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AGRUPAMENTO DE ESCOLAS Nº 2 DE ELVAS

ESCOLA BÁSICA Nº 1 DE ELVAS


Ano Letivo 2019/2020

Ficha de Avaliação de Português – 6 º Ano


Nome:_______________________________________________________ Nº: ________ Turma: ________
Data: ____________________________ Classificação Global: _________________________________________
(Oralidade: ____________ Leitura/Ed. Literária: ____________ Gramática: ____________ Escrita: ____________)
Prof.: ____________________________ Enc.de Educação: ________________________________________

GRUPO I - ORALIDADE
Para responderes aos quatro itens que se seguem, vais ouvir um excerto do programa
televisivo Sociedade Civil . https://www.rtp.pt/play/p1981/sociedade-civil
Assinala com X, nos itens de 1. a 4., a opção que completa cada frase, de acordo com o
sentido do texto.

1. O tema do programa televisivo é


os cães.
o melhor amigo do homem.
o animal de estimação mais popular do mundo.
os animais.

2. Segundo o apresentador, o cão


é o único animal afetuoso para com as pessoas.
é muito afetuoso para com as pessoas.
apaixona-se pelas pessoas.
é um animal de relações difíceis com os humanos.

3. O cão que é apresentado é o animal de estimação


do apresentador do programa.
de um convidado do programa.
que vive em cima da cabeça do apresentador.
que vive nos estúdios televisivos.

4. Os animais da raça do cão Nelo

gostam de solidão.
não apreciam brincadeiras.
precisam de fazer muitas
atividades físicas
são muito independentes
.
1 Sociedade civil, RTP online (consultado a 25 de julho de 2016) – 1 min 30 seg. Acesso através do e-Manual
Premium.
GRUPO II – LEITURA/ EDUCAÇÃO LITERÁRIA
Texto A

Lê o texto. Se necessário, consulta as notas.

Marcelo Rebelo de Sousa


Marcelo recebeu cão de oferta em Belém
Marcelo Rebelo de Sousa tem um cão em Belém. Chama-se Asa, é da raça pastor alemão e foi
oferecido pela Força Aérea ao presidente da República.
O novo inquilino do Palácio de Belém chama-se Asa, tem três meses e foi oferecido pela Força Aérea
ao presidente da República.
A oferta surpresa foi feita, na quinta-feira, na presença de elementos das Forças Armadas e do
secretário de Estado da Defesa, Marcos Perestrelo. Marcelo ficou muito contente e até lhe pegou ao
colo, segundo apurou o JN.
Asa é da raça pastor alemão e será treinado pela guarnição1 da GNR do Palácio de Belém, que
também tem cães.
Foi numa cerimónia militar recente que Marcelo Rebelo de Sousa comentou com o secretário de
Estado ter achado muita graça aos cães a marchar. Marcos Perestrelo falou com o Chefe de Estado
Maior da Força Aérea, que por sua vez falou com as equipas cinotécnicas2. Por acaso havia uma
ninhada recente. Um deles é agora o cão da Presidência.
Jornal de Notícias online (consultado a 25 de julho de 2016)
NOTAS:
1 guarnição – tropa aquartelada; conjunto de militares.
2 cinotécnicas – que criam e treinam cães.

1. Classifica as frases seguintes como V (verdadeiras) ou F (falsas), de acordo com o texto.


A. O cão de Marcelo Rebelo de Sousa foi-lhe oferecido pela Força Aérea alemã.
B. Asa é um cão ainda jovem.
C. O presidente da República foi previamente avisado da oferta.
D.O presidente da República reagiu muito bem à oferta.
E.O cão passará a exercer funções na casa do presidente da República.
F. A oferta do cão teve a intervenção do secretário de Estado da Defesa.

1.1. Corrige as afirmações falsas.


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2. Ordena os acontecimentos que levaram à oferta do cão a Marcelo Rebelo de Sousa.

O Chefe de Estado Maior dirigiu-se aos que, na Força Aérea, criam e treinam os cães.
O presidente da República disse a Marcos Perestrelo que era engraçado ver os cães a
marchar.
A Força Aérea ofereceu um cão nascido há pouco tempo ao presidente da República. O
secretário de Estado da Defesa contactou um elemento da Força Aérea.
Texto B
Lê o texto. Se necessário, consulta as notas.

Argus, o cão fiel


Os homens nem sempre gostam dos animais que os defendem e acompanham fielmente.
Fazem mal! Há muitos animais que têm mais coração e maior bondade do que certos
homens… Ides ver o que sucedeu com Argus, o velho cão de Ulisses, guarda constante, desde
cachorrinho, do palácio do Herói, e que – decrépito 1 agora, quase a agonizar2 – ainda ali se
mantinha de sentinela, em frente do seu pobre canil…
Telémaco entrara em casa, abraçara sua mãe e, sem lhe revelar a próxima chegada de Ulisses,
dera-lhe a entender que este não morrera e que por intermédio de Menelau e de Helena,
soubera que o subtil3 Herói de Troia vivia provavelmente, na ilha de Calipso.
Logo Penélope se reanimou e ganhou novo alento para resistir às violências dos
pretendentes. Nada lhes disse, porém, e deixou-os – já o Sol estava alto – nos seus jogos e
conversas ao ar livre, que lhes aguçavam o apetite para a hora da primeira refeição…
Ulisses e Eumeu vinham a caminho. Defronte do palácio, pararam um instante e resolveram
que Eumeu entrasse primeiro e voltasse a buscar Ulisses. O leal feitor 4 avisaria Telémaco de
que estava perto o mendigo seu protegido, pois Eumeu continuava a não suspeitar do
disfarce do companheiro. Assim fizeram. Ulisses ficou só…
Olhou em volta. Fitou depois o pórtico do palácio. Eram os seus campos, era a morada feliz
onde passara dias venturosos5. Que saudade! Mas – nada de tristezas! O seu dever era
conquistar a paz, a riqueza, os bens perdidos… Comoveu-se, porém, ao lobrigar6 –
levantando-se custosamente sobre as patas que tremiam – o velho Argus, amigo de sempre!
Deixara-o com melancolia imensa quando partira para Troia. Em criança, compartilhara o cão
de todos os folguedos7 do dono. Corriam juntos, juntos caçavam lebres, cabras selvagens, e
os esquivos8 veados. Ulisses dava-lhe de comer na mão. E ai de quem tocasse no menino!
Logo mordia o malvado, logo ladrava para afastar a gente má da catadura 9. Também,
estimavam-no a valer. De pelo nédio10 e lavado, jamais lhe faltava a comida – e até acepipes 11
da própria mesa de Ulisses. Pertencia à família. E hoje,– pensava Ulisses – como tratariam o
velho Argus? A grande aflição que reinava na alma de Penélope e de Telémaco não os
deixava, – bem se via – cuidar do mísero12 animal. Trôpego13, lazarento14, magro, sujo, o cão
envelhecera depressa. Deitara-se fora do canil, em cima do estrume, devorado de pulgas,
quase cego. Mas, ao ouvir a voz de Ulisses, mexeu a cauda, encolheu as orelhas, quis
erguer-se. Coitadito! Não teve forças para correr, latindo e saltando, ao encontro do dono.
Quem sabe se então lhe lembrariam as brincadeiras doutros tempos, as impetuosas 15 caçadas
aos bichos bravos, a força com que dominava os ladrões perigosos, o entusiasmo que o
levava, ofegante, a subir montanhas num abrir e fechar de olhos, a saltar valados, a
atravessar bosques na peugada16 de algum roedor! Ulisses contemplou o cão prostrado 17, e
teve vontade de chorar.
Ao menos, para consolação derradeira, iria abraçá-lo e afagá-lo ternamente… Acercou-se
dele. Estendeu a mão para acariciá-lo! Ai de mim! Já não pôde tocar-lhe vivo! Ao senti-lo ao
lado, o bom Argus, tentando ainda mover a cauda e segurar-se nas pernas débeis18, caiu para
sempre, sem um suspiro. Estava morto. A alegria de tornar a ver o dono – matara -o! Sofrera,
resistindo, a dor de vinte anos de ausência. Mas não resistira ao júbilo inesperado da
presença de Ulisses. Reconhecera-o logo, logo tentara festejar o seu regresso – e eis que a
vida lhe fugia. Eumeu, e mais era homem, e amigo de Ulisses, Telémaco, e mais era filho
afetuoso e dedicado, – não tinham sabido adivinhar, perante o mendigo andrajoso 19, a
verdade que, meio tonto e meio cego, o fiel Argus imediatamente pressentira! Ulisses
pranteou20 a sua morte como se fosse a do seu melhor camarada. E mais tempo a lamentaria,
decerto, se não se adivinhasse o momento – o momento feliz! – do combate, da vitória e da
justiça!
HOMERO (2000). A odisseia – aventuras de Ulisses, herói e navegador da Grécia antiga
(adap. João de Barros). Lisboa: Sá da Costa
NOTAS:
1 decrépito – muito velho. 11 acepipes – pitéus, iguarias.
2 agonizar – que está quase a acabar, a morrer. 12 mísero – miserável, desgraçado.
3 subtil – engenhoso, talentoso. 13 trôpego – com dificuldade em mover um dos membros.
4 feitor – administrador de bens de outra pessoa. 14 lazarento – que está coberto de chagas ou feridas.
5 venturosos – felizes. 15 impetuosos – que se movem com violência.
6 lobrigar – ver ao longe. 16 peugada – sinal ou vestígio de pé.
7 folguedos – divertimentos. 17 prostrado – sem forças nem ânimo.
8 esquivos – ariscos, fugidios. 18 débeis – fracas.
9 catadura – aparência. 19 andrajoso – esfarrapado.
10 nédio – anafado, gordo. 20 pranteou – chorou.

3. Ao aproximar-se do seu palácio, quem o reconheceu?


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4. Transcreve a passagem do texto que mostra que Argus viveu sempre para Ulisses.
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5. “Ulisses contemplou o cão prostrado17, e teve vontade de chorar.”


Explica por palavras tuas, o motivo pelo qual Ulisses se sentiu tão triste ao ver o seu fiel amigo.
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6. Seleciona, de entre as palavras abaixo apresentadas, aquelas que caracterizam Argus.


A. velho E. infestado
B. fiel F. fraco
C. esfomeado G. asseado
D. manco H. surdo

7. Ao senti-lo ao lado, o bom Argus, tentando ainda mover a cauda e segurar-se nas pernas débeis, caiu
para sempre, sem um suspiro. Era agora uma estrela que iluminava Ítaca.
Assinala com X a opção que completa a afirmação.
Na frase transcrita, a expressão sublinhada revela o momento da morte de Argus através de uma
A. metáfora. C. anáfora.
B. personificação. D. comparação.

8. Argus, o cão de Ulisses, morreu ao reconhecer o dono e o herói chorou a sua morte. Por que razão
parou Ulisses de lamentar a morte de Argus? Concordas com a sua atitude? Porquê?
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GRUPO III – GRAMÁTICA


1. Identifica a classe e respetiva subclasse das palavras destacadas.
“Telémaco entrara em casa, abraçara sua mãe e, sem lhe revelar a próxima chegada de Ulisses,
dera-lhe a entender que este não morrera e que por intermédio de Menelau e de Helena,
soubera que o subtil3 Herói de Troia vivia provavelmente, na ilha de Calipso.”

a. sua - ______________________________________
b. lhe - ______________________________________
c. este - ______________________________________
d. não - ______________________________________
e. soubera - ______________________________________
f. o- ______________________________________
g. subtil - ______________________________________
h. ilha - ______________________________________

2. Associa a palavra destacada em cada uma das frases da coluna A à classe a que pertence, indicada na
coluna B.
Escreve, em cada espaço da coluna A, a letra correspondente da coluna B. Cada letra da coluna B pode
ser utilizada mais do que uma vez.
COLUNA A COLUNA B

A. Que amigo preferes, o cão ou o Homem?

B. Alguém tem um cão tão fiel como o de Ulisses?

C. O cão de Ulisses reconheceu-o. a. Determinante

D. Este herói é conhecido por todos e aquele? b. Pronome


E. Aquele cão era um bom amigo.

F. O meu cão é como o cão de Ulisses.

3. Identifica a subclasse dos advérbios destacados que te são apresentados.

a. “E mais tempo a lamentaria…” subclasse ______________________________


b. “Os homens nem sempre gostam…” subclasse ______________________________
c. “Fazem mal!” subclasse ______________________________
d. “Logo Penélope se reanimou…” subclasse ______________________________
e. “… estava perto o mendigo seu protegido.” subclasse ______________________________
f. “Não teve forças para correr…” subclasse ______________________________

GRUPO IV – ESCRITA

Após o seu regresso a Ítaca, Ulisses decide escrever uma carta a Circe, descrevendo a sua
aventura e as peripécias vividas junto dos seus companheiros.
Ao redigires a carta, não esqueças que deves obedecer à estrutura da mesma.
Presta atenção à ortografia, à acentuação e à pontuação.
Utiliza vocabulário específico do assunto e cuida da apresentação final do texto.

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