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Patologia e factores de risco
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Níveis insuficientes de progesterona observados em
vacas leiteiras de elevada produção, especialmente
em vacas com deficiência em energia
Formação do quisto
Suspensão do ciclo follicular e da ovulação
Não ovulação e anestro
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Diagnóstico clínico de quistos ováricos
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Quistos Foliculares (libertação de estradiol), 70% dos casos
Os quistos foliculares são quistos de parede fina com uma dimensão maior ou
igual a 25mm formados apartir do folículo maduro que não liberta o óvulo e
acumula um fluído no seu interior. Estes podem surgir um ou vários em um ou
ambos os ovários.
Sintomas:
Hiperestrogenização
Ninfomania – comportamento éstrico permanente
Monta de outras vacas (bulling)
Produção de leite reduzida.
Figura 2: Ovário com 3 quistos foliculares, foto exterior (esquerda), interior demarcado (centro) e ultrasonografia (direita)
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Quistos Luteínicos (libertação de progesterona), 30% dos casos
Os quistos luteínicos são quistos de parede grossa com uma dimensão maior ou
igual a 25mm formados apartir do corpo lúteo e acumula um fluído no seu
interior. Estes surgem geralmente um só num dos ovários.
Sintomas:
Não apresentam cio
Intervalo entre cios prolongado
Anestro
Figura 3: Ovário com quisto luteínico, foto exterior (esquerda), interior demarcado (centro) e ultrasonografia (direita)
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Prevenção e tratamento dos quistos ováricos
Como são diversas as causas para a formação de quistos nos ovários, nem
sempre se podem evitar, mas é sempre conveniente tomar algumas precauções
como:
assegurar uma pontuação da condição corporal entre 2 e 3;
manter uma alimentação equilibrada;
aumentar a ingestão de matéria seca;
minimizar as doenças metabólicas;
aumentar os cuidados durante e após a gestação.
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Tratamento de quistos foliculares
1. GnRH – Corrige a falta na estimulação do LH para maturação final e
ovulação da nova onda folicular. Para reduzir o tempo para inseminação,
é recomendada uma combinação de GnRH e prostaglandina:
a. PGF2α 7 dias após injecção de GnRH ou seguir o protocolo
Ovsynch:
“Ovsynch:
dia 0: injecção de GnRH inicia uma nova onda folicular
(sincroniza ondas foliculares)
dia 7: injecção de PG sincroniza ciclos éstricos;
dia 9: segunda injecção de GnRH induz ovulação;
dia 10: IA 16 h depois da injecção de GnRH.
É muito caro, mas pode ter uma boa taxa de sucesso (50% em
ensaios iniciais) e é uma boa solução quando a detecção de cios é
má. A dose de GnRH pode reduzir-se a 50%, embaratecendo
bastante o tratamento.”.
b. As vacas podem ser inseminadas no cio que é induzido.
Observação de cio e
Dia 0: Dia 7: inseminação de
GnRH PGF2α vacas
Ovulação Luteólise
do folículo
dominante.
Nova onda
folicular,
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2. hCG (Human Chorionic Gonadotrophin) – A forte estimulação semelhante
à do LH realizada pelo hCG permite a maturação final e a ovulação da
onda folicular suspendida
a. PGF2α 7 dias após injecção de hCG
b. As vacas podem ser inseminadas no cio cio que é induzido.
PGF2α PGF2α
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Conclusão
Ainda hoje não se sabe a verdadeira causa dos quistos ováricos, apenas se
conhecem vários factores que o provocam, mas com o progressivo estudo neles
investido, está assegurado que num futuro próximo se saberá a sua razão.
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Animal, Escola Superior Agrária de Santarém. 2002.
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