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Foi o último dos sete filhos do primeiro casamento de seu pai, dos quais
cinco faleceram na infância. A mãe também faleceu precocemente a 17 de
Novembro de 1846, quando Teófilo tinha apenas 3 anos de idade. A sua
morte e a má relação que tinha com a madrasta, com quem o seu pai casou
dois anos depois, marcaram decisivamente o seu temperamento fechado e
agreste.
Era um aluno brilhante pelo que, quando em 1867 terminou o curso, foi
convidado pela Faculdade de Direito a doutorar-se.
Essa influência positivista foi decisiva no seu pensamento, na sua obra literária e
na sua atitude política, fazendo dele um dos mais destacados membros da
geração doutrinária do republicanismo português.
Em 1878 fundou e dirigiu com Júlio de Matos a revista O Positivismo. Nesse
mesmo ano iniciou a sua carreira política concorrendo a deputado às Cortes
da Monarquia Constitucional Portuguesa integrado nas listas dos
republicanos federalistas.
Já viúvo aquando da sua eleição, após o mandato, Teófilo Braga, que desde que
enviuvara, passava o tempo enfiado na sua biblioteca, isolou-se, dedicando-se
quase em exclusivo à escrita. Faleceu só, no seu gabinete de trabalho, a 28 de
Janeiro de 1924.
A obra de Teófilo Braga cobre várias áreas, da poesia e da ficção à filosofia,
à história da cultura e excede os 360 títulos, não contando com os artigos
dispersos pela imprensa da época.
Diversas vezes foi considerado um plagiador. É certo que Teófilo lia muito e
era pouco cuidadoso nos textos que escrevia, sendo vulgar omitir as
citações, a apontar ideias e teorias de outros.
Poesia
• Visão dos Tempos (1864)
• Tempestades Sonoras (1864)
• Torrentes (1869)
• Miragens Seculares (1884)
Ficção
• Contos Fantásticos (1865)
• Viriato (1904)
Ensaio
• As Teocracias Literárias - Relance sobre o Estado Actual da
Literatura Portuguesa (1865)
• História da Poesia Moderna em Portugal (1869)
• História da Literatura Portuguesa [Introdução] (1870)
• História do Teatro Português (1870-1871) - em 4 volumes
• Teoria da História da Literatura Portuguesa (1872)
• Manual da História da Literatura Portuguesa (1875)
• Bocage, sua Vida e Época (1877)
• Parnaso Português Moderno (1877)
• Traços gerais da Filosofia Positiva (1877)
• História do Romantismo em Portugal (1880)
• Sistema de Sociologia (1884)
• Camões e o Sentimento Nacional (1891)
• História da Universidade de Coimbra (1891-1902) - em 4 volumes
• História da Literatura Portuguesa (1909-1918) - em 4 volumes
Antologias e recolhas
• Antologias: Cancioneiro Popular (1867)
• Contos Tradicionais do Povo Português (1883)
• O cancioneiro portuguez da Vaticana
Ele também escreveu histórias para crianças:
O sal e a água;
Sempre não;
O aprendiz de mago;
O boi cardil;
O caldo de pedra;
2009/2010