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Seu primeiro
livro foi publicado em 1929, mas seu sucesso internacional só foi iniciado em 1931 com a obra Vôo
Noturno. A maioria de seus trabalhos é inspirada em sua experiência como piloto, uma excessão é
O Pequeno Príncipe, uma história filosófica com críticas sociais e uma opinião aberta sobre a
estranheza do mundo adulto.
O Aviador (1926)
O Aviador é a primeira história de Saint-Exupery, publicada na Ship Money, revista da qual o
escritor francês Jean Prevost é o editor. A força da narração é vasta em vários aspectos na qual
ele descreve suas impressões de ter voado ainda muito jovem. Essa experiência de vôo e as
qualificações do escritor materializam o que os aviadores da época estavam vivenciando: "Cortado
pelo vento das hélices, à apenas vinte metros da grama que parece voar. O piloto, um movimento
de seu pulso, solta ou mantém a tempestade. O ruído aumenta agora repetidamente até se tornar
uma espécie de densidão, quase sólida, onde o corpo está incluso." A materialização das
impressões é notável na sua descrição da instalação do piloto no avião. Ele se sente como um
centauro ao estar na máquina: "O silêncio é estranho quando você coloca o cinto e as tiras do
pára-quedas, depois há o movimento dos ombros, e o seu corpo se ajusta à cabine."
Ele ainda brinca com metáforas comparando a o vento das hélices a um rio descrevendo o
movimento da grama: "Cortado pelo vento das hélices, à apenas vinte metros da grama que
parece voar." Mais tarde, essa descrição da sensação física do ar se torna mais forte, "Ele olha
para a capa preta apoiada no céu." É exatamente essa a sensação quando você está entre os
controles, cabos, pedais e a velocidade estiver alta o suficiente. Apesar de não ser um grande
trabalho, 'O Aviador' já mostrava a qualidade e humanidade do escritor que mais tarde viria a
atingir o universo.
Cidadela (1948)
É dado o nome de Cidadela a qualquer tipo de fortaleza ou fortificação construída em ponto
estratégico de uma cidade, visando sua proteção ou dominação. É tido como um livro especial por
nunca ter sido retocado ou finalizado (ou muito pouco) por Saint-Exupéry. O trabalho permaneceu
num estado de projeto digitado imperfeito antes de ser moldade, para melhor ou para pior, pelo
editor. O autor documentou aqui todos os seus temas recorrentes e já visitados em mensagens
prévias: amor, aprendizado, criação, Deus, homens, viagens, etc. O tom, bastante solene,
conscientemente utilizado, permite mover-se vigorosamente por ideias convictas e por vezes
difíceis de entender, o que não pode permanecer indiferente.
"É por isso que eu desejo que eles apoiem casais firmes de professores. Para salvá-los de geração
em geração, pois eu embelezaria um templo se eu repetisse toda vez." - cap. IV, p. 524
"Mas esperanças não são nada se o homem trabalha em sua própria vida e não pela eternidade." -
cap. VI, p. 529
"Você quer que eles amem? Não jogue neles a semente do poder de partilha. Mas que um sirva ao
outro. E o outro sirva ao templo. Assim eles se amam para se apoiarem mutuamente a cada um e
constroem juntos" - cap. XV, p. 95
"Se preparar para o futuro é a base. [...] Não há mais nada que isso para pôr em ordem. Por que
se perturbar a discutir esse legado? O futuro, você não precisa planejar mas apenas permitir ele." -
cap. LVI, p. 167
"Sua pirâmide não tem nenhum significado a menos que termine em Deus. Para ele espalhar sobre
os homens tepois de terem sido transfigurados." - p. 232
Estou indo - infelizmente! - para a América do Sul. Eu passei dois dias na melancolia parisiense: eu
não vi ninguém. Você partiu tão de repente!