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14 - Educao e trabalho:
uma questo de direitos humanos
Aldacy Rachid Coutinho
Para vir a propsito...
Submerso em um regime capitalista de mercado no monopolista,
nada mais restaria ao homem despossudo de capital seno vender sua
fora-de-trabalho como condio necessria e suficiente para garantir a
prpria subsistncia. A partir da idia de um certo grau de otimizao do
mercado de trabalho em busca do salrio de equilbrio, tem-se, pela teoria
econmica neoclssica, que as condies de empregabilidade e distintos
nveis salariais seriam contingncias da insupervel, inevitvel e natural lei
da oferta e da procura de mo-de-obra. Dimensionada a circulao valor
de troca/valor de uso pela lei de bronze dos salrios, cada um ingressaria
no mercado segundo suas possibilidades, vendendo o tempo socialmente
necessrio por um preo que deveria ser, no mnimo, o suficiente para
reproduo da prpria fora-de-trabalho.
A demanda por mo-de-obra sempre derivada e, nas empresas
competitivas e maximizadoras de lucros, estaria adstrita em funo da
produo, tomando-se como referencial a idia do produto marginal
decrescente. Assim, a contratao de um trabalhador dependeria de uma
opo do capitalista considerando quanto cada trabalhador proporcionar
de lucro.
Ocorre que o progresso tecnolgico, sobretudo a partir dos anos
90, trouxe implicaes diretas no mercado de trabalho, aumentando o
produto marginal do trabalho e, assim, tambm, da demanda de mo-deobra, o que reduz significativamente os nveis salariais. Trabalha-se mais,
ganha-se menos.
Alm disso, uma reviso na diviso sexual de tarefas (gnero), com
maior impacto quantitativo e qualitativo das mulheres no mercado, bem
como as decises em torno do tradeoff trabalho-lazer (destino do tempo de
vida) recortadas pelo desejo de consumo e a necessidade de compensar
a baixa salarial trabalhando mais horas, geram maior oferta de mo-deobra.
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No fim, mudar para que tudo fique como est, pois, afinal:
(a) continua-se buscando assegurar uma formao para o mercado
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Organizao curricular. Orientaes para a formulao e apresentao dos planos
de cursos tcnicos com base na Resoluo CNE/CEB 04/99, Coordenao Geral de
Educao Profissional da Secretaria de Educao Mdia e Tecnolgica do Ministrio da
Educao. (BRASIL, 2007).
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