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VA
Presbltero e Professor
MADEIRA
Legislação Portuguesa
MCMXLI
FUaCHAL
Trabalhos Históricos do Autor:
de Menezes)
Camões e a Madeira.
A Se Catedral do Funchal. --
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/ ,
A M a d e ~ r ana Legislação Portujuesa. - 1:-
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L
Igrejas e Capelas,
Em preparação:
E3 -- As Alçadas
.
atribuições inerentes ao seu elevado cargo, veiu investido de
extraordinários poderes de administração pública, que se es-
tendiam à repressão e castigo dos crimes comuns, tendo
tambem procedido a uma larga devassa política, em que fo-
ram envolvidas numerosas pessoas de todas as categorias
sociaiS.
Durante o govêrno de Jolo Leitão ou pouco depois,
deu-se nesta cidade a execução capital de Fr. João do Espi-
rito Santo, ardente partidario de D. António Prior do Crato,
que tanto nos Açores como na Madeira, pugnara denodada-
mente pelos direitos dêste pretendente à coroa de Portugal.
O estranho caso devera têr causado a maior sensação no
tempo e num meio tão limitado como o Funchal, vendo-se
balouçar nos braços duma forca o membro duma ordem
A -A o- ~ r ~- r- s-r ~- ~-DA
c--AJ Uo S T I C ~NA MADEIRA
--- - XVII
----
D- Julgados judiciais
A administraçiio judicial, que desde o ano de 1767 até
O ano de 1835 se manteve inalteravelmente nêste arquipéla-
go exercido pelos juizes de fóra e pelos corregedores, tor-
nou bastante regular e pruficuo êsse importante serviço pú.
blico comparado com o das épocas anteriores, mas deixava
ainda bastante a desejar, em virtude da deficiência das dispo-
sições legais que regulavam êste assunto e tambern por al-
guns conflitos de jurisdição suscitados entre aquélas duas
categorias de magistrados, como já acima ficou dito. Veiu me-
lhorar consideravelmente essa situação a reforma judíciaria de
16 de Maio de 1832, criando dois julgados judiciais com ju-
risdição em toda a ilha e ambos com séde no Funchal, sendo
então suprimidos os lugares de juiz de fóra e de corregedor.
Essa reforma, por motivos que ignoramos, sómente co-
meçou a vigorar entre n6s no ano de 1835, continuando o
dr. Manuel Grilo de Esperança Freire e o dr. Francisco An-
tiínio Rodrigues Nogueira, ultimos magistrados que exerce-
ram aquêles dois cargos, à testa da administração da justiça
até o mês de juriho de 1834, sendo interinamente substitui-
dos pelos bachareis Daniel de Ortielas e Vasconcelos e João
José Vitorino Duarte da Silva, que exerciam a advocacia n
auditórios d o Funchal.
Foi a 18 de Outubro de 1835 que terminou o antigo
regimen de administracão de justiça e entrou em vigor a
reforma de 16 de Maio de 1832, sendo nêsse dia instalados
os dois julgados judiciais, que tiveram como prímeiros e
únicos juizes os drs. Domingos Olavo Correia de Azevedo e
José Pereira Leite Pita Ortigueira Negrâo.
A lei de 16 de Maio de 1832, ao sêr posta em execu-
ção na Madeira, sofreu posteriormente algumas modificações
com a Carta de lei dê 28 de Fevereiro, Portaria de 25 de
Maio e Decreto de 7 de Agosto, todos do ano de 1835
E- As Comarcas
Fm~cism
Justit'ao Oortgdves de Andrade -Este distinto
madeirense 6 1831-1 902) era considerado no seu tempo o
mais abalisado civilista brasileiro e o seu parecer nas mate-
rias que professava tinha a indiscutida autoridade dum mes-
tre ciinsumado. N5o deixou como muito seria para desejar
uma larga e valiosa obra, pais que a sua actividade mental
quasi se circunscrevera à regencia da sua cadeira universitá-
ria e a responder áç; inúmeras consultas que lhe dirigiam
de todos os pontos do Brasil e ainda de alguns países es-
trangcirr~s. Constituiarn eqcritos avulsos subordinados ás
circunstancias imperiosas d o momento em que foram redigi-
dos, mas sempre reveladores de uma alta inteligencia, duma
vasta cultura e dum aprofundado conhecimento do assunto,
Depois de haver frequentado o hceu do Funcbal, se.
guiu para o Brasil chamado por seu t r ~e tambern distintc.
madeirense D. Manuel Joaquim Gonçalves de Andrade, Bis
po de São Paulo, e ilessa cidade curiou a façuidade de direi- .
to, dando a s melhores provas d u m exriepeional talentr) e cia
maior aplicação ao estudo e ao trabalho, que foram as cara
cterísticas de toda a suei longa existencia.
De trato social pouco afavrl, severo no exercicio dc
magistério e inflexicel no cumprimento da disciplina escolarl
era no entretanto um homem da mais acolhedora bondade,
animado dum grande espirito de justiça e impondo-se a to*
dos por uma nunca desmentida austeridade de caracter.
Embora niío se tivesse envolvido activamente na políti*
ca partidária do país que adoptara como seu, conservara ar-
reigadamente as suas predilecções pela causa monárquica €
a L-!?----
- -
1 - _
4 de M&O-portaria, aprovan-
2 2 de Fevereiro-Decreto, a- do o regulamento dos serviços d . 1 ~
brindo um crédito suplemeiitar de companhias de guarnição das Ilhas.
24:591$680 reis para o pagamento
das côngruas eclesiásticas no Dis- 4 de Marco-Portaria, declaran-
trito do Funchal. do que os exames feitos no Liceu
do Funchd devem ter-se como feitos
9 de Março-Portaria, infor- num liceu d e primeira classe.
mando a Câmara Municipal de Ma-
cfiico que o lugar de Escrivão não 14 de Maio-Decreto, autori-
ficara vago pela simples desistência saiido o pagamento integral das
do que o servia, sem que esta fosse côngruas aos eclesiásticos do Bis-
aprovada pelo govêrrio. pado do Funchal.
11 de Junho-Duas leis, deter- 8 de Agosto-Decreto, criando
minando o modo de se computarem uma escola do sexo masculino tia
as contribuições pessoal e predial freguesia de Saiit'Ana.
nos distritos das ilhas adjacentes. 12 de Outubro-Portaria, maii-
25 de Junho-Lei, determinan- dando converter ern inscrições de
do que nos Açores e Madeira fosse assentameiito, o dinheiro existente
em duas prestações iguais o paga- ria Alfândega do Furichal, no cofre
mento da coiitribuição industrial. da comparihia braçal da mesma al-
fândega.
25 de Junho-Lei, reduziriclo os
direitos de iniportação do Açucar
tia Ilha Madeira aos da pauta geral
das alfândegas. 7 de Maio-Decreto, abrindo
2 7 de Junho-Lei, prorogando um crédito suplementar a favor do
por 3 aiios o prazo de lei, de 20 de Ministério da Justiça para o inte-
Agosto de 1861 que fixou em 6$000 gral pagarneiito das côngruas dos
reis por cada 100 quilogramas do eclesiásticos da Díocese do Funchal.
direito de importação do mel e me- 24 de Maio-Decreto, autori-
laço estranjeiro na Alfândega do sando a Câmara Municipal do Fun-
Funchal. chal a levantar um empréstimo de
2 7 de Junho-Lei, criando um 40.000$000 rs. para construir um
lugar de arquivista com o velici- tribunal e os Paços do Coiicelho.
mento 240$000 reis anuais, tia re- 21 de Junho-Lei, autorisando
o Govêrno a criar um lugar de ta- denando que o seu arquivo fosse
beli%o no Concelho de Câmara de enviado para a secretaria do Minis-
Lobos. tério da Guerra.
17 de Agosto-Decreto, criando 24 de Março-Portaria, decla-
na Illia do Porto Santo uni1 dele- rando ao governador civil do Fun-
ação de segundas ordens da Al- chal, que lhe rião compete dissolver
8.
andega do Funchal. o Concelho do Distrito.
17 Agosfo-Decreto, mandando 27 de Julho-Decreto, sôbre os
cessar o ciesconto que fazia á com- recursos contra a Câmara Munici-
panhia de trabalhos bráçais da Al- pal de Fronteira, em que os facul-
fândega do Funchal, para refurma- tativos da Escola Médica do Fun-
dos e pensionistas. chal, não podem ser providos nos
27 de Novembro-Decreto, de- partidos dos concelhos.
satendendo o recurso dos cortado-
res do Funchal, que pretendiam 2 7 de Fevereiro-Portaria, de-
ser dispensados de pagar o aluguer clarando ao governador civil do
das mesas dos açougues. Funchal que foi indeferido o reque-
rimento da Confraria de Nossa Se-
nhora do Monte, que pedia a entre-
2 de Julho-Decreto, àcêrca da ga de alfaias, paramentos e bens
entrada da navegaçâo a vapor entre que lhe não pertenciam.
Lisboa e Madeira.
30 de Março-Portaria, decla-
2 de julho-Carta de Lei, isen- rando ao governador civil do Fun-
tando de direitos por dez anos sobre chal que não podia inserir verbas
os gados, máquiiias, carros, etc, dei- de despezas nos orçamentos das ir-
tinados ao arroteamento das terras mandades, nem mandar fiscalizá-las
dos Açores e Madeira. por empregados especiais.
4 de Setembro-Portaria, reco- 23 de Abril-Portaria, esclare-
mendando ao Governador Civil do cendo o governador civil do Fun-
Funchal, a criação dum asilo de chal que os mancebos de catdrze a
mendicidade ou alargando a acção vinte anos, que pretenderemsair pa-
do já existente. ra as províncias ultramarinas, não são
obrigados a prestar a fiança exigida
pela lei de 27 de Julho de 1855.
7 de janeiro-Portaria, escla- 29 de Sefembro-Portaria, de-
recendo o Governador Civil do clarando que na Escola Médica do
Funchal, sôbre o modo de fazer a Funchal não são admissíveis matrí-
divisão no activo e passivo dos con- culas aos alunos que não mostrarem
cclhos, suprimidos por aqueles aprovação no curso do Liceu da
por onde foram divididos. mesma cidade com excepção de ora-
3 de Fevereiro-Portaria, man- tória, poética e literatura.
dando licencear o corpo de arti- 15 de Dezembro-Decreto, de-
lheiros auxiliares da Madeira e or- clarando legal a contribuição pre-
dia1 lançada a iim explorador de gando a expropriação dumas casas
pedreiras no Ilheu do Porto Santo, e vários terrenos para as obras de
considerado logradouro comuili. construçáo do Lazareto Gonçalo
Aires.
16 de Agosto-Portaria, decla-
11 de Fevereiro-Portaria, a- rarido ao governador civil do Fun-
provando o procediriiento do go- chal qiie as coiiipras de bens feitas
vernador civil d o Funchal, que fi- pelas câiiiaras riiunicipais deviarii
zera desenterrar e remover para o ser autorizadas pelo Conselho d o
cemitério o cadaver dunia criança Distrito.
sepultada fora dêle.
6 de Outubro-Portaria, regu-
lando a marieira de processar os 1 de Novembro-Portaria, nian-
vencimeritos dos eclesiásticos do dando entregar ao pároco da fre-
Funchal, proibindo a acuiriulaçâo giiezid do Moiite a adiriinistração
de benefícios e dando providèiicias da capela de Nossa Senhora das
quanto ao seu provimento, Dores, da mesma freguezia.
:-
7 i. I
-. i
de 107 pag.; O contrato de colonia %*
Cosoart Gordon & Ca. Pag. 40. Emígração. Pag. 2, 9 e 10. Di-
Um recurso judicial. versas medidas para a sua repres-
são.
Crim cerealifara. Pag. 42. Di- Vid. El. Mad. 1-345.
versas medidas para a debelar.
Emprenadoa do Comercio. Pag.
Crisa Economica. Pag. 6 e 22. 9 e 100. Estão sujeitos a o pagamen-
Adoptam-se algumas providencias. to das cotas como membros dos
sindicatos.
Corta Ferreira. r Dr, A~itóriío
Aurelio da). Pag. 6B. Pensão A viu- Esco'in Industrial. Pag. 20, 46,
va e filho deste distinto ,madeiret~- 57, 61, 62 e 81. Sua criação e au-
se. merlto do numero de aulas e ofici-
Vid. EI. Mad. 1-290. nas.
Vid. El. Mad. 1351.
Escola Medica. P u ~ 8,
. 11, 14,
Damaso. (Josb Artur). Pag. 94. 15, 18 e 33. Diversas providencias
Acerca desta Escola e sua extinção. 17. Não dependem das Juntas d e
Vid. El. Mad. 1-354. Paroquias.
Junta Aotbnoma dar Obras do Junta Geral. Pag. 26-31, 36, 37,
Porto. Pag. 39. 40, 43, 60, 63-65, 50, 63 65, 70. 73 e 85. Varias me-
67, 70, 73, 82,86-88, 90,93, 95 e 93. didas referentes ao funcionamento
Criação da Junta, sua organisação,
construção do porto de abrigo, con- desta corporação administrativa.
trato com a Fumasil e indenisação
a esta com ~nhia,diversas medidas Junta doa Lacticinios. Pag. 93.
gcêrca do Puncionamento da inesrna Sua criaqáo.
Junta, etc. Vid. Lacticinios.
Vid. Porto do Funchal e os se-
guintes op~sculos:Breves conside- Laboratorio Qaimico-Agricolr
raçdes sobre os melhoramentos de Pag. 34. A sua criaçso na Estacão
que carece o porto do Funchal pe- Agrária.
lo engenheiro Adnano Trigo, 1912;
Lei Organrca d a Junto, 1014; Me- Lacticinios. Pag. 78, S2, % e
moria descrifr'va e justificativa das 100. Algumas providências Acêrm
obras projectada3 ... pelo enge- desta industria
nheiro Furtado de Mendonça, 1915;
Lei Organica e Regulamento da Vid. Junta dos Lacticinios.
[unta Autonoma, 1Y 17: Novo Pro-
jeeio das obras do portu artificial 20 qua-
15, seu
Pag. 11, do 25,
do Funchal por Francisco Antonio 34 e 35. OrganisaCão
Obras do do dro de empregados, instala<ãu dum
Funchol,publi=do pela Companhia hospital de isolamento etc.
das Obras do Porto 1926; Obras do Vido
Porto do Funchal, pareceride tres
professores da universidade, 1926;
A Questao do Porto do Funchal, b v a d a ~P* ~ L4. 5. 7-10. 18-231
reprrsrntaqáo ao governo, 1927; 27-30. 50* 56, 65 77 7Y e
Documentos relativos d quesfdodo g8* Diversas medidas acCrca da
porto do Funchal, 928; consini-sua construção e distribuição das
ç ~ doo prolongamento do cais da a g ~ a sde regadio, o projecto da sua
Entrada da Cidade, pelo engenhei- venda,etc*
r0 Rodrip.o Anibnío Machado Gui- Vid. El. Mad. 1-53e 9s. e 0 9 br-
marães, 1933; protecçd0 do que- nais e diversos opii~c~losque ali
brn-mdr da Pontinha, pelo iiiesmo, veern
1031; Os kortos ~ a r i t i m u s de
Portugal e Ilhas Adjacentes, vol. Liceu. Pag. 10-13 25, 26, 42, 53,
5.O, por Adolfo Loureiro, 1910, e 63,73, 85, 86,91 e 93 Vhriasprovi-
dencias àcêrca da sua organisação e as despesas com a sua recepção.
fiincionamento, cedencia do Paço Vid. El. Mad. 11-107.
Episcopal para 9 sua instalação, ce-
deiicia do Hospital Militar para a ~ ~ camara ~Pestana, i ~
construção do novo edificio Paga 29 e 91. Aprovaxdo o quadro
etc. do seu pessoal.
Vid. El. Mad. 11.64 e SS., OS di- Vid. ~ 1 Mad.
. 11.10s e ss.
versos relatórios dos reitores Mar-
celiano Ribeiro de Mendon~a,dr.
Nuno Silvest:e Teixeira e d r . Ange. Manteiga* Rg* 48, 491 55 e 82*
Silva e o opúsculo Anos Instru~õesAcerca da suaexportaçáo.
de Vida Escolarv do dr. Basto Ma- , Lacticinios e El. Mad -11-
,,Vid.
-113.
..
chado.
Medidas SanitArias. Pag. 47.
Lombada dos Esmcraldos. Pag.
68,69, 76, 77 88, 91 e 93. E X ~ G -
priação feita pelo estado, sua ad- e 12t 13,
ministracão nelainsneccão de f nan- 48 e 72* sua
ças diçthal; vendi das terras aos
agricul~oresdelas etc. Milho. Pag. 38,.42 e 80. Regiriie
Vjd. El. Mad. 11-71 e o opúsculo da sua importação
A Lom badu dt s Esrnernldos pelo Vtd El. Mad. 11-136.
Padre Fertiando Augusto da Silva.
Misericòtdiar. Pag. 15-20, 22
Loureiro (Adolfo) Pag. 23. Este 23, 29.31, 36, 37, 40 55 68-7i,74,
engenheiro veiu A Madeira estudar 76, S3, 85, 91 e 98. Autorisação pa-
o regimen hidraulico e outros assun- ra alienar alguiis bens e virias me-
tos, dos quais se acupa no livro didas de protecçiI(>,cedencia do Sa-
*Breves Noticia5 sobre os arquipéla- natorio dos Marriieleiros, veiida do
gos da Madeira. Açores, Cabo Ver- an igo edificio do Hospital à Junta
de e Canarias.. Geral, subsidio para o alacgamenta
do actual eaiiicio da Misericórdia
I-Administração da Justiça:
............
A-Sob o governo dos donatários.. 1
a um.