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P= TOPICA E JURISPRUDENCIA Theodor Viebweg | Universidade de Brasflia Conse Diretor da Fundago Universidade de Brats font Canton be Avaaon AEVEDO Jost cxnuoe Vit oF corn owt fae OU atora Universidade de Brat Conselho Editorial Jono ranune anno sero ua Aria Sethu oneness ne AEN ‘chnoao sanoes pe ALON APRESENTAGAO nate as finalidades com que © Ministerio da Junta ina ‘iw o seu programa editorial, ext a de taser ao conbecimen to dos especilstas, nos diferentes campos do Dieto, as ten ‘encias da citneta jridica moderna, emt diversn palses ‘Asim, 20 lado de coatribuigberpioncrss de autores bra ‘leiros, a! serem ediradas nesta coletines, sob 0 tule Pensamento Juridico Contemporines, exams tambem tor fando acestes tess © abalhosdivuigador no Exeter. mes Binds nfo tradusidon em poreuguts Eate tvro do jarita alemdo Theodor Viewheg ato € Jimportante spenat como uma sria ¢ pereuciente penis de ccunho eapeculative; abre caminhos novor & compreensto da Importinia do pensamento jridico da atwaidade, em face da ordem social em permanente qvetonamento, «represents 20 mesmo tempo, uma nova vio da ordem jurdica contr Dorinea, fundamentalmentealicersada em nigos mas nes bperados problemas éion Uma avaliagio de todos eses aspects ¢ wma indispenst vel antlse dat importinela © do pioneiramo do tabalbo do iment alemo de Munique, eniguece 0 volume que ora en fab a0 profando cot ‘meno de seu dscfpalo e adatr, 0 Profesor Terie Sampaio Ferraz J, licido defenor da renovagto dos métodos do cht no.e da pesquisa do Direito no Bras Braslia, 9 de agosto de 1979 Petrdnio Portela Sasa FURAN AA AAA TASS STATI SAAS. SUMARIO PREFACIO DO TRADUTOR ‘ea obra de Theodor Viehweg que apresotamos 20 le: ‘or brasileiro consul um dos marcos importantes na Fisots do Direto na segunda metade dese scule. O auto, profesor femérto da Universidade Gutenberg de Maine, Aleman provocou, nos dhimos vinte e cineo anor, une acentvada renoraedo no que ele proprio chamma de pesquisa de base ciencia juriica. Seu lvro, ewia primeira edicao # de 1958 ¢ ‘que foi sua tse de livredocéncla na Universidade de Mon ‘hea, chamou. pouco 2 pouce, 3 stencto de juras © de fd ‘oles para spoctoa do ponsamcote furkdco auc, deren enon, Dara nao dizer ssculos,haviam ficado na sombra des modelos cemificas dsenvolides, dede 2 Era Moderna, sb 4 predo: Imindncia dos padrdes matemattantes das cincias nats A velha polémica sobre a cienificidade da citcis jut ea, que remonta 20 inicio do século XIX, se cxerliara na fantrovénia em torno da metodolopia das céncias humanat ou do spite, em oposgto te exatas © nearai, Viebweg re omou tema a luz da experiéncin regs © roman, ituminandova com at dexobertas de Vico ¢ atualizando-a com or instrumentascontempordnecs da logics, da teria da com ica, da lingua cv 0 tema de seu io & a Gitncis do Dirito que ee, sgn: Ficauamente atendendo a0 uso alemio da palarrs, chama de jrispeuéncia. Para entendermos at sar Dropostas ¢ inves tigagdes€ preciso colocar.lniclalmente, a8 suas discuss em tomo da concepedo retritiva de citncia em opeaigdo 4 nocto de prudéncia, que ele foi bstar na ancguidade. Os represen ‘antes do idea! posciva de clénels (que, bem ou mal, dom FSRECEEECECCEECEEEEERECE CEL ELL ERARARBABAZ we 9OOSSSSSSERSS i ataatetedeeateeetaed Se Bee : Davin ViEwye . na 0 modo de pensar do cienttta da natura e que atus co ‘mo padrso mais ov menes acstado pela concepeae vulgar de Ciencia) eastumam ver como tareta ciency bésex, + ‘lesrigdo co comportamento dor bjetor em determinad ‘campo objecva, 2 explieagto deste comportamento ea eriaggo ie postbilidades de sua previsto.Pois um stoma de enuncin.* ds que sja eapar de descrevere explicar rigorosamente ese ‘comportamenta deve ser capaz de prevé-lo. As céncas cont ‘oem, asim, (eorias, Ito € sistemas axiomsticos Que const ‘tue hipdcses genéricas que seconfimam pelos experiments emptrices. podend, entto. seri de progndsice para oor ‘daca de fendmenes que obedecem Ar mesmas condigdes des Ora, diante da andlise do comportamenta humano, com sua enorme gama de posblidades, de repularidade duvidoss, © extabelecimento de prognésticosalternativos, fundadds tien {iicamente, revels dficaldedes. teria das ciéncias hum ‘nas nto 19 se prendem 2 deverminadas epoca ou cultures, co seaba por afast-lar do modelo cienllice das demaiseiencas Viehwes noes, dante dese problema, que 0 pensamento ‘esrico de jurist elabors também enunciados que w elas, nam & pracisjurtdice, mas que tem uma natures prculay, E lewdad-que Obra les tors julie aclu, scbretade fem conseauéncia das intengdes dos sécslos XVII © XVII, durante muito tempo, que a esrutura formal do direitopodia Ser entendida, groso mode, como uma conexio deduties, et Dilicavel,princpalmente, pela Topica deduaiva, fia concepeto Seria propria de uma epoca que consderou 0 papel da intr brevagao ndo como principal, mas como secundasio. Pos sem dvds, @ evidente que 2 interpretgto tende 2. perturbar ‘semsiveimente 0 rigor do sistema dedutvos (Vieweg. Rech Dhilosphie als Crundlagenforchung, in ARPS, vol. #74 ‘Newwied ~ Berlin, 1961, ag. 327). Asim, se pentamos na comelagto que exite entre as do rina jrtease 4 pris 2 que elas se referemn. deveror lem brat inicipimence que. aquelas ‘doutrinas, enguanto {colt ¥ 1mo também tem de levar em conta una tariziidade uc ® u “Topica £JurisPRUDENCIA : consticuem parte do ethos socal, 0 qual resulta do eatume, da tradgto, de moralidade (Viehweg. op. cit. pag. 580). Fata Tigagdo, que leeanta 2 hipétese de que 2 dowtrina sea, ea Droprin, fore do deta, ja revela 2 composcto ambigus das {cori juridicar De um lado, elas tm elementos cognoscitvos (descrgto.e explieagto dos fendimenat justice), mas, de Ou leo. saa, fineto primordial € wade cognoscitira» (Viehveg deologie und Rechusdogmack in Ideologie und Recht. ed or We Mater, Frankturt , M. 1968, pag. 86). OU sj, ‘las contém proposiobsideoligicas (em sentido funcional), de Inaurera criptonormativa, das quais decorreriam conscadén ar pragmitican, no sentido politico social. Deveriam pre er, em todo caso, que, com sua ajuda, uma problemitice 0 al determinada, regulada juridicamente, sera solcionsvel Sem encerdes perturbadoras (op. che pls. 87). Viebweg fla ete sentido, das tori do deta como steoras com Tantao Seial (op. cit. pag. 86) Para exercer ¢ por exereer ena fangdo, as scorn, rides uilzam se de um eno de pensamento denominade Lipic/Aedpen ato ¢proprament am mere. a un to tesa Bae Fame compte Be pcp de Tralato a Erte, cénones pars ulgat 4 adcquardo. de explicaces Tropes, cron pars sleconar hipoteses mas un mada Be pense? por problemas, a pare dees erred Fi pO ET cd CAE TEMES PT TE Zhen agiicn manter princi, conetos. pula. om’ Im carter polemic, na media em auc lamas perder Sur qualidade de tentacv, Como tentative. ab figuras dout Daras do Direiro sto aberts, delimitadas sem maior rigor 1 [Peo usumindo significagoes cm fungio dea problemas ae ‘iver connie verdadcins rma de roar des Iheto' de confit Nogdes chavs como -inerese.pablco, ‘Moniade contateas Sautanann da romtades, bem comm Irinipioe basco coro enao tra proveto dx prépria ict Ton tdara ends uno gue € ses. vin dablo pro reo» gua (Saree eee ae probe Ins como a rela entee sociedade «individu, procerzo da indivtduo em face do Extedo, do individuo de boa fe, distri bigto dos bens numa stuagio de easter etc, problemas es fe ques reducem de certo modo, 2 uma sporia nuclear io PIV é ie - Davin viewve ©. 2 uma questto sempre posts ¢ renovadameate dicutila ¢ «ue anima toda a jursprudencia: a aporia da Justi, +, fstes conceitos © proposes bisicas do pensamento |uridico nao sto lormalmenterigoroe nem podem ser form: ados na forma de axiomas logicos, mar sdo topo! da imentagfo. A expresio topos significe ugar (oman). Teste Sede Tors, variavels no tempo e 20 eapago, de recone. tts fora pesuasia, © que twamon, conn feqienca, mesmo tas angumonracice tio tcnicas dae dscusdescordinas: Por ‘xemplo. faemulas do tipo a mona decides indicam, nu fomento dado. que idea que obtenia um maior numero de Siesoes € avaliada. pelo grupo soeal. camo mais importante “do que a ieia. por melhor que sea, que tenha apoio de une Dpoucos ou de wh tnico. A’ mairla&, asin. um topos ou la {a1 comum de argumeneacto, 20 dual se contrapte por outro Tad. 0 topes do mais stb. do téenico. do especiales, qua ddo dizemon entéo, que uma decsto qualquer deve caber 3 ‘quem entenda do asruaro © nfo-4 um conjunta de opinantes ‘hue se mpoem pelo namero No Dicito, sto topo nee sentido, nogéer como Ince interes pale bos fe sutonomi da totade. rami dirs individu legate, lege. Vic sre asinala que o» topo numa determina cuter const {tm repertris mats menos ogsnador confor outs ‘apo 'o ue permite air de topo. Astin, por eremple 2 toto ‘de inereve permite conerit uma sere do, tbe Inerewe pablo, pritads, lego, protegito ete Or rope tomades oladamenre, conse, jart t-argumentagto, 6 fue ele chama de topics de primed rau Quando organi dos, formam uma ¢6pica de segundo grav. ta Bua onganizacto, coneudo, & sempre limitada, nfo sr sindo nem na forma rigorost de dedugées lias, nem como Stemas unitdries, abareantes como grand hierarguas con Ceituals que aleancem toda 1 reaidade em questo, Ot ocinio tice. que se vale dos repetrios de taper vale. por tanto. em certs limites e toda +84 que we tents dar lhes alee ‘ce maior, percebemos, de imedito, que cle se cnvoledo Por contradices ldgleas Asim, na base de uns princiioreo ee “Topica e JuRIsPRUDENCIA 4 Imo o da supremacia do interese pablico ¢ posivel fzerem-se "iris inferencias. mas. embora aston parce, 0 pricipio N40 bode valerincondicionalmente, po io leva a incongruén ‘iss. Mesme principios universais como «dar a cada um o que T¢° Seu» encontram limitagdesargumenttivas na propria ect {a wcial em que or interenes€ at intents do ina TEM ‘Zotore coiniders cma ov ftereaes iene dat ineraptes fm que s neem envovis. Para fator um lesancamento de papel da topics € do wo dos topot na argumenacto jurdicn, Vihiweg fealiza, nese I fro, uma invesigagto histric, bastante abrengente, com Tito. de demonsirar's sua imporcincia na formaczo jurdica cients Sou trabaiho.emobors realize esta inestigacao hist fica, nfo @ um texto de hitori do pensamento jrldco, Sia . 3st isco ¢ cs Senses oem x "Nas orgen, Vichwog femonts # Arte, para quem se coca uns dfeenes care demonsagse spades e dix ‘alae grees tahe am cone bases ext de enc, A Stnateiade€ apenas subute 40 conbecineno da cost ‘aicomo ene (an Pou 1.2, 710). Os oj, a0 conhecinen {0 de caualidade te reiago © da necntdade da cola. Nes 1G teenas nos fla ele em conbecinent nena. A Vien SesCcaahecinent € antig omi e doo Dur de pomieae erdaden. por modem Seeder slogoice ex’ Nese sentto, 0 demonsre Tera elzncia ee apadias, ety oponao A agumentrecs $a ue ode dices, Biglsoer he os sopumencr gue ‘Cactus Sgantr de prom@as sotat ol commis fo Se erred verdndar RET-Sol- TH 6 9) A dialect rca cre dls ude, caulontanda ar 00 se £ ea pric nun dr ie ete te seeeecrecee COSOSCSTSSSSSSSSSSE SSS ESISEUUUE VEU ‘ Davin viewve jnrispradéncia romana, pasando pel me Talicne pela Era Moderna, até 3 ciiltin contempordacs Eo Tat com real Inseria, num ello concise e sattico que obriga 0 Teor, ‘uma obra cues, ama letra pausads © meditads. Desde 0 angamento da obra que j& merecey varias ei ster eds waducoes (allan e espanho). 3 investigaezo da ‘Spica, como estilo de pensar do ursty progrediu. No akimo Caplio, aereseido 4 ultima edico, Viewer nos da conta des te progreso © de como 25 pesauisas ens enriquecendo peas Conribuigoes de lingdiaice, da tcoria de comunicarto et “Tratase, pois. de um campo aberto, que seu liv, alii, 040 “tem ineengao de espoca. A tradugéo que apresentamos foi feta do original ale 1ngo, tendo sido confrontada com » taduczo espanhola. Ete Confront, feito pelo socilogo Flssio Coutinho do Naseimen fo que realtou easinaou oe pontosdivergentes ent 2 Yer fo tm portugues «19 em espanhol,contruiu decisiamente pura 0 eperiigonmenca da Itrincads resdturs trminolgics “to orginal ue preféco, que nto pretende tr sido nem um resume ‘nem uma prétia nem mesmo uma explicagso do pensamento do autor, dove enter de mats nade ser entendio camo Uma Singela homenagen que fazemos 20 mest alemo. de quem tiremer » honrs de ter edo alana noe anos de 1965 » 1968 ¢ ‘om quem mantemos uma sida e stimulance amizade desde ‘sen Gpocs. Por ino. pars encerrar.sejn-nos permitido conta ltgo que 9 proprio auror os revelou certa vee. Viehweg. due ‘mudora Divito em Leipsig«Irequentars os semindrios def Tesoia de Nibolat Hartmann em Berlim, ances da. Segunda Guerra « que fora Juiz por profisdo, encontrava-sedesempre {g2do.”apéso im do. conto. mundial. Para. sobrever Iudow'se para uma loealidade perto de Munchen, onde iva (hure campanios.Perto de sun casa havia um elsusto, nde 0 ‘tor. pare sua surpress, decobriv uma fabulsa biblioteca, ‘conervada intacta. Com a licenga dor monges, comerau ali tin pesguita, cujes linha mestise $8 fortare deade 0 tempo ‘de esudane. E, com paciénca,sléncio refledo, deicou'se Doranos s um levantamento, do qual, ance depos redundow ‘Topica # JuRiseRUDENCIA lito, — que ee pie, ento, presenta 3 rect renbeta Univer de Menchem como tre de vre-dacencin. Us obra coo auc combinow, com sido 0 pein Cia dois que ele ors 0 eptaceice don ses nce sobreruda tHarmann e Emge. ss vitudes monscas gu le ui, aur moment de sus da, com enorme soso de cporunidade ‘Tercio Sampaio Feerar_Je Sto Paulo, junbo de 1970, PREFACIO A 2 EDIGAO A presene edicho € uma seproducso, quase sem modi caggen, ‘da primeira que tambem serv de base t tradueho lellana e espanhole. Foram fits apenss alguns retoques in iusicos © ar nocas de rodape foram acrescidas erm alguns (© autor dewjariaaprovetar » cporunidade para agrade cer cfusivamente a eepercunio desanecedors obtids por nia bra, tanto em seu als como no exrangeio,Infeliemente nso the postve. nos limites de um curto prlicio, exterar-e com 2 devida atencio sobre as diversas tomadas de ponigdo ‘om respelto a ela Por io. ele se contenta em slientar dot pontas que particuiamente Ihe ingerexam. © primeiro€ 0 seguine: nex disereacto uae, 6 verda de, mateal hitérico. mas ela deve ser enendia como uma Invesigago sstemacca © nao genera, Como € asinalado 0 diversas vezes, no texto, a6 questoes ali proposas a resolver fio cém naturera. histories. Pelo conrifi, © aucor procutin Sempre que posivel estar diseusées sabre a4 origens ene 3 Gquas, ais, etd difel qustzo de se saber se estamos ob fades, em qualquer lugar. + intodusiro contovertido conce: {ode iuigdo. 0 autor apenas mostra um. dado. cultural (Geitigeit), objecivamente contatsvel, especialmente. cont (Burade e bauante difundido, na medida cm que afin ae 3 Jrspeadenca (2) 4 ele pertenee © que, porcanto, uma pes ‘dos fandamentos da cenca jurdica deve dele par. Exe dado cultural. ¢ este € 0 segundo ponte. wa de rmeios dedutivos. de_pensameno, mas. enquante tocalidade, tio ¢ representivel dedutivamente. Po is, 0 sitema dedi No sera negado nose campo, © que, evidentemente, no sig Fea. coma se far ver a0 longo do texto, que se negue toda © ‘qualquer conexdo de sentido seu feel. Maine, 6 de janeiro de 1965 ~ Theodor Viehweg PREFACIO At EDICAO Esa terceira edigto. se diferencia da segunda apenas quanto ds notasbiblogesieas 20 final da incodugao. las se feferem a algumas obrar da Ineratura internacional, impor tants pata faturaselaboracdes do noso cieule de problemas Ente os jusfilsofes da atuslidade que em suas eoras 44a argumentacdo auibuem 2 topica uma signiieagto nto ‘despre, desejamos destacar o seguintes Vain Perelmam) de Broxelas, que aparecia desde 1950, com trabalfor sobre tesrica, eriando, em 1936, uma nova trencagdo para 2 pesquisa flies come nome: Nouvelle Rhetorque. Trata‘se de um paso bastante siguifiativo num ‘ao que patie Lo amber precede ero do México, que, no final de sua grande clase daleohimes — Panorama de! Pensamiento “Jardico enol Sigo XX. Mexico. 1968. apreciou, pormeno fobre a (Opies tendo'a include em sun propria logis fl Tenable. TiaCSGERE) de Syne. gue concorde com as id dasieneie €8 fSpien,sasinalanca.se em muss expla dna angers Remgonings_sigaa de iseg Maine, 5 de jumbo de 1965. ~ Theodor Wiehe PREFACIO A 4* EDICAO ambém para est nova ediguo pareve recomendvel re produir quase sem modiicagdo 0 texto original. As indica ‘tes bibliograficas foram aumentadar env alguns penton. O (Sua atual da discussie pode sr resumido, 20 seu cere, eo ‘mo se see (0 ponto de visa de que uma teoria satsfatria da jute pdéncia tem que se vltar para 4 retriea€ hoe bastante di ndido. 0 jurta aparece, nese sentido, em moe pect, amo um perco da argumentarzo juidica dentro dos. qua ‘don de uma reoria geval e Teorice daagumentaes0, io € fde"uma tcoris do. ducurso fundamenante, Torna lar Saul, que um stems artodtice dedutive nie ¢ capes defor Sicer fandamentes suittéran, tendo de se complteds bor tim procedimentoracional de ditcussso. no sentido da pica Tormal. 0. qual sera. abordado mals pormenorieadamente ‘em diss, 4ateneto da pesquisa dos fundamentos na tual dade se vige mais © mais para a dogmatiagao da epica Imaterial em nosso camo, a qual pode realizarse com ou Sem interpretagte do decurao total da itera De resto, sea permitdo enviar @ leitor. neste contexts ca segumuestabalhos do autor: Idcologie un Recheslorms tik, em Ideologe und Reche, ed. por Majhofer, Frankfurt a IMC, 1956. pag. 88 5s: em expanhal: Ldelogia } Dotsmsticn Juridica, em Notas de Filosofia del Derecho, N? Vs Buenos Aires, 1963,_pag. 7s: Sytemprobleme in Rechusogmat tind Reehwsionehang, 1967" em Fesscheift tum 180 jarigen| Reachen des ObetlandesperichsZweibricken, Wiesbaden, 1968, pig. 327 an Some considerations concerning legal ea sonning, 1968. Law. Reson and Justice, Londres, 1989, ed tado or Graham Fluphes. pag. 257. Maina, tim de aigonto de 1969. — Theodor Viehweg ec ae ett teTERERERERaheeead OST TT TTT T TF FFU Use eee UF eee RRR F eke 4 PREFACIO A 5* EDIGAO 0 texto original dot §5 1 a 8 permansce sem modifica nes, tendo sido actescida, porém, de notarseferents specla ‘menie a tomadas de posigso etcase spetea. 0 § 96 acresentado a0 ceato atl, depois de mais de inte anos. Be insite mas uma ver ne principal preocupagto Ge toda eta_empresa ese esforga no sentido de desenvave la Sinda mais. Talverseja aconselhdvel Aquele que pela primeira ‘er coma contato com estas elas que comece Ieiturs ar es (euhime paragrafo, = As indieabes bibliogriica acescentadas no fim no tm nenbuteapretensto de eagtar o atunte ‘Maing, 15 de outubro de 1978. — Theodor Viehwea INTRODUGAO 1 ~ A presente disertagto pretende set. uma cqntibuigto 4 pesauisa de base da Ciencia do Diete, Tratase de analat 2 Sarva da juraprddena-Ge-War Tngulo ate agora pouco fbeervado, permanecendo se cent, enretanto, dar limites 33 fempresa. Devese restrngir 3 uma considers¢so. dor fonds tenton e dear de lado, provuoriamente, uma invenigasso Iserea independent (1) HO abalho sepue uma ant (Gia Bag Ta] uc «primeira sp on wk 3 ex ‘Sars sis ue orepndie’ bce ecg ts fepradencia (8.1). nae Griese peTilinsie | oie aaah clas Beanie tse ke Salar de wanda 93) Serld, craminam se 9G cE} e OTA) cm i caracerr pc, Manne kn di, gue Ets co Sis sonar parts arupredentaea oles maces (GG Naf 1 mo cach eps ¢ saan lee Slotiprantsc'o $8 mene nls reeds da tiie elias stn, © $9 coment um sxe sb Sorchuncate dn specs (3 fs de outa de tipo sstemstico dedativo. ‘A topiea @ encontrada no ius cine. no mos italics bem ‘como na chilitiea atual ¢ presumivelmente tambem em ou tror campos. AS tentaiva da ea moderna de desig la da Tipradenca tiveram wn éxito muito resto (© proweguimento destastentatvas exigta uma sntemat zaczo dedutiva rgorosa da nossa dscpling com auxtio de IeiosexatosO seu also foi ansformar 2 jursprodéncia em anaas POOeeOReeeReHSRERARAERREREREEL Davin viewse Ciencia do Dirio através de satematisagzo dedutiva. Com is {or fcava pressupono que. or sar problemas podiam, deste ‘modo, ser eliminados completamente Caso ito ndo seia aceite, 2 jurispradéncia teria de se cntendida como mm prosedimento de dscusio de problemas fe. como tal, € objeto a Ciencia do Direito (3). A eentativa seria eneto,a.de permanecer conscente dito em todos os seus Dormenore, configurand este procedimento do. modo malt Ghee completa ¢.0 mats posvelconforme a sua naturera ora itor seria impeecindlel 20 menor levar's tpi. em Conta e tentar deveuvolver uma suiclent tori da praxis (9) tiie ea jrovis® poridins Le UMA ALUSKO DE Vico 1 [oie Baie Teale em 1208, quando ea rolex? eloquentise ot Tins debt Be none tempore tudiorum rationé~Eae tal, que sigiice apron madamente =O cardter dos estudos de nosso tempo (0) f- ts supor que se tata de uma esplcie de guia de exter 3 ‘manera da ratio studiorum da Socetas Jere pensar de re {o, nas mulas discusses metodicas, esritn dese 1 Renaicen (2c. eapecialmente, no corer do século XVII (3). Parece ev Ueate que Vico quis recordar tango uma cots quanto outa. ‘Alem dis, portm, ele excondia por detrs do modesto teulo luma intengao profundamente mals ampla. Ela manitenad, Jogo no ifcio do livre posta de moda patente a0 final (Sse XV), Vieg di li terue respuardado cuidadoeamente de esc. Be brlhante. ave podera ter sido o de wu tabula, fm verculo. «Da conc = Conciliagao presupse conhecimento dat contraposicdes (abla uo examinadassobretudo nos capitlos Ue II da obra “eaj temltador se npicam, entto, aut exponigdet Que ss: “yuem. Nelas Vico se ecupa da fica (IV), da ands (vine §2) (W), da medicina(VD, da moral (VID, da teolgia (2X). fs prudeneia (capacidade de dicernimento) QO, de modo fem incsv da Jursprudancia (XI) a qual dedicava interes lspecial: lem diss, dos evempla para ot artistas (XID, da limpressto de livros (XII) © das universidades (XIV), Sentese por cee que Vico, hemem dotado de engeno, esptite ti Inmpiragio, esta Tatando. para. distbuir a mat Entecrusaimse diferentes citris de clalleas4o: det la ‘Ho, a contrapoigoesenire tipo de estudo andigo e modeino, ‘gue ‘Vico examina sob ot poatos de vista commads et Davin views, incomes (2a vantages da dervantngensh., de out ln 1 "a" Sonate ds" materia, segundo tien ‘iramenia x trumentor dt cies que si, cape ines procedimentoncciicod er sidloram sdjrenta {Grin ausllres don tun’ bto €or maui te bare ‘Tan on meine inwalngtes de erin) or wud Bt (GMonldade fn nes) Depreendeae gue, ab a capa dens ears, anor jem sign poner de panei a dees £5 cena Naor, Tio pretedemos squ carina o malipin ape. sis dows ineremancs drt, tas Sm exile ‘deine “fondamentai Vico “relrede 4 slentiorum inerumenta, porta, ao diodes Cenc, crscerande 1 antiga como o revarica epica) e 6 moder come 9 cri, tudo rcp ert, dirse habitanimens2cibmado, ‘questo seins o- mado de pensar gus repre Sita de manera felevane. Exe morrera 58 anor Stes da ps bricagae desta dsercauo napolitana. em 1650. em Estoclmo, Into Sendo. nels ctado nominalmence. Numa passage, 2a ‘qual et representantes do metodo ansigo © do moderna #10 ‘oncraposch (dis. HM, Sec. 2) aparece, de wm Indo, Cero roto Aaa vednor Arde Rene de Po Roa ‘wis: @ pont de partida € um primum verusy, que nto ple scr ciminado nem mesmo pela Ete 5% eametria, to €, segundo on dia imes da primeira ciencla demonTatve que conbeesmon, Por. fine mea do pel save de longa cadet dds Liv (sorte). an sentido concn, is vopearrevriea © sobre tabalka com ma uae defo fsmos, As vancagens do procedimento nov locates seus: fio Vico, na agudeca e na prego (caso 0 primum veram sea mesmo um verum); ae desvantagens, port, pareerm pred Minar’ Elas consitem na perda em penetacso, etolamento ‘Torica £ Jurispmupencia da fanasia ¢ da memoria, pobrera da linguagem. falta de Smadurecimento do juzo. em uma palavray depravacio do inimano. Tudo ito, porém, segundo Vico, pode ser evade Pa a Tae CHRON enti come considerar i ‘do de cous de angus diveros, to como descobrie wna RR | fa cedade ado se efecia (die HI, See. 26 3) II — Deixemos de lado o modo pelo qual o grande pen: sador napolitano legiimos, episemalopiament, suas tees fm seus enritonpostriores, que jt fot objeto de um extudo Imagine de Benedetto Grace (3). De now parc, eupae os. ‘mor apenas dat dferier cxrsturae dar mencionados modes 4 pensar Abandonemos. pos 0 Vico historic, na medida fem gue mantemor present 9 seu tema Neste sentido, ace ‘aremor a papel dx topiea, hoje quase dexconhecids, bem co to suas relagdes com 2 jursprudencia Como i salieneamos, esa skima era para Vico de gran de iterese Ele a menciona, em sua dissertati, primeiramen ‘e.'por diversas venes em conexto ‘com 9 capita 3m0g0, femtendeado 4 como uma eriagio dele (dis. IM, See. 1, 2 © 8) {Em sequiga,stribui:e, na segdoadjmenta wna piczo um ‘eamto defavorstel. O problema da esrutura nao fecee, em {mia esxpeigdo, 3 andlie esigvel, embora tenha, sob outros ‘pontos de vista, sobretido hintricoflssicoe sociologico, um Grane significado, Tentaremos, poseriormente, dar the de ‘ido valor Examinaremos, por conseguinc, se 2 juvisprudéncia de senvlvida desde a” Antiguidade romana eorvesponde, ns sus ‘Gtruturn 4 tOpicn. Caso into ae conlirme, indagaremos em tits que repercusio deve ter sobre a jurtprudencia mi dlanga de estruara ssinalada por Vico [estes termos, nosso propésto se limita investizagto dor fundamentes. Nie pretendemos. pois, sbarcar 3 svolucto hs {Gries a totalidade do seu desensoivmenta, Um quad apr Simadamente completo dos spsunos em tela 6 poderia tr 0 ido imegrandose adequadamente 2 Invstigagio dos funda ‘entoe com wm estado hiro, i SSSSSSeS ESSE Alida, a kere 8 ‘TOPICA ARISTOTELICA E TOPICA CICERONIANA LL. Para compreender exatmente 0 que € 4 cpica, soltero-nosprimedrarsente para Aritételer, que fol quem The Bebaiu ese nome.) 0 famoso texto da Tépics ¢ uma das acs obras arisotl cas qe mais tarde foram incluldas no Organon. Al ela seen ‘contra a0 l3do doe demaie esrtor uralmente denominador Tigicos © mais precsamente depois das Caterorian, do De Interpretatione eos "Analitces e antes das. RefotagSs Soficat. Com exea dima obra, que no hi inconteniente fom se coniderar como ma tin continuacao (2) 8 Topica fcupa uma posieao especial, pois supae un regres um es gio anterior, do qual s0 depois se salientou 2 Ciencia Logica or Na Topica, Avistveler se ocupa novamente de um tema ‘gue patecia quasesupersdo pels tiowofia grega classic, ot |i por Socrates, Plaao e pelo proprio Ariotees «ania a fe da dispatadominie Gor terion ofisias, Socrates © Prado, durante toda a son vida, Iuaramn conten cla. Pratd> inclusive, em wolenea polemics com esta ecandalots ste de Aspurar, que ve exercia por todas as party, tentou comertla fem uma parte fixa do corp lilaslico ~ conheeldamente Eepeciaimente, como isto pode acontecer? Quando se de «+ para, ond: quer que seja, com um problema, pode-se nacural mente proceder de um modo simples, tomandovse, através de fentativas, pontor de vistas male ou menos casuals, escolhidos Srbitrriamente, Buscamre deste modo premissas que sam abjetvamente adequadas e fecundas e que nos posam levar a onsequéncias que nos iluminem. A observapio ensina que na ‘ida diria quase sempre se procede desta mancira. Nestes ca Sos. uma investigagdo ultesor malt precisa far com qUe & frientagdo conduza 2 determinados pontos de vista direivos, Sem embargo, isto nfo se far de uma mancira expla. Pa clita de uma visdo abrangente, denominemos tal procedimen tocde copica de primelro gra Sua inceyrance sla 2 vita ¢ expla que se uate de buscar um apoio que se apresenta, na sva forma mais simples, fem um repertdrio de pontos de vista j4 preparados de ante io (11)-Daser iaeraproduzem sc catslogon de topo e 4 mn procedimcato que 2¢ la, dened eatfager chamamoe ‘Spica de segundo grav TI, arisoreles havia projetado, como vimos, um catdlogo de spicos para toon 0 problemas apenas pense. lero Seus sucesoresesforgaramse em converté-lo em um meio at riliar da discustdo de problemas que fose 0 mais pritico Posie Com hose pou ~ podese tomar a expresto I teralmente — uma tivializacdo, 0s catdlogos de tépicoe mancjados 20 longo dos séculos apresentam entre eles diferencas mais ou menos acentuadas, orem aqui nfo € necessrio examind-los com detalhes. Eles Darecem ter ficado, de forma predominante, muito perto de Cicero, eaforgando'se apenas em compreender mais aguda mente suas clasficagdes. A Logica de Pore Royal (1662). por fxemplo, define of dizendo que loci argumenterum quaedam {generalia sunt. ad quae reduci possunt ilae communes proba tones, quibus vee varias tractante wlimur (II, 17) e elasiica SE. Y, imprecisro & aber: reer dos, Wah eey ey, “TOPICA EJuRIsPRUDENCIA » depois ete lat ou topo em loc grammatil, lc ogc loci meapbyaici (ll 18. A means dvato, armpliads, de wn ‘modo. caractersico unicamente com ot loci histories, fncontrase em tm desprentensiow ivr slemto de comeqos fo stculo XIX, que citamos aqui porave representa, por asim dizer, um aldo testemuno de uma velba cducago Fete. © pastor Chetan August Lebreche Kastner exreveu erm 1816 uma Tépica ou Ciénci da Invenceo, em estieco Contato com ts colaboradores precendentes «com 0 propotto de devalverd ii sew ae een. Enumera tm a de 8 lc (02) son guais chama sTigics-comuns, que proceiem, parte da Gramatica (por exemple, eimologia, fomonimia ete), em parte de Logica (defini. spt, diferenca, qualidade, indole tt), em parte da Metatica (todo, parce, causa, fim tc), em pare. da Hisaria (etemunts © excmplan. Se prescindimos das rub cas das clasificagbes, 0 catélogo &, no euencial,cceroniane, E preroo analiar com maior amplide ea idea para comprcender em todas sum exten o calito de ae eames {alando. Nao shi topol que so univentlmente apices dos quai tratam Aine, Cee e sus sacewores ~ como tambem hi outs que’ sto. apices apenas a umn “TOPICA # JURISPRUDENCIA ss te intranscendente. Grandes conseatncias nfo se conciliam ‘bem com sua fun¢d0, motivo pelo qual o peso légico das mas de concetes e de proposigtes elaboradas pelos topot & sempre pequeno. ‘Mais adiante trataremos este tema com mais vagar. Ago: “ra, apenas procuraremos aclarar esta idéia com um exemplo. Um catdlogo de topl como o que encontramos em Gribaldas -Mopha (ct. supra, II) stistan vo pouco now expire ssema tio que nor sentimorimpeldos a fcr urgentemente o taba Iho dedutivositemico. Sentimos 9 dejo de comegar et ‘elecer, por uma parte, uma serie de concer fundamentals, com o fim de obter definigtes em cadea,e, Por ura pate, + fixer proposes centrais, com a fnalidade de fer dedugts cm cadein ou algo parecido 0 que sprendemer no ave s¢ ‘elacona com uma investigacio de princpios. Com i, no ‘butane, alterames a peculiar fung8o dos top. Desligamo lx Drogresriramente de nin orientacdo para o problema quando {amor conchades extemar€absoutamentecoreat E inal ‘ene, otamos que estan conclasber se encontram muito Ton er it Ga siuapto nical eso, apesar de un correcto, nade {uadan,rido pela qual somos levados 4 afirmar que entre © ‘Eicia que haviamer projerado © o mundo do problema, que pear de ao mio perdeu nada de sua problematcs, a abriu Sima novel fasura, E evidente” que alteramor relagies ‘nginariamente complena. Parece exit um nexo qve m80 ¢ Doadnel redusi 4 um puro nexoTogico. Data mancir, 20 f Fal relnamos apenas comsragoes oladas ede teas impor ‘ancia Eis nove resultado se apreentasobretudo quando nto ¢ ponivel iquidar totalmente problematica que se quer do fon, ea reapaece po toda pate com uma forma nova ‘Aconsantevinclagao 20 problema impede o manasilo, local Torco para tr para diane, quer dice, «rego © sdeducto, Vemo-noscontnuamente perturbados pelo Zroblema. Dele ngo os libertamon,atenot que o dclatenoe in prolema.aparene, o-que nos levera a uma consante Ihc de premise, om io, A ars ivenindi, quer iter. 4 topic TV. A topca € um procedimento de busca de premisas, conform’ sublinhou "Cicero, a0" diferengta, como ars ” Davo views invenlendi, da logics demonstrativa ou ars iudicandi (cf. su bra, §2, Il, 2). Io cem pleno sentido. Pois€ postvel distin {fur uma reflexto que busea o material para pensar, de outra ‘Que se ajura a lopica.£ iguslmente claro que na prétiea eta ‘lima deve vir depots daquela. Vista desta mancira, 3 topica @ uma meditaczo prologica, pois, como tarefa, 2 invendio € primdria e a concluso secundaria, A tépica mostra como #© cham as premissas: a logica recebe-as¢ as elabora (© modo de buscar 28 premissas influi na tndole das dedu- 8es., 20 contréro, a tndole das conclustes indi brsear as premissas. No estudo de um determinada modo de pensar € postive, portanto,situar-se em um ou em outro pon fo. Nao obstante, parece mais adequado comprovar de que maneira 0 modo de pensar examinado cra premistas © se ‘mantém fel a elas, pols isto the d& a sua peculiar fsionomia. As consequéncias depreendem-se por si mesmas. Um modo de pensar que dispde de um tesouro relativamente pequeno © Constante de altimas premissas pode desenvolver amplas con clusdes em eadela (sorte), enquanto que aquele em que a hha de premisas ndo termina nunea tem que se contentar ‘com conchisBes curtas. Vico talenton ete fato de modo expe ial ao censurar, como ja dissemos (cf. supra, § 1, e 1. 0 texcesivo uso de slogismos que ocorre na topiea€, em toca, a ‘scascs de sorts. ‘A frequente presengs de raciocfnion analégicot indica usualmente a fata de um sistema logico perfeito. Do mesmo ‘modo, a qualificagao dos raciocinios € um indieio do exprito a ‘que servem. Assim, por exemplo, os nomes dos argumentos 2 Simi, 2 contrari, 2 maiore ad minus, etc, que se conside ‘Fam como argumentos espeials da logica juridica (22), proce: dem da topica ‘Ademais, um estilo de pensamento de busca de premisss, que, como dita, prepara pontos de vista geais e eatdlogos de Pontos de vista para as questdes que se podem colocar,€ pou €oapreciado pela cigncia moderna. Kant condenava a ouerina dos topoi de que se podem servir — diz ele — os rmestres de escola e os oradares para examinar, sob determina los tiles do pensar, 0 que melhor convém 4 uma materia © fazer sullesas sobre ela com a apartncia de racionaidade ou tagarelar empoladamences. Vico, em compensacto, apreciavar fen __Torica z JURISPRUDENGIA a 4 muito. Considerava que, sem ela em realidade, teria im possvelorientar-se. O certo € que se alguém olha 30 seu redor fncontra a tépica com uma frequeneia muito maior do aue podia supor. Nao parece que seja completamente inadequada A situagdo ¢ a natureza humana e, por isto, parece indicado ‘nfo descuidar intiramente dela quando se tenta compreendet © pensamento humano, seja onde for, 'V. Quando se forma um cattlogo dos topo! admisivei, produrse, no desenvolvimento ulterior do’ pensamento, con forme se pretendia, um vincul logico. Todavia, alo podemos exendélo demasladadamente. Como antes disimmor (af. pra, TID, a constante vinculagzo ao problema 6 permite con: juntos de dedugoes de cunco aleance. & preciso que haja a por sibilidade de os interromper a qualquer momento 4 vista do problema. O modo de pensar problematice € exquivo 4s vincw Iago. Porém nao pode tampouco renunciar por completo a elas. Pelo contrdrlo, tem um interewe expecial em estabelec ‘eterminadas fixagdes. A ninguém @ dado conduri uma prova ‘objetiva. sem lograr estabelecer ‘com seu interlocutor, pelo ‘menos, sim etrelo batizado pelo entendimento comum. A atk vidade procestual, por exemplo, ensina isto dlariamente 20 isa. Sto exemple eldsicos 08 dislogos platOnicos em que So crates vai eriando, por meio de uma técnica de perguntas, de ‘feta baxante peculiar. aqueles acordos de que necesita para suas demonstragber. Os topol e os eatélogos de topol tein, em consequéncia uma extracrdinaria importinda no sentido da fixagao e da construgto de um entendimento comum, Desen volvem as perguntas © 28 repostas adequadamente e indicarn fo que #0 que parece digno de uma reflerdo mais profunda. Ocorze assim, de uma maneira continua, um acordo reclpro. «0, Os topoi, tanto especias como gers, sf0 muito apropra: dos para mostrar a dimensto dentro da ual alguem se move sem poder abandond-la, se nfo quer perder este entendimento fomuim que torna a prova pose ‘Ace aqui, of topol ¢ of catélogos de topoi oferecem um suxtio muito apreciavel. Portm o dominio do problema cxige lade capacidade de alargamento, Também para ito te pode manejaro catdlogo de topoi nao sstematizado de uma isciplina qualquer. Pois 0 repertrio € elastico. Pode ficar le 2 Davin Views, grande ou tomarse pequeno. Em caso de necesidade, of pon for de vista que até tim determinado. momento eram ad Inisiveie podem considerar-se expressa ol! tacitamente como inaceitives A observagzo ensina, contudo, que isto € muito tals difele raro do que se pode supor, pelo menos em deter: ‘minadas campos. Casts muito trabalho tocar naquilo jf fxs do, Nto obstante, também neste ponto o modo de pensar 10 pico pretta um’ auxilio muito vali sob a forma de Incerpreagdo. Com ela, abrem-se novas possbilidades de en tendimento melhor, sem lesar az antigas. Acontece asim que fe mantém as fixagBer j& efetuadas, submetendo-as a. novos Dontor de vts, que frequentemente we produzem em uma co: hexdo completamente distints ¢ cornam possvel que se d& as ‘elhae fxapdes um novo rumo. Nao dizemos que toda inter Dretacto (exer, hermentutin, etc.) 0 fea, mas sim, que pode faxtlo. A interpretacio consttui uma parte da topica fextraordinariamente apropriada nas mencionadas mudancas fe situacia, ela, 0 dialéico 0 sentido examinado se faz ‘eredican VI. Fica claro que, no procedimento deserito, as premis: sas fundamentais se legitimam pela acetacio do interlocutor. Orientamo-nos pela efeiva ou previsvel oposicto do adverst- rio, Em consequencia, tudo o que & accito sempre e em toda pare considera-ze como fixado, como nao discutido e, pelo aP¥e Inenos neste Ambito, ate mesmo como evidente. Desta mane ra, a Premisaas qualficame, & vista 2o robles Jove ercleantere,sincleraice, sade ae tminiveis, eaceitavelse, adefensiveise ou. vindefensaveise tc. Inclusive graut intermedidrics, como sdifcilmente defensively fou ainda defensivels, encontram aqui € 36 aqui sentido. © debate permanece, evidentemente, + Gnica instincia de controle ea discusito de problemas mantém-se no Ambito da ‘guile que Ariséeles chamava dialético. O que em disputa fi ‘ou provado, em vireude de aceitagzo, € admissivel como pre ‘mises, Iso pode parecer Iniclalmente muito arriscado. Porem imenor inguietante se tem em conta que os que disputam fispoem de um. saber que jf experimentou previa comprovacto, sea ela qual for, © que entre pesoas razosveis ‘6 pode contar com aceitagdo se tver um determinado peso ‘apecifice. Derta maneirs, a teferéncia ao saber «dot melhores «mais famowoss encontra-te também justifcada. Com a cis Ho de um nome farse referéncia a um completo de experitn las © de conhecimentos humanos reconhecilos, que no con tem 36 uma vaga crenga, mas a garantia de um saber no sen tido mais exigente. Em outras palavras: no terreno do que € onforme a8 opinides aceite, pode-e aspitar tambem um efetivo entendimento ¢ nfo a uma simples ¢ arbitrria opi nlgo. Isto. seria sem sentido. e" justificaria que 0 ‘empreendimento ndo fose levado a serio. Trata-se de um pro cedimento mediato de conhecer muito caracterstico, em ae realmente tudo depende em grande medida de com quem se ryan qa sa Sm. ‘VIL. Colsa dutta de legtimar ou de provar uma premis 1 € demontri-la ou fundamenta-la. Eta tkima € uma que. lo puramente logica. Ela reclama um tstema dedutivo, Pols fexige que a proposicfo utiizada como premista posta set re urida 2 ourra e, por thtimo, 2 uma proposigfo muclear, ou bem, 20 contrario, que pow ser dedurida partinds daquela fou que possa ser, de qualquer modo, definida ela mesma co ‘mo propesicto muclear (23). Tratase, em linhas persis, do procedimento que Vico chamou methodus critica, em cujo Drincipio tem de haves um primurp verum se no se quer ave feja 0 sll desenvolvimento de um erro (cl. supra, § 1. Il). A {épiea presupde que um sistema temelhante nto existe. A sua permanente vineulagao 20 problema tem de manter 4 reducio a dedugao em limiees modestos. [Nao obstamte, quando se logra estabelecer um sistema de ducivo, a que toda eénela, do ponto de vista logic, deve as far, a pica tem de ser abandonada, Talver na selegto das roposictes centrais posta conservar todavia alguna importin fla, a0 menos em determinades campos. Porém, 2 questo Io. ‘ica da consequencia ¢ algo completamente. dstinto. Noma slivacto ideal, dedugzo torna totalmente desnesesstia in vengio. O sistema asiyme a direcdo. Decide por 26 sobre 0 sentido de cada questi. Suas proposigdes slo demonstrivet de modo intciramente ldgico e rigoroso, quer dizer, -verdadet- ‘ase ou sfaluas, no sentido de magica bivalente, Valores como adelensivele, «ainda defenatvele, sificiimente defensé vel, sindefenstvel» ete. carecem aqui de sentido. Construldo Davi Viewre «a partir de si préprio, 0 sstema de proposigbes deve ser com- Dreensivel por sl 96, quer diser, a partir da explicagto logiea {de suas proposicoes mucleares. Esta nao pode seralterada, ten: 4d em vista uma eventual modificacto da stuacao problemati- ‘3. Originariamente, colocou-se em movimento uma proble mitiea — 4 que as proposigoescentrais df0 uma resposta def nikiva —, porém seu progieso puramente ldgico ¢ indepen: Gente do problema, E posivel, partindo deste ponto, fazer conjecturas 2 pro posto de onde extd 0 trinsto efetivo do modo de pensar tp fo para 0 sistematico dedutivo, tema que, do ponto de vista histbrico, deve ser examinado em um trabalho especial. Os ca talogos topicos de uma disciplina especial, 2 cujo significado jf aludimes mais acima, oferecem s uma pecs que pensa ts {ematicamence atrativos bastantes para configurar um sistema Aedutivo. Também motives diddtcos aparecem aqui. Neste pnto, convém observar todavia que um sistema didatico serve Sum problema que ago tem sia origem no objeto mesmo, come é 0 de um melhor ensing, Este satema nao exté nunca frientado de uma maneira puremente logic. Porém, em re ‘a, aplana o caminho para o sitema dedutvo. So um sistema semelhante pode garantir, como dizia, a univoea aferigao logiea de suas propesigoes. A t6pica nfo pode faat-o. As proposigdes com que opera em uma medida muito insuficiente podem ser aferfeis logicamente. S20, em todo ca se, discutvels, motivo pelo qual no terremo da topica todo 0 Interewe reside em configurar esta discuibilidade do modo ‘mais claro ¢ simples posstvel.(24) ‘TOPICA E TUS CIVILE 1, Para um expiritosstemAtico, o ius ciile constitu, co ‘mo € sabido, uma deslusto bastante grande. Nel, dificilmen: fe se encontram conjuntos de deducdes de grande abrangén- Para compreendé-o, basta selecionar um grupo de texios dos Digesas, © mais extenso posvel, ¢ invetigar sobre ee. Naturalmente, poderia ocorrer que eles ivewem sido modifi cados na sua originalidade no aspecto que nos interes, de al ‘maneira que os nexot sitemsticos houvesem sido truncados pelos reelaboradores posteriores. & mullo improvavel 20 fnranto, que isto tenba acontecido, ainda que no se conside eo fato de que este truncamento de algum modo deveria ter ‘Sido notado. Como a investigngdo demonstra, on compiladores buantinos foram extraordinariamente amantes do sistema © certamente ees ndo eliminaram aquilo que veneravam (1). Os Digests de Juliano (Consul 148 4.C.) podem servi. ros de exemple do exo juridico romano. Examinaremos, pois, um grupo de textos que dat procede: D. 41, 3, 38 2) [Nos Digestos, estuda-te 0 problema de usucapito (USUCAPIO), 20 qual Juliano wax algumas contrbuicbes. A Inrodugao trata da aquisi¢do por usueapizo do filbo de uma crcrava roubada. Nio 36 0 comprador de boa-fe — diz 0 texto “sento todes aqueles que possuem, em virude de uma eauts 4 que se segue 0 usucapiao, farem seu o fruto do paro de urna eserava roubada. E acrescenta: idque ratione furs nero acta arbieror Ere fundamenta seu ponto de vista na frase que se segue © parigrafo primero comeca com esta afirmacdo: aquilo que cm eral se decide (quod vulgo respondtur) € que ninguem pode alterar por si mesmo a enusn de sia pose, mas io € TS. “6 Davi Viewye verdade canto quanto (‘otis verum eit) se sabe que nfo se possui de boa-fé e que se usa'a pose para obter lucro. Esta fentenca tio tbstratamente concebida se prova com usa serie fde exemplos, que comecam com as palavras: idque per hace probari posse e nos quais€ apresentada 2 stuagi0 do compra: Lor do herdeiro ¢ do arrendatério que aqui interesa. O para {tafo segundo contém, sem transgdo alguma, a decisto de um aso que se proceasa de mancira muito singular: se 0 dono de tim pedago de terra howewe fugido acreditando na chegada dle homens armados, considera-se como arraneado a forga (i deiectus videeur) de sua terra, ainda que nenhum destes ho Inens tenha sequer entrado nela, Porém 0 postuidor da terra pode urucapir de boa-fe, antes que 0 imbvel volte as mios do ono, ois 0 usucapito somente estaria probido se 2 terra hou- vewse sdo tomada pela forca. Porém nfo o extd quando se 2 oma dos que dela foram afastados pela forea. No parégrafo terceiro, inwerese uma deco geral com a seguinte funds rmentapto: se Ticio, 2 quem eu queria demandar a terra, me fedew a pone, teel uma juste cata para usueapir. O mesmo ‘corre te eugulteate demandar a terra ex sipulatu e recebesse pose solvendi cause. O outro me fornece o tielo de usuea pike. O pardgrafo quarto aplica, sem afirma-lo especialmente {um nove ponto de vita, 0 da interreupedo, que se formula co: tno maxima! quem da coisa em penhor. uaueape-2 enquanto fm poder do credor(pignoraico). Porém seo credor tans fea pose 2 outro, 0 usucapito se interrompe Cinterpellabitur) eno que se refere a0, usucapito, ests na mesma stuacto (simile ext et) que o que entrega uma coisa em depésivo ou em tomodato, Segue-se uma breve fundamentacao, E no parigra fo final uma. amppliacdo do caso que se decide de uma tnaneira diferente, ‘Trancrevemos intezo © paragrafo quinto: fe te dou em penhor uma coira que € tua, que eu posto de boast, sem que tu saibas que € cua, eu deixo de usueapir (de: Sino usueapere), porque nfo € admissvel que alguem adquira tim direto de penhor sobre sua propria coisa, Porém se 0 pe hor se consiuiu por um si ples convénio (nuda conventione) fo usucapirei menos, poraue desta maneira parece que no Se constitut nenhum penhor. O pardgrafo sexto-contém uma ‘ura deciszo sobre um problema de interrupeto: seo escravo 4 credor arrebaca a coisa empenhada, que o eredor posta, ‘TOPICA & JURISPRUDENCIA ‘ato se interrompe 0 urucapizo do devedor, porque o escravo ‘nfo substieal seu dono na posse, Incluem se a seguir conde ‘ages que ampliam e modificam 0 caso analisado. Ene texto possui sem divida alguma um nexo pleno de + sentido, que nfo € sstemstico, rendo puramente probleméti for Ofereceae nel ume serie de tlugbs para complexo a problemas, buscando ¢firando ponton de vita (bon Te in terrupgto), que nfo aparccem ‘nlcamente aq, sent0, ve procedem de outros grupos de exter pareciden, onde it" ‘ham encontrado reconhecimento ¢ comprovaeto. Desta me era, constrise ante nous olhes, em oma forma bastante viva, todo um tecido juldio, Em contrapongdo sto, a ex Dlchasto de um sitema jurdicoconceltaal pode verse — pe 1 nwo objeto sufclente ~ em um manual da pandecti 2.'O conceto de usucapito define e © contrive através de lima srie de coneits previos, que ssclecionam: pow, pose de boa, justo ueulo para adquirin duragto da pone, cope tldade de uyucapiao das cota, inexiéncia de impedimentos por imerrupedo ou surpensio etc. (3) Como ¢ natural, a diferenga mencionada & algo conbec: do de ha muito ¢ pode ser caracterizada dizendo-te que un ‘modo de pensar é mais ou menos eatuistco e 0 outro mais ot ‘menos sstematico, ou dizendo-se que um € malt pratico © 0 ‘out mais tedrico (4). Estranhamente, o conceto de praxis chaste todavia, pouco esclarecdo. Normalmente, ele. € apenas uiiizado como uma negagao da teria. Do mesmo mo fo, 0 conceito da casuistica exige uma andlize multilateral ¢ profunda (5), na qual se deve cuidar sobretudo para que ela ‘Mo comece pelo fim. portanto, para nfo se mover desde 0 principio em um plano excesivamente alto. Estes exclarec ‘mentor exigem um pouco de paciéncia e a volta alguns pasos ards, Naturalmente, ha que deixar de lado aquela casustica ‘gue #6 busca langar luz sobre um sistema, Tome-se em cons dderagto apenas aquela que pensa a parti do problema, quer dizer, aque @ aporttica, dentro da qual’ podem ainda Aesenvolverse diferengas substanciais. Tomar easos decididos fem toda sua extensto e utlilor como exemplum (un topos a topica retsrica) (6), quer dies, reasoning from case to ‘ete (7), por exemplo, € ago dist de abitrair 0 ca 20 ‘mode ramano'e amplié-lo de tal mancira que se pose obter Davin Viewye tama regra_geral, £ possvel pensar em outras configuragder ‘initas. Tiido isto se encontra, porém, em um plano mais evade do que 0 de nossa invertigagio, Aqui nor interewa Spenas constacar substancialmente que na base de uma ea: ‘nica semelhante existe um pensamento problematico, que te caracterica por exigir uma determinada techoe, ctias partes inegrantes. (conceitos © proposigees) t€m que mostrar uma pariclaridade que ndo se pode perder de via, e que ¢, pelo ‘menos, dcutivel que a materia de que estamos tratando se poua claborar arbivrariamente de um modo casulstico ou de tum modo sstematico. Cabe pensar que por raxdesestrtamen: te de contetdo seja neceséro sujeltarse a0 modo de pensar problemdtico, com todas as suas conseqUenciar necessrias € imperfeigdes indiscutves, para examinar se se pode fazer me- thor desta ou daquela forma, Fritz Schule estudou, de um modo parecido 20 que fire: mos cam Juliano, um grande texto de Ulpiano (assassinado em 228 d.C.), que olerece substancialmente o mesmo panorama. Sistematicamente, 0 estudo € insatisfatério, porque nfo pode scr entendido com ‘riteriar sistematico-dedutivor (8). © met ‘mo estilo juridico dos autores mencionados encontra-se em ‘uae todos os juriatas romano at dferengas que existem en: te clr ndo possuem uma importinea fundamental. HA mul to poucas exeerdes, como Quintus Mucius e Gaius, que foram (& modelos das Inszituiaes. Estes dlimos jurstas se esorea ‘Fam eletvamente em esbocar um sistema e, por Sto, esto ex posts 20 critriosstematico, & sabido, sem embargo, 0 pouco fue puderam ajustarse a ele (8). Pode dizerse inclusive que tim propdaivo sstematico puro estava muito longe dees e que seu interese era primordialmente de eardter didatic, 1, © jurista romano coloca um problema ¢ trata de encontrar atgumentos. Vese, por isto, necesitado de desen Solver uma techne adequads. Presupde irefletidamente um rnexo que no pretende demonstrar. porém dentro do qual ie move. Esta €a postura fundamental da t6pica, Nao ¢ possvel esquecer que ao mesmo tempo se desenvol via de uma mancira extraordindria um méiodo de trabalho ‘totalmente dstinto, que consieuiu um brilhante exemplo que sculos mais tarde fer escola na forma to significativa e plena de éxito que vimos descrita na Discrtatio de Vico. Fuclides ex “TOPICA f JuRIsPRUDENCIA » creveu seus Elementos por volta de $25 a.C, Exe inétodo de Densamento matematico e, portanto, extrtamente sstemtico, caro que estava muito longe dos juristas romanos. Estes sc mmoviam em um espago cultural completamente distinto, que cra comum, pelo'menos em seus fundamentos, a0 dos ret Hi, portanco,alguma reserva em contrapor Cicero, como representante do sistema, 20s juristas aslstematicos, como fa slam e ainda fazem hoje algumas vezes os huranistas (10) (. ‘mais detidamente, infra, § 52, Il). B certo que Cicero € 0 mais famoso erttico antigo do estilo juridico (11), porém nto fe pode esquecer que ele ndo se encontra em terreno distnto do dos jurisias que cites, sim no mesmo. Parecesthe que 2 topiea que os jurisas ttm de exereer necewarlamente, na for mma escalhida por eles, ndo se ajusta expecialmente As regras da vie. Aim se conclui claramente de Brutur (41, 152 ¢ 153). ‘Aparece al uma conversa entre dois juristas: Quineus Scacvola € Servius Sulpicius Rufus, que era amigo de Cicero ¢ havia fwudado com ele em Rodes. Cicero dis Serio Sulpicius 4 ‘oportunidade de responder, antes de Scacvola, 4 pergunta in trodutéria de Brutus. «Parece-me — disse em Bruus, 41, 152 ‘que Scacvola, tanto quanto muitos outros, eve grandes ex pperitncias no direto civ, porém sO ele tem um conhecimento (ARTEM) adequado-, Nio teria chegado a lato por meio do fseudo do diteto, se ndo houvesse aprendido ademais 3 arte da dialetica (no tentido de arte de dirputar). Como exemplo, (Gero assnala o que esta arte ensina: rem universam aibuere ln partes, latentcm explicare definiendo, obecuramy explanare incerprecando, ambigua primum videre, deinde distinguere, pposremo habere regulam, que vera et fabs iudicarentur et ‘ure quibus propostis ewent quaquae non exent sequent. ‘Pols esa arce.~ acrescenta em op.cit., 158 —, a mais im ortante de todas, atua como uma luz, ali onde outros ado: fam decades © conduzem debates juridicos sem metodo nem plano». Deixando de lado o que constitu, segundo Schulz (12), uim grande exagero, o descrto teria sucedido ja antes de lapatecerem os juristes mencionados. A destreza que Cicero Aaprecia identficase, amaplamente, com 0 que ele ensina em ‘Sia topica que cle dedica a um jurita. Cicero recomenda, pois, pensamento dialtico, no sentido aristotlico, que no se deve confundir com o pensamento sistemstico (13) so Davin Viewye £ de grande interest, neste axpecto, ver como Savigny caracteriza 0 encanto peculiar da jurspradancia romana. <& wMdir como se um €aso (qualquer) fose 0 ponto de parvida de toda a cineia, que a partir dat devera ser inventada» (14), Esa ¢ unt caracteriatica do. pensamento problemitico, que reclama an eternal dialectical research, an -open system» (1). Gada um se v¢ impelido, nio 2 ordenar 0 caso dentro de um sisema previamente encontrado, mas sim a exerciar sua pr pria diesiosine por meio de consideragbes medidas e vincula as, O moda de trabalho a ser soguido deve ser adequado a festa tarefa, B preciso desenvolver um estilo especial de busca {de premise que, com 0 apoio em pontos de vista provador, sia inventivo. 0. que mediante estes esforcos se obcém fica ‘ronto para tentativas semelhantes, Ese estilo especial cumpre {ima fungdo importante na incessant busca do dirito « deve se culdar que nio se perca este valor funcional por causa de Cratamentos equivocados. Este modo de trabalhar se caracter ‘a sobrevado poraue permite aoe juris entender 0 dico ‘nto como algo que se limitam a aceitar, mas sim como algo fave eles constroem de uma mancira responstvel. Toda sua personalidade esta comprometida niso, , como dzia Ihering. ‘eu orgulho no ¢ a6 de tipo intelectual, sengo tambem de t- po moral» (1). ‘A predomintncia do problema atus no sentido de os con: ceitoe ¢ as porigdes que te ro desenvolvendo ndo poderem ser Submetides a uma sstematizagdo, Perde-se sua intencio pect liar quando se tenta levi-los a um entendimento sitemstico € s¢ quer interpretdlos, sem mais nem menos, como proposigdes Stemdtieas ou algo parecido, sem indica o erttro sstemtt 0 utllizade. Porém, quanto mais precsamente se concebe © tema como um conjunta de fundamentor, mais claramente se pode ver sua contraposicso com o espiito que existe aati Seus conceitor + suas proposes tem que set entendidos como partes integranter de um pensamento t6pico. Sua vinculacto om o problema impede um desdebramento do pensamento ‘ue sein consequentemente lgico e ha que evtar precisamen- te aquilo que conduz 20 sistema dedutivo, se se quer conservar 2 proximidade do problema. A adverténcia vale sobretado pa Favas generalizagtes, quer dizer, para as redugOes logicas, © € ‘bide como os Juristas romanos em seus melhores tempos a TOPICA E JURISPRUDENCIA 0 ‘vitaram efetivamente (17). A famosa maxima de Javoleno se: ‘undo 2 qual omnis definitio in luri civili periculsa ext (. 50, 17, 202) e encontra nesta linha de pensamento e ininte ligivel do ponte de vista do pensamento dedutivo, II, Exta maxima corresponde, todavia, 20 modo de pen: ‘ar problematico, que, como disemos (ef. supra, § 3, V). & pouco afeito a vinculagSes. Esta earactertica parece, a pri Imeira vista, que contradiz completamente a ewéncia do dite to. Pois a0 direito e a seu exerciio, em clara contraposicto| com at demais manifestacdes com que est aparentado, como 2 sotsica, a retoriea ea aporeica filoadfica, corresponde 4 tarefa de obter e manter um areabougo fixo de condutas, No jus civle, sem embargo, vése com uma clareza esp «ial como as posiivagoes sto evitadas na medida do pose. Bons exemplos dsto sto nfo x6 o escaso ndmero de lls que se editam durante um periodo de tempo to grande, mas tam bbem, especialmente, a eldstica e notabilisima lex annua do pretor, que s6 se cristalizou de uma mancira defisiiva 90 dito de Adriano (18). Do mesmo modo, a infinita pletora de positivagdes que precedem wma cristalizacto legalaiva, © awe do att as evidencias aparentes ea escolha de exprewes lin ‘lstieas, 16 we concretizaram de um modo vacilante 19). ‘Também estas positivacder se fixaram através de um procedimento as apalpadelas, no sentido da tépica, aa busca fo direito, «elas concluem apenas a primeira jae dena bus fa, na medids em que se converter, no final em fontes do Aireto. Como seu conteddo se baseia implictamente em pos! tivagdes mais profundas, formadas A via de determinadat twagées de problemas, podem rer aplicadas de modo extenivo por aqueles que podem compreender indubitavelmente estas Stuagbes. ‘A busca do direto no encontrou com isto, porém, 0 se fim. Alcangou somente sua segunda fase e mais adiante traba- Tha, por assim dizer, em condigdes muito mai difces, Pois no ‘campo do direto€ preci conservar tenazmente aquilo ave j& ‘Std positivado, 0 que or joritas romano fizeram de wm modo tipi caracterstico. Ihering sublinhou especialmente como a8 vacilarineil sucede wm rigido conservar (20), Neste estado de coisa, 4 topics tem que entrar novamen: teem jogo. Pole frente a problemas novos torna-se mecestrio st Davin viewye anlar, 20 menos em parte; «perda de Hlenblidade mediance ima inerpretagio adequada. Ate que a legslagzo intervenha {preciso encontrar © evidentemente também aceitar pontes de tint ajustador 44 novas scuagbes e que, ndo obstante, apare {am como concordes com os antigos. Este modo de proceder {em sido com ffequéncla objeto de sitiras e comentarios (21). porém demons que as mencionadas postivagtes, diante do eacjo de resolver 0 problema, servem menos, 20 longo do tempo, de orientacso. IV. Ja vimos como a tOpica coleciona pontos de vista € of reane depois em catslogor. que nfo estdo organizados por um exo dedutivo,e, por iso, slo especialmente faceis de ser am pliadas e completados © ius civile tem claramente como objeto principal uma estas colegbes. Ax proposes dietivas, que se empreyam co ‘mo topo, constiruem igualmente os frutas de todo 0 estore. las sho mais acentuadas em certos perlodos do dirio roma. tno e menos em outros. Nos perfodos em que mals se acen- tam, surgem catélogos de copoi sob a forma das colees de regulae, que foram especialmente cultvadas pelos eruditos Biantnos, ainda que, segundo 2 doutrina dominante, nao ti vessem aparecido neste perfodo, mas sim muito tempo antes (regulae veterum) (22). Este fendmeno foi denominado juris Drudencia regular (23) e dele procede 2 tantas vezes ctada ‘regula catoniana (24). A jurisprudéneia romana clssica limi tou as velhas regras recebidas (25). Paulo indica como, a seu jo, devem ser entendidas estas regras: non ex regula ius Jummatur, sed ex lure, quod ext, regula fat (D. 50. 17. 1) Seus contemporineos € os autores postriores, em geral, gosta ‘vam muito de regras. Entre os anteriores € digno de ctaca0, ‘como colecionador de regras, Galo, Wo interessante por outra pare do ponto de vista didatico. Pringsheim informa-nos de fathadamente ‘de tudo ito (26). Todo este fentmeno se 1, Dando seqUéncia a0 nosso pensamento, examinaremos agora o mos iclicus, que teve seu tals famoso representante, into & gloss ordindria (1227), de Accurio (. ¥ 1258). em Barzole de Sasoferraco (+ 1367), que dominou sem ne hum ataque até o século XVI e se manteve depois sob vilen tor ataques até o séeulo XVIIL Escalhemes mos italics, porque sofrew influencia da evolucto precedente, caracteriza fe por um esquema de pensamento tépico. conservou per lon fo. tempo 0 estilo pecullarmente juridico chamado Iagistaliter e constitui alm disto, de certo modo, 0 encerra mento de toda eta evolugto. A orientagdo moderna, que te ‘matizoa depos 0 sistema jurdico, tomou partido contta.o mas itaicus ¢ pretendeu proceder methodice, como entao se diia @. Que os representantes do mos italicus, os pis glosadores ou comentadores, como seus predecessores, os glosadares bolo ‘heses, estavam familiarizadoe com 2 topica algo que sa prépria formacao cultural evidencia. A vinculaglo.genéti entre jurspradencia eretérica na Idade Média ¢ muito menos duvidosa que na Antighidade. Os eruditos medievais do dite to, de acordo com of planos de exudor entto vigenter, antes de poderem dedicar se a seus estudosexpeciae (atin alior, dificiiora ec graviora) tinham de wr estudado as septem artes Tiberales (2). No Trivium (artes tivales, sermonicales, sationales), ocupaam-se da retériea ¢, com ela, de sua peca ‘modular, 4 topics. O comentirio de Bodeio ( 524) 206 pica de Cicero gorava neste meio de um valor de autoridade, altm da obra juvenil de Cleero, *De inventione rethorica> ‘ave maravlhava a Idade Média de uma forma asombrosa ‘Quem a tome agora entre at mos — escrevew Zilina (3) ‘TMdeveria fazélo com a conscitncia de que exté diame de Davin viewre ama tur de toda a Ldade Media culta. Lése- asi com umn Imre completamente dsinton. Ex formaydo cultural pe wHn ca iden pars os canons Oecretas edeeretalias) 13. pare ov legates Nao poucor dees foram antes magi? ee ‘© autor da suma Antiguitate et tempore (por volta de iitoy" por exemple, foi umn ancgo maser eralam arcu, quem a docencia da retriea aria camino pars 0 thine do ‘icko» (@). 0 mesmo se_pode diaer de Imerio CT" M1h0)fandador da exoln juries bloabes: ambem {eve cer sito primelro maser artum (6. Tudo io permite Stnalr que Bolonha’posuu, provavelmente desde fins do decal X, uma cacola de arts liberates ants que all tae Samos Univenidade de Direo (por volta do ano de 1100) on 7 A cstctavinculagdo extene entre retrea (pia) © Juvxprudéncia, que dit rela e ue fica no enencal justi Cada, foise perdendo para consclnciahistriea dos jursas ‘modernon, Coresponde sem embargo, uma tradigto con {ante dor akimos tempos da Andigaidade ¢ do tempo de tan silo, que eaveram claramente sob a tftncla de Gero. Ie fe dine com rasto que Quiniliano ("por volta d0 ano de 5) atigin do. orador conhecimentos de" dieitor ave. para Caniodaro (-°f°" 510) a rlagto entre os extudos gramaccos, fetsricon e juridicon era evidene: e que Isldoro de Sevilha CP 6$6)gualiticnva "a setrica como seienia aris pettorom (8). Biagio Brugi, em um brilbante e douto extudo sobre =I metodo tel gona! bologna (Stu Riccobono, 1, 1936, p. Zi e weys), descobriu un grande nimero de vesgio da fr Inacio do glonadoresbolonheses em seunproprioseserits. Pa tr efticar 4 opinido de que Blonia avie dependda, quanto TTaea mttodo de trabaino, de Ravena ou Pavia, Brag deiea ‘vente de um modo comincete, como wm dic eo de Mammen, de tp. retorio-anigo, transmitiao pe Trvium, liga pre-slosadores, rloradores¢ os losadores (9) ‘Como nés nfo pretendemos entra na dtcusto hirica, ras nos linitamos 40 problema dos fundaments, xarnare thoy apenat de que modo este eatlo etd presente no. mas inlcee EJURISPRUDENCIA I A falta de sitematica de procedimento, ave € uma das dade de sistemas, cujo aleance ¢ muito divero — as vezes nfo passa de escassas dedugder — e cuja relagdo reciproca no € {ampoueo estritamente comprovivel (ef supra, § 3 exp. D. Pris isto so ocorreria no caso de a pluralidade de sistemas ser = redurida um sistema unitdrio. [Nao obstante, como esta plurlidade de sistemas, que nfo 4 toralmente apreendida com a vista, torna posiel a produ ‘fo de contradigoes, € necesério um instramento que at el imine, que se oferece também aqui por mefo da interpretagso Sua tarefa, neste aspecto, tem de consists em eriar uma con: TOPICA EJURISPRUDENCIA cordincia que seja até certo ponto acctével. HA que extabele fer, em caso de necesidade, conexBes por meio de inrerprets Stes que slam aceitavels e adequadas. Estas operacdes, que Drecitim ser antecedidas de uma compreensto global mais ou Inenos clara e, por fato, mais ou menos contolavel, poderiam tignifcar passos para um sistema logico total, mas no neces fariamente. Sua intervengéo mediadora reduzira em alguns ator 2 pluralidade de sistemas © a aumentara em outros. A Introdugto de uma nova distingdo pode significa. por exem plo, um pequeno projeco de srtema autOnomo, de que ndo se podert der, ema outras consideragdes, como repercutira. no conjunc total Para nosso objetivo, basta constatar que a tépica se infil tra no sistema juridico através da mencionsds interpretagao, txigida pelo estado efetivo do direito. O pensamento interpre tativo tem de movers dentro do estilo da topica (ef. @ 3/V). Se se pensa além dio ~ 0 que até agora nao trou a atualidade 4 comparagio — que o ordenamento jurtdico est abmetide constantemente a modificagtoes temporais, o papel {a interpreagdo , por ito, da tOpiea, tornavse ainda mais [penetrante como provocador da colncidentia eppostorum. [Até aqui se tratou apenas do primeiro ponto de irrupeto épica, O segundo consixe na chamada aplieagso do dire: fo, que jd fol motivo de trabalhos fundamentais (8), porém ‘que, em virtude de sua importincia e da grande difialdade de analize, deve ser examinada denovo com os meios de que Alispomos. Para noso propésito, necessitaremos contempli-la ‘de um #6 Angulo. Com este fim, voltemos ao sistema Z ances ropes e suponhamos que seja perfeit Se fos asim, ex tila uma determinada quantidade de casos de direto civil {ue poderiam receber sua solucto dentro do sistema e restaria Possvelmente uma quantidade residual de casos, que s¥0 tam: bem de dreito civil, porém que nao se podem solucionar den. two do dice sistema. Se se exige que esta quantidade residual de casos seja resalvida sem a ajuda do legislador por meio do fisema Z ou que seja mantida em tal siuagzo na menor me fida possive, Hxto +6 € posivel por melo de uma interpre‘aeao fdequada que modifique o sistema através de uma extensto redudo, comparacdo, sintese, tc. Poderseia, claro, conservar oe Davin ViEwyc, mente a pertegto logics do sistema, portm ito no feria frequente. Se aceitamos que o sistema Z nao € pereito ‘quer dizer, que na realidade ha uma pluralidade de sistemas ‘ator ou menor, eita circunsineia se oporia 4 exigencia de resolver dentro dele, na medida do postvel, todos of casos de direito civil. Como j4 indieamos mais acima, 1 interpretacso festh aqui operando € pode oferecer amplos recursos 4 aplica Ho do dice, © ‘erceiro ponto de irrupeao da tépica_ no sistema relaciona'se com 0 uso da linguagem natural. Hoje eaté clara mente estabelecido que a linguagem unifica uma pletora qua se lliniads de horizontes de entendimento, que variam cont ‘nuamente. A linguagem apreende incessantemente novos pon (0s de vista inventivos, 4 maneira tépica. Com ito demonstra 4 sua fecunda flexibilidade, porém, 20 mesmo tempo. poe 0 Sistema dedutivo em perigo, pois os conceitos eas proposices, ‘Que se expressam por meio das palavras da linguagem natural, Info so confidvels do ponto de vista de sstemstica. Se hi ‘quem se conforme com eles, como ¢ presumfvel que continue ‘ecorrendo no dmbito do direito, correo ininterrupto tsco, do onto de visa sstematico, de ser guiado, com suave forea, € tem que disto te d€ conta, por estas interpretagses. Perde-se totalmente © ponto de partida quando, em cao de necesida: de, se faz referéncia ao sentido de uma palavra, 0 que ocorre repetidamente na jurlsprudéneta, sendo compreensvel que de ‘a ocorrer comm frequencia. Esta ideia condu imediatamente a um quarto campo de atuagto da tépiea, que se encontra fora do sistema juridco, porém que repercute nele, £2 interpretacto do simples estado fe coisas, que, em qualquer caso, parece necestado de urn ttatamento juidico. £ preciso submetélo prontamente a uma eterminada compreensto com 0 propésivo de tornslo mane vel no sentido jurdico. Para condusilo x0 sistema jaridico, © estado de coisas tem de ser provioriamente interpretado me: dante um panorama prévio aprorimativ, © que novamento corre a'maneira da t6pica, Cada audigncia de um itigante no processo, interrogatério de “uma textemusiha e com frequéncia tamberm de sim perito del “TOPICA EJURISPRUDENCIA 2 se compreento que & por completo ireaiar. 6 depis de thea wc mals cu menor de prepa o ate spares Sate tnhutees Gow epee to aieko pote ¢ ca com Tpchs tquce © eos de um mode spits wr char sp Tile bo dn € inode um mnver ans rounds, ema ‘oor srnimacto ceo fro dean teas eta pars te sa ¢ wl Jo bar) Beenie amr ne dour ar Ran Nota dome sco de ot importincia decsiva a este fendmeno (10) fcampreensto. proviéria do conjunto do direto, forma-se 2 Ccompreensto dos fator, que por sua vez repercute de novo so bre a compreensto do direito, reolvendo-se assim tudo 0 que not pentos mais acima indicados tentamos explicar Othando para trés, comprova-se como do sistema jurldico logico, isto €, de tum nexo de fundamentos intacto, no Festa ifequate nada e o que resta nfo ésuficiente para saistaze, se we — He Tilfaridade resulta que a usualmente ‘chamada. subsuncio Juridica desempenha um papel que no € sem importncia, ainda que nfo postua, para fundamentar um sstema jurtico, ‘0 peso que indiscuiveimente Ihe corresponderia se exists umn Sema perfeto. Sua importincia logiea corresponde precisa um corpo estranho © que se WZ. tea quanto mals progride a investi fo ia. Observare que a logiea € to indispen ‘Stvel em nowo terreno como em qualquer outro e que & men canada com Trequénela. Port no momento decisvo, log os em uma forma perfetamente log leangado o grat 6timo de comprobabilidade univoca, pro fedimento more geomeuico — para ut expressio Davin Viewye opie. 1V. € conmdo totalmente comtequente oporse a ela se se ser empreender 4 tareta de tomar cenlficeaechne ju Gi Para converter em metodo o elo que antes encontrar, «reco colocar em urna situagio dominance o sitema ded tivo © » subsungdo, esta entendiga no vento de ordenseso dentro de um sistema perfeito (cf. spa, 1). Ea empress Cou att agora pela metade do camiho, © que torts neceatrio Denpuntat o que deve acomecer para que un eforgo sete, Ihante possa atingir 0 seu fim. : = Seria necesfrio: ama rigorosa axiomatizcto de todo 0 inet, unida a uma esrita pribigo de Interprecagao dentro do sistema, o que se aleancaria de wm modo mais completo mediante 6 calelo: alguns receitos de interpretagdo dor fates ventadosrigoros ¢ exclusvamente pars 0 sitcina ferdice (Gu cdteulo erica); ndo imped» admiibldade das dec Stes non liguet coneguir uae ininterrup interven de um Ieglador, que trabalhe comm ma exatidaosstematca (ou cal conceder uma atengio culadora) para tornar solveis of novos casos que surger como inolaveis, em perturbar a perfeicaologiea do sistema (ou cl: cule). Em seguida, poderiam desenvolverse axiomas juriicos fi ‘com 0 que se teria jaar a velha forma de terae-ia completado em nowo campo (11) 0s proprio axiomas, como proposiges aucleares do di ‘sto, continuariam sendo, no entanto, logicamentearbitr los, © as operagBes intelectuais para escolher um axioma € rn2o outro conservariam sim inevitiel residuo topico. Nisto te side porem 0 isco, pois os aslomas tem de dar resporta #0 problema da justi Se busca do dire (© procedimento que isto supde ja ndo € sendo de aplicaczo da direto, © que, co € sabido, representa uma considerdveldifereng, pear da semelhanca de terminologia. O procedimento € preciso e sem “Tovica £ JunisPRUDENCIA reco ¢ proporciona uma sensagto de seguranca enquanto con que manter ob axiomas como indubitives ¢ 0s teoremas co ‘mo ajunados. Hoje, podese até pensar em aumentar a preci Mio c's rapider do procedimento por meio de tramites maqui ‘ais (1). LV. Uma cigneia do direito que pretend desenvolver uma scientfiagios da techne juridica © que como tal se concebs ‘como cigncia tem de marchar pelo caminho indicado até 0 fi hls Certamente faltam tentativas de larga escala nesta die (lo, Ao contririo, predomina a visfo, anto no continence eu opeu quanto no mundo anglo-americano, de que 2 axiom: ‘capter plenaments -ESauars TS Irie nue ¢sficence a Hrfumennagag Ts) tme-porenr fo exclst 4 posibldade Je Eformalitar em regider parcais do. pensamento jurdico, 2 fade uma sntemstica cern fim de aucomatis Int com a en). Diante do tipo de Citncia do Direto que acabamos de cexaminar, podese colocar a que mais acima (ef, 1) mencions Samos em segundo lugar. Esta ndo tenta modificar em sua e cia a techne Juridica. Concebe-a, em consequeéncia, como tima forma de aparigao da incessante busca do just. O dire to postive emana desta busca, 4 qual continua com base neste tmesmo divito postive. Exea busca, com todas as suas peculla: Fidades humanas, € seu grande objeto de investigagto. Nio pode ser abrorvida pela jursprudéncia, senso que, frente 2 che, €0 primeira recurso purificador e seguro, que ha de mos trar suag posibilidades oferecer uma ajuda praticdvel. Auras tela, como ocorre em» outras disiplinas especalizadas, tem de ‘exist uma teora do direlt, que aqui hi de ser uma concisa ‘aria da-geaxi, entendida em seu mais amplo sentido. Uma teorie semelhante até agora a6 se encontra de um modo isola ‘do (15) Como em suas investigagdes tem de mover-se em tor to de teitativas de satematizagao, de novo tera de tomar a 16 pica em consideragio. Se, a0 contrério, se parte da idéla de {im sistema juridico dedutiva, que se pretende impliciamente ‘existent into difieilmente ser possve jribsleem A onbskes 88 ‘TOPICA CIVILISTICA 1. Em gel, acctase que uma dsciptia espectca seus pontos de vinarelevaner de um modo quate complete, Adm {Cuma detrminada quantdade de vopa elaborada a@ 0 mo mento, e deixe os demas de lado. Hates limos, no entanto, Dodem ir ganbando impordncia, em maior ou em menor me Aids, 00 ‘curso de-stuagbea qe variam tncesantemente ‘Quando ino acontece factase seu ingreso paso Paso De. 12a da leslagdo ou de um modo Impecepiel ar nein or ino menos fiat. pela vin da interpretaeto€ claro que Sto ccore de uma. mancira continua (1), Uma diignte © consante reediieagio © ampliagao do dreko, que cds que ‘truora total da atidade jurdia conserve sua slides tem perder flerbiidade, forma i nicio pecular da ate do re Quando Thering, hé cem anos, indicou que um direito sustvo ndo pode set entendido sem a categoria do nteree G2), mera, primeiro na doutina cla e depos er outros ampos da diipinajuridiea (3), um topor que fl amen do cominuamene o teu pore Gur poclatinamente fol exe. endo uma influtncia de nfo Doves importnca sobre © fariter mesmo a jurspradencia. A famosr tcola do interes 2, que tem sua base em Ihering, efrgouse em tras aplick: tel trabalho jriico seu modo de penser (). A matpla Sculagio.do concsto de inerese (5a qual, 20 final fol y. trarformada buma artiulaga de fatres vss 3 seem Co aos Ke ache pe viehwe 3 gor derados constantemente (6). forneceu um grande nimero de ao polar a porsdnals | novos argumentos juridios aos quais, em boa paYte, no se pode nega eohesinente ‘ e ‘A andeimpertnca desta nova soa jure nto res siento 2 Codrdenn-leo? Ny de, mo Eneate, ualctmens ne, pn gues come i de YY 5 Davi viewys _ a impugnacio de uma «declaragio de Vontades ‘nto pode sequer ser levada em consideracao. Nao ‘bwante, a jursprudéncia recorre a isto, no caso de que The areca justo, com a finaidade de proteger a confianga da. ou tia parte contratante. O mesmo vale quando temos falta ire Conhecivel de uma vontade negocial, na responsablidade por lima aparéncia de direlto, em eato de procuracdo inneficaz ou fauando se tornow ponvel a wtilizagdo de sobrescrites, farimbos et. (21), 0 jurita converte em sdeclaragdos, de um tmodo aparentemente arbitririo, uma carta de conteudo nego Gal que seu autor nfo enviou, mas que chegou a seu destina {aria em conseqdéncia de manipulagto estranha. O contetdo ‘de conceit juridices, como os de sparte integrantes de uma ‘coisa ou «parte integrante euecial», € formado, no campo do ‘ireto, por shultor de valor e de interese sobre publicidade lunidade ‘de Bene ccondmicos, procecdo de seu valor funcional fede eu interese de investimento €, por fim, juzos sobre a referencia, por exemple, do Interesse do credor de poder exe cuter uma coisa ou determinar sey destino real» (22). A vista de uma propriedade ¢ considerada, em caso de necesidade tome uma. «qualidade do” imével. A chamada ‘imposibilidades da prestgio pode ser delimitada diante de ‘utror catos de impedimento adimplemento, especialmente os de rtco persstente e execucto forgada do devedor, através de ‘aloragdes de interest. Produzem-se assim tansformagoes de Conceito, como as de simposibilidade econdmicas, «inexgib lidades ete. «O mesmos, diz 0 autor jusificadamente, socore ainda que menos claramente, com todos noses conceitos: (25), E ainda enumera virios outros. (© autor fala, como se v6, linguagem dos teGricos da ju risprudéncia dos intereses, porém jt saiu fora dela. Chega 2 dizer que ndo s6 a propescdo juriica smas também o conce to mesmo ests pré-qualficado através de julzos de interests, de tal maneira que 2 subsungao aparentemente logica € uma reintegragio de Um julzo de interene, que extava encerrado in hnuce no conceto juridicos, E acresenta: «Portm, como ne fhuma norma positiva preordena este julto, ele se funda no dlireto naturals (24). Em consequénci, cada conceito tomado ioladamente se liga através da questto da justiga com verds ddes do direito natural. “ Davin Viewre, TOPICA EJURISPRUDENCIA 6 tog como resposta & questto central, € preciso interrompé-la or meio de uma invengao, como no exemplo anterior se fazia com 0 conhecido topos da =protegto da confianca: (26). To: dos os concetos que se formam tém a fungéo de servir de thos auxiiares a uma deusto de problemas, no mod ini ‘ado. Tem, utilizando nossa terminologia, 0 cardter de topoi € ‘Eser chama-es também topoi em nowo sentido (27), (86). De um ponco de vista stemético, isto Seria algo sobre: Imaneira estranho, A ralt de tudo ext simplesmente em que o problema to ma e conserva a primazia. Se a jursprudéncia concebe sua ta Fela como uma busca do justo dentro de uma inabarcavel ple tora de stwagdes, tem de conservar uma ampla possblidade Ae tomar de novo posicho com respelto 4 aporia fundamental, isto €, de ser smével». A primazia do problema infll sobre a techne 2 adocar. Uma testura de conceitos e de propesigaes ‘que impeca a postura aporética nao ¢ utlzével. Into € vAlido ‘pecialmente para um tema dedutivo. Por causa do inabar. fvel de sua problematia, uma jurisprudéncia assim concebi dda cem um intereste muito mator em uma variedade asiste “TonICA E JURISPRUDENCIA » mitica de pontos de via. Nao € inteiramente correto ‘ualific-los Eomo prineipos (Grundsatz) Ter-se-thes-a de chamar mais exatamente propetigbes di sesivas (Leksttze) ou topo, segundo o criterio de nossa invest {Eredo, posto que do ‘pertencem a0. epirito dedutivo sintemético, mas a um espt tépico, como a terminologia de tipo cientfico asinala em nosso campo, no raras vere, cr uma diregfo fala No sentido analisado, Wilburg oferece, de modo conse: adente, em seu sistema movel para o direto de danes, uma Implicaglo de proposigses juridleas, que obtém sus vinculacso ‘paris do problema, evitando vinculagces und ‘sicuationsgematsem> Denken, ein Trilemma der «praltichen Vernunfts. 1950; Cerlo Sganzini, Ursprung und Wirklichkei 1952; Hane Ryffel, Das Navurrecht, 1943. Jigen Habermas, ‘Theorie und Praxis, 2 ed., Frankfurt a.M. 1967; Manfred Riedel, editor, Rehabiltierung. der praktschen Philosophie, ‘Ta Freiburg i Br. 1972 (NOTAS DO $8) 1. FA, Fehr. vd. 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Cf. a propésito Niklas Luhmann: Legitimation durch Verfahren, Sosiologische Texte, Bd. 66, Neuwied a. Rh. und Berlin, 1969. 14. CE. Withelm Kamlah/Paul Lorenzen: Logische PropadentikB.I Hochachkaschenbicher 227/227 a, Man helm 1967, esp. pag. 189: cf. também Kuno Lorenz, op. cit ep. pig. 149 8, 15, Cf. Hubert Rodingen: «Ansitze 24 cinereprachkritt chen — Rechestheoriew in ARSP — LVI, pag. 161 sta bem Thomas M. Seibert: «Von Sprachgegenstanden 2ur Sp che von juriischen Gegenstindens, ia ARSP — LVI, 1972, pig. 43 ss. 16, Ct. Dieter Horn, op. ci 17. Ch, Friedrich Kambartel: Was ist und soll Philosophie?Konstanzer Universiatsreden, Konstanz 1968. 18. Sobre outras implicagbes especialmente em considera cto A dogmética e dretticn, cf. 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Einwande gegen den Katholizismus. 8 Beitrage Harag, M. de Ia Bedoyere 40. T-B. Bottomore, Hlite und Gesellschaft, 41, Amst und Recht. Meditnisehjursische Gremspro bleme unserer Zet- Hrsg. H. Coppinger. 42. G, Barraclough, Jahrhundert 43, Perspektiven Teilbard de Chardins. 8 Beitrage 20 seiner Weleanschauung und Evolutonsehre. Hig. 1. de ter 44. Die Gesellschaft der nachsten Generation, Beitrage Trendenzen der Geschichte im 20, Hsg- HL. Newer, J 45. Ch. Perelmann, Uber die Gerechtigket. 46. L. Diez del Corral, Asiatisch Reise. ‘Kulcurgeschictliche Betrachtungen aber den Fernen Osten 48. H. Going. Epochen der Rechisgeschichte in Deutschland. 49. A. Buchan, Der Krieg in unserer Zeit. Wandhangen und Perspebtiven 51. E.,Preiser, Winschafspoitk heute. Grundproble ime der Marktwrachais, 52. Han Suyin, Dae China Mao Teerungs 58. _W. Surombach, Natur und Ordung, Eine naturphi lowophie Deutrung des wissenschaflichen “Welt- und Mens chenbildes unserer Ze 54. A. 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