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NITERÓI
2017
VICTOR SANTOS
BANCA EXAMINADORA
__________________________________________________________________________
Prof. Dr. MARA TELLES SALLES – Orientador
UFF
__________________________________________________________________________
Prof. Dr. GILSON BRITO ALVES LIMA
UFF
__________________________________________________________________________
Prof. Dr. RUBEN HUAMANCHUMO GUTIERREZ
UFF
Niterói, RJ
2017
S237 Santos, Victor
Avaliação de risco de incêndio e pânico em ambientes
industriais : estudo de caso em uma empresa do ramo
automobilístico / Victor Santos. – Niterói, RJ : [s.n.], 2017.
63 f.
CDD 658.155
RESUMO
The assessment of the risk of fire for every company has the purpose of scan
and aid in proposing the actions necessary to guarantee an acceptable level of
security. The present work used the risk assessment methodology to calculate
the fire risk index in a workshop located in an automobile company in the city of
Rio de Janeiro. The site was characterized by data collection, as well as
simulations of the incorporation of measures of active and passive protection to
the building until reaching an acceptable level of security. At the end, it is
concluded that the method used can be applied to buildings, in order to allow a
current diagnosis and provide subsidy for future intervention.
1 INTRODUÇÃO....................................................................................... 8
1.1 Cenário................................................................................................ 8
1.2 Problema............................................................................................. 8
1.3Objetivos................................................................................................9
1.4Conceitos Importantes .........................................................................10
2 REVISÃO DA LITERATURA ................................................................ 11
2.1 Sistema de proteção contra incêndios.................................................11
2.2 Custos envolvidos em casos de incêndio .......................................... 18
2.3 Casos reais e famosos de incêndios ocorridos ................................. 19
2.3.1 Gran Circo Norte-Americano, Niterói, Rio de Janeiro .................... 19
2.3.2 Incêndio na indústria Volkswagen do Brasil.....................................19
2.3.3 Incêndio na fábrica da Nestlé.......................................................... 20
2.3.4 Incêndio na boate Kiss.................................................................... 21
2.4 Legislações sobre incêndio............................................................... 21
2.4.1 Ministério do trabalho e do emprego (MTE).....................................21
2.4.2 Código de segurança contra Incêndio e Pânico (COSCIP)............. 22
2.5 Métodos de Avaliação de Risco de Incêndio.......................................22
2.5.1 Métodos Qualitativos, Quantitativos e Semi-Quantitativos...............22
2.5.2 Avaliação do Risco - Método de Gretener....................................... 23
3 METODOLOGIA DE PESQUISA...........................................................26
3.1 Procedimentos de cálculo....................................................................26
4 ESTUDO DE CASO............................................................................... 41
4.1 Cálculo do índice de segurança contra incêndio............................... 41
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................................................55
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.........................................................56
ANEXOS...................................................................................................58
LISTA DE TABELAS
1. INTRODUÇÃO
1.1 Cenário
1.2 Problema
1.3 Objetivos
2. REVISÃO DA LITERATURA
Fonte:http://www.ufrrj.br/institutos/it/de/acidentes/fogo.htmff
De acordo com Seito et. al. (2008), as incidências mais frequentes de incêndios,
pequenos ou grandes, são em edificações. Alguns exemplos de início de ignição são:
vazamento de gás de bujões com explosões, curtos-circuitos em instalações elétricas,
manuseio de explosivos e outros produtos perigosos em locais não adequados, além
de exemplos de acidentes domésticos, como esquecimento de utensílios como fogões
e eletrodomésticos ligados.
Segundo Souza (2007) apud Antunes (2011), durante um incêndio no interior
de uma edificação são gerados diversos cenários com perigo à saúde e a vida dos
ocupantes. A fumaça reduz a visibilidade e prejudica assim a orientação das pessoas
para escaparem em direção a uma área segura. As substâncias geradas como o
dióxido de carbono (CO2), monóxido de carbono (CO) e ácido cianídrico (HCN) e a
deficiência de oxigênio (O2), afetam a saúde das pessoas, prejudicando seu
comportamento.
Foi exposto que as causas de incêndio são diversas, justamente por isso
devese procurar diferentes meios de evitar e combater o incêndio, com o objetivo de
evitar perdas patrimoniais, o que geraria uma despesa significativa, além de acidentes
no trabalho. A prevenção do incêndio expressa tanto a educação pública quanto as
medidas de proteção em um edifício.
A precaução contra o incêndio constitui-se em medidas que se destinam a
prevenir a ocorrência do início do incêndio. As medidas de proteção, por sua vez, são
aquelas que visam à proteção da segurança do trabalhador, da propriedade e dos
danos causados aos bens materiais. Sobre aceitação de um projeto de proteção
contra incêndio de um edifício, tem-se a seguinte figura:
15
O Sprinkler se difere um pouco dos demais detectores pois pode ser utilizado
diretamente para combate, dependendo do projeto adotado e da forma de combate
necessária. Eles estão interligados a uma rede de combate por água, onde havendo
um aumento de temperatura o fluido interno no bulbo se dilata até romper e liberar o
combate pontualmente.
Esse sistema pontual talvez não seja o mais eficiente caso o incêndio propague
de forma rápida. Para esse problema, o melhor seria adotar um sistema de combate
por inundação total. Dessa forma, o Sprinkler funcionaria apenas como um detector.
Detectores Lineares: Estes tipos de detectores, alguns deles chamados de
detectores de alta sensibilidade, da mesma forma que os pontuais podem ser
acionados por fumaça ou temperatura de acordo com seu projeto de instalação. Sua
maior diferença está no funcionamento, como o próprio nome já fiz, este tem sua
atuação definida por sua ramificação, onde também estão espalhados pelo ambiente
através do projeto do local.
18
Foram vistos algumas das diversas causas de incêndio, e foram listados alguns
dispositivos de proteção. E quando ocorrer o incêndio, quais seriam suas
consequências? O prejuízo desse evento seria de fato enorme, podendo haver, como
exemplo, perda de vidas, impacto ao meio ambiente, dano ao patrimônio, entre outros.
Há dificuldade em quantificar os custos, principalmente em edifícios
residenciais e outras atividades que não possuem estrutura de gestão de riscos
organizada. Existe uma maior base de dados sobre o assunto em grandes incêndios
ocorridos em empresas, onde há tentativa de calcular os custos envolvidos, mas na
maioria das vezes são subdimensionados e não divulgados.
Tem-se como exemplo o que aconteceu com a Exxol Mobil, segundo Natasha
Madov e Carla Sasso Laki (site IG São Paulo, 25 de Abril de 2010). A companhia é
dona do cargueiro Exxol Vadez que no dia 24 de março de 1989 naufragou no Estreito
de Prince William, costa do Alaska, e causou um derramamento de 40 milhões de litros
de óleo cru no oceano. A empresa teve que desembolsar mais de dois bilhões de
dólares para limpar os trechos de costa contaminados, 300 milhões em indenizações
para pescadores e moradores locais, além de 900 milhões em processos penais dos
governos dos Estados Unidos e do Alasca. Ocorreu, ainda, uma ação civil de mais de
30000 vítimas do vazamento, que pedia 5 bilhões em indenizações, mas o Juiz da
suprema corte americana considerou o valor abusivo e reduziu seu valor para 500
milhões de dólares. O custo do prejuízo causado era maior que o custo de todo
patrimônio da empresa, o que levou suas ações a apenas um dólar após a catástrofe.
Para médias e grandes empresas, o lucro cessante em alguns equipamentos é
maior que o custo de cada equipamento, ou seja, o valor de determinada máquina
acaba sendo menor que o valor dela mesma parada. O lucro cessante é o prejuízo
causado pela interrupção de qualquer atividade de uma empresa. No exemplo
anterior, estes equipamentos devem ser vistos de forma estratégica na gestão de
20
risco, pois pode ser pelo volume de material beneficiado, layout na empresa,
quantidade de equipamento comparada pela produção (gargalo).
Segundo Carlson (2005), desde a Roma antiga até o grande incêndio ocorrido
em Londres em 1666, os incêndios eram tidos como algo natural, assim como as
doenças, e por isso não poderiam ser evitados, sendo considerados como azar ou
punição divina. No exemplo de Londres, as chamas consumiram 436 acres, destruindo
80% da cidade, acabando com casas, igrejas e estabelecimentos.
Com o avanço da tecnologia, verificou-se que os incêndios podem e devem ser
evitados. Houve uma melhoria progressiva, ainda em andamento, nas exigências
realizadas pelos órgãos de controle, sobretudo no aspecto da prevenção. Apesar de
todo o esforço, não existe risco zero, e ainda há diversos casos pelo mundo.
de pintura em eletroforese, trazido da Alemanha. O sistema levou cinco anos para ser
instalado e custou milhões de dólares. A hipótese mais aceita para a causa do incêndio
foi uma fagulha, gerada por equipamento de solda, furadeira ou curto-circuito.
A fagulha atingiu material da tapeçaria e se alastrou para um tambor de
solvente. A brigada de incêndio da VW conseguiu apagar o fogo na tapeçaria, mas
logo perdeu o controle quando este chegou ao sistema de pintura. Quando alcançou
os dois tambores com 240 mil litros de tinta no terceiro andar, formou-se uma
gigantesca bola de fogo e um dos maiores incêndios da história do país, visível a 20
quilômetros de distância, com uma vitima fatal.
Segundo Seito et. al (2008), até o ocorrido nenhum grande incêndio em
edificação havia impactado a abordagem que o Poder Público e especialmente as
seguradoras faziam do problema no Brasil. Acreditava-se que o padrão de construção
em alvenaria, aliado à ocupação litorânea de uma área com alta umidade relativa do
ar, se não impedem, ao menos minimizem a possibilidade da ocorrência de grandes
incêndios.
O incêndio na boate Kiss culminou com a morte de 242 pessoas, além de 116
feridos, após o fogo começar dentro da casa noturna da cidade de Santa Maria, no
Rio Grande do Sul, causado pelo acendimento de um sinalizador por um integrante de
uma banda que se apresentava no momento.
O acontecido iniciou um debate no Brasil sobre a segurança e o uso de efeitos
pirotécnicos em ambientes fechados, além da responsabilidade da fiscalização dos
locais entrar em debate. Houve manifestações nas imprensas nacional e mundial, que
variaram de mensagens de solidariedade a críticas sobre as condições das casas
noturnas no país e a omissão das autoridades.
3. METODOLOGIA DA PESQUISA
27
𝑛.𝑠.𝑒
𝑦𝑓𝑖 = 1,3 (2)
𝑟.𝑚.𝑖
𝑁 𝑛𝑖
DAgente extintor
29
Alguns aspectos devem ser observados na localização dos extintores. Que podem
ser locados interna ou externamente à área de risco a ser protegida, por exemplo, não
devem ser obstruídos por pilhas de mercadoria ou qualquer outro.
Para fogo classe A, a capacidade extintora mínima e as distâncias máximas a serem
percorridas, para as classes de riscos isolados são previstas na tabela 8 a seguir.
Tabela 4: Determinação da unidade extintora, área e distancia a serem percorridas
para fogo classe A:
Vale lembrar que a capacidade extintora do extintor (Ex: 2A 4ª) é aquela declarada
em seu quadro de instruções, reconhecida através de marca nacional de conformidade avaliada
conforme as NBR 9443 e NBR 9444.
30
Para fogo classe B, categoria 1 (com profundidade ate 6 mm), a unidade extintora
mínima e as máximas distâncias percorridas estão previstas na tabela 9.
Tabela 5: Determinação da unidade extintora e distancia a ser percorrida para fogo classe
B.
Tipo de Unidade
Distância
Risco Extintora
Máxima a ser
Percorrida (m)
Pequeno 10B 10
20B 15
Médio 20B 10
40B 15
Grande 40B 10
80B 15
Fonte NBR 12693: 1993
Suficientes 1
Insuficientes ou inexistentes 0.8
Fonte Pignatta e Silva e coelho Filho (2007)
Treinamento (𝒏𝟓 )
𝑠 𝑠𝑖
Sendo 𝑛1 a 𝑠6 conforme os subitens a seguir:
𝑠3 = + 𝑆𝑏 +10𝑆𝑐𝑏 (5)
Idem ao anterior, com grupo de quatro pessoas de plantão nos fins de sem 4
Se não houver brigada de incêndio -1
Fonte pignatta a Silva e Coelho filho (2007).
Tempo resposta 𝑠4
𝑠4 É um fator associado ao tempo- resposta do corpo de bombeiros e determinado por
meio
𝑑𝑎 𝑒𝑞𝑢𝑎çã𝑜 6.
Extinção 𝑠5
Tabela 16: Fator associado ao tipo de equipamentos de extinção.
𝑠5 : Fator associado ao tipo de equipamentos de extinção
𝑠5
Chuveiros automáticos com verificação anual 2,00
Chuveiros automáticos 1,70
Proteção automática de extinção a gás 1,35
Nos outros casos 1.00
Fonte pignatta e silva e coelho filho (2007)
Exaustão (𝑠6)
𝐸 𝑒𝑖
Sendo 𝑒1a 𝑒4 definidos conforme os subitens a seguir.
Estruturas (𝑒1)
𝑒1É um fator associado á resistência ao fogo das estruturas e determinado por meio
de:
TRRF h* C¹ mm
Min mm Armada em duas direções Armada numa
Direção
30 60 10 10 10
60 80 10 15 20
90 100 15 20 30
120 120 20 25 40
*Dimensões mínimas para garantir a função corta-fogo.
Fonte NBR 15200:2004
30 60
60 80
90 100
120 120
Fonte NBR 14323:199
Fachada (e2)
Lages (e3)
Quando a ligação vertical for aberta, e3 deve ser tomado igual a 1. Quando a ligação
vertical for aberta, porém protegida (por chuveiros automáticos ou fechamento da
abertura), os valores calculados pela expressão 9 devem ser reduzidos de 0,1.
Mantendo-se e3 ≥1.
e3 = e1 - 0,05 ≥ 1,00 (9)
Substituindo-se TRF𝑒 por TRF𝑣 que é o tempo de resistência ao fogo das lajes, em
minuto.
(10)
Risco de Incêndio
R= q.c.f.k.i.h.a. (12)
Carga de incêndio mobiliária (q)
Combustibilidade (c)
Enfumaçamento (f)
Toxicidade (k)
K é um fator associado à toxicidade dos gases e determinado por meio da tabela A.1.
O fator de toxicidade k designa os materiais que, quando queimados, produzem gases
corrosivos e tóxicos (envenenamento). Deve ser considerado o material com maior
valor de “k” desde que represente pelo menos 10% da carga de incêndio do
compartimento. Se houver material que produz gases fortemente tóxicos, mas para
𝑄𝑚 <10%, adota-se k =1,1.
I = 1,1 idem ao anterior, mas com estrutura de madeira com tempo mínimo de
resistência ao fogo conforme a NBR 14432:2000: e.
h= ( ) ( 𝑄𝑓𝑖 − 200) + 1
(14) 1000
Onde:
h é a maior altura livre interna do edifício, em metro:
𝑄𝑓𝑖 É a carga de incêndio (mobiliaria) especifica em MJ/m², em relação à área de
piso, determinada conforme a Tabela A.1; e.
H está situado no intervalo 1,00 ≤ h ≤ 1,50. Para
edifícios de múltiplos andares:
Onde:
H é distância entre o nível do terreno e o nível superior da laje do piso do
compartimento:
Onde:
H é a distância entre o nível do piso do andar do compartimento, no subsolo,
e o nível do terreno.
A= 0,4 - ⋉ + 50 ⋉ ² (18)
Onde:
41
⋉= A/10.000 (19)
Sendo a≤ 5,00.
Para compartimentos localizados junto às fachadas do edifício em andar inferior ou
igual ao sétimo, os valores de A podem serem divididos por (I/b) 1⁄3·, onde I e b São,
respectivamente, comprimento e a largura do compartimento.
Mobilidade (M)
M= ℎ𝑏 (20)
13 𝑙𝑜𝑎𝐴
6
Onde:
A é a área do compartimento, em metro:
H é a distancia entre o nível modo terreno e o nível superior da laje do piso do
compartimento; e. β = 9 para serviços de hospedagem,
𝛽 = 10 para museu, loja de departamentos, local para exposição, local para
entretenimento, sala para reunião, igreja, restaurante e escola.
𝛽 = 11 para serviços de saúde.
Para outros usos, ver Tabela Anexa V. Para os usos em que não for fornecido o valor
de 𝛽, usar M=1.
Risco de ativação de incêndio (I)
O fator I considera o risco de ativação do incêndio em função do tipo de uso do
compartimento, determinado por meio de tabela 20.
Normal 1,00
Médio 1,20
Alto 1,45
Muito alto 1,80
Fonte Pignatta E Silva E Coelho (2007)
42
4. ESTUDO DE CASO
Extintores Portáteis 𝑁1
𝑁1 = 0,9
Hidrantes Prediais 𝑁2
𝑁2 = 0.8
Adução de água 𝑁3
𝑁3 = 0,42
𝐻𝑖𝑑𝑟𝑎𝑛𝑡𝑒 𝑝ú𝑏𝑙𝑖𝑐𝑜 𝑁4
A distância do hidrante público à entrada do edifício é maior do que 100 metros, por
tanto o resultado da equação (4) é 0,9.
𝑁4 =0,9
𝑇𝑟𝑒𝑖𝑛𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑁5
𝑁5 = 1,0
Modo de detecção
Transmissão do alarme 𝑆2
A empresa não possui brigada contra incêndio e o corpo de bombeiros possui pelo
menos, 20 pessoas treinadas que possam ser convocadas por telefone, plantão aos
fins de semana e equipe de intervenção motorizada com caminhão de pelo menos
1.200 litros. Portanto os valores de 𝑆𝑐𝑏 são respectivamente -1 e 3,5 segundo Tabelas
17 e 18. O valor da expressão (5) é 1,25.
𝑆3 = 1,25
Tempo-resposta 𝑆4
A distância da oficina ao corpo de bombeiros é menor dos 6 km, portanto foi adotado
𝑑𝑐𝑏 =6 (tabela 13) O valor de 𝑆𝑏 foi anteriormente determinado de -1 (Tabela 17) A
equação 6 tem como resultado 1,07.
𝑆4 = 1,07
Extinção 𝑆5
O estudo de caso não apresenta nenhum tipo de equipamento de extinção listado na
tabela 20, portanto:
𝑆5 = 1.0
45
Exaustão 𝑆6
Estruturas 𝑒1
A estrutura do concreto apoiada em viga maior do que 80 mm possui um tempo de
resistência ao fogo de 90 a 120 min segundo a Tabela 22. Mas em casos que TRFe ≥
60 min, portanto o resultado da equação 7 é 1,30.
𝑒1 = 1,30
Fachada 𝑒2
A oficina possui o tempo de resistência ao fogo das fachadas de 120 min, no entanto
a metodologia dispõe que deve ser adotado TRF, = 60 min para TRFf ≥ 60 min. Assim
sendo a expressão (8) resulta em 1,15.
𝑒2 = 1,15
Lajes 𝑒3
A oficina não possui escadas ou outros andares ao aplicar o valor encontrado de 𝑒1 =
1,30 na fórmula (9) obteve-se:
𝑒3 = 1,25
46
Estruturas 𝑒1 1,30
Fachada e3 1,15 Lajes
𝑒3 1,25
célula corta − fogo e4 1,00
____________________________________________________
Q=1,78
Combustibilidade, C
Será adotado o valor de c disponível para atividade na tabela do anexo V.
C = 1,2
Enfumaçamento f
O fator de enfumaçamento adotado será o mesmo de uma oficina, segundo a tabela
do anexo V.
F=1,0
Toxicidade, K
K=1,1
I= 1,0
Cota do compartimento, h.
A Oficina é um edifício térreo, com maior altura livre interna de 6 metros, portanto será
utilizada a equação (14). O valor encontrado é 0,798, no entanto, a metodologia dispõe
que h esta situado no intervalo 1,00 ≤ h ≤ 1,50, sendo então adotado o valor de 1,00.
h=
1,0.
A área da oficina é de 340 m², sendo a calculado por meio da equação (19) igual a
0,034 e a =0,78.
Mobilidade, Fator M
Como não foi fornecido o valor de 𝛽, a metodologia propõe que seja utilizado o valor
de M=1.
_______________________________________
Fonte pignatta e silva e coelho (2007)
Para a adequação foi executada conforme norma NBR 12693:1993, que fixa as
condições exigíveis para projeto e instalação de sistemas de proteção por extintores
portáteis e/ou sobre rodas.
Iniciado pela natureza do fogo onde foram identificados dois riscos, um para o
escritório e outro para sala de materiais.
Como detecção contra incêndio deverá ser utilizado detecção contra incêndio tipo
pontual interligado a um painel de SPCI dedicado.
O painel deverá ser instalado em um ambiente independente fora do local de risco.
Será criada uma antessala para instalação do painel.
Transmissão de alarme.
Será previsto sistema de proteção de incêndio com proteção automática, para que
isto ocorra deverão ser compartimentadas as áreas que dividem risco com porta
corta fogo PF120.
Será instalado sistema de combate contra incêndio 𝐶𝑂2·. De alta pressão com
capacidade de 45 kg de 𝐶𝑂2. Cada cilindro, pois a empresa já possui cilindro para
reposição caso necessário.
Kg de Especialização de risco
𝐶𝑂2./m³
A avaliação de riscos busca distinguir o nível exigido de segurança para atingir o risco
aceitável. No caso de incêndios em edificações destaca-se o método de gretener,
internacionalmente utilizado e recentemente reconhecido na ABNT NBR 14432 2000.
Optou-se por utilizar a versão de pignatta e silva e coelho filho (2007) vista que os
autores são reconhecidos na área pelas diversas publicações e propostas de
melhorias ao método original
.
A opção da oficina como estudo de caso foi pertinente, pois apesar de ser uma
instalação simples do ponto de vista construtivo, o grande volume de material de
construção ou reparo confere ao local de uma alta carga de incêndio. Verificou-se que
a carga calculada de 2.000MJ/m², segundo dados da tabela disponível no Anexo V.
O fato de não ter sido obtida autorização para divulgação do nome da empresa não
toma possível publicar fotos ou demais informações que seriam um auxílio para
conferir ao local a devida relevância.
54
O escopo do trabalho não incluía o levantamento dos custos das melhorias propostas,
mas em um novo estudo pode ser realizado uma avaliação de custo para diferentes
cenários possíveis.
Como sugestão para um estudo futuro, pode-se citar a escolha de um local para
aplicação da metodologia que possa ser divulgado. Ainda assim, acredita-se que foi
de grande valia o presente trabalho para difundir o método de sua aplicabilidade em
ambientes industriais. Durante a revisão bibliográfica observou-se que a maioria das
publicações com a metodologia e concentra em sítios históricos em cidades como
Ouro Preto, a citar clarete (2006) e Araújo (2004). Os arquivos públicos são objeto de
estudo de Antunes (2011). Que associa a segurança das edificações de arquivos
públicos contra o risco de incêndio à boa gestão de prevenção de riscos por parte de
seus usuários e responsáveis, o controle da carga de incêndio, a revisão periódica
das instalações elétricas, os equipamentos de proteção ativa contra incêndio, entre
outros fatores.
O presente trabalho verificou que a metodologia aplicada possibilita fornecer uma base
de análise para decisões que envolvam fiabilidade e segurança permitindo apresentar
alternativas sobre as quais os gestores podem optar de modo claro e objetivo.
Referência Bibliográfica
ANEXOS
NORMAS ABNT RELATIVAS ÀPREVENÇÃO DE INCÊNDIO
NBR 10897- Proteção contra incêndio por chuveiro automático.
NBR 10898- Sistemas de iluminação de emergência.
NBR 11742- Porta Corta fogo para saída de emergência.
NBR 12615- Sistema de combate a incêndio por espuma.
NBR 12692- Inspeção, manutenção e recarga em extintores de incêndio.
NBR 12693- Sistemas de proteção por extintores de incêndio.
NBR 13434- Sinalização de Segurança Contra Incêndio e Pânico- Formas, Dimensões
e cores:
NBR 13435- Sinalização de Segurança contra incêndio e Pânico:
NBR 13437- Símbolos gráficos para Sinalização contra Incêndio e Pânico:
58
TRRF H c¹
Min Mm
30 150 10
60 180 15
90 200 25
120 200 35
* Dimensões mínimas para garantir a função corta-fogo
Font
1 2 3 4
30 80/25 160/20 160/15 190/15 80
60 120/40 190/35 190/30 300/25 100
90 140/55 250/45 300/40 400/35 100
120 190/65 300/60 300/55 500/50 120
Fonte NBR 15200 2004
4
30 100/10 120/10 120/10 120/10
60 110/10 120/10 130/10 140/10
90 120/20 140/10 140/25 170/25
120 140/25 160/25 160/35 220/35
Fonte NBR 15200 2004
1 2
30 80/25 200/10
61
60 120/40 300/25
90 140/55 400/45
120 200/65 500/45
Fonte NBR 15200 2004
ANEXO V
Carga
De
Incêndio r
DESCRIÇÃO ( gfi ) Q c k A B
em
MJ/m2
Alojamentos estudantis 300 1.1 1.2 1.0 1.0 1.00 9