Diálogos, Português, 5.

º ano

Teste de avaliação

Nome ____________________________________ N.º_____ Turma_____ Data_____________

Avaliação _______________________________ Professor(a) ____________________________

Grupo I

Lê a notícia seguinte. Se necessário, consulta as notas.

Lisboa vai plantar 28 167 árvores

Serão sobretudo pinheiros-mansos. E, logo a seguir, oliveiras-bravas. E também

sobreiros, carvalhos-portugueses e carvalhos-americanos, numa lista de duas dúzias de
espécies. Nos próximos cinco meses, 28 167 árvores (além de três dezenas de milhares
de arbustos) serão plantadas em Lisboa.
5 É uma campanha de dimensões muito além do habitual na cidade. Por exemplo, no
conjunto dos últimos cinco anos o número de novas árvores ficou-se pelos 25 mil.
A autarquia chama à iniciativa “Uma árvore por cada bebé” (contas feitas aos nascidos
entre 2010 e 2014). Além de intervenções dispersas, com a plantação de duas mil
árvores em caldeira1 (em locais sinalizados2 por juntas de freguesia), a nova vegetação
10 será repartida por vários espaços de Lisboa.
É o caso do Parque Florestal de Monsanto, que terá mais seis mil árvores; o corredor
verde ocidental, junto ao polo universitário da Ajuda, com mais 150; e também o vale da
Ameixoeira, com um milhar.
Mas o grande salto na mancha verde (entre a plantação de mais árvores em parques
15 já existentes ou a expandir e a abertura de percursos de ligação) é dado no corredor
verde oriental. No total, distribuindo-se pelas zonas da Avenida Santo Condestável/Vale
de Chelas, Casal Vistoso, Vale da Montanha, Bela Vista e Vale Fundão, aquele corredor
abrange cerca de 66 hectares, nos quais serão plantadas 19 mil das mais de 28 mil
árvores, e cerca de 30 mil arbustos.

Paulo Paixão, http://expresso.sapo.pt, 21-11-2015 (consult. em 16-02-2016)

1. caldeira: cova à volta do tronco de uma árvore. 2. sinalizados: indicados.

1. Assinala com X, de 1.1. a 1.4., a opção que completa cada frase de acordo com o
sentido do texto.
1.1. A autarquia de Lisboa vai plantar
a.  28 167 pinheiros-mansos, oliveiras-bravas, sobreiros, carvalhos-portugueses
e carvalhos-americanos.
b.  25 mil novas árvores de várias espécies.
c.  milhares de árvores de 24 espécies.

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 Diálogos, Português, 5.º ano

1.2. O número de árvores a plantar foi escolhido

a.  para ultrapassar o número de novas árvores plantadas nos anos anteriores.
b.  por corresponder ao número de crianças nascidas entre 2010 e 2014.
c.  para a autarquia poder oferecer uma árvore a cada bebé que nasça.

1.3. As novas árvores e arbustos vão ser plantados

a.  em diferentes zonas de Lisboa.
b.  apenas nas zonas indicadas pelas juntas de freguesia.
c.  em vários locais de Lisboa, mas sobretudo no Parque Florestal de Monsanto.

1.4. A expressão “o grande salto na mancha verde” (linha 14) significa

a.  a zona verde com o terreno mais irregular (altos e baixos).
b.  o grande aumento das zonas com vegetação.
c.  a melhor zona verde para a prática de desporto.

2. Num breve texto (3 a 5 linhas), indica a tua opinião sobre esta iniciativa da autarquia
de Lisboa. Justifica a tua resposta.
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Grupo II

Lê o texto seguinte. Se necessário, consulta as notas.

Decisões

Na clareira de um parque, dois homens conversam: um Construtor Civil e um Engenheiro da

Câmara. O Construtor, que é manhoso, procura convencer o Engenheiro, mostrando-lhe um
projeto de construção.

CONSTRUTOR (apontando para o projeto) – Vê, Senhor Engenheiro? Aqui ficam as torres.
5 Duas torres de dezoito andares!... Aqui é o bloco... Ah! E ali em cima vão ficar as moradias…
Garagem privativa. Acabamentos de luxo… Talvez uma delas venha a ser do Senhor
Engenheiro. (Acende um cigarro.) Quem sabe! É muito possível... (Atira o fósforo fora.)

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 Diálogos, Português, 5.º ano

ENGENHEIRO – Quantas são as moradias previstas?

CONSTRUTOR – Bom. Isso depende um bocadinho... mas não hão de ser muitas. (Sonhador.)
10 As torres, o bloco, as moradias… Estas últimas… talvez umas cinco ou seis… p’ra pessoas,
assim... de condição elevada. Para além das torres… E do bloco residencial, já se sabe.
ENGENHEIRO – O bloco residencial?
CONSTRUTOR (nervoso) – Pois, Senhor Engenheiro. A base... o cerne 1, por assim dizer, do
nosso projeto. O Senhor Engenheiro bem vê: não era económico construir apenas duas torres
15 e meia dúzia de moradias...
ENGENHEIRO – Mas onde é que o senhor consegue meter esses prédios todos?
CONSTRUTOR – É muito simples. (Mostrando o projeto.) Ficam nesta zona… Aqui… No
parque. Exatamente. No meio deste parque.
ENGENHEIRO (preocupado) – E as árvores? O que é que o senhor faz delas?
20 CONSTRUTOR – Cortam-se... Arrancam-se, Senhor Engenheiro... É muito simples... tenho
máquinas para isso… Os buldózeres2 não foram feitos para outra coisa... (Atira o cigarro para
o chão, sem o apagar. As Três Árvores tossem. Bombeiro vem à clareira e põe o cigarro num
recipiente próprio.)
ENGENHEIRO – Mas então ficamos sem parque.
25 CONSTRUTOR (acendendo outro cigarro) – É o progresso, Senhor Engenheiro... E a sabedoria
manda que uma pessoa esteja sempre do lado do progresso!
ENGENHEIRO – Talvez tenha razão... Mas custa… Sempre são árvores. É um parque…
CONSTRUTOR – Ora, ora, Engenheiro, o que há mais p’raí são parques e jardins... É uma coisa
muito boa para quem não tem nada que fazer… Os homens de trabalho, como nós, não
30 podem perder tempo a jardinar pelos parques... (Atira fora o segundo cigarro. As Três
Árvores voltam a tossir.)
BOMBEIRO (voltando à clareira e dirigindo-se ao Construtor) – Talvez o Senhor não tenha
reparado… mas olhe que os cigarros cabem muito bem aqui dentro. (Aponta para o recipiente
próprio.) Os cigarros e os fósforos…
35 CONSTRUTOR – Ora essa! Estou no meu direito de deitar as beatas 3 onde me apetecer. Sou
um cidadão livre. Vivo num país livre, que diabo!
(As Três Árvores regressam também à clareira.)
1.ª ÁRVORE (ao Construtor) – Pst! Pst! O senhor aí, que fala tão bem, tão livre e tão depressa,
diga-me uma coisa: já viu alguma vez uma floresta a arder… com as labaredas 4 todas em
40 liberdade? (As Três Árvores aproximam-se, ameaçadoras, do Construtor. Ouve-se uma
sirene de bombeiros. As Árvores dançam à volta do Construtor, imitando as labaredas.)
Jaime Salazar Sampaio, Árvores, Verdes Árvores, Plátano Ed., 1980 (págs. 9-13)

NOTAS
1. cerne: o essencial; o mais importante.
2. buldózeres: máquinas que podem ser usadas para escavar.
3. beatas: pontas dos cigarros depois de fumados.
4. labaredas: chamas altas.

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Diálogos, Português, 5.º ano

1. Responde às perguntas do quadro abaixo a partir das informações fornecidas pelas

indicações cénicas.

a. Quantos atores são

necessários para a
representação deste
excerto?

b. Que personagens
representam os atores?

c. Onde se encontram as
personagens?

2. O Construtor procura convencer o Engenheiro de qualquer coisa. Indica-a.

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3. Ao longo da conversa, o Engenheiro revela diferentes estados de espírito. Assinala as

palavras que os indicam.

□ determinação □ hesitação □ satisfação □ preocupação

4. A certa altura, o Construtor afirma que os parques e os jardins são muito bons “para
quem não tem nada que fazer…” (linha 29).
Concordas com esta afirmação? Justifica a tua resposta.
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5. Por que motivo o Bombeiro intervém?

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Diálogos, Português, 5.º ano

6. As indicações cénicas fornecem vários tipos de informações.

Associa cada uma das indicações cénicas transcritas (coluna A) à função que lhe
corresponde (coluna B), escrevendo o seu número na respetiva coluna do quadro A.

A B
Indicações cénicas Funções das indicações cénicas
Indicar a movimentação dos
a) “Na clareira de um parque…” [linha 1] 1
atores.
Dar indicações ao sonoplasta
b) “(apontando para o projeto)” [linha 4] 2
(o técnico responsável pelo som).

c) “(nervoso)” [linha 13] 3 Indicar gestos das personagens.

d) “(As Três Árvores regressam também à Dar indicações ao cenógrafo

4
clareira.)” [linha 37] (o técnico responsável pelo cenário).

e) “(Ouve-se uma sirene de bombeiros.)” Indicar sentimentos ou reações

5
[linhas 40-41] das personagens.
f) “(As Árvores dançam à volta do Constru-
tor, imitando as labaredas.)” [linha 41]

Grupo III

1. Associa as palavras sublinhadas em cada uma das frases (coluna A) à classe a que
pertencem (coluna B).
Cada número da coluna B pode ser utilizado mais do que uma vez.
Segue o exemplo.

Coluna A Coluna B
Ex.: Aqui ficam as torres. 5
1. Quantificador numeral
a) Duas torres de dezoito andares!...
2. Verbo
b) E ali em cima vão ficar as moradias…
3. Determinante
c) O Engenheiro fica preocupado.
d) O Construtor atira o fósforo fora. 4. Pronome
e) O Bombeiro indica-lhe um recipiente. 5. Advérbio
f) Sou um cidadão livre. 6. Adjetivo
g) Este construtor é um homem egoísta.

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Diálogos, Português, 5.º ano

2. Identifica a pessoa, o número, o tempo e o modo de cada uma das formas verbais
destacadas.
a. Eu gostei do texto.
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b. O construtor era tão egoísta!
_________________________________________________________________
c. Tu já tinhas lido este texto?
_________________________________________________________________
d. Nós representaremos a peça.
_________________________________________________________________

3. Coloca, no respetivo lugar da grelha, o sujeito e o predicado das frases seguintes.

a. O construtor e o engenheiro analisaram o projeto.
b. As três árvores dançaram à volta do construtor.

Sujeito
Predicado
simples composto
a.
b
.

4. Assinala com X a frase em que a expressão sublinhada desempenha a função

sintática de complemento direto.
a.  O construtor queria cortar várias árvores.
b.  O engenheiro ouviu o construtor.
c.  Ele colocou algumas dúvidas ao construtor.

5. Reescreve as frases das alíneas do exercício 4., substituindo os elementos

sublinhados pelo pronome pessoal adequado. Faz as alterações necessárias.
a. __________________________________________________________________
b. __________________________________________________________________
c. __________________________________________________________________

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Diálogos, Português, 5.º ano

Grupo IV

Escreve uma narrativa cuja personagem principal seja uma árvore ou um bombeiro.
O teu texto, com um mínimo de 140 e um máximo de 200 palavras, deve incluir:
– uma situação inicial, o seu desenvolvimento e uma conclusão;
– um momento de diálogo;
– um título adequado.

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