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ROTEIRO DE DIMENSIONAMENTO DE PILARES DE CANTO EM CONCRETO


ARMADO

1º Passo – Obtenção das cargas atuantes no pilar:

Contribuição do peso próprio de lajes, escadas, vigas e paredes, com seus respectivos
revestimentos, quando necessários;
Peso próprio do pilar, obtido através de pré-dimensionamento:

Onde:
= área téorica de concreto do pilar, ao nível de topo da fundação superficial;
= Pode ser tomado inicialmente com valor 1,5. Será corrigido mais tarde, durante
o dimensionamento;
= é a carga atuante no pilar (sem considerar a contribuição do peso próprio do
pilar);
= resistência à compressão do concreto empregado, em MPa;
= taxa de armadura, percentual à área de concreto. Pode ser tomado com valor
inicial de 1. Será corrigido mais tarde, durante o dimensionamento;
= Tensão de escoamento do aço, fixada aqui em 4350

2º Passo – Determinação da seção do pilar:

3º Passo – Determinação da carga total atuante no pilar:

4º Passo – Verificação do pilar na direção X:

OBS: As dimensões nas duas equações acima estão em cm!

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Excentricidade de 1ª ordem na direção de x:

é a maior das excentricidades calculadas


acima
Figura 1 - Dimensões em cada direção

Excentricidade de 2ª ordem na direção de x:

5º Passo – Verificação do pilar na direção Y:


É realizada da mesma forma, só que na direção Y. Observe a figura 1.

Observação importante: Se alguma viga apoiada no pilar em questão estiver fora do


eixo (x ou y) do pilar, naquela direção, é necessário que se faça o seguinte:
1) Obtenha a excentricidade de 1ª ordem naquela direção (aqui chamada de ,
como mostrado;
2) Obter a excentricidade mínima de 1ª ordem naquela direção;
3) Fixar como a maior excentricidade entre as calculadas em 1 e 2;
4)

5)

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6)
7) Fazer a verificação da excentricidade de 2ª ordem, conforme visto anteriormente;
8) Adotar a excentricidade total naquela direção, em cm.

6º Passo – Escolha do arranjo estrutural do pilar:


Fazer a escolha de acordo com o ábaco disponível.
OBS: Verificar se o ábaco está corrigido ou não: Mx é My e My é Mx.

7º Passo – Determinação de ω e de As:


A determinação de ω é feita pela interpolação dos valores de , e , nos ábacos
disponíveis. Após a determinação, é calculada a área de aço longitudinal As:

8º Passo – Verificação da taxa de armadura ρ:


A verificação da taxa de armadura longitudinal do pilar está atendida quando:

9º Passo – Escolha de armaduras longitudinais:


A Bitola das armaduras longitudinais deve atender à seguinte condição:

O espaçamento S(mm) entre as barras longitudinais deve atender à seguinte condição:

10º Passo – Escolha das armaduras transversais:


A bitola da armadura transversal (estribos) e seu espaçamento devem atender
às seguintes condições:

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O espaçamento St(mm) entre as barras de armadura transversal (estribos) é fixado pela


menor das condições abaixo:

Figura 2 - Estribos ao longo do pilar e seção transversal do pilar: espaçamentos máximos e mínimos
fixados pela NBR 6118:2003

11º Passo – Proteção contra flambagem das barras longitudinais:


Os estribos suplementares são empregados toda vez que existem barras longitudinais do
pilar situadas a distâncias maiores que 20Øt do canto do pilar, desde que neste trecho de
comprimento 20Øt não existam mais de duas barras, não contando a do canto. Quando
houver mais de duas barras no trecho de comprimento 20Øt ou barras fora dele, deve
haver estribos suplementares. A bitola do aço empregado é a mesma do estribo normal.

Figura 3 - Proteção contra flambagem das barras longitudinais

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Figura 4 - Forma de posicionar os ganchos dos estribos suplementares

12º Passo – Emenda de barras longitudinais no pilar:


As emendas são realizadas em todas as barras de aço longitudinais, permitindo-se uma
alternância entre pavimentos, para fins de concretagem. As emendas são realizadas em
zona considerada de boa aderência.

13º Passo – Detalhamento:


Apresentar corte transversal do pilar, identificando todas as posições do aço, Fazer
detalhamento ao lado, com medidas das barras de aço e esquema de cotas vertical.

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