Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
“Quem conta um conto aumenta um ponto. ” Você já ouviu essa frase em algum
lugar? Sabe o que é um conto? O conto é um texto narrativo do gênero literário. Ele tem o
foco em um fato ou um determinado acontecimento, geralmente é uma ficção, ou seja, é
uma história inventada. Os contos são fantasiosos, histórias de faz de conta que são muito
contadas para as crianças.
O conto possui um narrador, que é quem conta a história e um enredo, ou seja, a
história é dividida em começo, meio e fim. Além de personagens, de quem o texto fala.
O texto que você vai ler a seguir conta a história de um inesperado acontecimento mágico. Esse evento
representará um grande acontecimento na vida das personagens.
Parte 1
Os sete corvos
Havia certa vez um homem que tinha sete filhos, e, por último, teve uma filha. Embora a
de pronto:
menininha fosse bastante bonita, era tão fraca e miúda que todos julgaram que não fosse viver, logo, de
resolvendo de pronto batizá-la. imediato.
Então o pai mandou um dos filhos correr até a fonte para trazer um pouco d’água para o Inquieto:
batismo, mas os outros seis foram correndo com ele. Cada um queria ser o primeiro a pegar a água, preocupado.
crocitar: o
e estavam todos com tanta pressa, que deixaram suas jarras caírem no poço. Assim, lá ficaram de pé
som da voz
como tolos, olhando um para o outro sem saber do corvo.
o que fazer (...). Nesse meio tempo, o pai ficou
inquieto e não podia imaginar o que faziam os
jovens demorarem tanto. “Certamente” – pensou – “os sete se
distraíram com algum jogo ou brincadeira. ” Mas depois de
esperar bastante e os filhos não retornarem, o pai enfureceu-se e
desejou que os sete se transformassem em corvos. Mal havia esbravejado o seu desejo, quando ouviu um crocitar
sobre a sua cabeça, e, olhando para cima, avistou sete corvos pretos voando e revoando em círculos. O pai, embora
arrependido ao ver o seu desejo realizado, não via como o feito podia ser desfeito, e se consolou como pôde pela
perda dos sete filhos com a sua querida filhinha, que logo tornou-se mais forte e cada dia mais bonita.
Por um longo tempo ela não soube que tivera irmãos, pois seu pai e sua mãe cuidavam para não falar neles
em sua presença. Mas um dia, por acaso, ela escutou algumas pessoas neles falarem.
- Sim – diziam -, ela é de fato bela, mas ainda assim é uma pena que os seus irmãos
tenham se perdido por sua causa.
Então a menina muito sofreu. Correu até o pai e a mãe, perguntando se um dia tivera
irmãos e o que acontecera a eles. Aí os pais não mais ousaram esconder-lhe a verdade: mas lhe
explicaram ter sido a vontade dos céus, e que o seu nascimento fora apenas uma causa inocente
de toda a história, mas a menininha, depois disso saber, sofria e sofria todos os dias, tristemente,
e se julgava na obrigação de fazer o que pudesse para trazer de volta os irmãos. E não mais teve
descanso e nem paz, até que por fim um dia fugiu, partindo mundo afora ao encontro dos irmãos
para libertá-los onde quer que pudessem estar e custasse o que custasse.