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da Madeira
Corografia Elementar
DO AUTOR
Trabalhos publicados:
Arquipélago
da Madeira
2." Edição
Composto e impresso na TYPOGRAPHIA
ESPERANÇA
- -
R U A DA ALFANDEGA, 48 E 50 F U N C H A L MADEIRA
Ern 1912, publicamos n #Coro-
grírfia Elementar do Arquipélago
du Madeira contendo u m a s ligei-
))
Goro~raliaHistórico - Polikica
t
Descoberta.- Ein 1418,loferaeceiaam-se ao i ti-
faiite D. I-Ienriqiie para dobraren-I o cabo A7&o,
João Goriqalves %arco e Tristão Vaz, qiie depois
de longa lorrneiita e perdido o riimo da via-
jerri, deparaiani coni uma pequena ilha, a qiie
puzeram o notne de Porto Santo, por lhes ter
servido de porto de salvacão.
Voltando ao reirio a dar* conta de tanja-
nlio sucesso, empreenderam de novo a derrota
rio ario imediato. Chegaram. no Porto Santo e
seguirani depois, para sudoéste, a desvendar
unias brumas que dali se avistavam e eram
forniadas por jima nova terraq toda coberta de
arvoredo, a qiie puaeram o nome de Madeira,
descoberta no dia 3 de Julho de 4429.
Estas ilhas' eram despovoatlas e sem indí-
cio de teretn sido anteriorme'nte hahitadas. Só
depois de 1420, é que o infante D. He~irique
erripreeiideu a colonização das primeiras des-
cobertas.
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ílidadtb.-A vilti (10 Fiirichal foi elevada á
c:itegoiai:i dc 'iiintle por TI. hIaiiiie1 I, em 1508,
pela sua iii~l)ui~l;iiicia ci>escchiite,e é a úriica do
ai~quipt!l;igo. Teiii por ai1rii;is ciiico páes de
;issucar, eiii c:iriipo veiaíle, dispostos como as
quit~aspoi~tiigiiesas. 0,riavani o esc~ldoduas
p1;iiitas tle c;iti;i de assiic:ii-, seiido depois u i i x
tl6l:is t.iaocacl;i porB iiiii i ~[noi de virilia com
(:achas.
u 1900. . . . 250.000 3
HISTORICO - NATURAL
Zoologia
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besiigo, I~icuda,hùcn-negra, bodiao, boga, bo-
qucii~50.caiieja, c;io, cariieii*~,castaiilic'.ta, cher-
iie, c tiou pa, coe1tio, congro, tiol~iatlii,escolar,
freira, g;ilo. g;iiaaup;i, goi-nz, giieli>o, irieiao,
morta, o , pcsciida, i i e , S I I sal-
monPte, snilgo, si.ili;i. s(')ll~:i,k 3 í t h ~ . ttaotnt)<b-
ta, etc.
1las g r ~ m l t ~~s~ ~ ~ o / i ~ ~a~ vspiitl:~
~ i i d ~e ~;I]-~ / o ~ s :
guris tlos clr:iir i:ltlos peises tle alei te.
Suo migrtrlBrios: ngiilliti, aiicliOv:i, ni3enqiie,
atiiii~, cav:ili~, ~ I I I Oo , i ci~çhnl~e~l,
gaiado, roineii*~, s:ii~tliiili;i,etc.
Nas pi,cas tias ribrii~iseiicoiiti1o-seo eiitti.
1 )a pi~ofiisàocriorhiiiedos inver~ebrcltios(li-]ais
de 3.000) têern merecido especialriionte a n tcii-
cão dos na tili-alistas, os seguintes grupos :
Moluscos. (de corpo rnole)
terreslres. Mais de 300:-caiacois, lhsrnas c tc.
marinhos.-Mais de 400: chôco, lula, ptil-
vo, etc.; búsios, caram'ujos, lapas, etc.
Artrópodes (de corpo dividido em segrrieil-
tos nioveis).
insectos. C6rca de 2.000:
-carocha, rãrá, joaninlia, etc. tendo iim es-
tôjo coin azas;
-abelha, formiga, vespa, etc., com azas
rnern branosas;
-moscas, varejas, etc*,com diius mas;
-- borl~olCtas,I)orbolctáo, n c;iveii>a,a tiaa(;n,
etc., de azas escnniosas;
-o tira-til tios, etc. ile qtiatro azas i.eiidatlas
de nervi'iras;
-gi~ilos, I)ai*atas, cig;iri~osetc., corn azas
cruzadas o11 seiii elas:
-- pci ccv<io: I coclioiiiltin, I~ichofia-
, ç.ic.: (liit; s;io siig;iiloi~es.
,l!i~~itipo~b)s (coiii gi;iiide i i i i riieio de pii tas)
coritieceiii-sc iiitiis do 10: ceritopeia, vaqui-
II tia o11 i)ictio tl:i Fi~ii,i.:i,eiç.
Aractzideos (coiii 8 patas). Estão estuda-
dos n ~ a i sde 4 0 0 .
A rriaior* :ii*;itili;i esiste na Deserta Graride.
A rnorldeiliii1;i t l ; i iii-atitia piaela tlo t'oi3to Sari to
(: bastaii te vcrieriosa. I Irna (Ias a i x i tias ~ coritle-
cidas é irnl)t*ol)i~i;iiiiet1te ctiniii;id;i tai~intula.
Crustticeos (geiaal irieiite coiil 40 pa t:is)
ten.estr*cjs rnnis dc 20: bictio-conta (14 pa-
tas) etc.
marinhos: riiais de '2%: çairiarào, carangue-
jo, car:iriguejola, craca, lagosta, etc.
Vermes (de coi,po mole e aneis sernelhaii-
tes) riiais de 30:
terreshaes:miri h0ca, etc.;
de ayuu doce: sariguessuga, etc.
marir1hos: iriiii tioca do mar, etc.
Equinodel*ntes (de esquelêio calctireo com
picos) ouiai~os,estrelas-do mar, etc.
A. flot3;ipriirii tivn do :irqriipélngo, tle qiie se
eiicnntr>nrii vestigios em alguiiias r;iin;icias ftis-
seis, ri-latiteve-se sob o iiosso cliiii;~,e cisses
vegolais, ein gixai)t le pai%le,se eiiiaoiilr;i i i i nc t ii-
alineritt:. .
Uni gi*aiiíic iiuriiei*~,poi*érii, cli? espibcies,
seiido coiiiiiiis ii Eiii-opa e Airihi*ic:i e airiil;i
algiitrias ;io cuii~iiieii~.e nf't*icniio, fbiaaiii pr3iiriiti-
vatneii te i11tilodtizid:is, pi'opo~it:i(l;ioii acitlcri tal-
meli te, e eiicoiili-aiido i i i i i trii:io ~ii*(,pi*io
;io seti
desciivolvitneiii.o, se ria tiii-;iIiz;iil;iiiii*;~piiJ:~irreiiíe.
N:i k1adeii.a podeiri s(:ia est;ihclccitlas qii;itibo
zonas de vegetaqáo: litoral, rneia encosta, seri3:i,
e altitudes, todas elas delinidas por8varias plan-
tas qrie as caracterisarn.
Pela iiatiireza especial do Porto Sant.0 e
seti pouco relevo, a vegetacão desta ilha tiâo
apresenta a opil1Sncia da Madeira e a siia divi-
são em três zonas não é perfeitamente distitita.
Nas Desertas 6 Selvageris, quasi despidas
de espécies aibustivas, apenas se pode conside-
rar a zona i n f e r i ~ rou próxima ao mar, e a
superior, mais afastada.
Existem no arquip6lago da Madeira, rnais
de 900 fanerogjmicas (plantas com Ilfiiaes c
frutos) ind igenas oii apareri temente indígenas,
serido 200 o numero aprosirriado, das que se
ach:trn beni naturalizadas. Das atigiosp~i*micas
(plantas com sementes fechadas num ovirio )
umas são dicotiled6neas (plantas coin 2 cotilk-
dones ou fòlhas primordiais) e outras moiióco-
tiledtineas (plaiitas coiii 1 coti1í:doiie). Fetos,
musgos, cogiimelos, algas, etc. são plantas qrie
não d;"roft6r1.
Geologia
Clima
O clima da Madeira é uru dos niais afama-
dos de todo o mundo pela sua benignidade,
sern saltos bi~uscosentre as máximas e mini-
mas t,emperatiiras. A intensidade da luz, a sua-
vidade das brizas, a ausericia das poeiras, a
elevada percentagem de ozone, constituem utn
clima privilegiado para o bern estar da vida.
A uniformidade da sua temper;itiira pro-
vem-lhe de serem banhadas estas ilhas por
u m dos itanios tla (:oriente tlo (;<i110 qiie Ilie
propoi-ciona rapoi* ;Irlrioso, nl~iigaiido-:is do
calor pihpr~iod:i siin I:ititii<lp, Eorinairtlo os iie-
voeiros ciitrcb 600 'TOO ri~eiiwstle altitiitle, a
chamada zoii;i de c o n < l i , i i s n ~ ~ ~ o .
Na iIJ:itleir;i, clii;isi se poclei~i disi iiiguii* o
clinia innraitirrio, o cliinn (Ia iiioi~taiiline o cli-
ma das ~~ltitiiclc~s.
3 I i i 480
1) Ca 110 C:)i 1 ti i i i (li(ilicaj
350
r 7
u c140
1 etiei-iii: (C;iri;itaias). .
Selvogerii C;i*aiide . . i48
PoihioSaiito . . . . . 40,6
3 Ilheu C1150 (Desei-ta) 110
O rriar da Ti*avessa, assim chnrriado, eiitre
a Madeira e P o r t o Sarito, inede 2'7 riiillins.
FBPO~S.-Existern os seguintes : ,
2.aordern :
Poiita de S. Lourenco e Ponta do Pnigo
rios extrerr~os E. e \V. (Ia Madeira e Ilheu de
Cima (Porto Santo).
6.krden-1:
Fortaleza do Ilheu, Machico, Cimnra de
Ldbos e Ribeira Brava.
ordem:
Por1t.o de Ciiria (Porto Santo).
Madeira
15 a il lia pi*iiiçipnldo ;ii'(liiiiitilago Apreseii-
ta urna f0rnin alorrg;rd;i, teiido I I O iiinior coin-
prirnento E.-\V. 37 qin. etrtr*e a Porita d e
S. IJoiii~eiiqoe a Poiitu do Purgo, e ila maior
laigiira K.- S. 22 qri,., eiilre a Poiita de S. Joil-
ge e a Poiit;i da Crliiz, al~rarigeirdoiiiria supcr-
Cicie de 744. qui'.
No concelho do Funchal
Pico do Arieiro . . . . . . . 1.810 m.
B Santo Antonio . . . . 2700 D
> da Neve. . . . . . . . 1633 i
o do Arrebentão . . . . 1144 1
ILHA DA MADEIRA
Escala 1:200.000
s e -
Qiiaiido a incliria-50 b siiave fiirino. as lotn-
badas; ern seiido pouco seiisivel, c,oiistitiie a s
achadas e estas toinaiido grande esteiisiio, for-
niam os planaltos. .\s peqiieiias p1;iiiicies çul ti-
vadas denoiniiiam-se .ctir:eas.
As pi~iricipaisfc~jlis sào:
J tia ( ) v e I , qiie coiistitiie :i fi.rgiiesi:i
do 1nes1110I ~ O I ~ A ~ ;
l:;ij<i (;i*aiitlv, I I ; ~ 1)oiit;i tlo l'ai*go:
FajS clo Mar*, tio ,1i3co cl;i Calhetn;
FojG dos 13;itir*es,lia Qiiinta Graiide;
F;\jii da Arleia, erii S. Vicerite.
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11s que s,io alirnentatlas pelas águas de in-
filtl~~;;iosiio pei~riiaiiciiles, e as inesmas, em
dif'ei*eiitcs poiitos c10 perciii>so,são aproveitadas
parti tis 1i~r:itlas.
ocidental ou acidentada;
A regi50 ceiit.ral e mais pequena fica com-
preendida entre o cabêco de Bárbara Gomes e
Fonte da Areia, ao norte; Ribeiro Salgado e
Ribeira da Vila, ao sill.
O antigo iionic dc Vila Baleira caiu ein dususo.
3 a regiáo oriciital ficam os segiiiii tes picos:
3 13raiico . . . . . . 423
e ;iiritfn OS picos do Cor~~elllo,
(10s NIa~aricose
de Baixo.
Na regiZio ocidental :
Pico de Ana Ferreira- . . 277 m.
do Factio da Malhada 264 3
do Calhau da Malhada 181
A região central é ocupada pelo
Carnpo de Baixo
decima
3 das Areias