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investigar
este
sofrimento
partir
da
concepo
que
se
produziria,
em
decorrncia
desta
falha,
seria
um
desmantelamento sensorial (p. 10). Segundo G. Haag (1991), isto ocorre pelo
fato de que
a primeira vida emocional, intimamente ligada organizao da relao probjetal e objetal atravs dos primeiros nveis de identificao tambm est
intimamente ligada instauraao das funes simblicas e cognitivas (p. 138).
Os clnicos inspirados na teoria lacaniana (Soler,1990; Jerusalinsky,
1992; Volnovich, 1993; Laznik, 1997) aproximam-se tambm destas hipteses,
embora a partir de outro referencial terico, pois situam na experincia precoce
das crianas que se tornam autistas um fracasso na instaurao de duas
operaes psquicas fundamentais: o fracasso da montagem da unificao do
corpo prprio, por no se instaurar a operao psquica do estdio do espelho;
e o fracasso da instaurao do circuito pulsional (mais centrado nos objetos
olhar e voz, do que na questo oral). Em razo deste duplo fracasso, a criana
ficaria situada fora de um campo ergeno, ou seja, fora das significaes
bsicas que permitiriam a articulao do somtico com o psquico.O corpo, que
de real deveria passar a imaginrio (imagem corporal) e simblico (registros
psquicos das experincias vividas), em funo destes fracassos, permanece
deriva. A insuportabilidade desta condio levaria s defesas maciamente
organizadas.
Este duplo fracasso pode ser atribudo a falhas tanto no agente materno
quanto no prprio beb, uma vez que origina-se em uma fratura no vnculo que
deveria se constituir entre os dois. Como afirma Laznik (1997) a sndrome
autstica clssica uma conseqncia de uma falha no estabelecimento deste
lao [pais-criana], sem o qual nenhum sujeito pode advir (p. 37). O agente
materno pode estar imerso, por exemplo, em um processo depressivo e no
tem possibilidades de experienciar com seu beb uma vivncia ergena; ou
sofre determinaes significantes inconscientes que o levam a repetir
automaticamente com este beb a oferta de um no-lugar de sujeito, por uma
questo
transgeracional,
uma
determinao
tal
como
Lacan
ilustra
diferena,
com
investimento
das
sucessivas
professoras
REFERNCIAS
BERGS, J. Discussion du texte de JERUSALINSKY Autisme: lenfance du
rel. Um temps sans espace, un espace sans temps, un paradoxe sans
discours. In: La clinique de lautisme. Paris: Editions Point Hors Ligne, 1992.
BETTELHEIM, Bruno. A fortaleza vazia. So Paulo: Martins Fontes, 1987.
M.C. Rumo
palavra:
trs
crianas
autistas em
[1]