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ROTEIRO DE

APRENDIZADO ATIVO
ESTRUTURAS DE CONCRETO II

COMPORTAMENTOS Semana 02
Curso: Engenharia Civil
ESTRUTURAIS BÁSICOS 15/05 – 19/05/2023

VÍDEO-POCKET LEARNING

Olá, aluno (a),

Seja bem-vindo a mais um módulo do curso de engenharia civil! Neste módulo você irá
iniciar os estudos dos projetos de estruturas de concreto armado II, portanto, nesta
semana, você aprendeu os cálculos necessários para o dimensionamento e
detalhamento de uma viga.

Uma vez que você já conhece as hipóteses de cálculo por trás do dimensionamento de
seções submetidas à flexão, podemos avançar para a obtenção das equações em si.

Na atividade desta semana você aprenderá a dimensionar uma viga de concreto


armado. Para te auxiliar no processo de desenvolvimento da nossa atividade, assista
ao pocket learning:

https://youtu.be/1u2dNGmT-eo
MÃO NA MASSA

Atividades

1º) Para uma viga que tem ligação com outros elementos estruturais (Figura), calcular
para o momento fletor máximo:

a) A área de armadura longitudinal de flexão.

São conhecidos:

Calculadora de Equação do 2º Grau


Online (querocalcular.com.br)
2º) Calcular a armadura As de uma viga submetida à flexão simples, sendo dados:
RESOLUÇÃO PASSO-A-PASSO E
GABARITO

RESOLUÇÃO

O problema é de dimensionamento, aquele que mais ocorre no dia a dia do engenheiro


estrutural. A incógnita principal é a área de armadura tracionada (As), além da posição
da linha neutra, dada pela variável x, que deve ser determinada primeiramente

O momento fletor de cálculo é:

Determinando a linha neutra da minha seção:

A linha neutra, em um elemento sob flexão simples, separa a região comprimida da


região tracionada. Nesses elementos, linha neutra é obtida em função do momento fletor
na seção transversal. Fazendo o equilíbrio desse momento, em relação à região
comprimida e ao aço tracionado, obtém-se a equação inicial do problema.

A posição da linha neutra é calculada com o uso da equação abaixo, porém, deve-se
observar os limites estabelecidos pela NBR 6118 (ABNT, 2014). Esses limites visam
garantir a segurança da estrutura.

Resolução com as Equações Teóricas:

Como o momento fletor solicitante tem sinal positivo, a posição da linha neutra deve
ser medida a partir da borda superior comprimida.

A área de armadura é calculada pela:


Inicialmente deve-se comparar a armadura calculada (As = 8,10) com a armadura
mínima longitudinal prescrita pela NBR 6118. Para concreto C20 e seção retangular,
pode-se considerar a armadura mínima de flexão como:

Verifica-se que a armadura calculada é maior que a armadura mínima. Quando a


armadura calculada for menor que a armadura mínima, deve ser disposta a área da
armadura mínima na seção transversal da viga.

A escolha do diâmetro ou dos diâmetros e do número de barras para atender à área de


armadura calculada admite diversas possibilidades. Um ou mais diâmetros podem ser
escolhidos, preferencialmente diâmetros próximos entre si.

Para a área de armadura calculada neste exemplo:

Outras combinações de número de barras e de diâmetros podem ser enumeradas. A


escolha de uma das combinações listadas deve levar em conta os fatores: fissuração,
facilidade de execução, porte da obra, número de camadas de barras, exeqüibilidade
(largura da viga principalmente), entre outros.

Como o momento fletor solicitante tem sinal positivo, é extremamente importante que a
armadura. As calculada seja disposta na posição correta da viga, isto é, nas
proximidades da borda sob tensões de tração, que no caso em questão é a borda
inferior. Um erro de posicionamento da armadura, como as barras serem colocadas na
borda superior, pode resultar no sério comprometimento da viga em serviço, podendo-
a levar inclusive ao colapso imediatamente à retirada dos escoramentos.
Ainda nos falta traduzir essa área para número de barras.

Vamos fazer isso agora, utilizando a tabela abaixo:

Para a escolha da bitola, devemos sempre levar em conta o bom senso.

A disposição das barras entre os ramos verticais do estribo deve proporcionar uma
distância livre entre as barras suficiente para a passagem do concreto, a fim de evitar o
surgimento de nichos de concretagem, chamados na prática de “bicheira”.

2º)

O problema em questão é de dimensionamento da área de armadura e as incógnitas


são a posição da linha neutra (x) e a área de armadura (As).

Considerando a altura útil:

𝑑 = 55 𝑐𝑚

Cálculo da linha neutra (x):

A área da armadura é calculada:


O detalhamento da armadura na seção transversal está mostrado na Figura. Como o
momento fletor é negativo, a armadura deve obrigatoriamente ser disposta próxima à
face superior tracionada da seção. Seria um erro gravíssimo fazer o contrário, com a
armadura As no lado inferior da viga. Tanto no projeto quanto na execução das vigas,
especial atenção deve ser dada a este detalhe. A posição do centro de gravidade da
armadura foi adotada de forma aproximada, a 5 mm da face inferior das barras da
primeira camada. Para vigas de pequeno porte não há a necessidade de se determinar
com rigor a posição exata do centro de gravidade da armadura.

Na distribuição das barras da armadura longitudinal negativa nas seções transversais


das vigas é importante deixar espaço suficiente entre as barras para a passagem da
agulha do vibrador. Deve-se ter em mente qual o diâmetro da agulha do vibrador que
será utilizado. Os diâmetros de agulha mais comuns utilizados na prática são de 25 mm
e 49 mm. De preferência o espaçamento entre as barras deve ser um pouco superior
ao diâmetro da agulha, para permitir a penetração da agulha com facilidade, sem que
se tenha que forçar a sua passagem.

Para quatro e três barras na primeira camada os espaçamentos livres horizontais entre
as barras são:

Considerando o diâmetro da agulha do vibrador igual a 49 mm, verifica-se que devem


ser dispostas apenas três barras na primeira camada, e as duas outras na segunda
camada.

O espaçamento livre mínimo horizontal entre as barras é:

O espaçamento livre mínimo vertical entre as barras das camadas é:


REFERÊNCIAS

ABNT NBR 6118 – Projeto de estruturas de concreto armado e protendido. Rio de


Janeiro: ABNT, 2014

PINHEIRO, L.M. Fundamentos do Concreto e Projeto de Edifícios. Material


didático. Universidade de São Paulo – Escola de Engenharia de São Carlos. 2007.

MATERIAIS EQUIPE PEDAGÓGICA


LIVRO DIDÁTICO HÍBRIDOS ENGENHARIAS

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