. Esta i1 tiota eleva-se para
o ceiitr30,repa181ilitio-seern tliias coliiias: a (10s
T O ~ I ~ O ZeSa~ da O S.lt;rlnia, ilistarido do estre-
mo sul das 1)esei.tas il:Y2, tnillias.
%

0 Ilheu Gi.aride fica a sudoeste d;i Selva-


vem. Ue forma alongada, rnede apenas 2 qm.
de extensào, rotieaclo de gt*iii~tle niirneiao de es-
colhos e urn extenso weini.
A iima milha a oeste, Jeinoi*a-lheo Ilheu
Pequerto, inuito ouço elevado, alongando-se
nuns 1.200 metros, coiitornado igiialiiiente de
areia1 e extensos baixios.
NOVA BANDEIRA DA CIDADE

quarteada de amarelo e púrpura


Portaria 8.392 do Ministério do
Interior de 24 de Março de 1936

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