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Brasília, Setembro/2009
ii
Brasília, Setembro/2009
iii
Data de aprovação:
Banca examinadora
_________________________________________
Prof. Luiz Carlos da Silva Pereira – Orientador
Centro Universitário UNIEURO
_________________________________________
Coordenação
Centro Universitário UNIEURO
iv
AGRADECIMENTOS
Aos amigos Gabriel Motta de Carvalho e Rodrigo de Almeida Freitas pelas constantes
idéias compartilhadas e pelo apoio na busca e produção do conhecimento necessário para a
pesquisa.
À Msc. Maria de Fatima Magalhães Mariani, minha querida mãe, pelo constante apoio
ao meu desenvolvimento intelectual e pelo tempo demandado na disposição de orientações
metodológicas inerentes a produção desta monografia.
Finalmente, agradeço à Dulce Helen Lim, minha querida esposa, e aos meus filhos,
Bruna Lim Mariani e Daniel Lim Mariani, pelo apoio e compreensão. Todos sacrificaram o
meu tempo que lhes eram destinados na contrapartida da conclusão deste trabalho.
vi
Bertrand Russell
vii
RESUMO
ABSTRACT
The present study was based in a case study of simulation of fire occurred in
December 2008 in a residence on Samambaia-DF using the computer application Fire
Dynamic Simulator. Previous studies showed the efficiency of the application in simulation of
fire and testing of fire hypothesis. The simulation of fire is widespread tool in the fire
investigation and provides greater scope for analysis of the fire behavior and its possible
causes. The Fire Dynamic Simulator application disposes plenty of calculations of various
parameters of the fire, a lot of them interesting for investigation. An important factor in the
simulation is the visualization of results in graphical format facilitating the analysis of the
hypotheses. In this study, was performed a comparison of the simulated simulation with the
traces produced by the real fire; therefore, it was possible to verify the operability of the
application usage on the fire investigation and its ability to develop subsidies for the
production of the investigation technical report.
LISTA DE FIGURAS
Figura Página
Figura 2.2 Diagrama ilustrando os arquivos usados e criados pelo FDS, Smokezip e
Smokeview (FORNEY, 2008) ..................................................................................................20
Figura 3.2 Sofá de dois lugares, material incendiado (ROCHA; VALDEZ, 2008)..................23
Figura 3.3 Marca de combustão do sofá na parede de madeirite (ROCHA; VALDEZ, 2008) 24
Figura 3.4 Simulação em T=0 do cenário virtual criado pelo FDS ..........................................32
LISTA DE TABELAS
Tabela Página
DF Distrito Federal
GD Graphics Draw
LISTA DE SÍMBOLOS
CO – Monóxido de carbono;
CO2 – Dióxido de carbono;
GHz – Gigahertz;
h – Hora;
J/kg – Joule por quilograma;
kg/m3 – Quilograma por metro cúbico;
kJ/kg/K – Quilojoule por quilograma por Kelvin;
kW/m2 – Quilowatt por metro quadrado;
m – Metro;
min – Minuto;
o
C – Graus Celsius;
O2 – Oxigênio;
s – Segundo;
T – Intervalo de tempo (s);
W/m/K – Watt por metro por Kelvin.
xiii
SUMÁRIO
Título Página
1 INTRODUÇÃO ..............................................................................................................1
1.2 Objetivos.........................................................................................................................2
2.6.5 Smokeview.....................................................................................................................18
3 METODOLOGIA.........................................................................................................21
4 RESULTADOS .............................................................................................................34
5 CONCLUSÃO ..............................................................................................................42
APÊNDICE ..............................................................................................................................47
1 INTRODUÇÃO
1.2 Objetivos
Após uma breve introdução do estudo, este trabalho será estruturado em quatro
capítulos com os seguintes tópicos principais:
3
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 Incêndio
Dezaneti (2009) define fogo como uma forma no estado de plasma1 que emite ondas
eletromagnéticas na freqüência de energia térmica. O fogo possui forma, temperatura e
concentração de espécies iônicas para cada nível de energia que emite.
Para atingir o estado de fogo, a partir de dois reagentes deve-se ocorrer uma reação de
oxidação e redução. Nesta reação, o reagente redutor é definido como combustível e o
reagente oxidante como comburente. (PEREIRA, 2009)
1
Estado da matéria no qual os átomos estão completamente dissociados em núcleos e em elétrons.
(LAP/INPE, 2009)
5
A principal característica do fogo é a sua chama, que é o formato visual do fogo que o
ser humano pode distinguir produzido pela energia luminosa emitida. Outra característica do
fogo é a fumaça, um produto da combustão formado por resíduos mais leves que o ar.
(DEHANN, 2007)
O Manual Básico de Combate a Incêndio do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito
Federal (2006) define incêndio como o fogo não controlado pelo homem que, com a ação das
chamas, do calor e da fumaça pode destruir patrimônio e vidas.
Dehann (2007) cita como fontes primárias de calor as mais comumente encontradas
em causas de incêndio: fósforos, acendedores, isqueiros e velas. Como fontes secundárias, o
autor cita: faíscas, objetos ou superfícies quentes, fricção, radiação e reação química.
Qualquer campo de domínio do saber está sujeito a análise pericial. As mais diversas
áreas de conhecimento exigem a intromissão da perícia, desde a medicina até as artes
plásticas, e, da mesma forma, os incêndios.
Desta forma, perícia de incêndio é uma ciência forense que investiga as causas de um
incêndio com o intuito de buscar a verdade. Tal como as demais áreas de perícia, há uma
estreita relação entra a perícia de incêndio e os princípios científicos. (LENTINI, 2006)
Lentini (2006) afirma que, por ser uma ciência, a perícia de incêndio pode ser
realizada adotando-se o método científico. Os fatores que caracterizam o incêndio como, por
exemplo, o combustível, o comburente e o agente ígneo, devem ser estudados isoladamente
pelo perito. O perito ainda deverá definir hipóteses sobre como ocorreu o incêndio e, a partir
dos materiais e informações colhidas, realizar testes.
4. Formular hipóteses;
8
8. Produzir uma conclusão final, com todas as explicações possíveis baseadas nas
informações disponíveis.
As hipóteses são relacionadas às causas do incêndio. Braga & Landim (2008) citam os
fenômenos termoelétricos, os fenômenos naturais e os fenômenos químicos. Os autores
subdividem as causas de intervenção humana em ação pessoal intencional, ação pessoal
acidental e ação pessoal indeterminada.
Braga & Landim (2008) considera também causas de incêndio as de origem acidental
e as relacionadas à ação de criança. Há situações onde não há elementos suficientes para
sustentar uma causa específica, são os casos das causas descritas como não apuradas. Abaixo
a descrição das principais causas citadas pelos autores:
• Ação pessoal intencional – causa provocada pela ação humana com intenção de causar
o incêndio. Também conhecido como incêndio criminoso. Normalmente relacionado a
incêndios que envolvem ressarcimento do prejuízo por meio de seguro.
• Ação pessoal acidental - causa provocada pela ação humana sem intenção de causar o
9
• Ação pessoal indeterminada - causa provocada pela ação humana, porém sem
elementos suficientes que possam comprovar que a ação foi intencional.
Conforme o Código de Processo Penal, o perito possui prazo estabelecido para entrega
do laudo e deve se responsabilizar a fornecer informações verídicas sob pena de sanções
administrativas, penais e civis. A qualificação é requisito indispensável para o perito, pois a
perícia produzirá provas judiciais que poderão decidir o rumo jurídico de vidas.
O perito é o profissional habilitado não apenas para perícias judiciais, mas também
para atividades periciais em geral. Muitas pessoas e instituições privadas recorrem aos
serviços do perito para sanarem dúvidas sobre algum assunto que não possuem domínio.
O primeiro interessado é o próprio perito, uma vez que suas habilidades dependem de
seu interesse pela ciência e pela absorção de conhecimentos específicos à perícia de incêndio.
O perito deve procurar manter-se atualizado sobre o estado da arte e possuir acesso as
novidades científicas do seu campo de atuação. (LENTINI, 2006)
Outro interessado é a empresa para o qual o perito trabalha que pode ser o próprio
governo ou uma instituição privada. A competência aliada à qualidade dos trabalhos
realizados pelo perito reflete para o público os adjetivos da instituição de que faz parte.
(LENTINI, 2006)
10
Por fim, Lentini (2006) cita a sociedade como uma das principais interessadas pelos
resultados da perícia de incêndio. As conclusões divulgadas pelo perito não só desvendam os
acontecimentos de um incêndio, como também estabelece fatores que podem ser utilizados
para a prevenção de futuras ameaças. A descoberta de um equipamento inseguro que acarrete
sua retirada do mercado e o auxílio no julgamento de um incendiário criminoso são atitudes
que beneficiam toda a sociedade.
2. Qualificação: espaço destinado para a descrição dos dados pessoais dos interessados
pela ocorrência e das testemunhas do evento. O perito deve atentar para a correta
qualificação de cada indivíduo, coletando dados específicos e individuais de cada um,
11
5. Exames realizados: neste item serão informados todos os exames realizados para a
determinação do foco inicial, a forma de surgimento e a propagação do incêndio.
Deverá ser descrito todos os materiais colhidos no local e os exames que serão
realizados neles. Durante a descrição, o perito deverá atentar para a ordem cronológica
dos exames realizados no local para evitar dúvidas quanto da realização dos trabalhos.
7. Análise final: neste item o investigador descreverá uma síntese do acontecido. O texto
deverá ser claro quanto aos indicativos que antecederam o surgimento do fogo, a
eclosão e a propagação do incêndio. Um método eficiente e bastante utilizado para
esta análise é o método de separação sintética numérica, ou seja, as hipóteses são
eliminadas no decorrer do processo permanecendo apenas a hipótese mais provável.
informações do cenário do incêndio em quantidade maior que o normal, para que o resultado
apresentado se aproxime da realidade. (DEHANN, 2007; LENTINI, 2006)
Putaansu (2004) cita a importância das anotações do perito no local do incêndio, pois
os detalhes necessários para os dados de entrada do programa de modelação podem não ser
encontrados nas fotos e vídeos.
O aplicativo FDS é citado por Dehann (2007) e Lentini (2006) como programa
popularmente utilizado para o teste de hipóteses. Estudos de Rajão (2008) e Braga & Landim
(2008) apontam o FDS como uma excelente ferramenta para a modelagem de incêndios e
teste de hipóteses. Rajão (2008) sugere a utilização do FDS na atividade de perícia de
incêndio do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal.
2
Método criado para solução numérica de equações diferenciais usando para isto uma aproximação para um
sistema algébrico que possa ser numericamente resolvido com técnicas de análise numérica. (MENEZEZ &
DOMINGUEZ, 2006)
3
Método evoluído do método das diferenças finitas que utiliza para a resolução de equações diferenciais um
modelo baseado em grandezas físicas. (SILVA, 2008)
14
dos sprinklers, sendo que, para isto são utilizadas coordenadas de Lagrange4. (MCGRATTAN
et al, 2009)
Além das ferramentas contidas no aplicativo, existem add-ons5 que podem ser
integrados ao FDS para diversas funcionalidades, como, por exemplo, o 3dsolid2fds
ferramenta criada por Johannes Dimyadi em 2008 e utilizada para exportar elementos gráficos
tridimensionais em formato CAD para o formato de entrada do FDS.
Modelo hidrodinâmico
Modelo de combustão
4
Método desenvolvido pelo matemático Joseph Louis Lagrange para determinação da trajetória da partícula de
um fluido em um escoamento (www.dec.ufcg.edu.br/biografias/JophLouL.html, acessado em 15/09/2009)
5
Programas (software) que ampliam os recursos de outros programas. (www.dicweb.com, acessado em
15/09/2009)
15
Radiação térmica
Superfícies sólidas
O FDS utiliza a correlação entre a inércia térmica e a diferença do fluxo de calor para
simular a ativação dos sistemas de sprinklers, detectores de calor e de fumaça. A simulação do
efeito da água pulverizada pelo sprinkler é calculada utilizando o modelo das equações de
Lagrange.
Para a simulação, são necessários dados de entrada, que são parâmetros inseridos pelo
usuário e interpretados pelo FDS para a construção do cenário e das propriedades físico-
químicas dos materiais analisados. (MCGRATTAN et al, 2009)
Todos estes parâmetros devem ser descritos pelo usuário num arquivo de texto. As
informações inseridas dizem respeito aos limites físicos do cenário, ao número de células da
área física virtual, as propriedades dos materiais, as condições de combustão, as condições do
ambiente, a geometria das construções e as informações de saída. (MCGRATTAN et al, 2009)
A área física virtual, que o autor cita como grade numérica, consiste na divisão do
16
• Densidade (kg/m3);
Mcgrattan et al (2009) cita que as propriedades dos materiais tais como condutividade
térmica, calor específico e espessura do perfil podem ser encontradas nos manuais dos
fabricantes e em livros relacionados ao assunto. Já as informações dos materiais sobre o
comportamento da queima sob diferentes fluxos de calor já são bem mais específicas, porém
ainda assim é possível encontrar literatura relacionada a este assunto.
Os dados de saída do FDS podem ser gerados sob vários formatos. Usualmente são
gerados arquivos de texto, onde os dados são separados por vírgulas (extensão CSV), arquivo
facilmente visualizável em qualquer editor de planilha ou texto. (MCGRATTAN et al, 2009)
Outra forma de saída de dados é a visualização gráfica, sendo que, para isto, o
17
Na superfície dos sólidos, o FDS calcula, entre outras variáveis, o fluxo de calor e
taxa de massa consumida. Considerando esta infinidade de possibilidades de dados de saída, o
usuário deve escolher cuidadosamente os dados interessantes para o seu estudo, devido
também à possíveis limitações quanto a espaço na memória física do computador, uma vez
que os arquivos de saída podem ser muito grandes. (MCGRATTAN et al, 2009)
Para a fase gasosa, Mcgrattan et al (2009) cita as seguintes variáveis calculadas pelo
FDS:
• Temperatura do gás;
• Velocidade do gás;
• Pressão
• Fração de mistura;
• Densidade do gás;
• Taxa de queima;
2.6.5 Smokeview
É possível visualizar no SMV tanto dados dinâmicos quanto estáticos, além dos
seguintes recursos, entre outros (FORNEY, 2008):
Fumaça realística - o fogo, a fumaça e o jato dos sprinklers são demonstrados pelo
aplicativo de forma realística, sendo que a transparência da fumaça é gerada a partir da
densidade calculada pelo FDS. O fogo e o jato dos sprinklers são gerados a partir dos dados
19
Edição dos blocos – o SMV permite edição dos blocos inseridos no cenário, podendo
modificar sua geometria e propriedades. Podem-se criar novos blocos ou apagar blocos
existentes. O SMV realiza a edição modificando as linhas do arquivo de entrada do FDS.
Blocos transparentes – o SMV torna possível modificar as cores dos blocos do cenário
podendo modificá-los para blocos transparentes, possibilitando a visualização da cena através
destes sólidos.
Passeio virtual (Tour) – recurso que simula, durante a animação, um trajeto percorrido
pelo observador dentro do cenário, sob a visão do observador. O programa disponibiliza
padrões de trajetos que podem ser modificados pelo usuário.
Figura 2.2 Diagrama ilustrando os arquivos usados e criados pelo FDS, Smokezip e Smokeview (FORNEY,
2008)
21
3 METODOLOGIA
A situação escolhida para o estudo foi o laudo pericial do CBMDF sobre o incêndio
ocorrido na QR 211, conjunto 02 casa 12, Samambaia-DF no dia 17 de dezembro de 2008, às
17h08min.
O local do foco inicial do incêndio foi um sofá de dois lugares, em tecido e espuma,
com armação em madeira, localizado na sala de estar da residência, junto à parede comum a
um dos quarto (Figura 3.1).
22
A partir dos exames, os peritos concluíram que o incêndio surgiu devido ao contato do
material combustível presente no sofá com uma chama aberta, provocada por ação pessoal
indeterminada (Figura 3.2).
23
Figura 3.2 Sofá de dois lugares, material incendiado (ROCHA; VALDEZ, 2008)
Figura 3.3 Marca de combustão do sofá na parede de madeirite (ROCHA; VALDEZ, 2008)
Após análise das informações obtidas nos exames realizados no local do sinistro, as
fotos registradas e o termo de declaração da testemunha do incêndio, todos constantes no
laudo, os peritos descartaram a hipótese de fenômeno termelétrico e a hipótese de que o
incêndio tenha sido relacionado à superfície aquecida.
Para a inserção dos dados de entrada, foi criado um arquivo com extensão .FDS com o
nome de “laudo22008cbmdf.fds”. A inserção dos dados foi realizada utilizando o editor de
arquivos de texto Bloco de Notas (Notepad) tudo no sistema operacional Windows Vista.
Nas três primeiras linhas, foram inseridos comentários sobre o arquivo de entrada, de
forma a situar o usuário sobre do que se trata o arquivo. Tais comentários não interferem nos
comandos de programação, possuem função apenas informativa.
Na linha cinco, foi inserido o domínio computacional o qual representa o espaço físico
real que será simulado. O parâmetro “IJK” representa o número de células em que o domínio
tridimensional descrito será dividido, sendo “I” o número de células para o eixo “x”, “J” para
o eixo “y” e “K” para o eixo “z”. As coordenadas do domínio computacional representadas
pelo parâmetro “XB”, são expressas como os pontos iniciais e finais de cada eixo de
coordenadas (x, y e z) em metros.
Na linha seis, foi informado o tempo referente à simulação que será realizada,
expresso em segundos.
6 &TIME T_END=1200 /
A partir da oitava linha, foram inseridos os dados peculiares da situação específica que
será simulada. Os dados específicos dos materiais componentes do sofá tecido e espuma
27
Na linha oito foi especificado o tipo de superfície que será simulada como a fonte de
calor que ocasionará a ignição dos materiais. O “queimador”, do inglês, Burner, representa a
fonte de calor com sua respectiva taxa de liberação de energia por unidade de área
(HRRPUA), medida em kW/m2. O tipo de partícula que será liberada pela fonte de calor é
especificado pelo parâmetro PART_ID, que no caso é a fumaça.
O parâmetro RAMP_Q informa ao FDS que a energia do queimador será liberada por
estágios conforme a proporção indicada no parâmetro ramp a partir da Linha 9. Ou seja, o
queimador iniciará (T=0s) liberando 0,05% do valor do HRRPUA chegando a 100% da taxa
de liberação somente no tempo T=30s. A partir de T=280s o queimador diminuirá sua taxa de
liberação até um valor de 0,05% do HRRPUA em T=330s. Utilizando este fator, a simulação
aproxima-se da realidade, pois é possível variar a taxa de liberação de calor.
9 &RAMP ID='ramp',T=0.0,F=0.005/
10 &RAMP ID='ramp',T=30.0,F=1.000/
11 &RAMP ID='ramp',T=280.0,F=1.000/
12 &RAMP ID='ramp',T=330.0,F=0.005/
A partir da linha quatorze até a linha vinte e um, foram inseridas as especificações
peculiares ao tecido (MATL_ID), um dos materiais que compõem a estrutura do sofá
28
incendiado. Para a efetiva simulação, foram necessárias informações sobre o calor específico
(SPECIFIC_HEAT), condutividade (CONDUCTIVITY) e densidade (DENSITY).
14 &MATL ID = 'TECIDO'
15 SPECIFIC_HEAT = 1.0
16 CONDUCTIVITY = 0.1
17 DENSITY = 100.0
18 NU_FUEL = 1.
19 REFERENCE_TEMPERATURE = 350.
20 HEAT_OF_REACTION = 3000.
21 HEAT_OF_COMBUSTION = 15000. /
29
A partir da linha vinte e dois até a trigésima quarta linha foram inseridos os dados
específicos da espuma, madeirite e do plástico. Os parâmetros inseridos foram semelhantes
aos do tecido.
44 &SURF ID = 'SOFA'
45 COLOR = 'GREEN'
46 BURN_AWAY = .TRUE.
Os materiais que formam o sofá foram colocados na linha quarenta e sete (MATL_ID).
O parâmetro “(1:2,1)” gera uma interpretação no FDS de que o material é formado por tecido
(1) e espuma (2), os quais formam uma camada de sofá (1).
47 MATL_ID(1:2,1) = 'TECIDO','ESPUMA'
Na linha quarenta e oito foi inserida espessura de cada material que forma o sofá, ou
seja, tecido (1) e espuma (2). A linha trinta e seis especifica o tipo de partícula que será
liberado pela queima.
48 THICKNESS(1:2) = 0.002,0.1
49 PART_ID = 'SMOKE' /
50 &SURF ID = 'PAREDE'
52 MATL_ID = 'MADEIRITE'
53 THICKNESS = 0.012
54 PART_ID = 'SMOKE'/
55 &SURF ID = 'TV'
56 COLOR = 'GRAY'
57 MATL_ID = 'PLASTICO'
58 THICKNESS = 0.01
59 BURN_AWAY = .TRUE.
60 PART_ID = 'smoke'/
A partir da linha sessenta e dois até a linha cento e oitenta e nove, foram colocadas as
obstruções físicas que compõem o cenário a ser simulado. Ou seja, foram inseridas as
coordenadas tridimensionais que dimensionam os objetos contidos no cenário.
195 &HOLE XB= 3.9, 4.2, 2.6, 3.4, 0.0, 2.1 / porta da rua
196 &HOLE XB= 3.9, 4.2, 1.6, 2.1, 1.0, 1.8 / janela
Adotando o local próximo da fonte de calor como referência, as linhas cinqüenta e três
a cinqüenta e cinco descrevem o comando para a coleta dos dados da temperatura dos gases
nos planos existentes nas coordenadas x = 1,50 m, y = 3,50 m e z = 0,60 m.
200 &BNDFQUANTITY='WALL_TEMPERATURE'/
201 &TAIL /
3.2.4 Simulação
fds5 laudo22008cbmdf.fds
Primeiramente, a simulação foi executada com tempo igual a T=0, apenas para
visualizar o cenário virtual criado pelo aplicativo (Figura 3.4).
4 RESULTADOS
Em T=120s, já é possível visualizar a progressão das chamas sobre o sofá (Figura 4.2).
Em T=240s, as chamas iniciam a propagação para fora dos limites do foco inicial.
36
analisar a temperatura dos objetos contidos no cenário no momento T desejado. Para isto,
basta executar o comando WALL TEMPERATURE no menu Load/Unload -> Boundary File.
A temperatura dos objetos sólidos no momento T=360s é simulada conforme
demonstra a Figura 4.6. A diferença das cores representa as diferentes temperaturas, conforme
a legenda a direita.
Na Figura 4.6 e Figura 4.7, os pontos na cor preta representam o sólido carbonizado,
que podem ser visualizados executando o comando char, no menu Show/Hide -> Boundaries.
38
A simulação nos permite inferir que, para a hipótese simulada, a extinção do incêndio
ocorreu neste estágio, permanecendo as marcas de carbonização no momento T=360s, ou
após 6 minutos do início da ignição do sofá. Considerando a representação das diferentes
temperaturas, a simulação nos remete a um alcance máximo de 775º C na temperatura do
cenário.
Para a fase gasosa, os arquivos de saída permitem visualizar a temperatura dos gases
ao longo dos planos pré-determinados. O comando a ser executado está no menu
Load/Unload -> Slice Files -> Temperature.
5 CONCLUSÃO
O material visual que o FDS permite produzir, tais como as figuras e vídeos da
simulação, traz um escopo de informações amigável para o entendimento dos clientes
interessados na perícia. Isto facilita a assimilação da conclusão do perito e diminui dúvidas
leigas relacionadas ao comportamento do incêndio periciado.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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USA, 2007.
FORNEY, Glenn. User’s Guide for Smokeview version 5: a tool for visualizing fire
dynamics simulation data. NIST special publication 1017-1. National Institute of Standards
and Technology. U.S. Department of Commerce. Gaithersburg, MD, USA, 2009.
INPE. Diversidade de Plasmas. Laboratório Associado de Plasma¸ São José dos Campos, SP.
Disponível em: <http://www.plasma.inpe.br>. Acesso em: 10 set. 2009.
LENTINI, John J. Scientific Protocols for Fire Investigation. Taylor & Francis Group. Boca
Rantom, FL, USA, 2006.
45
MCGRATTAN, Kevin et al. Fire Dynamics Simulator (Version 5): Technical Reference
Guide. NIST special publication 1018-5. National Institute of Standards and Technology. U.S.
Department of Commerce. Gaithersburg, MD, USA, 2009.
_________________. Fire Dynamics Simulator (Version 5): User’s Guide. NIST special
publication 1019-5. National Institute of Standards and Technology. U.S. Department of
Commerce. Gaithersburg, MD, USA, 2009.
NIST. Fire Dynamics Simulator and Smokeview (FDS-SMV). Official Website, Hosted at
the National Institute of Standards and Technology. Department of Commerce. Gaithersburg,
MD, USA, 2009. Disponível em: <http://fire.nist.gov/fds/>. Acessado em 10 agosto 2009.
PUTAANSUU, Noel. Tips on fire documentation for fire modeling. Artigo técnico. The fire
place. Fall, 2004.
QUINTIERE, James G. Principles of Fire Behavior. Delmar Publishers. Albany, NY, USA,
1998.
46
SILVA, L. F.; MITRE, J. F.; FONTES, C. E. Começando a entender o método dos volumes
finitos. Notas em CFD, Rio de Janeiro, jan. 2008. Disponível em:
<http://notasemcfd.blogspot.com/2008/01/comeando-entender-o-mtodo-dos-volumes.html>.
Acesso em: 15 set. 2009.
47
APÊNDICE
48
CONDUCTIVITY = 0.14
SPECIFIC_HEAT = 1.214
DENSITY = 800./
&MATL ID = 'PLASTICO'
CONDUCTIVITY = 0.2
SPECIFIC_HEAT = 1.5
DENSITY = 1500.
N_REACTIONS = 1
HEAT_OF_REACTION = 3000.
HEAT_OF_COMBUSTION = 25000.
REFERENCE_TEMPERATURE = 400.
NU_FUEL = 1.0 /
&SURF ID = 'SOFA'
COLOR = 'GREEN'
BURN_AWAY = .TRUE.
MATL_ID(1:2,1) = 'TECIDO','ESPUMA'
THICKNESS(1:2) = 0.002,0.1
PART_ID = 'SMOKE' /
&SURF ID = 'PAREDE'
COLOR = 'SANDY BROWN'
MATL_ID = 'MADEIRITE'
THICKNESS = 0.012
PART_ID = 'SMOKE'/
&SURF ID = 'TV'
COLOR = 'GRAY'
MATL_ID = 'PLASTICO'
THICKNESS = 0.01
BURN_AWAY = .TRUE.
PART_ID = 'smoke'/
&PART ID ='SMOKE', MASSLESS=.TRUE., SAMPLING_FACTOR=1 /
&OBST XB = 4.0,4.1,-6.66134e-016,4.0,3.6,3.7 /
&OBST XB =3.9,4.0,-6.66134e-016,4.0,3.56923,3.66923 /
51
&OBST XB=3.8,3.9,-6.66134e-016,4.0,3.53846,3.63846 /
&OBST XB=3.7,3.8,-6.66134e-016,4.0,3.50769,3.60769 /
&OBST XB=3.6,3.7,-2.22045e-016,4.0,3.47692,3.57692 /
&OBST XB=3.5,3.6,-2.22045e-016,4.0,3.44615,3.54615 /
&OBST XB=3.4,3.5,-2.22045e-016,4.0,3.41538,3.51538 /
&OBST XB=3.3,3.4,-2.22045e-016,4.0,3.38462,3.48462 /
&OBST XB=3.2,3.3,-2.22045e-016,4.0,3.35385,3.45385 /
&OBST XB=3.1,3.2,2.22045e-016,4.0,3.32308,3.42308 /
&OBST XB=3.0,3.1,2.22045e-016,4.0,3.29231,3.39231 /
&OBST XB=2.9,3.0,2.22045e-016,4.0,3.26154,3.36154 /
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